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domingo, 31 de outubro de 2021

DIÁRIO ESCONDIDO DE SERAFINA (FRAGMENTO)- CRISTINA PORTO - COM GABARITO

 DIÁRIO ESCONDIDO DE SERAFINA(FRAGMENTO)

                 Cristina Porto


Querido esconderijo,
Eu ainda não contei nada sobre as aulas, a escola, a professora nova, chamada Catarina (que faz aniversário no dia do professor, eu perguntei), os colegas...
Quanto a eles, os colegas, só chegou um novo, de outra escola. É outro Chiquinho, que já teve caxumba, pois eu não aguentei e perguntei. Por que fiz isso? Ora, porque me lembrei daquele Chiquinho, que também estudava na minha classe, que teve caxumba, ficou uma semana sem aparecer e só então me fez descobrir o quanto eu gostava dele!
Pois é. Parece que os Franciscos estão sempre atravessando o meu caminho. Mas esse Chiquinho novo é muito mais gato que o antigo! Sabe o que mais me impressionou nele? O olhar! Que olhos, diário! Que olhos!
Com aqueles cílios longos e tão viradinhos! Ah, e o sorriso, então? Que sorriso, que dentes branquinhos ele tem! Não tem nenhum dente remontado no outro!
Será que eu vou ficar gostando desse Chiquinho também esconderijo? Será?
Bom, agora é melhor voltar para casa, porque já faz muito tempo que estou aqui, escondida, com o diário no colo e o Chiquinho novo na cabeça. Tchau.


PENSANDO SOBRE O TEXTO

01. Observe a saudação inicial do texto e releia o trecho abaixo:

“Será que eu vou ficar gostando desse Chiquinho também esconderijo? Será?”

a) A Serafina se refere algumas vezes ao “esconderijo”. Explique como seria para você esse esconderijo?

    Resposta pessoal.

b) Qual a relação entre o esconderijo e o diário? O que um tem haver com o outro? Explique:

Eles são um só. É o nome que ela deu ao seu Diário.

02.Em que época do ano escolar Serafina anotou isso em seu diário? Explique sua resposta:

É o início do ano letivo. Primeiro dia de aula.

03. Aprendemos que um diário como qualquer tipo de texto precisa de uma organização da escrita em sequência. E que essa organização pode ser cronológica, pode ser por importância de assunto ou aleatório.

a) Como foi organizado o diário de Serafina? Explique:

     Aleatório, pois falou de vários assuntos.

04. Retire do texto um trecho que comprove o uso da primeira pessoa (eu) no registro.

      “Eu ainda não contei nada sobre as aulas...”

05. Sabemos que o uso da pontuação é muito importante em qualquer tipo de texto, e que ela pode ser muito expressiva.
a) Em que momento do texto a autora conseguiu passar para você, uma emoção a mais? Observe a pontuação!

    Quando ela usa interjeição.

  b) Justifique a sua escolha:

      Ela usou a interjeição quando estava suspirando pelo novo Chiquinho, admirando o olhar, os olhos.

06. A forma como Serafina se expressa em seu diário revela que sentimentos? Marque com um X as respostas corretas:

(  ) Raiva
( x ) alegria (  ) amor (  ) fé

(  ) confiança (  ) impaciência
( x ) curiosidade

07.  Releia a frase:
“Parece que os Franciscos estão sempre atravessando o meu caminho.”
a) Explique com suas palavras o que Serafina quis dizer com essa frase.

Resposta pessoal.

8- Durante a nossa vida utilizamos em diversos momentos a linguagem formal e a linguagem informal, observando sempre a ocasião e o objetivo que pretendemos.

a) Nesse texto que você leu que tipo de linguagem foi usada e por quê?

Linguagem informal, coloquial. Porque é uma conversa entre amigos.

9- Nas frases abaixo pinte de acordo com a legenda:

Vermelho – para os verbos.
Azul – para os substantivos.
Amarelo – para os adjetivos.

a) “...pois eu não aguentei e perguntei.”

b) “Ora, porque me lembrei daquele Chiquinho...”

c) “Com aqueles cílios longos e tão viradinhos!”

