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sábado, 2 de abril de 2022

TEXTO: O ESPAÇO DO CIDADÃO - FRAGMENTO - MILTON SANTOS - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA -COM GABARITO

 Texto: O espaço do cidadão – Fragmento

    

Do indivíduo ao cidadão

        [...]

        Uma coisa é a conquista de uma personalidade forte, capaz de romper com os preconceitos. Outra coisa é adquirir os instrumentos de realização eficaz dessa liberdade. Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade. Com o grupo, encontramos os meios de multiplicar as forças individuais, me diante a organização. É assim que nosso campo de luta se alarga e que um maior número de pessoas se avizinha da consciência possível, rompendo as amarras da alienação. É também pela organização que pessoas inconformadas se reúnem, ampliando, destarte, sua força e arrastando, pela convicção e o exemplo, gente já predisposta mas ainda não solidamente instalada nesses princípios redentores.

        [...]

        Como categoria política, a cidadania pode e deve submeter-se a diversas propostas de realização: estamos no terreno de uma ideia que busca, de um lado, a sua teoria e que, de outro, busca a sua prática possível. A resposta a essas indagações resultará de um jogo em que à filosofia até mesmo se podem misturar ou se opor interesses mesquinhos gastrintestinais. Trata-se, em última análise, de um debate em procura de uma lei e, por isso, a resposta obtida é única, fixa, estável, permanente, ainda que seja o fruto de um arranjo apenas momentâneo. Dele podemos discordar intimamente – e até mesmo exprimir publicamente a nossa inconformidade, mas sua eficácia durará até que o equilíbrio que a gerou ceda lugar a um outro novo.

        [...]

        A luta pela cidadania não se esgota na confecção de uma lei ou da Constituição porque a lei é apenas uma concreção, um momento finito de um debate filosófico sempre inacabado. Assim como o indivíduo deve estar sempre vigiando a si mesmo para não se enredar pela alienação circundante, assim o cidadão, a partir das conquistas obtidas, tem de permanecer alerta para garantir e ampliar sua cidadania.

        Lugar e valor do indivíduo

        “O espaço impõe a cada coisa um determinado feixe de relações, porque cada coisa ocupa um lugar dado”.

        Cada homem vale pelo lugar onde está: o seu valor como produtor, consumidor, cidadão, depende de sua localização no território. Seu valor vai mudando, incessantemente, para melhor ou para pior, em função das diferenças de acessibilidade (tempo, frequência, preço), independentes de sua própria condição. Pessoas, com as mesmas virtualidades, a mesma formação, até mesmo o mesmo salário têm valor diferente segundo o lugar em que vivem: as oportunidades não são as mesmas. Por isso, a possibilidade de ser mais ou menos cidadão depende, em larga proporção, do ponto do território onde se está. Enquanto um lugar vem a ser condição de sua pobreza, um outro lugar poderia, no mesmo momento histórico, facilitar o acesso àqueles bens e serviços que lhes são teoricamente devidos, mas que, de fato, lhe faltam.

        [...]

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. In: SILVA, Elisane; NEVES, Gervásio Rodrigo; MARTINS, Liana (org.). Milton Santos: O espaço da cidadania e outras reflexões. Porto Alegre: Fundação Ulisses Guimarães, 2011. p. 159-161.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 128-129.

Entendendo o texto:

01 – Com base no que foi lido, debatam sobre a diferença entre indivíduo e cidadão.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam como indivíduo a pessoa humana e como cidadão o indivíduo que está inserido em um contexto social e histórico e, por isso, tem suas ações submetidas a sistemas de justiça.

02 – Milton Santos considera que o valor do indivíduo enquanto cidadão está diretamente ligado aos espaços que ele frequenta e habita. Vocês concordam com essa visão? Justifiquem suas opiniões levando em conta a definição de cidadania apresentada no glossário da página anterior.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Expliquem a afirmação “Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade”, considerando o que já sabem de justiça, direito, dever e cidadania.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos compreendam que, sozinhos, podemos ir contra sistemas que restringem as liberdades, mas nós não teremos força suficiente para modificar essas estruturas.

04 – Vocês concordam com as afirmações do autor sobre a luta pela cidadania? Justifiquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Incentive os alunos a justificar suas opiniões e a apresentar exemplos que corroborem seus pontos de vista.

05 – Em quais espaços podemos exercitar a cidadania?

      Em todos os espaços.

