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sexta-feira, 3 de maio de 2024

POEMA: SONHO REAL - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 POEMA: Sonho real

     Elias José

 

- Mãe, eu quero ser rei,

amado por todo mundo.

Com muita fama

a muito dinheiro.

Quando não estiver reinando,

apareço na tevê,

nos jornais e nas revistas,

dou entrevista,

faço comercial,

gravo disco

e jogo na Seleção.

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaZnN-TfaK5A05Upan861CiUNOO8FKDfGWuq5xDRs3b8eujrOuSQQGgzMVa1tL7ty7ql7H28P4hHVs6gFPSyUwUb2HhYT50PcjcKoPa12mDh9RzD4S6gqtMte1NmfA8XpxhyphenhyphenAuPNTrsFSc8f_zYj9xYEdFh-hJL25VLzeGg1xWFod4CVvpH4wCRcHYF9A/s320/reizinho-2.png

- Rei administra o seu povo

e não fica só no oba-oba,

meu filho.

E, depois, nem tem rei mais,

Quase só presidentes...

 

- Xi! Já vi que você tá boiando!...

Não quero ser rei da pátria,

não quero nada disso.

Quero ser um rei mais importante:

quero ser rei do futebol!

Fonte: Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – Marilda Prates – 5ª série - 1º ed. – São Paulo: Moderna ,1998, p.109.

Entendendo o texto

01. O que o filho deseja ser no poema "Sonho real"?

a) Presidente da República.

b) Um astro da televisão.

c) Um famoso jogador de futebol.

d) Um rei de um país.

    02. Qual é a reação da mãe ao ouvir o desejo do filho de ser rei?

           a) Ela incentiva o filho a perseguir seus sonhos.

           b) Ela explica que ser rei envolve responsabilidades sérias.

           c) Ela ri do sonho do filho.

           d) Ela sugere que ele se torne presidente.

03. Por que o filho diz que não quer ser rei da pátria?

a) Porque ele não gosta do país onde vive.

b) Porque ele prefere ser famoso por outras razões.

c) Porque ele deseja ser um rei mais importante em sua área favorita.

d) Porque ele não gosta de política.

    04. Além de jogar futebol, quais são as outras atividades que o filho deseja fazer como "rei do futebol"?

          a) Gravar discos e dar entrevistas.

          b) Administrar o país e fazer comerciais.

          c) Ser famoso na televisão e nas revistas.

          d) Aparecer em jornais e ser presidente.

   05. O que a mãe tenta explicar ao filho sobre o papel de um verdadeiro rei?

          a) Que ser rei envolve muitas festas e diversão.

          b) Que ser rei é uma posição de liderança com responsabilidades.

          c) Que ser rei significa ter muito dinheiro e fama.

          d) Que ser rei é como ser uma estrela de cinema.

    06. O que significa "estar boiando" na conversa entre mãe e filho?

           a) Estar cansado.

           b) Não entender algo.

           c) Estar triste.

           d) Estar com fome.

    07. Qual é o tom predominante do poema "Sonho real"?

          a) Humorístico e leve.

          b) Sério e político.

          c) Triste e melancólico.

          d) Científico e educativo.

 

 

 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

POEMA: O MEDO DO MENINO - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 POEMA: O MEDO DO MENINO

                  Elias José

Que barulho estranho,
vem lá de fora,
vem lá de dentro?!

Que barulho medonho
no forro,
no porão,
na cozinha,
ou na despensa!…

Será fantasma
ou alma penada?
Será bicho furioso
ou barulhinho de nada?

E o menino olha
na escura escada
e não vê nada.
Travesseiro
E olha na vidraça
e uma sombra o ameaça.

Quem se esconde?
Esconde onde?

