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domingo, 22 de outubro de 2023

TEXTO: AMÉM! QUE ASSIM SEJA! ORAÇÃO DE UM POVO SOFRIDO - MÔNICA RAOUF EL BAYEH - COM GABARITO

 Texto: Amém! Que assim seja!

          ORAÇÃO DE UM POVO SOFRIDO

Por: Mônica Raouf El Bayeh em 21/05/17 07:54

        Deus me livre dos corruptos. Dos vendidos. Dos que vendem. Dos que trocam seu povo honesto por qualquer propina e milhão.

        Deus me livre dos sonsos e cínicos. Dos que riem e me arrombam a alma. Dos que ganham meu voto e me desprotegem. Dos que só pensam em seu tostão.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisoYzK626imnLINMxnii-arISG-7Xvg8nwUozE9BT4A1L7Fg_bKarXXrdG517pHSMZOm8-F7fax2_Bfg0BcBOMK_lyVHmLkgX9WR46jv2eEiB0RVp2T6JiJfL9x375r4Zmxw91lKjeugXzXmRunUP1tZvO-Buri9CV-_Vqr0OYP-TgP2OvLvVkys_s1XM/s320/AM%C3%89M.jpg


        Deus me livre dos que desviam. Tanto que levam à falências. Dos que deixam seu povo à míngua. Humilhado e sem salários.

        Deus me livre dos que fecham universidades e hospitais. Dos que sucateiam escolas. Dos que trocam seu povo por qualquer anel.

        Deus me livre das escolhas podres. De me contentar em escolher o menos pior.

        Deus me livre dos ruins. Dos corruptos. Dos sem lei. Dos sem culpa. Sem remorsos. Dos que maltratam por sentir prazer.

        Deus me livre da cara limpa que esconde a alma suja. Deus me livre da justiça injusta. Dos que olham e fingem não ver. Deus proteja os pobres. Esse povo que ninguém cuida.

        Deus me livre dos homicidas. Eleitos por um povo ingênuo. Deus me livre de todos eles. E perdoe o voto meu.

        Deus olhe por esse povo sofrido. E dê de volta a esperança que essa gente má comeu.

Mônica Raouf El Bayeh.

Entendendo o texto:

01 – Qual é o tom predominante do texto e como ele contribui para a mensagem da autora?

      O tom predominante do texto é de indignação e crítica. Isso contribui para enfatizar a mensagem da autora, que está expressando sua forte oposição à corrupção e à falta de ética na sociedade, destacando a necessidade de justiça e proteção divina.

02 – O que a autora pede a Deus para proteger no texto?

      A autora pede a Deus para proteger seu povo honesto, os pobres, e para livrá-la de corruptos, vendidos, injustiça e daqueles que desviam recursos públicos.

03 – Que tipo de autoridade ou poder a autora atribui a Deus no texto?

      A autora atribui a Deus o poder de proteger as pessoas honestas e de punir os corruptos e injustos. Ela busca a intervenção divina como uma esperança de retidão e justiça.

04 – Qual é a importância do uso da expressão "Deus me livre" no texto?

      A expressão "Deus me livre" é importante no texto porque enfatiza a aversão e o desejo de proteção divina da autora em relação às situações e pessoas que ela critica. Isso adiciona ênfase emocional à sua mensagem.

05 – Qual é a crítica central da autora em relação à política e aos líderes mencionados no texto?

      A crítica central da autora está relacionada à corrupção, à falta de ética e à má conduta de líderes políticos que priorizam seus próprios interesses e ganhos pessoais em detrimento do bem-estar do povo. Ela denuncia a injustiça, a falta de cuidado com os mais pobres e a falta de responsabilidade dos líderes eleitos.

06 – Copie do texto dois pares de antítese.

      "Dos que vendem" e "povo honesto"

      "Dos que ganham meu voto" e "me desprotegem"

07 – Transcreva do texto uma espécie de causa e consequência, explicando seu raciocínio.

      Causa: "Dos que fecham universidades e hospitais. Dos que sucateiam escolas. Dos que trocam seu povo por qualquer anel."

      Consequência: "Deus me livre das escolhas podres. De me contentar em escolher o menos pior."

08 – Circule no texto uma passagem que contenha um desvio gramatical, corrigindo-o.

      No trecho "Deus me livre dos que desviam. Tanto que levam à falências," há um desvio gramatical, pois o correto seria "à falência" em vez de "à falências." Portanto, a correção seria: "Deus me livre dos que desviam. Tanto que levam à falência."

09 – Que mensagem o texto lhe transmitiu?

      Resposta pessoal do aluno.

10 – Utilizando o texto como estímulo, crie um texto que responda a esta pergunta: “Onde foi que nós erramos?”.

      Respondendo à pergunta "Onde foi que nós erramos?", com base no texto, pode-se criar um texto que aborde o erro de uma sociedade ao permitir a corrupção, a falta de ética e a injustiça prevalecerem. Esse erro pode ter ocorrido quando as pessoas negligenciaram a importância de escolher líderes honestos e responsáveis, permitindo a ascensão de indivíduos corruptos ao poder. Também pode ter ocorrido quando a sociedade se tornou apática em relação aos problemas que a afetam, em vez de se unir para combater a corrupção e a injustiça. Em resumo, o erro pode ser atribuído à complacência e à falta de ação para proteger os valores fundamentais da justiça e da honestidade.

