Fábula: O leão e o rato
ESOPO
Na floresta, havia um rato muito
pequeno e também muito medroso que tinha medo de tudo. Se uma folha caísse no
chão, já era motivo para que ele se escondesse entre os galhos da primeira
árvore que encontrasse.
Sabendo da fraqueza do rato, os outros
animais se divertiam, seguindo-o para, então, assustá-lo. É claro que o rato
não gostava nada daquilo, mas não conseguia fazê-los parar, por mais que
insistisse.
Um dia, como em outras vezes, o rato
percebeu que estava sendo seguido. Mais à frente, ele notou a presença do leão
que dormia. Foi então que ele imaginou que, se talvez subisse nas costas do
leão, os animais poderiam entender naquele ato uma demonstração de coragem.
Desse modo, quem sabe, parariam de assustá-lo, achando que, enfim, ele se
tornara corajoso.
Com passos miúdos, o rato foi se
aproximando do leão, subindo pela cauda até que conseguiu alcançar suas costas.
Animado com a façanha, o rato seguiu até o topo da cabeça, acabando por se
enroscar na juba do leão, que, nesse momento, acordou.
O rato caiu de lá de cima, ficando de
frente para o leão, que o encarava e rugia alto. Os animais, que acompanhavam
atentos ao que estava acontecendo, trataram de se esconder em meio ao arvoredo.
-- O que você pensa que está fazendo? –
perguntou, furioso, o leão.
-- Na-na-na-da. Eu só estava... –
gaguejou o rato.
-- Como ousa me acordar do meu sono?
Vou comê-lo para que nunca mais venha a me perturbar!
-- Por favor, não me faça mal. Quem
sabe se o senhor me deixar ir embora eu possa, um dia, retribuir o seu gesto.
-- Você retribuir algo para mim? –
perguntou o leão que ria muito do que lhe dissera o rato. – Vá embora,
figurinha insignificante, e não volte a perturbar o meu sono!
Nesse momento, o rato tratou de correr,
seguido na corrida pelos outros animais.
Passado algum tempo, o leão perambulava
pela floresta quando, de repente, caiu em uma armadilha feita de grossas cordas
deixadas ali por uns caçadores. Ele se movimentava com força e rugia, mas não
conseguia escapar. O rato, que estava por perto, ouviu seus rugidos e foi
conferir o que estava acontecendo. Ao chegar próximo do leão preso, ele subiu
ao topo da armadilha e começou a roer as cordas, que foram se rompendo. Desse
modo, conseguiu libertar o leão que, espantado, agradeceu pelo feito do rato.
-- Eu lhe disse que um dia poderia
retribuir sua gentileza de me deixar ir embora – disse o rato ao leão.
Contam que, hoje, leão e rato são bons
amigos.
Moral
da história: uma atitude legal é retribuída com outra atitude legal.
ESOPS. O leão e o rato.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf.
Acesso em: 3 jun. 2021.
Fonte: Maxi: Séries
Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas
de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 02-04.
Entendendo a fábula:
01 – De acordo com a fábula, o
que significa “arvoredo”?
Conjunto de
árvores de um determinado lugar.
02 – Quais são os personagens
principais da fábula?
Os personagens
principais são o leão e o rato.
03 – Onde se passa a
narrativa?
A narrativa se
passa na floresta.
04 – Qual é a principal
característica do rato citada no texto?
O fato de ele ser
medroso.
05 – Das características
abaixo, qual você escolheria para descrever o rato e a atitude que ele toma no
final da fábula. Justifique suas escolhas.
Medroso – corajoso – leal – digno
– indiferente – solidário.
Resposta pessoal
do aluno.
06 – O rato subiu no leão para
que os outros achassem que ele havia se tornado corajoso. Em sua opinião, as
pessoas fazem coisas somente para demonstrar algo a outras pessoas? Explique a
sua resposta.
Resposta pessoal
do aluno.
07 – Releia o seguinte trecho
do texto. Depois, faça o que se pede.
“– Vá embora, figurinha insignificante,
e não volte a perturbar o meu sono!”. Utilizando o dicionário, se necessário,
qual o significado da palavra em destaque?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestões: muito pequeno, minúsculo, sem importância, sem valor, etc.
08 – Como você explica a moral
da história em situações da vida real?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: A mensagem de que uma ação positiva gera outra ação
positiva, além da solidariedade e cooperação entre as pessoas envolvidas nesse
movimento de troca.
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