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segunda-feira, 29 de julho de 2024

EDITORIAL: ATENÇÃO AO PEDESTRE - (FRAGMENTO) - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

Editorial: Atenção ao pedestre – Fragmento

                 Pesquisa mostra pico de movimento às 12hs e, SP, com 52% de deslocamentos a pé

        A cena tornou-se comum em locais de São Paulo com concentração de arranha-céus comerciais [...]: por volta do meio-dia, milhares de pessoas descem à rua para almoçar. Muitos vão ao banco, à escola dos filhos ou tratar de outros compromissos e problemas do cotidiano. [...]

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia58JHMp-zJZye5wISS-oZ2UDTp9nKSFYpv3lErhegvbBdzgwXMznITPR1Jd5eqaF-DPDJ3DRNgqnGLucQnY88JPqKgCtJOCHFs0W6fi6NxPKzsV3IIDbbcIgGAbKp3zV8gUk8hCLMyG_PpzDNgc4wmcEbw-PtrZimpZhuEyDincaKC-bHujB_hUIUp5w/s320/PICO.jpg

        Nada menos que 5,2 milhões de pessoas iniciam viagens entre as 12hs e as 13hs. Se isso não chega a causar os maiores congestionamentos do dia, é porque as movimentações são de curta duração e em grande número feitas a pé.

        O troféu dos engarrafamentos ainda permanece com o horário das 7hs. Como muitas das viagens em curso nesse momento começaram bem antes, os cidadãos em trânsito geram cifras ainda mais espantosos – 6,9 milhões de pessoas transitando ao mesmo tempo.

        De toda maneira, o novo pico das 12hs merece entrar no foco do poder público. Uma das razões é a predominância de pedestres. Se ao longo do dia os deslocamentos a pé perfazem32% do total, na hora do almoço eles somam 52%.

        Não raro essa grande concentração de gente a andar extravasa a superfície da calçada, que se torna pequena para acomodar a todos. As pessoas passam a descer para o leito carroçável da via, com o que se expõem a risco maior de atropelamento e contribuem para conturbar o trânsito de veículos.

        Parece evidente que, onde houver gargalos, o poder público deve considerar a ampliação dos passeios e a melhoria dos pisos. Medidas para acalmar ou restringir o tráfego de automóveis também podem impor-se como soluções locais.

        Outra providência possível seria aumentar o tempo de travessia nas faixas com semáforos para pedestres. Quem anda a pé pela cidade já teve a experiência de precisar correr para completar o percurso até o lado oposto, tão exíguos são os intervalos reservados para os bípedes atravessarem a pista. [...].

ATENÇÃO ao pedestre. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2019. Dispensável em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/atencao-ao-pedestre.shtml. Acesso em: 13 jul. 2019.

Entendendo o editorial:

01 – Qual é o principal pico de movimento de pedestres em São Paulo mencionado no editorial?

      O principal pico de movimento de pedestres em São Paulo ocorre ao meio-dia, entre as 12hs e as 13hs, quando milhares de pessoas saem às ruas para almoçar e resolver outros compromissos.

02 – Quantas pessoas iniciam viagens entre as 12hs e as 13hs em São Paulo?

      Entre as 12hs e as 13hs, 5,2 milhões de pessoas iniciam viagens em São Paulo.

03 – Qual horário é mencionado como o de maior congestionamento em São Paulo?

      O horário das 7hs é mencionado como o de maior congestionamento em São Paulo.

04 – Quantas pessoas estão em trânsito ao mesmo tempo durante o horário das 7hs em São Paulo?

      Durante o horário das 7hs, 6,9 milhões de pessoas estão em trânsito ao mesmo tempo em São Paulo.

05 – Qual a porcentagem de deslocamentos a pé ao longo do dia em São Paulo e qual a porcentagem durante o horário do almoço?

      Ao longo do dia, 32% dos deslocamentos em São Paulo são feitos a pé, enquanto durante o horário do almoço essa porcentagem sobe para 52%.

06 – Quais medidas o editorial sugere para melhorar a segurança dos pedestres durante o pico das 12hs?

      O editorial sugere que o poder público deve considerar a ampliação dos passeios, a melhoria dos pisos, medidas para acalmar ou restringir o tráfego de automóveis e aumentar o tempo de travessia nas faixas com semáforos para pedestres.

07 – Por que a concentração de pedestres nas ruas durante o horário do almoço é um problema, segundo o editorial?

      A concentração de pedestres durante o horário do almoço é um problema porque a superfície da calçada se torna insuficiente para acomodar todos, fazendo com que muitos pedestres desçam para o leito carroçável da via. Isso os expõe a maior risco de atropelamento e contribui para conturbar o trânsito de veículos.