 

 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

ORAÇÃO SEM NOME - ROSE MARIE MURARO E FREI RAIMUNDO CINTRA - COM GABARITO

Oração sem nome

        O autor desse poema, quem o sabe? Foi encontrado em pleno campo de batalha, no bolso de um soldado americano desconhecido; do rapaz estraçalhado por uma granada, restava apenas intacta esta folha de papel.

        Escuta, Deus:
        jamais falei contigo.
        Hoje quero saudar-te. Bom dia! Como vais?
        Sabes? Disseram-me que tu não existes,
        e eu, tolo, acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado a tua obra.
Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas,
vi teu céu estrelado
e compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertarás a minha mão.
Vou te explicar e hás de compreender.
É engraçado: neste inferno hediondo
achei a luz para enxergar o teu rosto.
Dito isto, já não tenho muita coisa a te contar:
só que… que… tenho muito prazer em conhecer-te.
Faremos um ataque à meia-noite.
Não sinto medo.
Deus, sei que tu velas…
Há! É o clarim! Bom Deus, devo ir embora.
Gostei de ti… vou ter saudade… Quero dizer:
será cruenta a luta, bem o sabes,
e esta noite pode ser que eu vá bater-te à porta!
Muito amigos não fomos, é verdade.
Mas… sim, estou chorando!
Vês, Deus, penso que já não sou tão mau.
Bem, Deus, tenho de ir.
Sorte é coisa bem rara.
Juro, porém: já não receio a morte.
(Rose Marie Muraro e Frei Raimundo Cintra, As mais belas orações de todos os tempos)

Interpretação do texto:

1.   O tratamento com que o jovem soldado se dirigiu a Deus foi um tratamento:
a) familiar
b) irreverente
c) reverencial
d) cerimonioso

2.   Antes da guerra, para o jovem, Deus simplesmente:
a) estava afastado
b) não era considerado um amigo
c) não existia
d) não atendia às suas orações

3.   A frase que está de acordo com a questão anterior é:
a) “Escuta, Deus”
b) “Disseram-me que tu não existes… e eu, tolo, acreditei”
c) “Muito amigos não fomos”
d) “…vi teu céu estrelado”

4.   A descoberta de Deus pelo soldado americano veio através:
a) da luta cruenta
b) do soar do clarim
c) da trincheira rasgada por granadas
d) do céu estrelado

5.   O pressentimento da morte aparece numa das expressões do soldado.        Que expressão mostra essa possibilidade?
a) “Muito amigos não fomos, é verdade”
b) “…e esta noite pode ser que eu vá bater-te à porta”
c) “Bem, Deus, tenho de ir”
d) “…será cruenta a luta”

 6.   “Não sinto medo”. Essa frase pode ser resumida em apenas uma palavra:
a) coragem
b) otimismo
c) ilusão
d) temor

7.   A expressão que melhor traduz o ambiente de guerra é:
a) “Achei a luz…”
b) “…será cruenta a luta”
c) “… inferno hediondo”
d) “Deus, sei que tu velas…”
  
8.   O encontro com Deus despertou no jovem soldado uma visão de seu mundo interior. Dessa visão, ele concluiu que:
a) “Sorte é coisa bem rara”
b) “… tenho muito prazer em conhecer-te”
c) “Muito amigos não fomos, é verdade”
d) “… já não sou tão mau”

9.   A frase que revela a comoção e o arrependimento do jovem é:
a) “Bom dia!”
b) “Gostei de ti…”
c) “Mas… sim, estou chorando!”
d) “…vou ter saudade”

 10.               A alternativa INCORRETA a respeito do texto é:
a) O soldado anônimo, em sua análise existencial, confronta conceitos que antes julgava estarem certos.
b) Por se tratar de um texto poético, há o emprego da linguagem conotativa, como no uso da expressão “inferno hediondo”, para se referir ao cenário da guerra.
c) A palavra oração, presente no título, justifica-se devido ao diálogo proposto pelo jovem com Deus.
d) Caso fosse suprimida a introdução precedente ao poema, a interpretação não seria prejudicada, uma vez que inexistem informações importantes no trecho.

11.               Assinala a alternativa correta sobre as palavras do texto:
a) Se retirarmos o acento de apertarás, originar-se-á uma nova palavra.
b) A palavra ataque é proparoxítona.
c) Compreender recebia acento, mas isso mudou com a Reforma Ortográfica.
d) As únicas monossílabas do texto são: só, já, hás.

12.               Em qual dos itens abaixo a acentuação gráfica NÃO está devidamente justificada?
a) será: vocábulo oxítono terminado em A
b) porém: vocábulo oxítono terminado em EM
c) há: vocábulo oxítono terminado em A
d) céu: vocábulo com ditongo aberto

13.               Assinala a palavra com ditongo aberto que NÃO recebe mais acento:
a) trofeu
b) colmeia
c) papeis
d) ceu

14.               Marca a alternativa que preenche as lacunas da frase: Os ______ de ______ exercem as atividades ______.
a) microempresários, Ijuí, tranquilamente
b) micro-empresários, Ijuí, tranquilamente
c) micro-empresários, Ijui, tranqüilamente
d) microempresários, Ijuí, tranquilamente

15.               Por serem proparoxítonos, deveriam estar acentuados todos os vocábulos da opção:
a) rubrica, versiculo, hospede
b) arcaico, camera, avaro
c) leucocito, alcoolatra, folclorico
d) periodo, tematico, erudito
  
16.               Qual dos hiatos NÃO deve ser acentuado?
a) saúde
b) contribuía
c) tainha
d) caído