Conto: O
mata-pau
Monteiro Lobato
Píncaros arriba e Perambeiras abaixo, a
serra do Palmital escurece de mataria virgem, sombria e úmida, tramada de
taquaruçus, afestoada de taquaris, com grandes árvores velhas de cujos galhos
pendem cipós e escorrem barbas-de-pau e musgos.
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9qkNdZmIrTyCXmKrAmWK99j2NTwXZKgyaTSwd7L0tEphYTxbRf3sdParPKgWLsdhp9IPDQHNt-Gyt1MtnOyjnhJ2jp2bWltpdVfgKMGy7coAoRDiUJ7f2G6VChuIN7OW6roeVvWTAnqrlX5Gv5_8clx2CdYxS-qOSrqpcGmlU-FwMwv2NcMthJNg9yY0/s320/SERRA.jpg
Quem sobe da várzea, depois de
transpostas as capoeiras da raiz, ao emboscar-se de chofre no frio túnel
vegetal que é ali a estrada inevitavelmente espirra. E se é homem das cidades,
pouco afeito aos aspectos bravios do sertão, depois do espirro abre a boca, pasmado
da paulama. Extasia-se ante a graciosa copa dos samambaiaçus, ante as
borboletas azuis, ante as orquídeas, os líquens, tudo.
Sofria o animal sem o sentir, mas não
para. Vai parar adiante, na Volta Fria, onde um broto d’água gelada, a fluir
entremeio às pedras, o tenta a sorver um gole aparado em folha de caeté. Bebida
a água, e dito que nas cidades não há daquilo, leva-lhe a vista o soberbo
mata-pau que domina o grotão.
— Que raio de árvore é esta? — pergunta
ele ao capataz, pasmado mais uma vez.
E tem razão de parar, admirar e
perguntar, porque é duvidoso existir naquelas sertanias exemplar mais
truculento da árvore assassina.
Eu, de mim, confesso, fiz as três
coisas. O camarada respondeu à terceira:
— Não vê que é um mata-pau?
— E que vem a ser o mata-pau?
— Não vê que é uma árvore que mata
outra? Começa, quer ver como? — disse ele escabichando as frondes com o olhar
agudo em procura dum exemplar típico. — Está ali um!
— Onde? — perguntei, tonto.
— Aquele fiapinho de planta, ali no
gancho daquele cedro — continuou o cicerone, apontando com dedo e beiço uma
parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos
escorridos para o solo. — Começa assinzinho, meia dúzia de folhas piquiras;
bota pra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo,
sempre naquilo, nem pra mais nem pra menos, até que o fio alcança o chão. E vai
então o fio vira raiz e pega a beber a sustância da terra. A parasita cria fôlego
e cresce que nem imbaúba. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel,
passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando
a mãe — como este guampudo aqui — concluiu, dando com o cabo do relho no meu
mata-pau.
— Com efeito! — exclamei admirado. — E
a árvore deixa?
— Que é que há de fazer? Não desconfia
de nada, a boba. Quando vê no seu galho uma isca de quatro folhinhas, imagina
que é parasita e não se precata. O fio, pensa que é cipó. Só quando o malvado
ganha alento e garra de engrossar, é que a árvore sente a dor dos apertos na
casca. Mas é tarde. O poderoso daí por diante é o mata-pau. A árvore morre e
deixa dentro dele a lenha podre.
Era aquilo mesmo! O lenho gordo e
viçoso da planta facinorosa envolvia um tronco morto, a desfazer-se em carcoma.
Viam-se por ele arriba, intervalados, os terríveis cíngulos estranguladores;
inúteis agora, desempenhada já a missão constritora, jaziam frouxos e
atrofiados.
Imaginação envenenada pela literatura, pensei
logo nas serpentes de Laocoonte, na víbora aquecida no seio do homem da fábula,
nas filhas do rei Lear, em todas as figuras clássicas da ingratidão. Pensei e
calei, tanto o meu companheiro era criatura simples, pura dos vícios mentais
que os livros inoculam. Encavalgamos de novo e partimos.
Não longe dali a serra complana-se em
rechã e a mata míngua em capoeira rala, no meio da qual, em terreiro
descoivarado, entremostra-se uma tapera. Esverdece o melão-de-são-caetano por
sobre o derruído tapume do quintalejo, onde laranjeiras com erva-de-passarinho
e uma ou outra planta doméstica marasmam agoniadas pelo mato sufocante.
— Antigo sítio de Elesbão do Queixo
d’Anta — explicou o camarada.
— Largado? — perguntei.
— Há que anos! Desde que mataram o
homem ficou assim.
Bacorejou-me história como as quero.
— Mataram-no? Conte lá isso como foi.