 

sábado, 23 de junho de 2018

TEXTO: JOANA BANANA VIRA JOANA BACANA - CRISTINA PORTO - COM GABARITO


Texto: Joana Banana vira Joana Bacana

        Na manhã seguinte a notícia já corria pelos corredores do colégio e da cidade.
        -- Vocês souberam da última? O Espelunca inscreveu uma menina na ponta-esquerda! É a Joana, aquela menina nova que se mudou para cá faz pouco tempo.
        -- Ah, essa não! Estou pagando pra ver esse campeonato! Pelo jeito vai ser o mais divertido dos últimos tempos!
        É ... o pessoal do Espelunca precisou até mudar o local de treinamento para se livrar dos curiosos, que queriam, a todo custo, ter uma ideia do desempenho da camisa onze.
        Como foram os treinamentos? Como Joana se comportou dentro do time? Se ela se adaptou ao esquema tático e técnico armado por seu Manoel? Ah, isso ninguém ficou sabendo... Tudo foi feito no maior segredo do mundo!
        E o grande dia chegou, finalmente!
        Joana entrou, começou devagar, esquentou, acelerou, correu, chutou, caiu, a plateia vaiou, ela se levantou, continuou, driblou, perdeu a bola, recuperou, a plateia aplaudiu, Joana se animou, passou a bola, recebeu, passou, recebeu, passou, recebeu e ... GOOOOL! Gol de Joana Banana, num lindo passe de Duda.
        Mas foi só depois do jogo que Joana deixou de ser Banana.
        Algumas vozes começaram, outras continuaram, até que um coro forte se formou:
        Joana Bacana! Joana Bacana! Joana Bacana!

                                   Cristina Porto, Joana Banana. São Paulo: Melhoramentos.
Entendendo o texto:

01 – Qual é o título do texto?
      Joana Banana vira Joana Bacana.

02 – Quem é o autor?
      Cristina Porto.

03 – Na sua opinião, o futebol é um esporte também para mulheres? O que você acha de meninas jogarem futebol no time dos meninos? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Quem é o Espelunca? E quem foi inscrito na ponta-esquerda?
      É o time de futebol. Foi a menina Joana.

05 – Como Joana se comportou dentro do time?
      Joana entrou, começou devagar, esquentou, acelerou, correu, chutou, caiu, a plateia vaiou, ela se levantou, continuou, driblou, perdeu a bola, recuperou, a plateia aplaudiu, Joana se animou, passou a bola, recebeu, passou, recebeu, passou, recebeu e ... GOOOOL!

06 – Quem deu um lindo passe, para que Joana pudesse marcar o gol?
      Foi a Jogadora Duda.

07 – Após o jogo, qual foi o nome que deram a Joana Banana?
      Joana Bacana! Joana Bacana! Joana Bacana!
     

domingo, 29 de abril de 2018

CRÔNICA: OS FILHOS DO CARVÃO - JÔ AZEVEDO, IOLANDA HUZAK E CRISTINA PORTO - COM GABARITO


CRÔNICA - OS FILHOS DO CARVÃO
 
        A professora de Serafina levou para a classe um livro que falava sobre o dia a dia das crianças que trabalham. Conheça uma das histórias desse livro contada pela própria Serafina. 

