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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

LIVRO(ATIVIDADES): DOZE REIS E A MOÇA NO LABIRINTO DO VENTO - AUTORA: MARINA COLASANTI - COM GABARITO

 LIVRO(ATIVIDADES): DOZE REIS E A MOÇA NO LABIRINTO DO VENTO

AUTORA: MARINA COLASANTI

Capítulo 01 – A moça tecelã

 

01. O que fazia lá fora a claridade da manhã? p.10

Desenhava o horizonte.

02. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, o que a moça colocava na lançadeira? p.10

Colocava grossos fios cinzentos do algodão mais felpudos.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIJ46BLKTjzU_OXu9IOu6v-U2UTTPToG28yUW2m5TggBrZpu7-mnl454fPuqnVMcnwNiWkoyjXQOTiPJf6gPiGjxdR-ZukOesnH68-clv-7HYK6hf3UpDwaj9htdtlVwdVNqGYPIj-fY0_EVvtIGhxnoKV2jcU-kfCRWqEKtDE2_6Gip8LKEEwo3YYQ8o/s1600/TECELA.png


03. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça fazer o quê para que o sol voltasse a acalmar a natureza? p.10

Bastava a moça tecer com seus belos fios dourados.

04. Que fazia a moça na hora da fome? p.11

Tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas.


05. Pela primeira vez pensou como seria bom ter o quê? p. 11

Ter um marido ao lado.

06. A moça começou a entremear no tapete e aos poucos o que foi aparecendo? p.11

Chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.

07. Por que a moça não precisou abrir a porta?  p.11

Porque o moço meteu a mão na maçaneta tirou o chapéu de pluma, e foi entrando na sua vida.

08. Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou em quê? p.13

Pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

09. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo o quê? p.13

Tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços.

10. Afinal, o palácio ficou pronto. Que cômodo o marido escolheu para ela? p.14

Escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.

11. Por qual motivo o marido alegou ao colocá-la no alto da torre? p.14

Disse que é para que ninguém saiba do tapete.

12. Que disse o marido antes de trancar a porta à chave? p.14

Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos.

13. E pela primeira vez pensou como seria bom estar sozinha de novo. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear, e fez o quê? p. 14

Segurou a lançadeira ao contrário e, jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido.

 

Capítulo 02 – Entre leão e unicórnio 

 

01. Quem estava deitado do lado da recém-esposa do rei? p.17

Viu um leão deitado.

02. O que a rainha não ousou revelar antes do casamento ao rei? p.17

Que desde sempre esse leão me acompanha.

03. Onde mora o leão? p.17

Mora na porta do meu sono, e não deixa ninguém entrar ou sair.

04. Penalizado, o rei perguntou o que poderia fazer para livrá-la de tão cruel carcereiro. O que ela respondeu? p. 18

Quando o leão aparecer – pegue a espada e corte-lhe as patas.

05. Numa madrugada quente o rei viu que o quarto real estava invadido pelo o quê? p.18

Invadido por dezenas de beija-flores e que um enxame de abelhas se agrupava na cabeceira.

06. Só ao rei perceber o primeiro espreguiçar-se da rainha, emergiu de dentro da cama, contando-lhe da bicharada. O que falou a rainha?  p.18

É que dormindo ao seu lado, meu caro esposo, cada vez mais doce e mais floridos se fazem meus sonhos – explicou ela, sorrindo com ternura.

07. Uma noite, tendo jantado muito o rei acordou no meio da noite e foi tomar um pouco de ar. Que animal viu no seu aposento real? p.19

Um unicórnio azul.

08. Onde o unicórnio leva a rainha? p.19

Leva meus sonhos lá onde eu não tenho acesso. Galopa a noite inteira sem que eu tenha controle.

09. O rei só desejava que a rainha adormecesse rápido, para quê? p.20

Noite após noite, partiu o rei nas costas do unicórnio, para só retornar ao amanhecer.

10. Que pediu a mais fiel de suas damas de companhia? p.21

Deveria esconder-se debaixo da cama real, assim que ela adormecesse veria surgir um leão sem patas e que ela com fio de seda, as costurasse no lugar.

 

Capítulo 03 – A mulher Ramada 

 

01. O jardineiro no canto mais afastado do jardim, ninguém via. Ele fazia o quê? p.26

Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as estações.

02. Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado, quando sentiu o quê? p.26

Quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito.