RELATO: JUVENTUDE TRANSFORMADORA - CRIATIVOS DA ESCOLA - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Relato: Juventude transformadora

       [...] A voz de jovens que transformam suas realidades

        Todos os dias, os mais de 48 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos enfrentam os desafios de viver, estudar e trabalhar em um país de proporções continentais, desigualdades abismais e culturas diversas como o Brasil. São jovens como Conceição, que faz licenciatura teatral; ou Rodrigo, que acorda às 6h40 para pegar ônibus e ir para a escola; ou ainda Brena, que toca um projeto sobre igualdade de gênero na sua comunidade. [...]

        A construção dessas pessoas enquanto sujeitos de direito, no entanto, é moderna; nas sociedades greco-romanas, crianças ou adolescentes eram considerados meros objetos de propriedade ou uma fase de “imperfeição” provisória; no Brasil colônia, a depender da classe social, crianças e jovens tinham que trabalhar tanto quanto os adultos, e não lhes era resguardado nenhum tipo de proteção.

        Hoje, longe de ser considerada como uma fase passageira ou sem direitos, a juventude é compreendida como uma condição social de intensas transformações, atravessada e moldada por onde esse jovem nasce, sua classe social, seu gênero e raça, sendo a geração que mais sente na pele a presença ou ausência de políticas públicas ou do Estado em si, mas também aquela que é capaz de alterar e transformar o seu entorno.

        Segundo o último censo do IBGE de 2010, a população brasileira é majoritariamente jovem, sendo que 52% tem entre 14 e 29 anos e mais de 80% deles vivem em áreas urbanas. É também uma juventude multirracial; quase 50% deles se declara negro ou pardo, enquanto 34% branco. [...]

        “O jovem está em constante transformação. Ele é a transformação”, relata Rodrigo Cardoso, 17, um dos idealizadores do projeto Xeque Mate, que usa o xadrez para recuperar a autoestima de uma escola em São Gonçalo (RJ). “Ele é uma transformação ambulante, pode mudar de opinião e a cada dia trazer uma ideia nova. Tem também uma boa capacidade de adaptação, consegue absorver conhecimento e botá-lo em prática. É bom incluir os jovens nesse momento de transformação da sociedade, porque é aí que ele mostra todo seu potencial”.

        O olhar inovador para as questões da atualidade é, para Conceição Soares, de 20 anos, uma das qualidades inerentes da juventude. Ela é uma das responsáveis pelo Ecomuseu de Pacoti, museu comunitário que valoriza os saberes locais da homônima cidade cearense.

        “A gente costuma dizer que os jovens são o futuro, mas isso significa que eles são deixados para depois. Estamos vivendo o agora, experimentando o presente. Temos que ser agentes do presente”, afirma a jovem, que hoje cursa licenciatura em teatro.

[...].

Criativos da Escola. Dia da juventude: a voz de jovens que transformam suas realidades. Porvir, 12 ago. 2019. Disponível em: https://porvir.org/dia-da-juventude-a-voz-de-jovens-que-transformam-suas-realidades/. Acesso em: 11 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 200.

Entendendo o relato:

01 – De que maneira vocês acham que o trecho de texto acima se relaciona com o título do capítulo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É importante que os alunos discutam que o principal papel do jovem é seu potencial de transformar a sociedade, seja por meio da escola, seja após o Ensino Médio, no mercado de trabalho ou por meio de outra atividade.

02 – Vocês concordam que o jovem é um importante agente transformador da sociedade? Reflitam sobre os exemplos que vocês viram ao longo deste capítulo, as intervenções que vocês fizeram e os caminhos de futuro que pretendem percorrer.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Esse é o momento para retomar exemplos e ações que foram realizadas no decorrer da trajetória escolar da turma com o intuito de refletir sobre os impactos dessas ações na comunidade e reconhecer o poder de transformação da juventude e da colaboração.

03 – Independentemente dos pontos centrais de seus projetos de vida, vocês acham que podem contribuir como agentes transformadores para uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática? Como?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, independentemente dos caminhos escolhidos, é possível trilhá-los com consciência crítica e responsabilidade, trabalhando de maneira colaborativa para uma sociedade melhor.

 

RELATO: SER A MUDANÇA QUE QUERO VER NO MUNDO BASTA? - SANDRA CASELATO - COM GABARITO

 Relato: Ser a mudança que quero ver no mundo basta?

         A mudança social só acontece se houver mudança pessoal. Mas apenas a mudança pessoal não é suficiente para que haja mudança social. 

        No cenário atual, em que enfrentamos o aquecimento global, o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis, a degradação de solos agricultáveis, o aumento do desmatamento, o ressurgimento de pensamentos xenófobos nacionalistas e fascistas pelo mundo, a concentração cada vez maior de riqueza, o aumento da pobreza e a banalização de tudo isso – torna-se cada vez mais urgente a conscientização sobre a importância de pensarmos coletivamente transformações estruturais, sociais e com novos padrões de consumo, partilha justa e cuidado com o planeta.