 

EDITORIAL: DE CANUDO EM CANUDI - (FRAGMENTO) - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

 Editorial: De canudo em canudo – Fragmento

        A poluição dos mares por resíduos plásticos inscreve-se entre os temas ambientais mais preocupantes do presente. Descartamos nos oceanos, todos os anos, ciclópicas 8 milhões de toneladas desse polímero, o qual perfaz aproximadamente 85% do lixo marinho.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiio8hxnJ0wm3w_7E2I9O0LHCmY6y_kyuT9pLc9rf2Lli2HLet8OWoX40dxqFIw5gEd-P0myRZ9LrDnjfw74GABW69R8PcceE9RWayabL2wQ1y-Z7YJsP6pjSpZD6ToV_0NWE_8j6dnFWD9y3pG8nWSnbhAUnihrET2Rr9bIs-_8aD3CIFMpuSHRnfhD2U/s1600/CANUDO.jpg


        Ademais, como alguns desses materiais tardam um século ou mais para se decompor, sua acumulação converte-se em um problema que atravessa gerações.

        Embora seja difícil imaginar uma solução única para a questão, iniciativas pontuais, se somadas, podem fazer diferença. Segue esse espírito a tendência, que ganha corpo em todo o mundo, de proibir os canudos de plástico descartáveis.

        Recentemente, a cidade de São Paulo aderiu a ela. A lei, que deve entrar em vigor no segundo semestre, proíbe o artigo em hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos e eventos musicais. A multa para os recalcitrantes pode chegar a R$ 8.000. [...]

        A investida contra os canudinhos tem sua razão de ser. Desnecessários, a não ser para certas condições médicas, e utilizados por poucos minutos, não integram uma cadeia de descarte voltado à reciclagem. Uma vez nos oceanos, levam mais de 200 anos para se decompor.

        Não existem estatísticas sobre o consumo de canudos plásticos no Brasil, mas os números internacionais assustam. Estima-se que pelo menos 170 milhões de unidades sejam jogadas fora por dia nos EUA.

        Sua proibição, no entanto, ataca apenas uma parte diminuta do problema. Estima-se que os canudinhos componham de 4% a 7% do plástico que polui os mares.

        Não à toa, iniciativas de maior amplitude vêm sendo colocadas em prática. Na principal delas, a União Europeia anunciou que irá banir até 2021 os chamados plásticos de uso único – categoria que inclui copos, pratos, talheres, cotonetes, tampas e embalagens para entrega de comida. [...]

DE canudo em canudo. Folha de S. Paulo, 14 jul. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/de-canudo-em-canudo.shtml. Acesso em: 9 set. 2019.

Entendendo o editorial:

01 – Qual é o tema central do editorial "De canudo em canudo"?

      O tema central do editorial é a poluição dos mares por resíduos plásticos e as iniciativas para combater essa problemática, com foco específico na proibição de canudos plásticos descartáveis.

02 – Quantas toneladas de plástico são descartadas nos oceanos anualmente, segundo o editorial?

      Segundo o editorial, são descartadas aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico nos oceanos todos os anos.

03 – Por que a acumulação de resíduos plásticos nos oceanos é um problema que atravessa gerações?

      A acumulação de resíduos plásticos é um problema intergeracional porque muitos desses materiais levam um século ou mais para se decompor, permanecendo no ambiente por longos períodos.

04 – Qual cidade brasileira mencionada no editorial aderiu à proibição de canudos plásticos descartáveis?

      A cidade de São Paulo é mencionada no editorial como tendo aderido à proibição de canudos plásticos descartáveis.

05 – Quais estabelecimentos em São Paulo serão afetados pela nova lei que proíbe canudos plásticos descartáveis?

      A nova lei em São Paulo afetará hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos e eventos musicais.

06 – Por que a proibição de canudos plásticos descartáveis é considerada uma iniciativa importante, embora não resolva todo o problema da poluição marinha?

      A proibição é importante porque os canudos plásticos são desnecessários na maioria dos casos, não são recicláveis e levam mais de 200 anos para se decompor nos oceanos. No entanto, eles representam apenas uma pequena parte do problema, compondo de 4% a 7% do plástico que polui os mares.

07 – Qual medida de maior amplitude está sendo tomada pela União Europeia para combater a poluição por plásticos, mencionada no editorial?

      A União Europeia anunciou que irá banir até 2021 os plásticos de uso único, como copos, pratos, talheres, cotonetes, tampas e embalagens para entrega de comida, numa medida de maior amplitude para combater a poluição plástica.

 

domingo, 1 de agosto de 2021

EDITORIAL - PUBLICIDADE POLÊMICA(PROPAGANDA DE PRODUTOS INFANTIS) - FOLHA UOL - COM GABARITO

 EDITORIAL - PUBLICIDADE POLÊMICA

A propaganda de produtos infantis precisa respeitar certas regras, mas é melhor a autorregulamentação do que uma proibição absoluta

 

Tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados o projeto de lei 5.921, que prevê veto à propaganda dirigida ao público infantil. Ao longo desse período, em que pesem as polêmicas, boa parte dos defensores e críticos concorda com alguns princípios básicos.

É um consenso que o público infantil é mais vulnerável às investidas publicitárias e deve ser poupado de apelos consumistas e de mensagens que depreciem valores sociais positivos, como a solidariedade e a vida em família.