Se vem alguém passo a passo
Na rua deserta
O medo aumenta.
Passos de gente de casa
Encolhe o medo.
Se somem vozes e passos
De gente de casa,
No ato, no quarto,
Vem o arrepio

E o menino encolhe,
Fica todo enroladinho.
E se embrulha nas cobertas,
Enfia a cabeça no travesseiro
E devagar, devagarinho,
Sem segredo,
Vem o sono
E some o medo.

https://eliasjose.com.br/o-medo-do-menino/ 

http://drifi10.blogspot.com/2011/06/o-medo-do-menino-jose-elias-que-barulho.html

Entendendo o texto

01. Ao compararmos os dois textos, notamos que ambos falam de

a) assalto.

b) cozinha.

c) medo.

d) dentista.

 

02. Retire do texto as palavras que tenham o som nh:

     “... estranho, medonho, cozinha, barulhinho, enroladinho, devagarinho.”

03. Agora escreve as palavras que tenham o som lh.
     “...barulho, olha, encolhe, embrulha.”
04. E você, tem medo de quê?

      Resposta pessoal.

 05. Como foi que o medo do menino sumiu? 

       Ele enfia a cabeça no travesseiro, devagarinho vem o sono e some o medo.
06. Escreva frases com as palavras:

       Fantasma –

       Porão -

    


domingo, 22 de maio de 2022

POEMA: PALAVRA - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 Poema: Palavra

            Elias José


A palavra PALAVRA

É cheia de mistérios,

Azedume e doçura,

Liberdade e prisão,

Verdade e mentira,

Alegria e tristeza,

Voo livre e perigoso.          

Elias José. O jogo das palavras mágicas. São Paulo: Paulinas, 2000.

        Fonte: livro – Língua portuguesa – Buriti mais português – 4° ano – ensino fundamental – Anos iniciais – 1ª edição, São Paulo, 2017. Moderna. p. 76-7.

Entendendo o poema:

01 – Observe que em quatro versos estão destacados pares de palavras. Em cada par, as palavras têm sentido semelhante ou oposto?

      Têm sentido oposto.

02 – As palavras destacadas no poema formam pares de sinônimos ou de antônimos?

      Formam pares de antônimos.

03 – Copie os “mistérios” das palavras, separando-os em duas listas.

·        Mistérios alegres: doçura, liberdade, verdade, alegria.

·        Mistérios tristes: azedume, prisão, mentira, tristeza.

04 – Em sua opinião, por que o poeta usou pares de palavras como esses para definir os mistérios da palavra?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Para o poeta, a palavra provoca sentimentos contraditórios.

05 – Numere estas palavras considerando a ordem alfabética.

(2) Doçura.

(6) Tristeza.

(1) Alegria.

(5) Prisão.

(4) Perigo.

(3) Liberdade.

·        Pesquise um antônimo para perigo e forme uma frase.

Segurança, garantia.

 

 

 

quinta-feira, 14 de abril de 2022

POEMA: À MODA CAIPIRA - ELIAS JOSÉ - VARIEDADE LINGUÍSTICA - COM GABARITO

 Poema: À moda caipira

             Elias José

Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.


U musquitu ca mutuca
num cumbina.
U musquitu pula
i a mutuca impina.

U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.

U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.

U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.

U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.

U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…

Eu mais ocê cumbina
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…

Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 51-2.

Entendendo o poema:

01 – Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às regras ortográficas da língua portuguesa.

a)   Leia o nome do poema e tire uma conclusão: Por que, na sua opinião, o autor escreveu o texto desse modo?

Porque ele procurou imitar o jeito de falar de um caipira.

b)   Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?

O dialeto caipira.

02 – Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas conforme aparecem no poema.

Mosquito           musquitu

Pato                  patu

Rato                  ratu

a)   Quais dessas palavras lembram mais o nosso jeito de falar?

As palavras do lado direito.

b)   Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como as palavras são escritas?

Não, a correspondência não é exata.

03 – Compare em cada par de palavras abaixo as da esquerda com as da direita e tire conclusões sobre as diferenças entre oralidade e escrita.
Mosquito—musquitu           Parece—pareci           Insulta—insurta


Combina—cumbina             Come—comi              Salta—sarta


Comer—cumê                      Dele— deli

a)   O que acontece com a vogal o de sílabas átonas (fracas), como em mosquito, quando a palavra é falada?