O camarada contou a história que para
aqui traslado com a possível fidelidade. O melhor dela evaporou-se, a frescura,
o correntio, a ingenuidade de um caso narrado por quem nunca aprendeu a
colocação dos pronomes e por isso mesmo narra melhor que quantos por aí sorvem
literaturas inteiras, e gramáticas, na ânsia de adquirir o estilo. Grandes
folhetinistas andam por este mundo de Deus perdidos na gente do campo,
ingramaticalíssima, porém pitoresca no dizer como ninguém.
Elesbão morava com o pai no Queixo
d’Anta, onde nascera. Quando a puberdade lhe engrossou a voz, disse ao velho:
— Meu pai, quero casar.
O pai olhou para o filho
pensativamente; em seguida falou:
— Passarinho cria pena é para voar. Se
você já é homem, case. O rapaz pediu-lhe que pusesse em prova a sua virilidade.
O pai refletiu e disse:
— Derrube o jataí da grotinha, sem
tomar fôlego.
Elesbão afiou o machado, arregaçou as
mangas e feriu o pau. Em toada de compasso, bateu firme a manhã inteira. À hora
do almoço, o pan pan continuava sem esmorecimento. Só quando o sol aprumou no
pino é que a madeira gemeu o primeiro estalido.
— Está no chão — disse o pai, que se
acercara do filho exausto mas vitorioso. — Pode casar. É homem.
Elesbão trazia de olho uma menina das
redondezas, filha do balaieiro João Poca, Rosinha, bilro sapiroquento de treze
anos, feiosa como um rastolho.
— Meu pai, eu quero Rosinha Poca.
— Case. Mas ouça o que digo. Os Pocas
não são boa gente. Os machos ainda servem — João é um coitado, Pedro não é má
bisca; mas as saias nunca valeram nada. A mãe de Rosa é falada. Laranjeira
azeda não dá laranja-lima. Você pense.
— Meu pai, o futuro é de Deus. Eu quero
casar com Rosinha.
— Pois case.
Deliberado com tal firmeza, Elesbão
tratou de sitiar-se. Arrendou a rechã da tapera, roçou, derrubou, queimou,
plantou, armou a choça. Barreadas que foram as paredes, pediu a menina e
casou-se.
Rosa só o era no nome. No corpo,
simples botão inverniço, desses que melam aos frios extemporâneos de maio.
Olhos cozidos e nariz arrebitado, tal qual a mãe. Feia, mas da feiura que o
tempo às vezes conserta. Talvez se fiasse nisso o noivo.
Elesbão, rijo no trabalho, prosperou.
Aos três anos de labuta era já sitiante de monjolo, escaroçador e cevadeira,
com dois agregados no eito.
Prole, até esse tempo nenhuma; e isso
entristecia a casa. Mas resignavam - se já ao vazio da esterilidade quando
certa noite soou choro de criança no terreiro.
Não se conta o terror de ambos — que
aquilo era na certa alma penada de criança morta pagã. Como, entretanto, a
pobre alma berrasse com pulmões muito da terra, e cada vez mais, Elesbão
duvidou do bruxedo e, acendendo uma braçada de palha, lançou-a fora pela
janela. O terreiro clareou até longe e eles viram, a pouca distância, uma criaturinha
de gatas a berrar com desespero de quem é absolutamente deste mundo.
— E não é que é uma criança de verdade?
— exclamou ele, saído de um assombro e entrado noutro. — E agora?
— Pois é recolhê-la — disse Rosa, cujo
instinto de mulher só via no caso um pobre enjeitadinho ao léu, a reclamar
conchego.
Recolheu-o Elesbão, depondo o chorincas
no colo da esposa. Rosa o estreitou ao seio, acalmando-o, ao mesmo tempo que
“assentava” o marido.
— Se não aparecer a mãe, cria-se o
aparecido. Faz tanta falta um chorinho por aqui...
No dia seguinte bateram as vizinhanças
em indagações, sem nada colherem explicativo do estranho caso. Resolveram,
pois, adotar o pequeno.
O pai de Elesbão, consultado, ponderou:
— Não presta criar filho alheio.
Mas como o consulente armasse cara de
vacilação, remendou logo a sua filosofia:
— Também não é caridade enjeitar um
enjeitado — e ficou-se nisso.
Rosa conservou o pequeno e deu com ele
criado à força de leite de cabra e caldinhos.
À medida, porém, que medrava, o menino
punha a nu a má índole congenial. Não prometia boa coisa, não.
— Eu avisei — recordou o velho, como
Elesbão se queixasse um dia da ruim casta do recolhido.
— Meu pai disse também que não era
caridade enjeitar um enjeitado...
— É verdade, é verdade... — confirmou o
filósofo de pé no chão, e calou-se.
Manoel Aparecido era o nome do
rapazinho. Como tivesse olhos gateados e cabelos louros de milho, denunciadores
de origem estrangeira, puseram-lhe os vizinhos a alcunha de Ruço.