A iniciativa parlamentar, de dezembro de 2001, serviu como sinal de alerta para a indústria e as agências de publicidade. Elas perceberam o recrudescimento de reações contrárias a abusos em anúncios e nos meios de comunicação.

É sintomático que, em 2006, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) tenha divulgado o documento “Novas Normas Éticas”, que trata da propaganda de produtos destinados a crianças e adolescentes.

Já em seu início, o texto reconhecia a “exigência flagrante da sociedade” de que a publicidade se engajasse “na formação de cidadãos responsáveis e consumidores conscientes”.

Em 2010, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) assinaram compromisso público para impor limites à divulgação de produtos que contribuam para a obesidade e doenças a ela associadas.

Não obstante, permanecem vivas pressões para que a propaganda destinada a crianças seja banida. Há várias campanhas contra e a favor, como as intituladas “Somos Todos Responsáveis” e “Infância Livre de Consumismo”.

É fato que em outros países há limitações legais. Nos EUA, por exemplo, a publicidade para crianças e adolescentes é limitada a 20% do total veiculado. Na Suécia, não pode ser exibida antes das 21h.

São possibilidades que merecem ser discutidas pelo Conar, dentro do princípio de que a melhor alternativa é a autorregulamentação. O conselho deveria tomar a iniciativa de apresentar uma proposta para debate público.

A proibição absoluta é uma saída drástica, com vezo autoritário. Fere o direito à informação e confere ao Estado a prerrogativa de substituir os pais na decisão do que pode ser visto por seus filhos.

Não há dúvida de que o Conar conquistou o respaldo da sociedade. Ele precisa, no entanto, apertar os seus controles.

Estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostrou que propagandas de cerveja veiculadas na TV – exceção questionável à restrição de horário a publicidade de bebidas alcoólicas – não respeitam 12 das 16 determinações do código de autorregulamentação avaliadas na pesquisa.

Para consagrar-se, o salutar princípio da autorregulamentação precisa mostrar-se efetivo.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/36128- publicidade-polemica.shtml. Acesso em: 24/12/2015.)

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtt1ODev5HViQtfIIejooWdiB38XMdZFs9pa8TXvN1dH0EYE0lbafOQ4m9lgdhLYDEtW46gkSxrnrjgoSqx3zutEmDUxwFxMRhqKjck6dBDKqeBU4aryYUi1HnmouCY8gT6S-Bi6nNc2E/s580/propaganda.png.


Entendendo o texto

1. Os editoriais geralmente abordam um tema do momento, que está em discussão na sociedade.

a) Qual é o tema abordado pelo editorial em estudo?

        A questão da proibição ou da autorregulamentação da propaganda destinada a crianças.

b) Por que esse tema estava sendo debatido no Brasil no momento da publicação do editorial?

 Por causa de iniciativas de parlamentares e de cidadãos com vistas à proibição de propagandas destinadas ao público infantil e do interesse de órgãos como o Conar, a Abia e a ABA em regulamentar esse tipo de propaganda.

2. Por meio dos editoriais, os jornais e revistas expressam seu ponto de vista sobre o tema abordado, seja para fazer uma crítica ou um elogio a algo ou a alguém, seja para fazer sugestões ou estimular a reflexão. No editorial lido, o jornal deixa clara a sua posição.

a) Esse posicionamento é contra ou a favor da proibição da propaganda dirigida ao público infantil?

É contra.

b) Em que partes do texto esse posicionamento é apresentado de forma explícita?

No subtítulo e no 10¼ parágrafo, que se inicia com a afirmação “A proibição absoluta é uma saída drástica, com vezo autoritário”.

c) Que argumentos são usados para esse posicionamento?

O argumento de que a proibição fere o direito à informação, o de que ela confere ao Estado a prerrogativa de substituir os pais na decisão do que pode ser visto pelos filhos e, por último, os exemplos de outros países.

3. O texto cita pontos de consenso entre defensores e críticos. Quais são esses pontos?

O público infantil é mais vulnerável à publicidade; deve ser poupado de apelos consumistas e de mensagens que depreciem valores sociais positivos, como a solidariedade e a vida em família.

4. Os editoriais têm uma estrutura relativamente simples: apresentam uma ideia principal (tese), que expressa o ponto de vista do jornal ou revista sobre o tema; um desenvolvimento, constituído por parágrafos que fundamentam a ideia principal; e uma conclusão, geralmente formulada no último parágrafo do texto. A estrutura do editorial lido poderia ser esquematizada da forma mostrada a seguir. Complete o esquema, indicando um argumento e a conclusão.

Ideia principal

A questão da propaganda dirigida ao público infantil é polêmica, com defensores e críticos.

Desenvolvimento

1º argumento: Embora haja polêmica, há concordância em alguns princípios básicos quanto à propaganda para o público infantil.

2º argumento: Entidades como o Conar, a Abia e a ABA apresentaram propostas de regulamentação dessa propaganda.