Transforma-se em u.

b)   O que acontece com a vogal e da sílaba final das palavras, como em parece, quando ela é falada?

Transforma-se em i.

c)   O que acontece com a letra l anterior à última sílaba, como em insulta, quando ela é falada?

Transforma-se em r.

d)   Dessas mudanças, quais são as típicas do dialeto caipira?

Insurta, sarta.

e)   Por que existem essas diferenças entre oralidade e escrita, na sua opinião?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A grafia da língua portuguesa no Brasil está ligada às origens históricas da língua e da influência de imigrantes mis recentes: japoneses, italianos, libaneses, etc.

04 – Observe este trecho do poema:

“Eu iscrevu essas poesia”

a)   Além da grafia da palavra iscrevu, esse trecho apresenta outra variação em relação à norma-padrão. Qual é ela?

A falta de concordância.

b)   Apesar dessa variação, podemos entender que o trecho se refere a uma única poesia ou a mais de uma? Como é possível saber isso?

A noção de plural é dada por essas; logo, o plural de poesia seria só um reforço. Como as variedades populares buscam a economia, poesia fica no singular.

05 – Na última estrofe do poema, o eu lírico se dirige a outra pessoa e compara seu relacionamento com ela ao relacionamento de vários animais.

a)   Quem é essa pessoa?

A namorada ou a mulher amada do eu lírico.

b)   O que o eu lírico pretende provar com essas comparações?  

Que eles podem se dar bem, melhor do que os animais.                                                                                                  

sexta-feira, 18 de março de 2022

CONTO: O PRIMEIRO AMOR - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 Conto: O primeiro amor

            Elias José

        Logo que colocou os objetos embaixo da carteira, Pitu encontrou o bilhete. Leu, ficou vermelho, colocou no bolso, não mostrou pra ninguém. De vez em quando, mordia-lhe uma curiosidade grande, uma vontade de reler pra ter certeza. Era uma revelação que ele não estava esperando.

        Não podia dizer que estivesse achando ruim, pelo contrário... Ele estava com vontade de olhar para trás, para as últimas carteiras e procurar por uma resposta com o olhar. Era um tímido e não se encorajava. A professora explicava num mapa as regiões do Brasil e ele viajava num rumo diferente.

        Ainda bem que ela não estava olhando pra ele, nem fazendo perguntas, só estava expondo a matéria. Na hora da verificação, acabaria saindo-se mal. Não gostava de ignorar as coisas perguntadas. Só não se saía muito bem quando se tratava de fazer contas de números fracionários. A professora mesma dizia-lhe que em Português e matéria de leitura e entendimento ele se saía bem; em poesias românticas, em música sentimental. Estava meio perdido nos pensamentos confusos. O bilhete queimando no bolso. Uma vontade de relê-lo, palavra por palavra. Interessante, não era um bilhete bem escrito, tinha até erro de Português – por que a curiosidade? Só ele sabia dele, não foi como no dia do correio-elegante, pai, mãe e seu Francisco do armazém querendo saber, dando palpites. Agora, tinha um bilhete e era diferente. Tinha um bilhete que trazia uma declaração de amor e uma assinatura. Trazia mais: trazia um convite para um bate-papo na praça, às duas horas, se ele quisesse namorar de verdade.

        Marina era bonitinha, ele queria. Falta-lhe jeito de dizer, tinha que escrever um bilhetinho respondendo, era mais fácil. No intervalo, escreveu o bilhete, fechado no banheiro.

        Quando ela chegou, a resposta a esperava na carteira. Quase no fim da aula, ele criou força e olhou para trás. Marina sorria, confirmando. Ele sorria também. Diversas vezes, ele olhou pra trás e a encontrou olhando. Trocaram sorrisos e olhares. Os dois estavam vivendo uma ternura primeira e não sabiam escondê-la mais. Tanto assim que a professora pediu que ele virasse pra frente, observasse o que ela estava pedindo pra pesquisa do fim de semana. Naquele fim de semana, ele iria pesquisar alguma coisa nova que não tinha experimentado, como alguns outros de sua idade e turma.