        Mudanças nos padrões estruturais e socioculturais só acontecem quando há transformações em comportamentos individuais. Porém, a mudança pessoal isolada não é suficiente para que haja mudanças sociais ou culturais. 

        [...]

        Sem dúvida, nossas ações pessoais são importantes para a construção da coletividade. [...] A soma do que cada um faz individualmente constitui a forma como nos organizamos socialmente, como interagimos e nos relacionamos, como estabelecemos nossas instituições sociais e como nossa cultura se forma. 

        Porém, apenas a mudança de um indivíduo não é suficiente para que haja mudança social. "Uma andorinha só não faz verão", como diz o ditado.

        Para que haja mudanças significativas e impactantes é necessário existir uma massa crítica, uma quantidade mínima de pessoas para que uma nova dinâmica social possa se dar em cadeia de modo autossustentável.

        Por isso considero essencial o engajamento, a influência ativa e a organização de ações coletivas em relação às questões públicas, sociais e ambientais que afetam a todos nós. Importante conhecermos nosso poder pessoal, capacidade e possibilidade de influenciar e nos engajarmos coletivamente expandindo nosso círculo de influência com ações estratégicas e planejadas. 

        Uma andorinha sozinha pode influenciar muitas outras e juntas fazer um belo verão! 

CASELATO, Sandra. Ser a mudança que quero ver no mundo basta? ECOA, 4 fev. 2020. Disponível em: https://sandracaselato.blogosfera.uol.com.br/2020/02/04/ser-a-mudanca-que-quero-ver-no-mundo-basta/. Acesso em: 5 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 189.

Entendendo o relato:

01 – Na opinião de você, como o trecho se relaciona com o título desta unidade?

      Resposta pessoal do aluno Sugestão: É preciso pensar no coletivo e em como cada um pode contribuir para esse coletivo, seja neste momento escolar, seja em seus planos futuros.

02 – Como você responderia à pergunta feita no título do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: De acordo com o texto, a mudança pessoal pode ser um primeiro passo, mas não é suficiente para a mudança social. Incentive a reflexão sobre as diferenças entre o alcance e a efetividade de ações individuais e coletivas.

03 – Para você, qual é a importância de atuar de forma consciente e coletiva na comunidade?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Agir de maneira coletiva é o caminho para promover grandes transformações sociais e garantir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

04 – Como a atuação na sociedade está relacionada ao projeto de vida?

      Independentemente do projeto de vida de cada um, todos podem contribuir para uma sociedade melhor. Para isso, ao planejar o projeto de vida, é importante que cada um considere necessidades individuais e coletivas e pense em como isso pode se traduzir em contribuições para a sociedade.

TEXTO: CONCEPÇÕES DE JUVENTUDE QUE ESTÃO PRESENTES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS - VIVÊNCIAS- PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: Concepções de juventude que estão presentes nas políticas públicas

        Etapa problemática ou risco social

        [...] Pauta-se nos comportamentos considerados de risco como, por exemplo, envolvimento com a violência, a criminalidade [...]. No Brasil, este foi o enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990 que se concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações têm como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para públicos que apresentam características de vulnerabilidade, risco ou transgressão [...].

        Período preparatório                                       

        Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a infância e a vida adulta. [...] Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo o que não são. Esta abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para o qual se deve preparar.

        Juventude: Futuro do país

        Esta perspectiva deposita na juventude a resolução dos problemas de exclusão social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, organismos multilaterais e fundações empresariais.

VALLE, Ana Luiza Rocha do; AZAMBUJA, Andréa; CARPEGIANI, Fernanda. Juventudes e Ensino Médio. São Paulo: Projeto Faz Sentido, 2016. p. 13. Disponível em: https://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111-RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 4 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 110.

Entendendo o texto:

01 – Um dos títulos dos trechos acima é “Juventude: Futuro do país”. O que vocês pensam sobre isso? Os jovens são o futuro do país? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual dos três trechos, na opinião de vocês, mais se aproxima da visão que vocês têm do que é (ou são) a juventude (ou juventudes)? Por quê? Caso não se identifiquem com nenhum deles, proponham um trecho que se aproxime mais do que vocês pensaram.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Medeie o diálogo propondo questões norteadores sobre cada item, auxiliando os alunos a sistematizar suas linhas de raciocínio.