Ganhou fama de madraço, e o era
perfeito, inimigo de enxada e foice, só atento a negociatas, barganhas,
espertezas. Amado por Rosa como filho, livrava-o ela da sanha do esposo
escondendo suas malandragens, porque Elesbão vivia ameaçando endireitá-lo a
rabo de tatu.
Não endireitou coisa nenhuma. Com
dezoito anos era Ruço a peste do bairro, atarantador dos pacíficos e traiçoeiro
para com os escoradores.
— É ruim inteirado! — dizia o povo.
Por esse tempo navegava Rosa na casa
dos trinta anos. Como a não estragaram filhos, nem se estragou ela em
grosseiros trabalhos de roça, valia muito mais do que em menina. O tempo
curou-lhe a sapiroca, e deu-lhe carnes a boa vida. De tal forma consertou que
todo mundo gabava o arranjo.
— Ninguém perca a esperança. Olhem a
mulher de Elesbão, aquela Poquinha sapiroquenta, como está chibante!...
A sua boniteza residia na saúde dos
olhos e na gordura. Na roça, gordura é sinônimo de beleza — gordura e “olhos
azuis que nem uma conta”...
Além disso Rosinha cuidava de si. Virou
faceira. Sempre limpa, vestida de boas chitas da sua cor, cabelos bem alisados
para trás, torcidos em pericote lustroso à força de pomada de lima, não havia
na serra pimpona assim nem moça de fazenda com pai coronel.
Suas relações com Ruço, maternais até
ali, principiaram a mudar de rumo, como quer que espigasse em homem o menino.
Por fim degeneraram em namoro — medroso no começo, descarado ao cabo. A má
casta das Pocas, desmentida no decurso da primavera, reafirmava-se em plena
sazão calmosa. O verão das Pocas! Que forno...
Tudo
transpira. Transpirou nas redondezas a feia maromba daqueles amores. Boas
línguas, e más, boquejavam o quase incesto.
Quem de nada nunca suspeitou foi o
honradíssimo Elesbão; e como na porta dos seus ouvidos paravam os rumores do
mundo, a vida das três criaturas corria-lhes na toada mansa a que se dá o nome
de felicidade.
Foi quando caiu de cama o pai de
Elesbão, doente de velhice.
Mandou chamar o filho e falou-lhe com
voz de quem está com o pé na cova:
— Meu filho, abra os olhos com Poca...
— Por que fala assim, meu pai?
O velho ouvira o zum-zum da má vida;
vacilava, entretanto, em abrir os olhos ao empulhado. Correu a mão trêmula pela
cabeça do filho, afagou-a e morreu sem mais palavra. Sempre fora amigo de
reticências, o bom velho.
Elesbão regressou ao sítio com aquele
aviso a verrumar-lhe os miolos.
Passou dias de cara amarrada,
acastelando hipóteses.
Vendo o marido assim demudado,
casmurro, de prazenteiro que era, Rosa caiu em guarda. Chamou de banda Ruço e
disse-lhe:
— Lesbão, desde que morreu o pai, anda
amode que ervado. Mas não é sentimento, não. Ele desconfia... Às vezes pega de
olhar para mim dum jeito esquisito, que até me gela o coração...
Manoel
segurou o queixo e refletiu. Continuar naquela vida era arriscado. Ir-se, pior;
nada possuía de seu e trabalhar para outrem não era com ele. Se Elesbão
morresse...
Não se sabe se houve concerto entre os
amásios. Mas Elesbão morreu. E como!
Certa vez, de volta da vila próxima ali
pelo escurecer, caiu de borco na Volta Fria, barbaramente foiçado na nuca.
Descobriram-lhe o cadáver pela manhã, bem rente ao mata-pau.
A justiça, coitadinha, apalpou daqui e
dali, numa cegueira... Desconfiou de Ruço — mas cadê provas? Era Ruço mais fino
que o delegado, o promotor, o juiz — mais até que o vigário da vila, um padre
gozador da fama de enxergar através das paredes.
A viúva chorou como mamoeiro lanhado —
fosse de sentimento, de remorso ou para iludir aos outros. Talvez sem cálculo
nenhum pelos três motivos.
Manoel permaneceu na casa. Viviam como
filho e mãe, dizia ela; como marido e mulher, resmungava o povo.
O sítio, porém, entrou logo a
desmedrar. Comiam do plantado, sem lembrança de meter na terra novas sementes.
O moço ambicionava vender as benfeitorias para mergulhar no Oeste, e como Rosa
relutasse deu de maltratá-la.