Elias José. As curtições de Pitu. São Paulo, Melhoramentos, 1980.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 08-10.

Entendendo o conto:

01 – Como é possível perceber o lugar onde ocorre a ação do texto?

      O narrador faz menção a carteiras e a professora. Toda a situação descrita no texto também permite-nos concluir que a ação se passa em uma escola.

02 – O que acontece com Pitu e Marina, as principais personagens do texto?

      Eles estão iniciando um namoro.

03 – Por que Pitu fica vermelho ao receber o bilhete? Como o menino é?

      Porque ficou emocionado. Pitu é um pouco tímido, romântico e bom aluno em Português.

04 – No início de um relacionamento amoroso, geralmente, há alguém que toma a iniciativa, que dá o primeiro passo. De quem partiu a iniciativa no caso de Pitu e Marina? Justifique sua resposta.

      De Marina: foi ela que enviou o primeiro bilhete, encorajando o garoto com sorrisos e olhares ternos.

05 – Como você entende a frase: “Os dois estavam vivendo uma ternura primeira e não sabiam escondê-la mais.”?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Como é a comunicação entre Pitu e Marina?

      Pitu e Marina se comunicam por meio de bilhetes, sorrisos e olhares.

07 – Dê outro título ao texto.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – O texto apresenta personagens adolescentes, como você. Na sua opinião, o comportamento foi bem observado pelo escritor? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, o texto pode ser facilmente entendido e até mesmo feito uma peça teatral.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

POEMA: OUTRAS CARAS DAS PALAVRAS - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 Poema: Outras caras das palavras

             Elias José


Emprego, verdade, amizade,

Pedra, certeza, ordenado

- palavras sólidas, rochedos.

 

Fingimento, chuva, momento,

Água, político, lembranças

- palavras líquidas, escorregadias.

 

Viuvez, desprezo, rancor;

Jamais, medo, esquecimento

- palavras frias, geleiras.

 

Carnaval, paixão, torcida,

Esperança, guerra, criança

- palavras quentes, fogueiras.

 

Baú, janota, jardineira,

Aeroplano, flerte, convescote

- palavras velhas, encarquilhadas.

 

Tênis, fliperama, curtição,

Computação, CD, punk

- palavras novas, movimentadas.

JOSÉ, Elias. O jogo das palavras mágicas. São Paulo: Paulinas, 1996.

                   Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 14-5.

Entendendo o poema:

01 – Numere a segunda coluna, buscando descobrir que tipo de relação o autor pode ter feito para classificar as palavras da forma como escreveu.

(1) Palavras sólidas, rochedos.

(2) Palavras líquidas, escorregadias.

(3) Palavras frias, geleiras.

(3) Essas palavras nos remetem ao distanciamento que pode ocorrer entre as pessoas; não demonstram aconchego, proximidade.

(1) São palavras que representam estabilidade financeira; segurança nos relacionamentos; dureza, de superfície rígida.

(2) Ao contrário das palavras sólidas, essas não “oferecem” segurança: são passageiras, vagas, incertas.

02 – Explique, com poucas palavras, por que as palavras carnaval, paixão, torcida, esperança, guerra e criança foram consideradas palavras quentes, fogueiras?

      Porque são palavras que lembram energia, vibração, movimento.

03 – E por que baú, janota, jardineira, aeroplano, flerte e convescote foram classificadas como palavras velhas, encarquilhadas?

      Porque são palavras pouco usadas, antigas.

04 – Por que tênis, fliperama, curtição, computação, CD e punk foram exemplos de palavras novas, movimentadas?

      Porque essas palavras remetem à modernidade, à juventude; por isso podem ser consideradas novas e movimentadas.

 

domingo, 8 de março de 2020

POEMA: O PALHAÇO SANHAÇO - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

Poema: O palhaço Sanhaço
              Elias José

No circo, é um só coro.
No circo, é um só berro:
É ouro, é ouro, é ouro,
É ferro, é ferro, é ferro,
É aço, é aço, é aço
Ninguém pode com o Sanhaço.