03 – Leiam o trecho a seguir. Vocês concordam com o panorama descrito? Por quê?

        A participação de jovens no mercado de trabalho no Brasil é marcada por vários desafios, como informalidade, baixa remuneração, alto índice de rotatividade, precarização da relação de trabalho e dificuldade de conciliação entre estudos, responsabilidades familiares e trabalho. O desemprego entre os jovens brasileiros é de duas a três vezes maior do que o desemprego entre os adultos.

ORGANIZAÇÃO Internacional do Trabalho. Emprego Juvenil no Brasil. Disponível em: www.ilo.org./brasilia/temas/emprego/WCMS_618420/lang--pt/index.htm. Acesso em: 4 fev. 2020.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Auxilia os alunos a relacionar o excerto com a seção de abertura desta unidade, refletindo sobre o impacto do desamparo estrutural aos jovens.

 

RELATO: TRANSFORMANDO A REALIDADE AO MEU REDOR - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

Relato: Transformando a realidade ao meu redor

          Jovens reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará

         De acordo com o Censo Escolar 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2 milhões de crianças e jovens fora da escola sendo que, desse total, cerca de 1,3 milhão são adolescentes entre 15 e 17 anos. Essa situação também era um problema presente na Escola Estadual Adrião do Vale Nuvens, em Santana do Cariri (CE): só em 2017, 79 alunos abandonaram as aulas. Preocupadas com as consequências dessa exclusão escolar para o futuro dos colegas, três alunas do 2º ano do Ensino Médio decidiram agir. Era a largada do projeto “Células motivadoras: conectando-se com o futuro”, um dos premiados na 5ª Edição do Desafio Criativos da Escola, de 2019, iniciativa do Instituto Alana.

        Para entender os reais motivos que levavam tantos adolescentes a desistirem da escola, as alunas conversaram com os colegas em exclusão escolar para escutar os motivos da desistência. A vulnerabilidade social, o baixo incentivo familiar, a falta de estrutura da escola e a dificuldade de transporte eram problemas identificados frequentemente. [...] Após essas descobertas, as estudantes sentiram necessidade de se aproximar desses colegas e, com o auxílio dos educadores, começaram a visitá-los para apoiar seu retorno às aulas. 

        As garotas criaram, ainda, as “Cartas Quentes”, mensagens de incentivo escritas pelos próprios alunos para os colegas que estavam fora da escola, e organizaram rodas de conversa e palestras para dialogar sobre a importância de seguir os estudos. Como resultado, o número de alunos evadidos caiu para 59, em 2018, e despencou para apenas um caso no primeiro semestre deste ano. Hoje, todas as turmas do colégio têm uma “célula motivadora”, um grupo de apoio feito de jovem para jovem para incentivar que todos continuem frequentando as aulas. O projeto segue a todo vapor e as meninas pretendem expandir a iniciativa para outras duas escolas municipais de Santana do Cariri.

        [...]                                           

           JOVENS reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará. Criativos da escola. Disponível em: https://criativosdaescola.com.br/jovens-reduzem-evasao-escolar-de-um-jeito-diferente-no-sertao-o-ceara/. Acesso em: 30 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 154.

Entendendo o texto:

01 – O que vocês acham do projeto relatado nesse trecho?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – O resultado desse projeto seria diferente se não tivesse sido realizado em conjunto, “de jovem para jovem”? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A realização conjunta do projeto foi determinante para os resultados obtidos.

03 – Vocês já participaram de algum projeto com o objetivo de solucionar algum problema compartilhado por um grupo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Caso algum dos alunos já tenha participado, valorize seu relato e oriente os demais a praticarem a escuta ativa.

04 – Projetos como o relato no trecho de texto acima mostram a importância da colaboração coletiva para a transformação de sonhos em realidade. Vocês consideram possível uma sociedade baseada na colaboração? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível e desejável que a sociedade seja baseada na colaboração.

 

 


FILOSOFIA: O UBUNTU COMO UMA ÉTICA SOCIAL - NATHALIA DA LUZ - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filosofia: O Ubuntu como uma ética social

         Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência

        Rio – Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos.

        – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalha Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul).

        Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. [...]

        – No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “ser-com-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. [...]

        Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária.

        [...]

LUZ, Nathalia da. Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência. Por dentro da África, 24 set. 2014. Disponível em: www.pordentrodaafrica.com/cultura/ubuntu-filosofia-africana-que-nutre-o-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia. Acesso em: 16 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 127.