       Aposto que você não sabia que o carvão é a lenha do eucalipto queimado em fornos chamados "rabos quentes", sabia? E, se não sabia disso, também não deve saber que rabo quente é uma espécie de iglu (já viu como é a casa do esquimó?), feito de tijolo e barro, que arde e estala com o fogo aceso durante três dias. 
      Pois é. Só que, para fazer o eucalipto virar carvão, muitas crianças têm que trabalhar junto com os pais. 
    Quem contou e até mostrou tudo isso para a minha professora foi a Luciane, uma menina de 15 anos, que vive numa fazenda em Água Clara (no Mato Grosso do Sul). Ela tem mais dois irmãos adolescentes e duas irmãs pequenas. Todos trabalham com o pai numa carvoaria. Escute só o que mais ela falou:
      "O médico me proibiu de mexer com fumaça, pois já tive pneumonia. Mas meu pai não aguenta trabalhar sozinho. Desde os 7 anos, eu ajudo ele. Comecei fazendo porta de forno, depois aprendi de tudo. Tem de transportar a lenha, botar fogo, esperar esfriar e retirar o carvão. Tem tanta coisa pra se fazer numa carvoaria que, de noite, a gente dorme em pé". 
      Agora, pare um pouco e pense como deve ser horrível a gente não poder deitar em uma cama macia, cheirosa e quentinha, ainda mais quando está caindo de cansado. Pois é... Esta história dos filhos do carvão só tem fumaça e tristeza. Se eu fosse pintar, só usaria o lápis cinza. E o preto também, claro, pra pintar o carvão e o "gato". 
     Sabe o que é esse gato preto entre aspas? É o empreiteiro, o homem que contrata os carvoejadores e depois leva todos para morar em barracas, dentro das florestas onde estão os eucaliptos que vão virar carvão. 
    É ali, no meio da fumaça e longe da cidade, que famílias como a de Luciane vivem. E não é só em Água Clara. A dona Catarina disse que também em Minas Gerais, na Bahia e no Pará.
     Esta história cinza-triste me fez lembrar de amarelinha. É que minha mãe sempre me dá um pedaço de carvão quando eu quero riscar uma amarelinha na calçada. É melhor que giz, porque o preto aparece mais. 
      Será que essas crianças já brincaram alguma vez de amarelinha?

                             Serafina e a criança que trabalha, de Jô Azevedo,
                                                 Iolanda Huzak e Cristina Porto, Ática.

Após a leitura do Texto, realize o que se propõe.

01 – Apesar de estar sob restrições médicas, a jovem Luciane não deixou de trabalhar com o carvão. Que motivo ela mesma apresentou para este fato:
A – O medo de ser punida pelo "gato".
B – A impossibilidade de o pai dela realizar todo o trabalho sozinho.
C – O prazer que sente na realização desta atividade.
D – O desejo de fazer companhia aos irmãos na porta o forno.
E – A necessidade de continuar recebendo salário para contribuir com a renda familiar.

02 – “...uma menina de 15 anos, que vive numa fazenda...” 
O vocábulo grifado, no trecho acima, é um pronome relativo.
Marque a opção cujo que tenha a mesma função gramatical:
A – É o empreiteiro que contrata os carvoejadores.
B – Luciane tem um quê de tristeza.
C – Temos que proteger as crianças da exploração infantil.
D – Espero que as crianças do carvão brinquem de amarelinha.
E – Que difícil vida levam estas crianças!

CRÔNICA: A ROTA DOS TIJOLOS - CRISTINA PORTO - COM GABARITO

CRÔNICA - A ROTA DOS TIJOLOS


         De onde vêm os tijolos e blocos das paredes da sua, da minha casa?
      Grande parte deles ainda vem das olarias, geralmente, pertencentes a empresas de pequeno porte. 
       E como são feitos esses tijolos? A produção começa com a extração da argila; depois, nas olarias, são realizados os trabalhos de elaboração, processamento da mistura, conformação, secagem, queima, escolha e estocagem do produto. 
       Mas é no trabalho de empilhamento e transporte de tijolos até os fornos que grande número de crianças adolescentes trabalha. Para o transporte, eles utilizam carrinhos de mão, onde levam cerca de 56 tijolos, que pesam de 1,5 a 2 quilos quando molhados; isso significa que carregam, em média, 91 quilos por carrinho. 
     Além de despender um enorme esforço físico, essas crianças ficam expostas ao calor dos fornos, aos gases tóxicos, como o monóxido de carbono produzido pela combustão e à poeira. 
    Essa atividade pesada, monótona e repetitiva é realizada em locais precários, com piso de terra batida, que apresentam depressões e saliências. Isso tudo dificulta ainda mais a condução dos carrinhos: são muito comuns os acidentes provocados pela queda dos tijolos, que acabam atingindo as crianças. 
       As jornadas de trabalho podem chegar a 10 horas, por isso, muitos jovens não vão à escola, ou, quando vão, normalmente estão atrasados em relação à idade e ao ano que frequentam. (...).