03. No dia seguinte, o que o jardineiro recebeu? p.26

Duas belas mudas.

04. Durante meses ele trabalhou, fazendo o quê com as mudas? p. 27

Conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida.

05. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, como? p.27

Fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua.

06. Que nome recebeu a mulher ramada?  p.28

Rosamulher.

07. De tanto contrariar a primavera, o que aconteceu com o jardineiro? p.30

Adoeceu.

08. Rosamulher florida, pareceu-lhe ainda mais linda. E o coração do jardineiro soube o quê? p.30

Que nunca mais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.

 

Capítulo 04 – A No colo do verde vale  

 

01. Na juventude, naquela época, certo de que o mundo inteiro era arrastado por ele, como numa imensa rede, fazia o quê? p.34

Enchia-se de orgulho e poder.

02. Quando pisava com o pé direito – dizia afundando bem o calcanhar e trazia o quê? p.34

Trazia a primavera.

03. Ele dizia ser o próprio vento. E que comandava a ordem de tudo. Que fazia então? p.35

Faço a hora do sol, e marco a noite da lua. Eu que empurro este mundo todo para frente.

04. Pela primeira vez desde a alegria, percebeu que tropeçava em algo novo. O quê? p. 35

Parar, seria possível.

05. Mas a ideia seguiu caminho com ele, mais tentadora a cada passo. E o tempo começou a olhar o quê? p.35

Olhar o mundo com outros olhos, procurando em todo lugar a sedução que o faria cometer tão grande audácia.

06. Olhou a floresta. Pensou o bom que seria deitar naquele musgo rasgado de sol. E já se via quase lagarto, quando lembrou o quê?  p.36

Lembrou que as árvores parariam de crescer, as folhas parariam de se mexer, o sol pararia de brilhar.

07. Temendo a própria coragem, espraiou-se no vale, estender-se longo como  ele mesmo não sabia ser. E pela primeira vez o quê? p.37

Descansou.

08. E ali, inclinado sobre a vida, descobriu aquilo que nunca suspeitara. O quê? p.39

Não era ele, com seus passos, que ordenava tudo.

 

Capítulo 05 – Uma concha à beira-mar 

 

01. Sozinho no seu quarto, o príncipe percebeu que uma única coisa chamava seu prazer. O que era? p.41

Era a concha rosa, búzio entreaberto, oferecido pelo rei de um país distante.

02. Curioso, o príncipe pegou a concha e pôs-se à escuta. E ouviu o quê? p.41

Um leve canto soprado vinha lá de dentro, brisa, alísio, aragem, zéfiro resvalando pelo caracol da fenda.

03. O príncipe lentamente virou a concha, e um filete claro escorreu pela fenda, fino e breve, colhido em poça na palma da mão. Como provou? p.42

Provou, e que a ponta da língua confirmou salgada, de salgado mar.

04. Cada vez mais se apegava à concha. Fazendo o quê? p. 43

Entregue durante horas às cristas amarulhadas de suas histórias.

05. Logo ao amanhecer, que a trança aconteceu. Como era a trança? p.43

Loura, que para seu absoluto espanto o príncipe viu escorrer pela fenda no fluxo do filete, e lá ficar, pendurada e gotejante, balançando de leve.

06. Que fez o príncipe antes que fosse recolhida por sua misteriosa dona?  p.43

Agarrou-a na ponta dos dedos e com firme delicadeza começou a puxar.

07. De dentro da concha, debatendo-se entre luzir de escamas e rosada  pele. Quem aos poucos foi surgindo? p.43

Uma sereia.

08. Tão linda que, ao vê-la, o príncipe logo entendeu o quê? p.43

Entendeu sua paixão pelo mar, e mais bonito ainda lhe pareceu o que não conhecia.

09. A água que o príncipe derramava na mão, esvaziando a concha, era o quê? p. 44

Eram lágrimas da sereia, que logo com seu pranto a tornava a encher.

10. De nada adiantavam, todo o carinho do príncipe, os minúsculos móveis e o passar do tempo. O que ela queria? p. 44

Só o mar ela queria. Só o mar podia fazê-la sorrir.

11. O príncipe selou o cavalo e partiu em longa viagem. Para quê? p. 44

Colocou a sereia de volta na concha, guardada a concha numa sacola de couro que pendurou no pescoço, partiu para o país salgado daquele rei distante.

12. Do alto do penhasco, o príncipe viu a seus pés o vasto e fundo azul. E ansioso abriu a sacola para quê? p.45

Para libertar a sereia e colher seu primeiro sorriso.