Entendendo a filosofia:

01 – Vocês já conheciam a filosofia ubuntu? Em caso afirmativo, compartilhem o que sabem. Vocês concordam com ela? Expliquem suas opiniões.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que os alunos conheçam a filosofia por meio de músicas e artistas que a difundem. Caso isso ocorra, incentive-os a apresentar essas referências à turma.

02 – O trecho acima afirma que ubuntu poder ser compreendido como “uma regra de conduta ou ética social”. O que vocês entendem por ética?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Aproveite o momento para mapear os conhecimentos prévios da turma sobre ética.

03 – Em que medida vocês acham que fortalecer o conceito do ubuntu pode fortalecer a coletividade?

     Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam que, ao exercitar a ideia de “ser-com-os-outros”, as ações e as decisões coletivas se tornam mais fáceis e mais fortes.

04 – Como o princípio de “eu sou porque nós somos” se relaciona com a igualdade e com a equidade?

      Ao afirmamos “eu sou porque nós somos”, estamos também afirmando que nós somos iguais (princípio da igualdade) e que devemos agir para que esse status de igualdade seja alcançado por todos (princípio da equidade).



domingo, 27 de março de 2022

TEXTO: ESCOLA E FAMÍLIA: HORA DE FIRMAR A PARCERIA - FERNANDA SALLA - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: Escola e família: hora de firmar a parceria

       

Fonte da imagem -  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjEk_b0c1sxPFDKf3IRiWiwmw_exUFgvzUpFBCrs_rQUumc5wNkPkigo7C6YRFG08wV8E25xMbJqMo937dMah51Fv4Y_k0groqtyvNe6tru1B2JxCSOOrnIhREgNVlCOWprJWW1kznldbKp3QG6Es8i9gp3mSuhBgOXkpk_jjdNJKBpGfaX4AHbKL9/s1280/FAMILIA.jpg

      Para que os pais possam trabalhar pela aprendizagem da garotada, a comunicação entre você e eles precisa ser eficiente. Vale se desarmar de preconceitos e melhorar os momentos de contato pessoal e as mensagens escritas. Saiba como

POR: Fernanda Salla – 01 de Junho | 2013                                              

        Os depoimentos que ilustram esta reportagem são reais e retratam o desencontro envolvido na relação entre professores e pais. No centro do embate está a responsabilidade de cada um desses agentes na Educação de crianças e jovens. Os docentes sabem que o envolvimento da família tem um grande impacto no sucesso escolar dos alunos e, por isso, querem a ajuda dela. Porém, reclamam que os pais são omissos, colocando neles a culpa por problemas de indisciplina e pelo fracasso dos filhos nos estudos. Essa visão aparece nos relatos coletados na pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: Aproximando-se da Configuração Atual, da Fundação Victor Civita (FVC), realizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC) em 2012.

        A concepção é explicada principalmente por um indicador: o baixo rendimento de estudantes que vivem em ambientes socioeconômicos vulneráveis. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2012 mostram que crianças nesse contexto apresentam o dobro de risco de ter um aproveitamento escolar fraco. Aliada a esse fato está a dificuldade dos professores em lidar com alunos que possuem uma bagagem cultural familiar diferente da esperada pela escola e que chegaram às salas de aula com a universalização da Educação Básica. Aqui o jogo do empurra-empurra fica mais sério, já que a situação cultural e socioeconômica não pode tirar de ninguém o direito de aprender. "Nem sempre é possível contar com um ambiente ideal em casa para dar continuidade ao trabalho realizado na escola, mas é responsabilidade do educador ensinar mesmo assim", afirma Maria Eulina Pessoa de Carvalho, docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

        Na contramão do discurso docente, estudos mostram que os pais valorizam a escolarização dos filhos, vendo nela um meio de ascensão social. É o que aponta a pesquisa Esforços Educativos de Mães num Território de Alta Vulnerabilidade Social: um Estudo de Caso, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Nos depoimentos colhidos, mães afirmam não só se preocupar com o aprendizado dos filhos mas como investir nele.

        O que impede, então, que a vontade e o empenho de professores e familiares sejam construtivos? Um fator decisivo é a má comunicação. "Os docentes não conhecem as famílias e elas não sabem como funciona a escola dos filhos", diz Antônio Augusto Gomes Batista, do Cenpec. Se isso ocorre na sua escola, pense em mudar a dinâmica e unir esforços com foco no sucesso da turma.

        [...]

SALLA, Fernanda. Escola e família: hora de firmar a parceria. Nova Escola, São Paulo, 2 jun. 2013. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1578/escola-e-familia-hora-de-firmar-a-parceria?gclid=CjwKCAiAuqHwBRAQEiwAD-zr3bSWtjY6ogHfkjk57ilc46D5bYqcIzjUN-73K0uhx-IhWMfsf-h4JRoCIqIQAvD_BwE. Aceso em: 10 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 66.

