RECEITA: MOI DE REPÔI NU ÁI IÓI
Ingridients
5 den di ái
3 cuié di ói
1 cabêss di repôi
1 cuié di
mastumati
Salagosto

Mé
qui fais?!
Casca u ái, pica
u ái e
soca o ái cum sali.
Squentuói;
Foga o ái no ói quentim.
Pica o repôi bemm
finim;
Foga o repôi.
Poim a mastumati e
mesh
cacuié pra fazer o
mói.
Prontim!
Entendendo o
texto
01-LEIA: “Pode-se definir estereótipo como sendo generalizações, ou
pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos
de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é
geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência
(cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura,
sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que
podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas.” In: http://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/ .
Dito isso, marque (V) para as análises que interpretam corretamente os
efeitos de sentidos provocados pelo texto-discurso “Moi de repôi...” e (F) para
as análises que não os interpretam adequadamente:
a-(F ) o
texto-discurso é um estereótipo que procura tratar negativamente a língua portuguesa
coloquial;
b-( V ) no
texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, faz-se um estereótipo
da trabalhadora doméstica brasileira que historicamente tem sido representada
através da figura da mulher negra, de saia, avental e lenço na cabeça;
c-( V ) no
texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, faz-se um estereótipo
da mulher negra, remetendo-a ao tempo do trabalho escravo;
d-( F ) no
texto-discurso, ao se escolher essa imagem e não outra, qualifica-se
positivamente a mulher negra, trabalhadora doméstica; e-( V ) o texto-discurso
acima provoca humor preconceituoso
em cima da desqualificação da linguagem das classes sociais que não tiveram
acesso à língua portuguesa padrão;
f-( F ) o
texto-discurso não carrega nenhum preconceito social;
g-( V) no
texto-discurso acima, ao se escolher a imagem de uma mulher, e não de um homem,
para representar a cozinheira ou o cozinheiro, percebem-se traços de machismo.
02- Por que, em sua opinião, à mulher negra é reservado o papel de
doméstica ou realizadora do trabalho manual em detrimento do intelectual?
A mulher negra é historicamente relegada ao papel de doméstica e trabalhadora manual devido à escravidão e à discriminação racial. A sociedade construiu a ideia de que o trabalho braçal é "natural" para mulheres negras, perpetuando desigualdades e estereótipos.
03-A escolha dessa ilustração e não
de outra reforça uma dada visão da mulher negra que foi repassada de geração a
geração até aos dias atuais. Proponha pequenas ações que poderiam ser feitas,
no dia a dia, que auxiliariam na desconstrução dessa maneira de ver a mulher
negra.
Valorizar a
diversidade: Mostrar a diversidade de
profissões e papéis que mulheres negras ocupam na sociedade, combatendo a ideia
de que o trabalho doméstico é o único espaço possível para elas.
Combater o racismo: Denunciar e combater
o racismo em todas as suas formas, incluindo o racismo velado e os
estereótipos.
Empoderar mulheres negras: Fortalecer a
autoestima e o protagonismo de mulheres negras, incentivando-as a ocupar
espaços de poder e decisão.
Educar
para a igualdade: Promover a educação para a igualdade racial e de gênero,
desconstruindo estereótipos e preconceitos desde a infância.
04- O texto-discurso acima busca
criar humor desvalorizando a língua coloquial brasileira. Você ri ou zomba do
falar coloquial das pessoas ou respeita o falar coloquial existente em nosso
país? Justifique sua resposta.
A questão sobre rir ou zombar do
falar coloquial é subjetiva. No entanto, é importante refletir sobre o impacto
do humor que desvaloriza a linguagem de grupos sociais marginalizados. A língua
coloquial é uma expressão cultural rica e legítima, que não deve ser motivo de
ridicularização.
05-O texto-discurso
acima remete ao gênero:
a- piada;
b- receita culinária;
c- conversa informal;
d- bula
06-Reescreva o texto-discurso “Moi de repôi...”, passando-o para a
Língua Portuguesa Padrão.
Ingredientes
- 5 dentes de alho
- 3 colheres de óleo
- 1 cabeça de repolho
- 1 colher de massa de tomate
- Sal a gosto
Modo de preparo
1. Descasque os dentes de
alho, pique-os e soque-os com sal.
2. Aqueça o óleo em uma
panela.
3. Frite o alho no óleo
quente.
4. Pique o repolho bem
fino.
5. Refogue o repolho na
panela.
6. Adicione a massa de
tomate e misture bem para fazer o molho.
7. Sirva o "Moi de Repolho" quente.
07-A escolha dessa imagem e não outra para ilustração do texto-discurso
“Moi de repôi...” reforça o preconceito
machista e racista de que “lugar de mulher negra é na cozinha”. Produza
um artigo de opinião, discutindo criticamente sobre esse papel social atribuído
à mulher negra.
Artigo de opinião sobre o papel da mulher negra na
cozinha
"Lugar de mulher negra é na cozinha": um
estereótipo que precisa ser superado
A imagem da mulher negra na cozinha é um
estereótipo que se perpetua há gerações, reforçando a ideia de que o trabalho
doméstico é um papel "natural" para elas. Essa visão, além de ser
machista e racista, desconsidera a diversidade de talentos e capacidades das
mulheres negras.
É inegável que a cozinha é um espaço de
afeto e de transmissão de conhecimentos ancestrais, onde muitas mulheres negras
se destacam como verdadeiras mestras da culinária. No entanto, reduzir a mulher
negra a esse único papel é limitar suas possibilidades e negar sua
individualidade.
As mulheres negras são muito mais do que
cozinheiras. São intelectuais, artistas, cientistas, empresárias, líderes e
muito mais. Elas têm o direito de ocupar qualquer espaço que desejarem, sem
serem estereotipadas ou discriminadas.
Para desconstruir esse estereótipo, é
preciso um esforço conjunto da sociedade. É necessário valorizar a diversidade
de papéis que as mulheres negras ocupam, combater o racismo e o machismo, e
investir em educação e oportunidades para que elas possam desenvolver todo o
seu potencial.
A luta contra o estereótipo da mulher
negra na cozinha é uma luta por justiça e igualdade. É uma luta para que todas
as mulheres, independentemente da sua cor da pele, possam ter as mesmas
oportunidades de realizar seus sonhos e projetos de vida.