E o palhaço Sanhaço
leva cada tombaço
de quebrar o espinhaço.

E o Sanhaço não se cansa
e pula e cai na dança.
E diz cada besteira! ...
Sanhaço vira criança
e não há criança
que não caia na brincadeira.

Todo pachola, anda e rebola.
Bate ferro na cachola,
equilibra-se numa bola,
cai, grita, chora r rola.
Depois, o corpo todo balança
e diz que amassou a poupança.

Levanta-se fingindo de dor,
costela quebrada, corpo dolorido.

Logo recomeça o estardalhaço
e o circo fica todo colorido.
Sanhaço não conhece cansaço.

Hoje tem goiabada?
Tem, sim sinhô.
Hoje tem marmelada?
Tem, sim sinhô.
E o Sanhaço o que é?
É ladrão de muié.

O palhaço Sanhaço
não conhece o fracasso.
O palhaço Sanhaço
parece feito de aço. 
                          Namorinho de portão. São Paulo, Moderna, 1986. Coleção Girassol.
                             Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1999, p. 140-1.
Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Espinhaço: Coluna vertebral; dorso; costas.
·        Pachola: Cheio de si, orgulhoso, vaidoso, elegante.
·        Cachola: Cabeça, juízo.

02 – Encontre no texto palavras que rimem:
a)   Na primeira estrofe: coro, berro, aço.
Ouro, ferro, Sanhaço.

b)   Na segunda estrofe: Sanhaço.
Tombaço, espinhaço.

c)   Na terceira estrofe: cansa, besteira.
Dança, criança; brincadeira.

d)   Na quarta estrofe: pachola, balança.
Rebola, cachola, bola, rola; poupança.

e)   Na quinta estrofe: dolorido.
Colorido. (6ª estrofe).

f)    Na sexta estrofe: estardalhaço.
Cansaço.

g)   Na sétima estrofe: goiabada, é.
Marmelada, muié.

h)   Na oitava estrofe: Sanhaço.
Fracasso, aço.

03 – Observe as palavras que rimam. O que há de semelhante e de diferente entre elas?
      A rima pode ser feita:
·        Entre palavras que tem o mesmo som e são escritas de forma diferente (fracasso/Sanhaço)
·        Entre palavras que na pronúncia tem o som semelhante, mas que na escrita tem uma letra a mais (ouro/coro).
·        No final do verso ou entre a palavra do final e a do meio (pachola/rebola/cachola/bola/rola).
·        E, finalmente, a palavra rimada pode estar inteira dentro daquela com a qual rima (rebola/bola).

04 – Observe no texto que a maioria das palavras exprime alegria, e algumas poucas dão um tom triste, melancólico ao poema. Retire do texto três palavras que exprimem alegria e três que exprimem tristeza.
      Alegria: berro, dança, colorido.
      Tristeza: fracasso, cansaço, tombaço.

05 – No poema há um trecho em que a fala não é do “eu poético” e sim do próprio palhaço. Copie em seu caderno a fala do palhaço Sanhaço.
      “Hoje tem goiabada?”
      “Hoje tem marmelada?”
      “E o Sanhaço o que é?”

06 – Como é o palhaço Sanhaço? Justifique sua resposta com versos do poema.
      Ele é forte, ágil, engraçado e incansável.
      Forte: “Parece feito de aço”.
      Ágil: “Não se cansa / e pula e cai na dança”.
      Engraçado: “Todo pachola, anda e rebola”.
      Incansável: “Não conhece o cansaço”.

07 – A plateia participa da apresentação do palhaço? Justifique sua resposta com trechos do poema.
      Sim. São falas da plateia: “É ouro, é ouro, é ouro”; “Tem, sim sinhô”.

08 – Passe o poema O palhaço Sanhaço para prosa. Observe que o texto em prosa não é escrito em versos e não apresenta rima.
      Resposta pessoal do aluno.