Entendendo o texto:

01 – Como vocês percebem a relação entre escola e família, de maneira geral?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos devem expressar seu ponto de vista e exemplificar com situações cotidianas.

02 – Quais estratégias a escola em que estudam adota para se comunicar com as famílias? Elas apoiam os estudantes, participam, procuram conversar com a direção/professores, entre outras formas de participação?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos deverão identificar os momentos em que a família vai à escola, como reunião de pais e eventos, e relatar as percepções sobre as relações formadas. Aproveite para refletir como eles sobre quais os momentos e os motivos que fazem a família ser chamadas à escola.

03 – O que poderia melhorar na relação escola-família no contexto de aprendizagem de vocês? Quais são as estratégias que poderiam ser adotadas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos podem refletir sobre como a relação que a família deles tem com a escola influencia na relação que eles próprios têm com a escola. Aproveite para explorar com os alunos sobre qual a relação que seus familiares tiveram com a escola deles e sobre a importância dada à educação formal em sua família.




 

TEXTO: DINÂMICA DO BALÃO - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA -COM QUESTÕES GABARITADAS

 Texto: Dinâmica do balão   

        Nível 1 – Depois que alguém lançar o balão para cima, o desafio é que cada integrante toque apenas uma vez nele, sem haver repetições. Caso o balão caia no chão, recomecem essa etapa, até que todos o tenham tocado uma vez. Portanto, o número total de toques será igual ao número de pessoas presentes. Façam a contagem dos toques em voz alta.

 Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM3_LBKyVadkkXHlQTovJq1QOCBcF6h62b94k6zMED8hgwnAsBniD6g-g-C4g0Maf0A1pYXzbKghDgLo8NdDnkpnnfF0itXGZaRjg2fvSYlD7vhMFvgJpTDMZlHKZz6O5Nhzg36aBMjc-yGeBESaM2qVUk5tsbb384Jo8AheXn--i0ljcDnW2ixJH8/s245/bola%201.jpg


        Nível 2 O desafio vai ficar mais complicado! Agora, dê a mão a um colega, formando uma dupla com ele. As duas mãos devem ficar sobrepostas, como se vê na foto ao lado, para que a dupla bata ao mesmo tempo no balão uma só vez. Atenção: depois de tocar uma vez no balão, troque de parceiro, formando uma nova dupla com outro colega. Como cada estudante formará duas duplas diferentes, o número total de toques no balão será o mesmo contado no nível anterior, ou seja, deverá ser igual ao número de pessoas da turma.

        Nível 3 – No terceiro nível, a dinâmica evolui para três mãos sobrepostas, como mostra a imagem abaixo. Cada estudante vai tocar no balão três vezes, porém cada vez com pessoas diferentes compondo um trio. Na formação do segundo e do terceiro trio, não é necessário alterá-los totalmente, bastando trocar apenas um integrante. A única regra é que o mesmo trio nunca poderá se repetir. A turma toda tem de bater no balão o mesmo número de vezes contando nos níveis anteriores.

        Nível 4 – Por fim, no quarto e último nível, todos devem tentar tocar no balão ao mesmo tempo e o mesmo número de vezes nos níveis anteriores. Organizem-se da maneira que acharem mais eficaz para tentar completar o desafio, usando a criatividade. Caso o balão caia no chão, recomecem o nível e aproveitem essas oportunidades para testar diferentes estratégias.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 14-5.

Entendendo o texto:

01 – O que foi mais difícil na dinâmica? O que foi mais fácil?

      Provavelmente umas das dificuldades foi encontrar uma estratégia em comum a partir do segundo nível de dificuldade. Isso ocorre quando o grupo não está habituado a trabalhar em equipe e ouvir o outro.

02 – Como foi interagir com pessoas que provavelmente usaram estratégias diferentes das suas?

      No início foi meio complicado, tivemos que aprender com o outro ao trocar opiniões, pontos de vista, etc.

03 – Na opinião de vocês, mesmo com estratégias diferentes, é possível realizar a mesma tarefa? O que essa dinâmica mostrou com relação a isso?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: espera-se que os alunos concluam que diferentes estratégias podem ter a mesma taxa de sucesso.

04 – Vocês se sentiram frustrados ou tiveram que reconstruir suas estratégias em algum momento?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Este é um bom momento para reforçar com os alunos a importância de alterar as estratégias à medida que os fatos se apresentam.