13. Ele pegou a primeira, procurou em vão sua voz, levando-a ao ouvido. Pegou a segunda, a terceira. E ele foi andando fazendo o quê? p. 45

Recolhendo as conchas uma por uma, enquanto nas marcas dos seus pés a água vinha se deitar em poça e depositar outras conchas.

 

Capítulo 06 – Onde os Oceanos se encontram

 

01.  Quem viviam em uma pequena ilha? p.49

Lânia e Lisíope, ninfas irmãs.

02. Cabia a Lisíope, a mais delicada, a fazer o quê? p.49

Lavá-los com água doce de fonte, envolvê-los nos lençóis de linho que ambas haviam tecido.

03.  Que fez Lânia, vendo um corpo emborcado aproximar-se flutuando? p.49

Entrou nas ondas para buscá-lo, e agarrando-o pelos cabelos o trouxe até a areia.

04.  Tocada por tamanha paixão, concordou a Morte, instruindo Lânia, a quê? p. 50

Na maré vazante deveria colocar o corpo do moço sobre a areia, com a cabeça voltada para o mar.

05.  Um dia, antes do amanhecer, ajoelhada sobre a ponta da pedra, Lânia chamou quem? p.51

Morte! Morte! Venha me atender.

06.  Qual foi o último pedido de Lânia?  p.51

Que levasse sua irmã.

07.  Que instrução a Morte deu a Lânia? p.51

Que deveria deitar a irmã sobre a areia lisa da maré vazante, com os pés voltados para o mar.

08.  Que faz o jovem sem ousar despertar a Lisíope? p.52

Se deita ao seu lado.

09.  Quando Lânia despertou, procurou na claridade e viu o quê? p. 53

Viu o travesseiro abandonado. Viu o lençol flutuando ao longe. Da irmã nenhum vestígio.

10.  Diante de seus passos, estampada na areia, deparou com quê? p. 53

Deparou com a forma de dois corpos deitados lado a lado.

 

Capítulo 07 – Um desejo e dois irmãos

 

01.  Descreva como eram os dois príncipes? p.57

Um louro e um moreno. Um de olhos azuis e o outro com olhos verdes.

02.  O que eles tinham em comum? p.57

Cada um deles queria ser o outro.

03.  Como foi dividido o reino para os dois irmãos? p.57

O rei deu o céu para o filho louro, que governasse junto ao sol brilhante como seus cabelos. E entregou-lhe pelas rédeas um cavalo alado.

Ao moreno coube o verde mar, reflexo dos seus olhos. E um cavalo-marinho.

04.   O príncipe de cima sentiu calor, e desejou ter o quê? p. 58

O mar para si, certo de que nada o faria mais feliz do que mergulhar no seu frescor.

05.   O príncipe de baixo sentiu frio, e quis o quê? p.58

Quis possuir o céu, certo de que nada o faria mais feliz do que voar na sua mornança.

06.  Qual desafio os irmãos lançaram?  p.60

Alinhariam os cavalos na beira da areia e partiriam para a linha do horizonte.

07.  Qual era o prêmio? p.60

Chegasse primeiro ficaria com o reino do outro.

08.  Por que os dois irmãos não desistiam? p.61

Porque nessa segunda coisa também eram iguais, no desejo de vencer.

09.  Céu e mar cada vez mais próximos, confundiram o quê? p. 61

Seus azuis, igualaram suas transparências.

10.  A onda inchou, rolou, envolvendo os irmãos num mesmo abraço, de que jeito? p. 62

Jogando um corpo contra o outro, juntando para sempre aquilo que era tão separado.

 

Capítulo 08 – De suave canto

 

01.  Como nos anos anteriores as garças pousaram onde? p.64

Na beira do pântano desabrochando asas sobre as longas pernas.

02.  Qual foi a diferença dos outros anos? p.64

Não fizeram seus ninhos entre os caniços da margem.

03.  De volta do pântano um caçador trouxe que notícia? p.64

Que aquele ano estava reservado para o nascimento da filha da Rainha das Garças.

04.   Quem era Taim? p. 66

Era o mais moço, era o mais bonito.

05.  Taim viu que uma árvore crescia na água escura, e que no mais alto dos galhos, rodeada de garças tinha quem? p.66

Uma linda jovem cantava e cantava.