 3º argumento: Há campanhas contra e a favor da propaganda destinada a crianças.

Conclusão: A proibição absoluta fere o direito à informação e transfere para o Estado um papel que é dos pais.

5. O editorial é um texto que pertence ao grupo dos gêneros argumentativos, ou seja, aqueles que têm a finalidade de persuadir o leitor e, portanto, precisam apresentar argumentos consistentes, como relações de causa e consequência, comparações, informações, depoimentos de autoridades, dados estatísticos de pesquisa, etc. Identifique no desenvolvimento do editorial lido:

a) relações de causa e consequência;

“o público infantil é mais vulnerável às investidas publicitárias”.

b) comparação com outros países;

Nos EUA, a publicidade para crianças e adolescentes é limitada a 20% do total veiculado; na Suécia, a exibição é proibida antes das 21h.

c) estudos e dados estatísticos.

Estudo da Unifesp mostrou que propagandas de cerveja veiculadas na TV não respeitam 12 das 16 determinações do código de autorregulamentação proposto pelo Conar.

6. Nos editoriais, a conclusão geralmente ocorre no último parágrafo e costuma apresentar uma síntese das ideias expostas ou uma sugestão ou proposta para a solução do problema abordado.

De que tipo é a conclusão do editorial lido?

7. Observe a linguagem empregada no texto, inclusive os verbos e pronomes. Como os editoriais expressam a opinião do jornal ou revista e não a de um jornalista em particular, é comum não haver neles a identificação de quem os escreveu.

Além disso, esse gênero privilegia a impessoalidade, isto é, o autor fala do tema de modo distanciado, sem se colocar diretamente no texto.

No editorial lido:

a)   Que pessoa verbal predomina? O uso dessa pessoa contribui para impessoalizar o texto? Por quê?

 Predomina a 3ª pessoa; seu uso contribui para impessoalizar o texto, permitindo ao autor tratar o assunto de modo distanciado, sem se colocar diretamente no texto.

b)   Em que tempo estão as formas verbais, predominantemente?

          No presente do indicativo.

 

 

sábado, 26 de junho de 2021

EDITORIAL - A REVOLUÇÃO DOS SESSENTÕES - LUÍS PELLEGRINI - REVISTA PLANETA - COM GABARITO

 Editorial – A Revolução dos Sessentões


Luís Pellegrini

Velhice não é doença. Assim começa a matéria "A Revolução dos Sessentões", neste número. Parece incrível que essa verdade óbvia tenha de ser repetida com destaque. Mas, nos tempos atuais, de hipervalorização dos atributos e das esperanças ligados à juventude, reafirmar que velhice não é doença pode ser não apenas coisa necessária como útil.

Nossa civilização moderna exalta de tal modo a juventude que ninguém hoje quer ficar velho e todos (ou pelo menos a grande maioria) fazem tudo o que podem - e também o que não poderiam - para manter-se jovens, pelo menos na aparência física. Vem daí a profusão de clínicas de cirurgia plástica e de academias de fitness que nos acenam, em suas propagandas, com a promessa da eterna juventude. No mundo da moda, então, a ditadura do jovem é total: as passarelas dos desfiles são reservadas aos modelos de 20 anos ou menos, as criações dos estilistas praticamente só levam em conta os corpinhos das lolitas e dos efebos. Como se os que já  passaram dos 50 e foram bem além não tivessem necessidade de se vestir - de preferência com bom gosto - e andassem por aí pelados ou enrolados em sacos e lençóis.

Felizmente, como mostra nossa reportagem, a  cabeça das pessoas está mudando. Sobretudo entre os idosos. A cada dia, um número maior dos que já dobraram o Cabo da Boa Esperança etária e entraram nas fases dos "enta" decidem proclamar sua liberdade e romper o anátema "está velho, está morto". O fenômeno da valorização da idade avançada e do resgate dos valores inerentes à fase madura da vida corre a galope. São os da terceira e da quarta idade que, hoje, mantêm abertos os hotéis e resorts turísticos nas épocas de baixa estação. São eles que dispõem de clínicas e médicos especializados graças aos quais, hoje, "ninguém morre mais", e todos caminham tranquilos para os 80, os 90 e até os 100 desfrutando de uma razoável qualidade de vida.

O que se deve fazer para entrar no cada vez mais numeroso, alegre e ruidoso cordão dos "sexygenários"? Em primeiro lugar, abandonar duas falsas ideias: a de que velhice é doença e a de que só é bom aquilo que é jovem. A seguir, arregaçar as mangas, sair da toca, procurar seus iguais ou assemelhados e se lançar no mundo. Se você for um deles, não perca tempo. Você pode e merece viver intensamente sua vida e seus desejos até o fim.

Planeta. São Paulo: Três, mar. 2009. p. 4.

FONTE: Reprodução/Editora Três.

Fonte: Livro: Língua Portuguesa: linguagem e interação/ Faraco, Moura, Maruxo Jr. – 3.ed. São Paulo: Ática, 2016. p.308 -309.

