terça-feira, 27 de agosto de 2019

POEMA: BILHETE AO PAI ADOTIVO - HAYDÉE S. HOSTIN - COM GABARITO


Poema: Bilhete ao pai adotivo


Eu não estava
no porta retrato
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.

Um dia teus braços amarrados
soltaram-se e acolheram-me.
Surpreso fui ao teu encontro
vacilante criança
sonegada de amor.

Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.

Teu amor de pai
me fez corado tranquilo
feliz e menino.

Hoje sou o
teu retrato.

LIMA, Haydée S. Hostin. Roda Poética “Dia dos Pais”. Confraria Artistas e Poetas pela Paz.Disponível em:https://bit.ly/204Ptov . Acesso em: 25 set. 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 117.
Glossário
Desnudo: sem proteção.
Sonegado: oculto, escondido, tirado às escondidas.

Por dentro do poema

1)   Quantos versos e quantas estrofes compõem o poema?
O poema compõe-se de 18 versos e 6 estrofes.

2)   Que características do texto o aproximam de um bilhete e justificam seu título?
O eu poético refere-se ao pai, seu interlocutor, se comunicando diretamente com ele, em uma mensagem relativamente curta.

3)   Em sua opinião, o que o eu poético pretende comunicar nos versos a seguir?
a)   Eu não estava
no porta-retratos
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.
Resposta pessoal. Sugestão: O eu poético pretende comunicar que não tinha afeto e amor ou alguém que se preocupasse com ele e que o protegesse, isto é, ele era sozinho e abandonado.

b)   Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.
Resposta pessoal. Sugestão: O eu poético sentiu-se amado pelo pai adotivo.

c)   Hoje sou
o teu retrato.
Resposta pessoal.  Sugestão: O eu poético afirma que é a imagem do pai, com o qual se parece. É possível inferir que o amor que recebeu faz com que se sinta como um reflexo, uma extensão do pai adotivo.

4)   O poema conta uma história. Você concorda com essa afirmação? Explique.
Resposta pessoal.

5)   Você gostou do poema lido? O gênero poema é o seu preferido ou há outro gênero de que gosta mais?
Resposta pessoal.



REPORTAGEM: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CRESCE MAIS QUE PRESENCIAL, MAS NÃO É 1ª OPÇÃO - MARIANA TOKARNIA - COM GABARITO


Texto: Educação a distância cresce mais que presencial, mas não é 1ª opção

Publicado em 22/05/2018 - 10:04
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  Brasília
A educação a distância cresce em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e já é opção para quase metade das pessoas que buscam uma graduação. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) - que representa grande parte do ensino superior particular do país - mostra que 44% dos entrevistados optariam por essa modalidade, enquanto 56% dizem que preferem o ensino presencial. Nesse ritmo de crescimento, o Brasil terá mais alunos estudando a distância que nas salas de aula tradicionais, em 2023.
A pesquisa mostra ainda que, se informados de que os cursos a distância podem ter etapas presenciais, a aceitação aumenta para 93% dos estudantes pesquisados. Para os 7% restantes, ainda há um desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet. Outro ponto destacado por esses alunos que não optariam pela EaD é a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza adequadamente a qualidade desses cursos.
A pesquisa inédita Um ano do Decreto EAD - O impacto da educação a distância foi feita pela ABMES em conjunto com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights. Ao todo, foram entrevistados 1.012 homens e mulheres de 18 a 50 anos, sendo 256 alunos e 756 potenciais candidatos a educação superior em março deste ano.
“Estamos falando de um público diferente da graduação presencial tradicional. Estamos trazendo para o ensino superior um público mais velho, mais maduro, que já trabalha com maior intensidade. Esse público precisa da flexibilidade da EaD para completar o curso superior”, diz o vice-presidente da ABMES, Celso Niskier.
O estudo mostra que aqueles que escolhem a educação presencial exclusivamente são mais jovens - 53% têm até 30 anos -; 76% trabalham; 33% são da classe social A ou B; 64% estudaram em escolas públicas e 36% em particulares.
Entre aqueles que preferem a EaD, 67% têm mais de 30 anos, 83% trabalham; 25% são das classes sociais A ou B, 75% estudaram em escolas públicas e 25% em particulares.
Aulas práticas presenciais
Atualmente, um curso EaD pode ter até 30% das aulas presenciais. Quando perguntados se cursariam um curso EaD com as aulas práticas presenciais, a maior parte, 93% disse que sim.
Entre os 7% que disseram não, 62% acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem avaliada no mercado de trabalho. Eles apontaram também desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.
Em relação à qualidade da EaD, Niskier diz: “Uma minoria de 4%, entre os jovens pesquisados, ainda acha que o mercado de trabalho não percebe muito bem a qualidade da educação a distância. Isso tende a desaparecer com o tempo, na medida em que comecemos a formar mais e o desempenho desses profissionais seja equivalente”.
Cursos a distância
De acordo com o Censo da Educação Superior, em 2016, 33% dos novos alunos ingressaram no ensino superior na modalidade a distância e 67% em cursos presenciais. Esse número cresceu. Em 2010, 20% ingressaram no EaD e 80% no presencial.
De acordo com a projeção do estudo, se mantido o crescimento da EaD atual, em 2023 mais estudantes ingressarão na modalidade a distância que no presencial. Serão, pelas projeções do estudo, 51% em EaD e 49% no ensino presencial.
Há um ano, o governo publicou um decreto que define os critérios para a oferta de educação a distância. Entre as mudanças está a possibilidade de a instituição privada de ensino superior ser credenciada exclusivamente para oferta de cursos de graduação e de pós-graduação lato sensu (especializações e MBAs) na modalidade a distância. Até então, a instituição deveria também ter algum curso na modalidade presencial.
Edição: Valéria Aguiar
TOKARNIA, MARIANA. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CRESCE MAIS QUE PRESENCIAL, MAS NÃO É 1ª OPÇÃO.
AGÊNCIA bRASIL, BRASÍLIA, 22 MAIO 2018.dISPONÍVEL EM:HTTPS://BIT.LY/2KKYLYX. aCESSO EM: 25 SET 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 79.
Entendendo o texto
1)   Qual é o assunto central dessa notícia?
O crescimento da educação a distância no Brasil.

