Texto: Amém! Que assim seja!
ORAÇÃO DE UM POVO SOFRIDO
Por: Mônica Raouf El Bayeh em 21/05/17 07:54
Deus me livre dos corruptos. Dos
vendidos. Dos que vendem. Dos que trocam seu povo honesto por qualquer propina
e milhão.
Deus me livre dos sonsos e cínicos. Dos
que riem e me arrombam a alma. Dos que ganham meu voto e me desprotegem. Dos
que só pensam em seu tostão.
Deus me livre dos que desviam. Tanto
que levam à falências. Dos que deixam seu povo à míngua. Humilhado e sem
salários.
Deus me livre dos que fecham
universidades e hospitais. Dos que sucateiam escolas. Dos que trocam seu povo
por qualquer anel.
Deus me livre das escolhas podres. De
me contentar em escolher o menos pior.
Deus me livre dos ruins. Dos corruptos.
Dos sem lei. Dos sem culpa. Sem remorsos. Dos que maltratam por sentir prazer.
Deus me livre da cara limpa que esconde
a alma suja. Deus me livre da justiça injusta. Dos que olham e fingem não ver.
Deus proteja os pobres. Esse povo que ninguém cuida.
Deus me livre dos homicidas. Eleitos
por um povo ingênuo. Deus me livre de todos eles. E perdoe o voto meu.
Deus olhe por esse povo sofrido. E dê
de volta a esperança que essa gente má comeu.
Mônica Raouf El Bayeh.
Entendendo o texto:
01 – Qual é o tom predominante
do texto e como ele contribui para a mensagem da autora?
O tom
predominante do texto é de indignação e crítica. Isso contribui para enfatizar
a mensagem da autora, que está expressando sua forte oposição à corrupção e à
falta de ética na sociedade, destacando a necessidade de justiça e proteção
divina.
02 – O que a autora pede a
Deus para proteger no texto?
A autora pede a Deus para proteger seu
povo honesto, os pobres, e para livrá-la de corruptos, vendidos, injustiça e
daqueles que desviam recursos públicos.
03 – Que tipo de autoridade ou
poder a autora atribui a Deus no texto?
A autora atribui
a Deus o poder de proteger as pessoas honestas e de punir os corruptos e
injustos. Ela busca a intervenção divina como uma esperança de retidão e
justiça.
04 – Qual é a importância do
uso da expressão "Deus me livre" no texto?
A expressão
"Deus me livre" é importante no texto porque enfatiza a aversão e o
desejo de proteção divina da autora em relação às situações e pessoas que ela
critica. Isso adiciona ênfase emocional à sua mensagem.
05 – Qual é a crítica central
da autora em relação à política e aos líderes mencionados no texto?
A crítica central
da autora está relacionada à corrupção, à falta de ética e à má conduta de
líderes políticos que priorizam seus próprios interesses e ganhos pessoais em
detrimento do bem-estar do povo. Ela denuncia a injustiça, a falta de cuidado
com os mais pobres e a falta de responsabilidade dos líderes eleitos.
06 – Copie do texto dois pares
de antítese.
"Dos que vendem" e "povo honesto"
"Dos que ganham meu voto" e "me desprotegem"
07 – Transcreva do texto uma
espécie de causa e consequência, explicando seu raciocínio.
Causa: "Dos
que fecham universidades e hospitais. Dos que sucateiam escolas. Dos que trocam
seu povo por qualquer anel."
Consequência: "Deus me livre das escolhas
podres. De me contentar em escolher o menos pior."
08 – Circule no texto uma
passagem que contenha um desvio gramatical, corrigindo-o.
No trecho "Deus
me livre dos que desviam. Tanto que levam à falências," há um desvio
gramatical, pois o correto seria "à falência" em vez de "à
falências." Portanto, a correção seria: "Deus me livre dos que
desviam. Tanto que levam à falência."
09 – Que mensagem o texto lhe
transmitiu?
Resposta pessoal do aluno.
10 – Utilizando o texto como
estímulo, crie um texto que responda a esta pergunta: “Onde foi que nós
erramos?”.
Respondendo à
pergunta "Onde foi que nós erramos?", com base no texto, pode-se
criar um texto que aborde o erro de uma sociedade ao permitir a corrupção, a
falta de ética e a injustiça prevalecerem. Esse erro pode ter ocorrido quando
as pessoas negligenciaram a importância de escolher líderes honestos e
responsáveis, permitindo a ascensão de indivíduos corruptos ao poder. Também
pode ter ocorrido quando a sociedade se tornou apática em relação aos problemas
que a afetam, em vez de se unir para combater a corrupção e a injustiça. Em
resumo, o erro pode ser atribuído à complacência e à falta de ação para
proteger os valores fundamentais da justiça e da honestidade.