06.  O que Taim fez com a corda de seda?  p.67

Teceu uma enorme harpa.

07.  Ouvindo a resposta de amor; que fizeram as garças? p.67

Abriram asas e se foram, deixando a moça sozinha.

08.   Taim sabia que não podia entrar na lama para busca-la e afundar como os outros. Que fez, então? p.67

Então desembainhou a faca de prata, cortou dois galhos retos, e no meio de cada um abriu um entalhe.

09.  Taim avançou no lodo, de que forma? p. 67

De sorriso aberto para a Princesa à sua espera.

10.   Como estava o céu da aldeia? p. 67

Uma garça, duas garças, nuvens de garças encobrem o sol.

 

Capítulo 09 – O Rosto atrás do Rosto

 

01.  O Guerreiro das Tendas de Feltro abandonou a vida nômade e decidiu o quê? p.71

Decidiu para sempre habitar o castelo.

02.  Por que ninguém via o rosto do guerreiro? p.71

Porque estava coberto desde os campos de batalha por escura máscara de aço.

03.  Quando ele tirará sua armadura? p.71

Quando não houver mais inimigos e todo perigo tiver passado.

04.   Desejando casar, o guerreiro enviou seus embaixadores a países vizinhos, para quê? p. 71

Para que levassem sua proposta de casamento e trouxessem princesas interessadas em governar com ele o reino.

05.   Como elas vieram? p.71

De palanquim, de carruagem, a dorso de camelo e no alto de elefantes, muitas vieram.

06.   Por que elas voltaram a seus países?  p.71

 Elas se assustaram com a máscara de aço.

07.   Como chegou a mais delicada das jovens? p.72

Chegou montada num urso-pardo.

08.   Que disse o guerreiro a ela? p.72

- Se você me amar, tudo lhe darei. Menos uma coisa. Nunca peça para ver meu rosto.

09.   Que respondeu a jovem ao guerreiro? p. 72

- Não preciso do seu rosto, se tiver seu coração.

10.   Então uma noite ela decidiu aceder uma vela e avançou em direção ao sono do guerreiro, para quê? p. 75

Tiraria a máscara de leve, e a poria no lugar, guardando consigo o segredo!

 

Capítulo 10 – Uma ponte entre dois reinos

 

01.  Quando cortou o cabelo da menina? p.78

Na primeira noite de lua nova.

02.  Passados os anos, comprou tesoura maior, mas logo perdeu o corte e a resistência. Em vão tentou o quê? p.78

Tentou faca, facão, machado.

03.  Somente ela podia tirar fios de seus cabelos, mas acontecia o quê quando ela colhia o fio? p.79

Emanava da cabeça uma gota de sangue, vermelho brilhante que ia rolando pelos cabelos, enrijecendo-se em transparência, até chegar no chão, precioso rubi.

04.   O rei mandou os mensageiros busca-la, mas qual foi a recomendação da mãe dele? p. 81

Não tire um único fio longe de mim.

05.   A velha quis ir a frente, mas seus passos duros para a ponte tão delgada, e ela com os bolsos amontoados de rubis, o pé resvala, pende o corpo e acontece o quê? p.83

A velha despenca em direção ao rio, enquanto no escuro da roupa as pedras de sangue tilintam umas contra as outras.

06.   O rei oferece sua mão a moça e apoiando-se nela, de leve a moça avança pela ponte. E acontece o quê?  p.84

Unindo os dois reinos, sob aplausos das cortes.

 

Capítulo 11 – À procura de um reflexo – p.85 a 92

 

01.  A moça perguntou ao lago, que fez você com a imagem que ontem deitei na tua água? O que ele respondeu? p.86

Como quer que eu saiba, se tantos vêm se procurar em mim?

02.  A moça descalçou os sapatos e, com os tornozelos trançados em tantos nós de água, fez o quê? p.87

Seguiu pelo córrego.

03.   Por que ela não conseguia reconhecer os caminhos? p.87

Porque tudo era tão semelhante.

04.   O que a moça encontrou no imenso salão da gruta? p. 89

Centenas de espelhos cobriam as paredes, centenas de velas brilhavam acesas.

05.   O que havia diante de cada espelho, sobre pedestais? p.89

Repousavam bacias de prata.

06.   Como era a Dama dos Espelhos?  p.89

Bela e cintilante que entre brilhos se confundia.

07.   Havia um rosto de mulher que flutuava na bacia cheia de água. Como ele era? p. 90

Pálido rosto sem tranças, que não a olha, encerrado no círculo de prata.