2)   O título informa que a educação a distância não é a primeira opção, referindo-se às pessoas que querem fazer um curso superior. De acordo com o texto, essa realidade pode mudar? Justifique.
Sim, pois no texto afirma-se que essa modalidade de educação cresceu em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e que, de acordo com as pesquisas, em 2023 o Brasil terá mais alunos estudando a distância do que nas salas de aula tradicionais.

3)   Que argumentos as pessoas entrevistadas empregam para justificar a opção pelo ensino presencial, resistindo à ideia de fazer um curso superior a distância?
O desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet e a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza a qualidade dos cursos superiores a distância de modo adequado.

4)   Que informação eleva o percentual de aceitação da modalidade a distância pelos estudantes pesquisados?
A informação de que os cursos a distância podem ter etapas presenciais.

5)   Você conhece alguém que faz ou já fez curso na modalidade educação a distância? Qual a sua opinião sobre esse tipo de ensino?
Resposta pessoal.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

CRÔNICA: DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA? MARINA COLASANTI - COM GABARITO

CRÔNICA: DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA?   
                    Marina Colasanti  

         Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
          Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
          Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa.           Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
           Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.
            No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças superprotegidas. São filhos únicos resultantes da campanha Cada Casal um Filho, criada pelo governo em 1979 para evitar o crescimento populacional. O filho único, por receber afeto "em demasia", torna-se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os educadores admitem que "ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as deficiências dos filhos únicos".
             O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os "métodos ainda não foram desenvolvidos".
                Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos filhos de pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem talvez nem vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos De Família, e pelas mãos do pai foram levados ao abandono.
               Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos "crianças abandonadas" subentendemos que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema ao âmbito familiar, de uma família gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que "nos pertencem".
              Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-Io. Mas, em tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as crianças brasileiras que ali foram deixadas.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.)

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 254/255.
POR DENTRO DO TEXTO:

01 – Que fato narrado no primeiro parágrafo desencadeou a reflexão desenvolvida ao longo do texto?
      O fato de o narrador-personagem ter sido abordado por um menino na rua. Inicialmente, ele nem o ouviu direito e achou que o menino pedia algo. No entanto, o garoto só queria saber as horas.

02 – No texto, a categoria meninos é dividida em dois grandes grupos.
a)   Quais são esses grupos?
“Menino de Família” e “Menino de Rua”.

b)   Como eles são diferenciados no texto?
Eles são diferenciados pela forma como, em geral, são vistos: o “Menino de Família” é bem-vestido, tem mãe; o “Menino de Rua” geralmente rouba o relógio do “Menino de Família” e é visto como uma ameaça; um trombadinha, pivete, ladrão.

c)   Em sua opinião, o texto pode ser considerado preconceituoso por estabelecer essa divisão?
Resposta pessoal.

d)   O menino a quem a autora se refere no início da crônica se encaixa em qual dos dois grupos? Justifique sua resposta transcrevendo um trecho do texto.
O menino não se encaixa em qualquer um dos grupos, como pode ser confirmado no trecho “Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua.”