           Cristina Porto, Iolanda Huzak e Jô Azevedo. Trabalho infantil:
             O difícil sonho de ser criança. São Paulo: Ática, 2003. p. 82.

A partir da leitura atenta do Texto, realize as questões propostas.

01 – Nas olarias, é comum ocorrerem acidentes provenientes das quedas de tijolos dos carinhos. Estas quedas têm por principal causa:
A – a falta de habilidades das crianças na condução dos carrinhos.
B – a sobrecarga de tijolos em cada carrinho.
C – a irregularidade e os buracos no piso de terra batida.
D – a pressa das crianças na execução da tarefa.
E – a fumaça que ofusca a visão dos pequenos trabalhadores.

02 – Marque a opção onde houve erro na indicação da ideia transmitida pelos vocábulos grifados:
 A – "...depois, nas olarias, são realizados..." (tempo)
 B – "Mas é no trabalho de empilhamento..." (adversidade).
 C – "Além de despender um enorme esforço..." (inclusão)
 D – "...aos gases tóxicos, como o monóxido de carbono..." (causa)
 E – "...por isso, muitos jovens não vão à escola..." (conclusão) 


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

TEXTO PARA SÉRIES INICIAIS: ALEGRIAS DO NATAL - CRISTINA PORTO - COM GABARITO

Texto: Alegrias do Natal
Cristina Porto

   Natal, pra mim, em sabor de alegria e surpresas, sabe por quê? Porque em minha casa cada um preparava uma surpresa para o outro.
 Naquele Natal, porém, havíamos combinado que ninguém ia dar presente, por causa das despesas com a chegada do nenê (mamãe estava esperando nenê). Eu já havia me conformado em não dar nem receber surpresas.
        Mas quando acordei no dia 25, quase morri de alegria, sobre o que havia no meu quarto? Uma cadeirinha de balanço de madeira com uma almofada de retalhos bem coloridos. Papai havia feito a cadeira e mamãe havia feito a almofada, nem precisa dizer que fiquei muito contente.
        Papai e mamãe ainda dormiam, então chegou a minha vez de fazer minha surpresa, eu havia preparado uma, e estava escondido no meu guarda-roupa.
        A surpresa é que meu presente era para o nenê, que ia nascer. Como eu não podia gastar dinheiro escolhi um calçãozinho da Madalena, a minha boneca, lavei bem lavadinho, passei bem direitinho, dobrei e coloquei numa sacola. Embrulhei com um papel bem bonitinho e escondi.
        Peguei então o pacotinho, entrei bem quietinha no quarto dos meus pais e coloquei o presentinho sabe onde? Bem em cima da barriga da mamãe, depois voltei para o meu quarto.
      Quando eles levantaram, foram até a minha cama e me deram um beijo com gosto diferente, sabe? Eu também dei um beijo diferente neles, não precisamos falar mais nada, porque já havíamos entendido tudo.
                                                                                     
Entendendo o texto:
01 – Qual é o título do texto?
      Alegrias do Natal.

02 – Quem é o autor do texto?
      Cristina Porto.

03 – Quantos parágrafos há no texto?
      O texto possui 07 parágrafos.

04 – Qual é o tema principal do texto?
      O texto fala sobre surpresas de Natal.

05 – O que a família combinou para aquele Natal? Por quê?
      Eles combinaram que ninguém ia dar presentes, por causa das despesas com a chegada do nenê.

06 – Segundo o texto o que era bom no Natal?
      De acordo com o texto o bom do Natal é ter o sabor de alegria e surpresas.

07 – Que surpresa a personagem principal ganhou?
      Ela ganhou uma cadeira de balanço de madeira com uma almofada de retalhos, o pai fez à cadeira e a mãe fez a almofada.

08 – Qual foi o presente que a personagem principal deu?
      Deu uma roupinha da boneca para o nenê.

09 – O que aconteceu quando os pais viram o presente em cima da barriga da mamãe?
      Eles foram até a cama da personagem e lhe deram um beijo com gosto diferente.