Entendendo o texto

1. Estudamos que o editorial costuma apresentar o conteúdo das reportagens e matérias jornalísticas publicadas no veículo de imprensa que ele representa.

a) De que maneira o texto realiza esse objetivo?

    Com base no conteúdo de uma das matérias, o diretor de redação traz à discussão o tema da velhice.

b) O autor do editorial é Luis Pellegrini, diretor de redação da revista Planeta. Você acha que, em seu texto, as opiniões que ele defende são exclusivamente pessoais ou devem representar a posição dessa publicação em relação ao assunto tratado? Justifique sua resposta.

Por ser um editorial, as opiniões expressam a posição da revista sobre o tema - embora possam coincidir com as opiniões do próprio autor.

2. A exemplificação é utilizada pelo autor para tratar da velhice. Em sua opinião, quais exemplos citados por Pellegrini melhor ilustram o que ele afirma a respeito desse tema? Por quê?

Resposta pessoal.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

EDITORIAL: FELIZES PARA SEMPRE? QUEM DERA... GLÁUCIA LEAL - COM GABARITO

 EDITORIAL: Felizes para sempre? Quem dera...

Gláucia Leal

Em tempos de tão pouca tolerância consigo mesmo e com os outros, manter relacionamentos amorosos duradouros e felizes parece um dos objetivos mais almejados entre pessoas de variadas classes sociais e faixas etárias. Fazer boas escolhas, entretanto, não é tarefa fácil - haja vista o grande número de relações que termina, não raro, de maneira dolorosa - pelo menos para um dos envolvidos. Para nossos avós o casamento e sua  manutenção, quaisquer que fossem as penas e os sacrifícios atrelados a eles, era um destino quase certo e com pouca possibilidade de manobra. Hoje, entretanto, convivemos com a dádiva (que por vezes se torna um ônus) de escolher se queremos ou não estar com alguém.

Um dos pesos que nos impõe a vida líquida (repleta de relações igualmente líquidas, efêmeras), como escreve o sociólogo Zygmunt Bauman, é a possibilidade de tomarmos decisões (e arcar com elas). Filhos ou dependência econômica já não prendem homens e mulheres uns aos outros, e cada vez mais nos resta descobrir onde moram, de fato, nossos desejos. E não falo aqui do desejo sexual, embora seja um aspecto a ser considerado, mas do que realmente ansiamos, aspiramos para nossa vida. Mas para isso é preciso, primeiro, localizar quais são nossas faltas. E nos relacionamentos a dois elas parecem ecoar por todos os cantos.

Dividir corpos, planos, sonhos, experiências, espaços físicos e talvez o mais precioso, o próprio tempo, acorda nos seres humanos sentimentos complexos e contraditórios. Passados os primeiros 18 ou 24 meses da paixão intensa (um período de maciças projeções), nos quais a criatura amada parece funcionar como bálsamo às nossas dores mais inusitadas, passamos a ver o parceiro como ele realmente é: um outro. E essa alteridade às vezes agride, como se ele (ou ela) fosse diferente de nós apenas para nos irritar. Surge então a dúvida, nem sempre formulada: continuar ou desistir?

Nesta edição, especialistas recorrem a inúmeros estudos sobre relacionamento afetivo para confirmar algo que, intuitivamente, a maioria de nós já sabe: 1. nada melhor que dividir alegrias com quem amamos (afinal, de que adianta estar junto se não é para ser bom?); 2. educação e aquelas palavrinhas mágicas (obrigado, por favor, desculpe) fazem bem em qualquer circunstância, principalmente se acompanhadas da verdadeira gratidão pelos pequenos gestos da pessoa com quem convivemos; 3. intimidade não vem pronta, é conquistada a cada dia, quando partilhamos nossos medos, segredos e dúvidas; 4. é possível aprender a agir de forma mais generosa consigo mesmo e com nosso companheiro, e essa postura ajuda a preservar o carinho, a admiração e o amor. Óbvio? Nem tanto... Se fosse, não haveria tanta gente em busca da felicidade conjugal...

Boa leitura.

Gláucia Leal, editora (60)

glaucialeal@duettoeditorial.com.br

Mente e Cérebro. São Paulo: Duetto Editorial, fev. 2010. p. 3.

FONTE: Reprodução/Ed. Duetto.

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbr.pinterest.com%2Flaurindamporto%2Fcasais%2F&psig=AOvVaw1tj_IGk9NixkkE--jzJLJ3&ust=1624752231949000&source=images&cd=vfe&ved=0CAoQjRxqFwoTCNjU9fH_s_ECFQAAAAAdAAAAABAD

Fonte: Livro: Língua Portuguesa: linguagem e interação/ Faraco, Moura, Maruxo Jr. – 3.ed. São Paulo: Ática, 2016. p.288-90. 


Para entender o texto

1.A tese defendida no texto é que a manutenção dos relacionamentos amorosos não é fácil, embora seja algo intensamente desejado pelas pessoas. Segundo a autora do texto, o que comprovaria essa ideia?