03 – A crônica descreve a diferença no comportamento das pessoas diante de uma criança bem-vestida chorando e de uma criança maltrapilha fazendo o mesmo.
a)   Qual é essa diferença?
O texto descreve que uma criança bem-vestida chorando costuma receber atenção, proteção, enquanto uma maltrapilha costuma ser ignorada.

b)   Em sua opinião, por que acontece essa diferença de comportamento?
Resposta pessoal do aluno.

c)   O que, provavelmente, a autora quis dizer ao usar a expressão “filhos diretos dos paralelepípedos e das crianças?
Provavelmente, ela quis dizer que as crianças são consideradas filhas da rua, como se ninguém as tivesse gerado, como se não tivessem família.

04 – O texto estabelece um paralelo entre as 36 milhões de crianças carentes do Brasil e as 35 milhões de crianças superprotegidas da China, associando alguns problemas a cada uma dessas realidades.
     a) Pesquise na internet ou em livros de História a respeito da política de natalidade da China, que pode contextualizar a informação apresentada pela autora.
         Os alunos devem compreender melhor a política do filho único, implantada na China na década de 1970, como forma de controlar o crescimento populacional.

     b) Quais problemas são associados aos filhos únicos da China?
         Segundo o texto, muitos filhos únicos na China, por receber afeto “em demasia”, tornam-se egoístas, preguiçosos, dependentes, e seu rendimento é inferior ao de uma criança com irmãos. Deve-se trabalhar com os alunos que não se trata de uma regra e que certamente não se pode generalizar tal afirmação.

     c)Levante uma hipótese: o que pode ter gerado, no Brasil, 36 milhões de crianças carentes? Pesquise na internet se houve mudança nesse número.
        Resposta pessoal do aluno.

05 – Agora é sua vez de produzir um texto. Para isso, releia a crônica e tome nota sobre: situação-problema, questão controversa, dados sobre crianças em situação de rua, responsabilidade pelo problema e conclusão. Produza então um resumo, usando essas anotações.
      A autora relata que um menino segurou em seu braço e a assustou, o que a motivou a refletir sobre a ideia de menino de rua e menino de família e a forma preconceituosa como pessoas lidam com esse problema. A autora apresenta dados da época que denunciavam em torno de 7 milhões de crianças abandonadas, procurando mostrar que a responsabilidade não é apenas da família, mas de toda a sociedade.

06 – Para você, qual foi a mensagem mais importante do texto em relação à proteção da infância? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Em sua opinião, por que foi utilizada a letra inicial maiúscula nos termos destacados no trecho a seguir?
        “Talvez não fosse um Menino de Família, mas também não era um Menino de Rua.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Releia: “Na verdade, não existem Meninos de Rua. Existem meninos Na rua. E toda vez que um menino está Na rua é porque alguém o botou lá. [...]”.
        Qual é a diferença de sentido entre os termos destacados? Qual é o efeito de sentido gerado pelo uso desses termos, no excerto?
     Enquanto “de Rua” caracteriza “meninos” em uma situação permanente, “Na rua” dá a ideia de um estado momentâneo.

09 – No penúltimo parágrafo, há uma pergunta que estimula a reflexão do leitor. Releia: “Quem leva nossas crianças ao abandono?”
a)   Qual é a resposta sugerida para essa pergunta, no próprio texto?
Que todos nós, como indivíduos que formam a coletividade, somos responsáveis pelo abandono dessas crianças.

b)   Você concorda com esse posicionamento?
Resposta pessoal do aluno.





TEXTO: DIA MUNDIAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL - ANA PAULA GOMES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Texto: Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
        Governo de Paraíso apoia campanha de combate ao trabalho infantil

Autor: Ana Paula Gomes
Fonte: Ascom do Governo de Paraíso do Tocantins.
  