05 – Em que medida vocês acham que ações em equipe, como as da dinâmica do balão, fazem parte do processo de realização de alguma tarefa ou meta?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos percebam que, para serem atingidas, muitas metas demandam trabalho em equipe, enquanto outras podem ser mais bem realizadas individualmente.

06 – Reflitam sobre como precisamos, continuamente, buscar estratégias para resolver situações na vida.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância de perceber que a realidade se altera continuamente, exigindo reformulações dos planejamentos.

07 – Como o diálogo com o outro contribui para a construção desta dinâmica e de outros processos na vida?

      O esperado é que os alunos compreendam que o outro nos ajuda no nosso próprio autoconhecimento e que podemos nos aprimorar com críticas construtivas.

 

A ESCOLA QUE NÓS QUEREMOS - WINKEL, S; NICOLLIELO, B. - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: A escola que nós queremos

     “Junto com meus colegas, luto por melhorias na minha escola”

        Faço parte do grêmio da EE Oswaldo de Oliveira Lima, em Suzano (região metropolitana de São Paulo), há dois anos. Nosso objetivo é levar as reclamações e sugestões de todos à direção e conseguir mudar as coisas. Os outros estudantes nos veem como representantes deles. Cada um tem sua função. Eu respondo pelos documentos e pelas atas de reunião. Tem quem cuide do nosso blog, das ações de sustentabilidade e da revitalização do espaço, por exemplo. Somos 40 integrantes compartilhando uma mesma vontade: melhorar a escola.

        [...] Já revitalizamos alguns ambientes, como um depósito de entulho em que montamos um jardim. Também fizemos uma horta em um lugar que não servia para nada. Temos, ainda, um projeto de reaproveitamento de carteiras e materiais didáticos usados. Além disso, a professora Simone Corsini organizou oficinas de grafite com o apoio dos alunos. Conseguimos autorização da direção para fazê-los utilizando os muros da escola. [...]

        É claro que fazer tudo isso dá trabalho. Ficamos mais tempo depois da aula para colaborar com os projetos que elaboramos, mas vale a pena, pois queremos deixar o ambiente mais acolhedor.

WINKEL, S; NICOLIELO, B. “Junto com meus colegas, luto por melhorias na minha escola”. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/8931/junto-com-meus-colegas-luto-por-melhorias-na-minha-escola#_=_. Acesso em: 22 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 64-5.

Entendendo o texto:                                                     

01 – Após a leitura do texto, façam grupos de três e pensem nos seguintes pontos:

a)   O que nós gostaríamos de mudar?

b)   Por que essa mudança é importante?

c)   Como ela ajudaria no nosso aprendizado?

d)   O que é necessário para realizar essa mudança?

e)   Como cada um da comunidade escolar poderia contribuir para realiza-la?

Todas são resposta dos alunos.

02 – Quais foram os critérios para elaborar as propostas de melhoria para a escola? Vocês consideram o que e como gostariam de aprender?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que o aluno consiga argumentar a escolha de critérios, justificando sua resposta com dados, análises e experiências.

03 – O que vocês, como turma, podem fazer para buscar implementar uma ou mais dessas propostas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que a atividade possa instigar o jovem a pensar em caminhos para colocar suas ideias em prática a partir da realização de parcerias com outros alunos e em diálogo com a direção da escola.

FILME(ATIVIDADES): DIVERTIDA MENTE - ANDRÉ BIERNATH - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filme: Divertida Mente

        [...] coisas que o filme “Divertida Mente” ensina sobre o cérebro e s emoções

        O filme “Divertida Mente” [...] conta a história de Riley, uma garota de 11 anos que enfrenta uma série de mudanças em sua vida. [...] O enredo se desenrola dentro da cabeça da menina, onde cinco emoções – Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo – são responsáveis por processar as informações e armazenar as memórias. O desenho foi dirigido pelo americano Pete Docter, que procurou ajuda de psicólogos e neurologistas na preparação do roteiro. Abaixo, listamos [...] conceitos trabalhados nas cenas que encontram respaldo na ciência. [...].

1 – As memórias são fixadas pelas emoções

        Durante o filme, [...] [as cinco emoções] ficam dentro de uma sala, onde acompanham tudo o que acontece com Riley. Os principais eventos do dia são guardados em esferas – a representação de nossas memórias. Cada uma delas tem uma cor e está relacionada com [...] [a emoção] mais forte daquele momento. Pode ser alegria, tristeza, raiva... Já se sabe que as lembranças são fixadas no cérebro junto com um estado de humor. [...]