Estes amores serôdios são como a vide:
mais judiam deles, mais reviçam. Às brutalidades de Ruço respondia a viúva com
redobros de carinho. Seu peito maduro, onde o estio no fim anunciava o inverno
próximo, chamejava em fogo bravo, desses que roncam nas retranças dos
taquaruçuzais. E isso vingava Elesbão, esse amor sem jeito, sem conta, sem medida,
duas vezes criminoso sobre sacrílego e, o que era pior, aborrecido pelo
facínora, já farto.
— Coroca! Sapicuá de defunto! Cangalha
velha!
Não havia insulto com o peão do veneno
plantado na nota da velhice que lhe não desfechasse, o monstro.
Rosa depereceu a galope. Adeus,
gordura! Boniteza outoniça, adeus! Saias a ruflar tesas de goma, pericote
luzidio recendente a lima, quando mais?
Os vizinhos comentavam:
— Ruço dá cabo dela, como deu cabo do marido
— e é bem feito. Voz do povo...
Um dia Ruço ameaçou de largá-la, se não
vendesse tudo, já e já; e a pobre mulher deu ao bandido essa derradeira prova
de amor. Vendeu por uma bagatela o que restava acumulado pelo esforço do
defunto — a moenda, o monjolo, a casa, o canavial em soca. E combinaram para o
outro dia o ambicionado mergulho na terra roxa.
Nessa noite Rosa despertou sufocada por
violenta fumaceira. A casa ardia.
Saltou como louca da enxerga e berrou
por Ruço.
Ninguém lhe respondeu.
Atirou-se contra a porta: estava
fechada por fora.
O instinto fê-la agarrar o machado e
romper a furiosos golpes as tábuas rijas. Escapa-se da fornalha, rola para o
terreiro com as vestes em fogo, precipita-se no tanque e, livre das chamas, cai
inerte para um lado — justamente onde vinte anos atrás vira o enjeitadinho
chorando ao relento...
Quando de manhã passantes a recolheram,
estava de olhos pasmados, muda. Levaram-na em maca para o hospital, onde sarou
das queimaduras, mas nunca mais do juízo. Foi feliz, Rosa. Enlouqueceu no
momento preciso em que seu viver ia tornar-se puro inferno.
— E Ruço?
— Abalou com o dinheiro...
Aí parava a história de Elesbão, como a
sabia o meu camarada. Um crime vulgar como os há na roça às dezenas, se a
lembrança do mata-pau o não colorisse com tintas de símbolo.
— Não é só no mato que há mata-paus!...
— murmurei eu filosoficamente, à guisa de comentário.
O capataz entreparou um momento, como
quem não entende. Depois abriu na cara o ar de quem entendeu e gostou.
— Não é por gabar, mas vosmecê disse aí
uma palavra que merece escrita. É tal e qual...
E calou-se, de olho parado, pensativo.
Monteiro Lobato.
Entendendo o conto:
01 – Qual é o cenário
principal descrito no início do conto?
O cenário inicial
é a serra do Palmital, uma região coberta por matas densas e virgens.
02 – Qual é o
"mata-pau" mencionado no conto?
O
"mata-pau" é uma árvore parasita que cresce sobre outra árvore,
eventualmente matando-a.
03 – Quais são os principais
personagens do conto?
Elesbão, Rosa,
Ruço, o pai de Elesbão, e o narrador são os principais personagens.
04 – Quais são os eventos
cruciais que levam à tragédia na história?
O casamento de
Elesbão com Rosinha, a chegada de Ruço, os problemas familiares e o incêndio
criminoso que leva à loucura de Rosa.
05 – Qual é o significado
simbólico do "mata-pau" na história?
O
"mata-pau" pode ser interpretado como um símbolo da destruição e do
mal que crescem dentro das pessoas, assim como a árvore parasita cresce sobre a
árvore hospedeira.
06 – Como é a evolução dos
relacionamentos entre os personagens ao longo do conto?
Elesbão e Rosa
começam com um relacionamento promissor, mas a chegada de Ruço e as tensões
familiares deterioram a dinâmica familiar, levando a um desfecho trágico.
07 – Quais são os temas
principais abordados no conto?
O conto explora
temas como relações familiares disfuncionais, influência do ambiente na
formação do caráter, e a presença do mal latente na natureza e nas pessoas.
08 – Como o conto aborda a
questão da moralidade e do caráter dos personagens?
Mostra como a
criação, as decisões e as influências externas moldam o caráter dos
personagens, levando a atos moralmente questionáveis.
09 – Qual é o papel do
ambiente natural na história?
O ambiente
natural serve como pano de fundo para as ações dos personagens e é usado como
metáfora para refletir as dinâmicas e os conflitos internos.
10 – Como o desfecho da
história impacta na mensagem geral do conto?
O desfecho
trágico reforça a ideia de que o mal, muitas vezes, está presente nas relações
humanas e pode levar a consequências devastadoras, mesmo em um ambiente aparentemente
tranquilo.