        Em 12 de junho é comemorado o dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Para implementar as ações referentes ao tema, o Governo de Paraíso, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), juntamente com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Paraíso (CREAS), desenvolve Campanha Municipal de Enfrentamento ao Trabalho de Infantil.
        No âmbito municipal, a equipe do CREAS vem mobilizando a população para a Campanha de Combate ao trabalho infantil, com o objetivo de sensibilizá-la para o fim desse tipo de trabalho. A ação visa garantir os Direitos das Crianças e Adolescentes, além de alertar sobre os riscos desta prática que viola esses direitos.
        Neste ano, a campanha do CREAS de Paraíso do Tocantins traz como tema “Vamos Combater o Trabalho Infantil. Trabalho é para Adulto. Crianças têm que Brincar e Estudar”. As ações estão sendo realizadas de forma preventiva em unidades escolares e durante a festa agropecuária da cidade, com a divulgação de material informativo.
        Em casos de exploração do trabalho infantil, qualquer pessoa pode ligar para o Disque 100 e denunciar.
                GOMES, Ana Paula. Governo de Paraíso apoia campanha de combate ao trabalho infantil. Prefeitura Municipal de Paraíso – TO. 11 jun. 2015.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 260.
Por dentro do texto:
01 – Releia o título de a notícia e as informações sobre autoria a seguir.
“Governo de Paraíso apoia campanha de combate ao trabalho infantil.
Autor: Ana Paula Gomes
Fonte: Ascom do Governo de Paraíso do Tocantins.”

a)   Qual fato é apresentado pelo título na notícia?
Apoio do Governo de Paraíso do Tocantins ao combate do trabalho infantil.

b)   Pesquise e transcreva o significado do verbo apoiar relacionado ao contexto.
“Dar apoio a”; “corroborar”; “respaldar”.

c)   Por que o título usa o verbo apoiar em vez de promover e realizar?
Porque é uma campanha nacional e envolve outras entidades.

d)   Quem é a autora do texto? Quem ela representa ao produzir a notícia?
Ana Paula Gomes, que representa a assessoria de comunicação do governo municipal.

02 – Identifique no texto as principais informações sobre o fato:
a)   Qual é o acontecimento noticiado? Quem está envolvido?
No dia de combate ao trabalho infantil, o Governo de Paraíso anuncia a implementação, pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) e do centro de Referência Especializado de Assistência Social de Paraíso (CREAS) de Paraíso do Tocantins, ações visando combater esse tipo de trabalho na região.

b)   Onde e quando esse fato ocorreu?
A campanha iniciou em 12 de junho de 2015, na cidade de Paraíso do Tocantins.

c)   Como e por que ocorre?
O governo, por meio de sua secretaria e do centro de referência, alerta sobre essa prática que viola direitos das crianças, por meio de campanha de conscientização.

03 – Qual é o objetivo apresentado para a realização da campanha? Quais ações foram realizadas?
      O objetivo da campanha é sensibilizar a população para fim desse tipo de trabalho. A ação visa garantir os Direitos das Crianças e Adolescentes, além de alertar sobre os riscos desta prática de violação a esses direitos. Como ações, são entregues em escolas e nas feiras agropecuárias, informativos às pessoas.

04 – Qual é a relação entre a notícia e o cartaz da campanha?
      O cartaz é uma das peças publicitárias da campanha, que trata da Erradicação de Trabalho Infantil.

05 – Analise os temas e o slogan do cartaz da campanha:
Tema – Vamos combater o trabalho infantil.
Subtema – O trabalho é para adulto
                   Criança tem que brincar e estudar.
Slogan – Brincar, estudar, viver...
                Trabalhar, só quando crescer...

a)   Que pessoa e tempo verbal são usados no tema da campanha? Que efeito de sentido é produzido com essa escolha?
É usada a primeira pessoa do plural. Esse uso indica a intenção de incluir o público-alvo na adesão à campanha. Pode dar o sentido, ainda, de corresponsabilidade no combate a esse problema.

b)   No subtema, que informação é veiculada? Que efeito de sentido isso provoca?
A informação de que o trabalho é atividade de adulto, enquanto a atividade de criança deve ser brincar e estudar. O uso de uma oração afirmativa e de outra com o uso da expressão “tem que” transmite a ideia de obrigatoriedade dessa divisão de papéis na sociedade.

c)   Qual recurso sonoro é usado no slogan? Que classe gramatical é enfatizada nesse slogan?
Esse slogan organiza-se em dois versos e rimas, com ênfase nas verbos que indicam quais ações devem ser cumpridas pela criança e qual deve ser realizado quando elas se tornarem adultas.