2 – Não existe [...] [emoção] melhor ou pior

        Apesar de preferimos os momentos alegres de nossa vida, cada emoção tem a sua importância – e é necessário saber usá-las da melhor forma possível diante dos desafios. [...]

3 – A tristeza é necessária                         

        A personagem Alegria tenta, a todo o momento, sufocar e ignorar a Tristeza. “A animação faz uma crítica ao mundo atual, em que precisamos estar felizes o tempo todo, a qualquer custo”, comenta Cleide. Há ocasiões em que um pouco de melancolia é essencial para encarar e lidar com as dificuldades que surgem em nossa vida.

4 – O medo nos faz sobreviver – assim como o nojo

        [...] [Essas duas emoções] nos livram de grandes enrascadas. O medo impede que entremos na jaula do leão durante uma visita ao zoológico. O nojo, por sua vez, não deixa a gente comer um lanche apodrecido. [...]

5 – Muita alegria é ruim

        O exagero na felicidade faz o indivíduo perder a noção das coisas: é como se tudo fosse mais florido do que a realidade. Em Divertida Mente, a personagem Alegria não cansa de ver as coisas com extremo otimismo – mesmo quando a situação exige um pouco de medo, tristeza, nojo ou raiva.

6 – A raiva impede injustiças

        Calma, ninguém está falando que gritar e quebrar tudo são soluções para os problemas. Mas especialistas na área de psicologia concordam que [...] [essa emoção] tem o potencial de indignar e corrigir eventuais injustiças. O segredo, mais uma vez, está no equilíbrio.

[...]

BIERNATH, André. 9 coisas que o filme Divertida Mente ensina sobre o cérebro e as emoções. Saúde, 0 out. 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/bem-estar/9-coisas-que-o-filme-divertida-mente-nos-ensina-sobre-o-cerebro-e-as-emocoes/. Acesso em: 19 dez. 2019.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 82-3.

Entendendo o filme:

QUIZ

01. Qual é a idade de Riley no início do filme?

      a) 10 anos

      b)  8 anos

      c) 14 anos

      d) 12 anos

02. Qual é o nome do lugar onde as emoções de Riley vivem?

       a) Cérebro Central

       b) Mundo da Imaginação

       c) Zona do Pensamento

       d) Quartel-General

03. Qual é a primeira emoção a surgir em Riley?

       a) Tristeza

       b) Raiva

       c) Nojinho

       d) Alegria

04. Qual é o nome do amigo imaginário de Riley?

       a) Bing Bong

       b) Charlie

       c) Puff

       d) Snicker

05. Qual emoção é responsável pela proteção de Riley?

       a) Tristeza

       b) Medo

       c) Raiva

       d) Alegria

06. Qual é o nome da cidade em que a família de Riley morava antes de se mudar?

     a) Chicago

     b) Los Angeles

     c) Minnessota

     d) Nova York

07. Qual emoção é capaz de controlar o painel de controle do Quartel-General?

      a) Tristeza

      b) Alegria

      c) Nojinho

      d) Raiva

08. Qual é o nome do jogo que os amigos de Riley jogam na escola?

      a) Hockey

      b) Vôlei

      c) Basquete

      d) Futebol

09. Qual é a profissão dos pais de Riley?

      a) Jornalistas

      b) Médicos

      c) Empresários

      d) Advogados

10. Qual é o nome da música que toca nos créditos finais do filme?

      a) Try Everything - Shakira

      b) Immortals - Fall Out Boy

      c) Wrecking Ball - Mile Cyrus

      d) Lava - James Ford Murphy

Questões dissertativas

01 – Como as emoções e a memória estão relacionadas?

      De acordo com o texto, as recordações são fixadas associadas com os sentimentos vividos, logo a memória de uma situação vivida não se limita ao fato ocorrido, mas também ao que sentimos naquele momento.

02 – Por que não podemos dizer que existem emoções melhores e piores?

      Todas essas emoções são naturais aos seres humanos e, apesar de causarem diferentes sensações que podem ser consideradas melhores ou piores, todas são fundamentais para nossa saúde quando estão em equilíbrio.

03 – O que a tristeza, a raiva, o nojo, a alegria e o medo podem nos acrescentar?

      Que cada emoção pode acrescentar algo diferente, dependendo da situação vivida, e que cada uma delas é importante para sabermos lidar com essas diferentes situações.

04 – Quais emoções demonstradas pelos outros você considera mais fáceis de lidar? E as mais difíceis?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Com relação às suas emoções, quais são as mais fáceis e as mais difíceis de lidar?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Você acha que tem dificuldade para identificar as suas emoções? Que estratégias você usa para identifica-las?

      Resposta pessoal do aluno.