O término doloroso dos relacionamentos, a indisposição das pessoas em fazer concessões ao outro e a dificuldade de reconhecer as próprias falhas são algumas ideias que a autora levanta para a dificuldade na manutenção dos relacionamentos.

2. Para Gláucia Leal, escolher se queremos ou não estar com alguém pode ser uma dádiva (um presente, uma coisa benéfica) ou um ônus (uma dificuldade, uma coisa negativa). Por quê?

Segundo a autora, a tomada dessa decisão não é fácil, e obriga as pessoas a se confrontarem consigo mesmas, com seus desejos e com a própria personalidade.

3. Segundo o texto, que fator(es) pode(m) levar as pessoas a decidirem se querem manter ou romper um relacionamento amoroso?

A descoberta, passado o período de intensa paixão, de que o outro é diferente de nós, e a necessidade de reconhecer e aceitar essa diferença.

4. No parágrafo final do texto, em dois enunciados seguidos empregam-se as reticências.

a) Localize esses enunciados e copie-os.

São os enunciados finais do texto: "Nem tanto... Se fosse, não haveria tanta gente em busca da felicidade conjugal...".

b) Explique os possíveis sentidos das reticências nesse trecho.

O sentido das reticências nesse caso é irônico, pois elas convidam o leitor a aceitar um ponto de vista que contradiz o caráter "óbvio" dos temas que serão discutidos nos artigos da revista.

5. Você concorda com os argumentos da autora segundo os quais o que sustenta a felicidade conjugal não é algo tão óbvio? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

As palavras no contexto

1. No início do primeiro parágrafo do texto são empregados consigo, pronome oblíquo reflexivo, e outros, pronome indefinido.

a) Explique que oposição essa escolha de pronomes ajuda a expressar no texto?

O texto opõe "um" ao "outro" e que a dinâmica dos relacionamentos é explicada como oposição entre os desejos de dois sujeitos diferentes.

b) Essa oposição é importante em outras partes do texto? Por quê?

No final do terceiro parágrafo essa oposição se explicita na dúvida que a autora formula: "continuar ou desistir?". As formas linguísticas destacadas (consigo e outros) estabelecem, desde o início da argumentação, essa oposição que o enunciador estende para todo o texto.

2. No terceiro parágrafo, a palavra funcionar é empregada metaforicamente em uma ocorrência. Releia o trecho e observe o sentido do destaque.

[...] Passados os primeiros 18 ou 24 meses da paixão intensa (um período de maciças projeções), nos quais a criatura amada parece funcionar como bálsamo às nossas dores mais inusitadas, passamos a ver o parceiro como ele realmente é: um outro. (linhas 33-38)

Como você explicaria, com suas palavras, o sentido metafórico da palavra funcionar no trecho "a criatura amada parece funcionar como bálsamo"?

Funcionar, nesse caso, significa "agir como", "ter o efeito de".

EDITORIAL - ADOLESCÊNCIA & SAÚDE - MARCELO GERALDI - COM GABARITO

 Editorial- ADOLESCÊNCIA & SAÚDE

Marcelo Geraldi

Crescer, desenvolver-se. Esse é o significado da palavra adolescência em sua origem, do latim adolescere. Porém, deixar o mundo infantil e entrar na adolescência implica uma série de transformações internas e externas que, para muitos, torna-se confusa e sofrida.

O nível de exigência e os padrões ditatoriais aos quais estamos submetidos hoje em dia, especialmente no campo estético e na busca incessante pelo sucesso, acabam por criar no adolescente uma grande ansiedade quanto ao futuro.

Temos a falsa impressão de que ser adolescente no mundo atual é mais fácil do que era antigamente, pois os pais são mais tolerantes, compreensivos e, portanto, os adolescentes gozam de maior liberdade de expressão, sexo, escolha profissional etc. Porém, se no passado sentia-se falta dessa liberdade, hoje em dia sofre-se com outra falta, que acaba provocando um excesso extremamente prejudicial: a falta de limites. Soma-se a isso a dificuldade, muitas vezes enfrentada pelos pais, de assumir o verdadeiro papel de educadores e orientadores, e não apenas o de amigos desses jovens.

Nesse contexto, além dos problemas comuns da adolescência relacionados com o crescimento e o desenvolvimento, surgem como questões de alta relevância as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e a gravidez não planejada, assim como determinados distúrbios psiquiátricos e alimentares, como crise de pânico, depressão, violência, drogadições e anorexia. Muitos desses transtornos constituem graves problemas de saúde pública, despertando políticas sociais específicas voltadas para essa faixa etária.

Atualmente transita no Congresso Nacional um projeto de lei que objetiva reduzir a maioridade penal  para 16 anos. Medidas como essa, apesar de apresentarem simplicidade em análise menos criteriosa, escondem no seu cerne situações complexas de nossa sociedade, em que a degradação dos valores morais, a alteração dos núcleos familiares e a "falência da autoridade" nas mais variadas esferas podem ser apontadas como causas relevantes a serem discutidas.