08.  A moça diz: - Então foi isso que aconteceu com o meu reflexo! E faz o quê? p.90

A moça corre de bacia em bacia, chamando o próprio nome, procurando.

09.   A Dama joga acima da cabeça uma das bacias, despejando lentamente a água sobre seu rosto. O que acontece com ela? p.92

A moça boquiaberta vê transformar-se aos poucos, fazer-se jovem, dono das feições que antes boiavam em silêncio.

10.  Na claridade da manhã a moça vai ao córrego, se ajoelha, estende o queixo, boca entreaberta para matar a sede. Mas o que acontece? p. 93

No manso fluir da margem outra boca a recebe. Boca idêntica à sua, que no claro reflexo do seu rosto de volta lhe sorri.

 

Capítulo 12 – Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento – p.94 a 100

 

01.  Quantas quinas tem o labirinto de fícus no meio do jardim? p.95

Trezentas e sessenta e cinco quinas.

02.   Para que serve o labirinto? p.95

Para domar o vento.

03.   O que tinha em cada nicho de mármore? p.95

Um rei barbudo.

04.   A filha pergunta ao pai: - Para que os reis? p. 95

Para casar contigo, minha filha, quando chegar a hora.

05.   O que a moça respondeu ao primeiro rei que a pediu em casamento? p.96

- Caso com aquele que souber me alcançar – grita a moça, correndo para o labirinto.

06.   O que a moça disse ao segundo rei?  p.97

- Caso com aquele que seguir meu rastro – desafia a moça em voz alta, diante do labirinto.

07.   Seis meses se foram. E seis reis. No ar frio do inverno avança o sétimo, valente, arco e flechas ao ombro. O que a moça diz a ele? p. 98

- Caso com aquele que cortar meu caminho – atira-lhe a moça sem pressa, à entrada do labirinto.

08.   O que disse a moça ao último rei de bela barba e espada na mão? p.99

- Com o homem que desvendar meu labirinto, só com esse eu casarei.

09.   Com toda a força que séculos de mármore lhe puseram nas mãos; o que esse rei faz? p.99

Desembainha a espada, levanta a lâmina acima da cabeça, e zapt!, abre um talho nas folhas, e novamente zapt!, corta e desbasta, e zapt! zapt! Zapt!, esgalha, abate, arranca os pés de fícus.

10.  Sob a lâmina, trezentas e sessenta e cinco quinas se desfazem. Até que não há mais labirinto, só folhas espalhadas. Qual a reação da moça? p. 100

A moça lhe sorri.

 

Capítulo 13 – Palavras Aladas – p.102 a 107

01.  Qualquer ruído era o que para aquele rei? p.103

Era faca em seus ouvidos.

02.  O que ele ordenou que colocasse por cima dos muros das torres, dos telhados, e dos jardins? p.103

Que passasse imensa redoma de vidro.

03.  Se os sons não podiam entrar, verdade é que também não podiam sair. Qualquer palavra dita, qualquer espirro, soluço, canto ficava como? p.103

Vagando prisioneiro do castelo, sem que lhe fossem de valia fresta de janela ou porta esquecida aberta.

04.   De que forma as palavras foram se acumulando pelos cantos? p. 103/104

Frases serpentearam na superfície dos móveis, interjeições salpicaram as tapeçarias, um miado de gato arranhou os corredores.

05.   Qual foi a frase desgarrada que o cozinheiro disse ao embaixador? p.104

Sobrepondo-se aos elogios reais, mandou o embaixador depenar, bem depressa, uma galinha.

06.   A frase feriu o orgulho do rei. Furioso, deu ordens para quê?  p.104

Para que todos os sons usados fossem recolhidos, e para sempre trancados no mais profundo calabouço.

07.   Uma condessa encheu um cesto, com quê? p. 104

Com um cento de acentos.

08.   Divertiram-se tanto, que acabaram por instituir o quê? p.104/105

Instituir a Temporada Anual de Caça à Palavra.

09.   O Mordomo Real viu-se obrigado a transferir secretamente parte dos sons para onde? p.105

Para aposentos esquecidos do primeiro andar.

10.   A lembrança daquelas palavras pareceu voltar ao rei de muito longe, atravessando o tempo, ardendo novamente no peito. O que ele reconheceu? p. 105

Ele reconheceu com surpresa sua própria voz, sua jovem paixão.