06 – Além dos slogans e imagens, que outras informações podem ser encontradas no cartaz? Qual é a importância dessas informações?
      As informações são que o cartaz visa promover a Campanha Nacional pela erradicação do trabalho infantil; com início em 12 de junho, por esse ser o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. São fornecidos também os telefones do conselho tutelar e do CREAS, além do Disque Denúncia. Essas informações são importantes, porque mostram que essa campanha ocorre em dimensão nacional.

07 – Analise todos os elementos visuais do cartaz e responda:
a)   Descreva os recursos visuais do cartaz.
O cartaz é muito colorido, apresentando as cores azul, vermelho, verde, amarelo e laranja. A imagem em primeiro plano é de várias mãos pintadas nessas cores, com carinhas, listas coloridas, ponto de exclamação e outras ilustrações, enfatizando o ato de brincar. Há um cata-vento com pontas coloridas também.

b)   Que relação os recursos visuais estabelecem com os verbais?
A imagem com as mãos coloridas enfatiza o ato de brincar da criança, como principal atividade para o seu desenvolvimento.

c)   Pesquise na internet o significado do cata-vento de cinco pontas coloridas (com a cores azul, vermelho, verde, amarelo e laranja).
O símbolo tem sentido lúdico de expressar a alegria que deve estar presente na vida das crianças e adolescentes. As cores representam os cinco continentes e o movimento, a necessidade de contínuas ações para a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.




domingo, 25 de agosto de 2019

POEMA: CORDEL DO CONSUMIDOR - ODILA SCHWINGEL LANGE - COM GABARITO


Cordel do Consumidor

Autora: Odila Schwingel Lange

Com licença, amigos e amigas,
Venho desempenhar o meu papel
Como poeta popular.
Eu vou fazer um cordel
Ao Código do Consumidor
Procurarei ser fiel!

O consumidor, companheiros,
É revestido de importância
Não pode ser enganado
Nem tratado com discrepância
Ninguém pode descumprir a lei
Nem por erro ou ignorância!

(…)

Por isso falo em bom tom
Sobre este assunto importante
Não te deixes enganar
Nem sequer por um instante
Exige, sim, teus direitos
De cidadão atuante!

(…)

Se o prestador de serviço
Não cumprir com a obrigação
Existem os meios legais
De fazer autuação
Mas pega sempre o comprovante
Para não ficar na mão!

(...)

Não esmoreças, meu amigo,
Se viveres entrando em fria
Lesar o consumidor
No Brasil virou mania
Reclamar é a maneira
De exercer cidadania!

E para terminar estes versos
Peço ainda atenção
O Procon atende a todos
Não fazemos distinção
Lutando por teus direitos
Moralizas a nação!

E digo, com toda certeza,
Presta atenção, por favor,
Que mesmo depois de morto,
Ainda és consumidor
Pois existe sempre um parente
Te levando vela ou flor!


LANGE, Odila Schwingel. Disponível em: https://bit.ly/2z0jywG.Acesso em: 28 set.2018
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 244 e 245.
Entendendo o poema

1)   De que trata o poema de cordel? Explique.
Cordel em homenagem ao Código de Defesa do Consumidor.

2)   Qual é o recurso sonoro utilizado em boa parte do poema de cordel? Quantos versos há em cada estrofe?
Na maior parte do cordel há rima, e as estrofes apresentam seis versos.

3)   Qual é a finalidade de produção desse poema de cordel?
Posicionar-se em relação ao direito do consumidor, por meio de uma manifestação artística.

4)   Qual é o ensinamento apresentado nesse poema de cordel? Qual é a orientação específica dada ao consumidor/leitor?
Se o prestador de serviço não cumprir sua obrigação, existem meios legais de autuar a empresa; por intermédio de comprovante de compra, o consumidor pode fazer a reclamação.

5)   Releia os versos: “Não pode ser enganado/Nem tratado com discrepância/Ninguém pode descumprir a lei/Nem por erro ou ignorância”. Nesses versos, qual conjunção coordenativa conecta as orações que os compõem? Que sentido o uso dessa conjunção expressa?
As orações estão conectadas pela conjunção nem. Essa conjunção apresenta a ideia de adição, de negação.

6)   Agora, releia os versos: “Existem os meios legais/De fazer autuação/Mas pega sempre o comprovante”. Nesses versos, qual conjunção coordenativa conecta as orações que os compõem? Que sentido o uso dessa conjunção expressa?
A conjunção mas que, nesse contexto, estabelece uma condição para que uma autuação legal seja feita. Ou seja, não adianta procurar os meios legais para autuar um prestador de serviço se você não tiver um comprovante de má prestação.