A necessidade de estudar, observar, compreender e discutir as transformações da adolescência, levando-se em conta o contexto atual, é que engrandece iniciativas como esta publicação, que veicula informações com conteúdos altamente relevantes. A revista Adolescência & Saúde oportuniza debates e estudos de relevância capital, que antes não encontravam fórum em um periódico especializado. Temas como violência contra adolescentes, gravidez não planejada e tantos outros agora possuem sua revista científica específica, capitaneada por especialistas que têm dedicado sua carreira profissional ao estudo dessa fase determinante da vida do indivíduo.

Todo esforço e investimento empreendidos até aqui e a partir desta edição justificam-se pelo nobre objetivo de elevar o nível do debate e do conhecimento sobre o adolescente e suas saúdes física e mental. Se lograrmos com isso, de alguma forma, ajudar os indivíduos nessa transição para que iniciem a fase adulta saudáveis e emocionalmente equilibrados, então tudo terá valido a pena.

Aproveito para agradecer à Dra. Kátia Nogueira, que há seis anos nos presenteou com a oportunidade de fazer parte desta história de sucesso, e  parabenizar enfaticamente a Dra. Isabel Bouzas e seus colaboradores pelas valiosas conquistas, que vão desde a adoção desta linha temática até a recente qualificação, reflexo da excelência alcançada pela Adolescência & Saúde.

GERALDI, Marcelo. Adolescência & Saúde. Rio de Janeiro: Uerj, 2009. n. 3, v. 6, julho-setembro, 2009. p. 5. Disponível em: www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=11. Acesso em: jul. 2015.

Fonte da imagem -https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbr.freepik.com%2Fvetores-gratis%2Fdesenhos-animados-meninos-e-meninas-de-adolescente_5038388.htm&psig=AOvVaw2QXKL8IS15MTfCjEgs8abR&ust=1624750351365000&source=images&cd=vfe&ved=0CAoQjRxqFwoTCICrgPT4s_ECFQAAAAAdAAAAABAD

Fonte: Livro: Língua Portuguesa: linguagem e interação/ Faraco, Moura, Maruxo Jr. – 3.ed. São Paulo: Ática, 2016. p.285-288. 

Para entender o texto

1. A revista Adolescência & Saúde é um periódico científico. Responda.

a) Você sabe o que é um periódico científico? Imagina qual seja a finalidade dele? Conhece outras publicações semelhantes a essa?

Resposta pessoal.

Sugestão: São publicações lançadas com frequência definida, que publicam os artigos científicos e outros gêneros por meio dos quais os cientistas e pesquisadores divulgam os resultados dos seus estudos para a comunidade acadêmica.

b) Esse tipo de publicação não é, normalmente, divulgado em bancas de jornais ou livrarias. Então, se você quisesse ter acesso a um periódico científico, como acha que deveria proceder?

Resposta pessoal.

Sugestão: Publicações científicas costumam ter circulação restrita, em geral entre grupos de assinantes, que costumam ser outros cientistas ou pesquisadores. Hoje, muitas publicações científicas são disponibilizadas em sites e mecanismos de busca especializados, a partir dos quais podem ser acessadas.

c) Os autores que escrevem num periódico científico são, em geral, cientistas que pretendem divulgar suas pesquisas. Em sua opinião, quem seriam os supostos leitores da revista? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

d) Nas revistas mais comuns são publicados, em geral, notícias, reportagens, fotorreportagens, textos de propaganda e publicidade, artigos de opinião, entre outros gêneros de texto coerentes ao formato do periódico. Que gêneros de texto você imagina encontrar em uma revista como Adolescência & Saúde?

Resposta pessoal.

Sugestão: Nos periódicos científicos, os gêneros mais comuns são o artigo científico, o resumo, a resenha.

2. É bem provável que você, que responde às questões desta seção, seja um adolescente. Você concorda com a definição de adolescência apresentada no primeiro parágrafo do texto, ou discorda dela? Explique por quê.

Resposta pessoal.

3. Ao longo do editorial, o autor explica os objetivos da revista, indicando suas principais finalidades.

a) Resuma, em uma ou duas sentenças, as finalidades da revista explicadas pelo autor, Marcelo Geraldi.

Resposta pessoal.

Sugestão: A principal finalidade da revista é tornar-se um espaço para divulgação de pesquisas relacionadas à adolescência, com ênfase em questões de saúde desse público.

b) Além das questões de saúde, o autor aponta outros aspectos da vida dos adolescentes tematizados nos textos publicados: violência contra adolescentes, gravidez na adolescência, entre outros. Tente explicar que relação pode haver entre esses temas e as questões de saúde e que importância haveria em se abordar esses temas numa revista como essa.

Esses temas englobariam questões que, em princípio, poderiam interferir na saúde dos adolescentes, o que justifica também estarem nesse periódico.

4. O autor do texto afirma que as transformações da adolescência podem fazer esse período da vida tornar-se confuso e sofrido. Para você, quais poderiam ser as razões que desencadeiam esses sentimentos?

Resposta pessoal.

5. No terceiro parágrafo do texto, são apontadas algumas contradições em ser adolescente hoje. Você percebe essas contradições em seu dia a dia? Como você lida com elas?

Resposta pessoal.

6. A "falta de limites" é, segundo Marcelo Geraldi, uma das causas dos problemas enfrentados pelos adolescentes contemporâneos.

 Você concorda com essa ideia? Explique seu ponto de vista.

 Resposta pessoal.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

EDITORIAL: GENTILLI, A CENSURA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO - VICTOR AMATUCCI - COM GABARITO

 EDITORIAL: GENTILLI, A CENSURA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Qualquer discussão, para que posso ocorrer de maneira civilizada, precisa de bases comuns das quais partir. Vamos estabelecer então algumas definições, a fim de identificar se a condenação do humorista ele foi condenado por injúria.

Injúria (substantivo feminino): ato ou efeito de injuriar. Injustiça, aquilo que é injusto; tudo o que é contrário ao direito. Dito ou ato insultuoso, ofensivo. Ato ou efeito de danificar; dano. JURÍDICO (TERMO) ilícito penal praticado por quem ofende a honra e a dignidade de outrem.

Para efeitos práticos, o que nos serve de definição são os itens 3, 4 e 5, ou seja, “ato insultoso, ofensivo”, que causou dano à honra e dignidade da deputada. Ao menos é isso que está implícito quando se diz que ele foi condenado por injúria (se a justiça entendesse que ele não ofendeu, ele seria inocentado). Ok, isso é óbvio. Verifiquemos, então, o que significa “liberdade de expressão”. Diz a Constituição Federal, em seu artigo 5º:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou a imagem.

 

E quais os fatos que levaram à condenação?

 O humorista foi notificado, extrajudicialmente, por uma deputada. Ela pedia que ele retirasse de seu Twitter algumas declarações que considerou ofensivas. A Constituição afirma que é livre a manifestação do pensamento, mas que é assegurado o direito de resposta, além de indenização por dano material, moral ou à imagem. O que fez o humorista ao receber a notificação?

Ele não se manifestou publicamente através de nota ou advogado. Ele não escreveu um tweet. Ele fez um vídeo e publicou. No vídeo, ele pega a notificação rasga, coloca dentro da cueca, tira da cueca, coloco num envelope, escreve “com cheirinho especial” e põe no correio de volta.

O que é Censura?

Censura (substantivo feminino): ação ou efeito de censurar. Análise, feita por censor, de trabalhos artísticos, informativos, etc.,ger. Com base em critérios morais ou políticos, para  julgar a conveniência de sua liberação à exibição pública, publicação ou divulgação. POR METONÍMIA restrição à publicação, exibição, et., feita com base nessa análise. POR METONÍMIA comissão ou repartição encarregada dessa análise.

VictorAmatucci.abr 12, 2019. Editorial, Todas. Disponível em: https://www.imprenca.com/2019/04/12/editorial-gentilli-a-censura-e-liberdade-de-expressao/.Acesso em: 23/07/2020.

ENTENDENDO O EDITORIAL

1)   Qual fato ocorreu em torno da produção desse editorial?

A condenação judicial do humorista Danilo Gentilli por uma suposta ofensa a uma deputada brasileira.

 

2)   O texto apenas relata os fatos ou apresenta uma opinião a respeito da questão tratada?

Também apresenta opinião uma vez que é característica do gênero textual editorial.

3)   Transcreva a opinião do autor em relação ao fato relatado.

“Qualquer discussão, para que possa ocorrer de maneira civilizada, precisa de algumas bases comuns das quais partir”.

 “...censura é uma análise feita antes da publicação de qualquer coisa, não depois. A condenação, portanto, não pode ser chamada de censura.”

 “Depois ele publicou um vídeo obviamente ofensivo”.

 “O vídeo não sofreu censura.”

4)   Qual é o seu posicionamento sobre a condenação de Danilo Gentilli? Você acredita que ele feriu o limite da liberdade de expressão ou foi apenas censurado?

         Resposta pessoal.

5)   Qual é o limite entre a liberdade de expressão e a ofensa?

A liberdade de expressão não deve ser defendida apenas para as pessoas que pensam igual a você. Sentir-se ofendido é algo pessoal. Considerando que o condenado em questão é um humorista, suas piadas podem ofender uma pessoa e outra não.

Todos têm a liberdade de expressão, de opinião e manifestação, pois não pode haver a censura prévia, ou seja, você não pode ser impedido de dizer algo, mas deve estar consciente que se alguém sentir-se ofendido, terá o total direito de se defender inclusive judicialmente e será ela, a justiça, que decidirá se você cometeu um crime de calúnia, injúria, difamação.

A Constituição afirma que é livre a manifestação do pensamento, as que é assegurado o direito de resposta, além de indenização por dano material, moral ou à imagem.