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sábado, 21 de setembro de 2024

PIADA: AS ANEDOTINHAS DO BICHINHO DA MAÇÃ - ZIRALDO - COM GABARITO

 Piada: As anedotinhas do Bichinho da Maçã

        Chovia há três dias sem parar e o campo de futebol estava completamente inundado. Era domingo e sem futebol o pessoal da cidade ia ficar sem distração. Aí o juiz resolveu fazer o jogo de qualquer jeito. O capitão de uma das equipes não concordou:

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioE0Rsuls8u6QD1WRXu0VTpLaFQldzbx4WqOKZcapp05CqmB-ILgDwSDb6iJhHMgQ3Wp95-aQenTQerbZYlvKdutGBiyfWA7R80R3JOFBErMP6W2VDHEAHVkZBCoIWjP1CR9Lwdyh2G5W2FEA8FyS6O7k-9KG7zoPxLYMWDT-DvZ1wREI98Z-aMdQOxmk/s400/BICHINHO.jpg


        -- Com tudo alagado não vai dar.

        -- Vai dar sim – disse o juiz, pode escolher o campo.

        E o capitão:

        -- Então tá. Meu time joga o primeiro tempo a favor da correnteza.

Ziraldo. As anedotinhas do Bichinho da Maçã. 6ª Ed. São Paulo: Melhoramentos. 1988. p. 26.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 246.

Entendendo a piada:

01 – Qual é a situação inicial descrita na piada?

      Chovia há três dias sem parar, e o campo de futebol estava completamente inundado.

02 – Por que o capitão de uma das equipes não queria jogar?

      O capitão não queria jogar porque o campo estava alagado e, em sua opinião, não seria possível jogar nessas condições.

03 – Qual foi a solução proposta pelo juiz para resolver a situação?

      O juiz decidiu que o jogo seria realizado de qualquer maneira e disse ao capitão para escolher de qual lado do campo seu time jogaria.

04 – Qual foi a resposta engraçada do capitão em relação à escolha do campo?

      O capitão respondeu com humor que seu time jogaria o primeiro tempo "a favor da correnteza", aproveitando a inundação do campo.

05 – Qual é o elemento de humor central da piada?

      O humor está na ideia absurda de jogar futebol em um campo tão alagado que há até uma "correnteza", e o capitão tenta tirar vantagem dessa situação bizarra.

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

TEXTO: OS MENINOS MORENOS - FRAGMENTO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Texto: Os meninos morenos – Fragmento

           Ziraldo

        (...)

        Uma das recordações mais felizes da minha infância é da sinfonia dos melros nas palmeiras. A gente chegava muito cedo para a primeira aula do Grupo Escolar que ficava na praça que era cercada de altas palmeiras.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtyYFJ5MWBWw6wiL5o_RKTIHG5W8r8Caf69EE3YUU3bAkRORGUEa0XtDixZarnyAejX_TJHef-6SUgSj5bBM61PqdNs6IV1sIprqHLaWtQQT_2ultaLTJeNq4FJRucnzOvy6riWc7ZyxXChAY9FRFz34hIdS3TdeqwDLHKFsw4oGIV7fKyFKEAjzSY-0/s320/SABIA.jpg

        Pois é: minha terra tinha palmeiras onde, em vez de sabiá, cantava o melro. E, como a gente chegava muito cedo para a aula, os melros ainda estavam cantando a sua canção matinal. Era como se estivessem saudando os meninos morenos, que também chegavam em bando para a escola.

        Jarinho chegava pra brincar com a gente e vinha com o melro no ombro. Se a brincadeira era contar história, brincar de gata-parida, berlinda, mamãe eu posso ir ou qualquer outra que não implicasse correr, o melro ficava ali, no ombro do Jarinho. Se, porém, a gente tinha que correr, se a brincadeira era de pique, de pular-carniça, soltar papagaio, jogar precipício, cobra-caninana, esconde-esconde ou mãos ao ar – que, em outras cidades, se chamava bandido e mocinho –, o Jarinho botava o melro no galho de uma árvore ou no umbral de uma janela e dizia: “Fica aí, que eu já volto”. E o melro ficava esperando seu dono voltar da brincadeira. A professora pedia ao Jarinho pra não levar o melro para tumultuar as aulas.

        O Jarinho ficava muito triste de deixar seu amigo em casa.

        Era agosto, mês das queimadas e das ventanias. Às vezes, a caminho da escola, na manhã ainda fria, a gente não enxergava um palmo diante do nariz, vivendo como se estivesse dentro de um fog londrino. Era a névoa seca das queimadas. Os olhos ficavam vermelhos e voltávamos da escola com a poeira das cinzas assentadinha nas dobras da camisa branca do uniforme. Quando não ventava muito, a gente podia ver um raminho de samambaia cinzenta vindo voando em nossa direção, levemente, como uma pena de ave flutuando no espaço. O raminho de samambaia tocava nossa roupa e se desfazia em cinzas. Eram as matas do rio Doce sendo dizimadas pelas queimadas dos derrubadores. Foi num mês de agosto, no dia seguinte de uma grande ventania, que o Jarinho não apareceu na escola.

        Na semana que se seguiu àquele dia, não só o Jarinho, mas todos os meninos da rua não fizeram outra coisa senão procurar o melro do Jarinho.

        Ele o havia deixado num galho de árvore para fazer uma coisa qualquer (que era melhor fazer sem seu amigo). Foi quando começou o furacão. Foi de repente, eu me lembro.

        Nunca havia ventado tanto na minha cidade. As pessoas se agarravam aos postes para não serem arrastadas, telhas voaram pelos ares, casebres ficaram sem teto, folhas das palmeiras imperiais da praça se desprenderam, voando a grandes alturas, ameaçadoras.

        Todos os meninos da rua só faltaram morrer de tristeza, o Jarinho ficou de cama e não me lembro mais de voltar a vê-lo imitar seus passarinhos. Minha mãe, que era uma sábia, tentou explicar para os meninos da rua que era bom a gente prestar bastante atenção nas coisas boas, enquanto elas duram.

        Muitos e muitos anos depois – agora, recentemente – reencontrei o Jarinho. Era um senhor gordinho com os cabelos – muito poucos – completamente brancos e os olhos pequenos mais sumidos do que nunca. [...] Perguntei-lhe se ele se lembrava, com a mesma intensidade que eu, dos velhos tempos da rua de nossa infância. E falei do melro no seu ombro e ele me disse: "Não me esqueço nunca. Ainda hoje, tantos anos depois, acordo no meio da noite e, dentro do meu quarto, escuto o meu melro cantando direitinho como se estivesse ali”. Que bom! Jarinho acredita que existe fantasma de passarinho.

Ziraldo. Os meninos morenos – Com versos de Humberto Akabal. São Paulo: Melhoramentos, 2004. p. 45-8.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 132-133.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Derrubador: aquele que derruba as árvores antes de pôr fogo na mata.

·        Dizimado: diminuído, desfalcado, destruído.

·        Fog: nevoeiro espesso característico da cidade de Londres, Inglaterra.

·        Melro: pássaro de plumagem negra, bico amarelo e canto melodioso.

·        Sabiá: pássaro de um colorido simples, cinzento, às vezes avermelhado.

·        Umbral: limiar, entrada.

02 – Qual é uma das recordações mais felizes da infância do narrador?

      A recordação mais feliz é a sinfonia dos melros nas palmeiras próximas à escola, que cantavam pela manhã enquanto ele e seus amigos chegavam para a aula.

03 – O que o melro representava para Jarinho?

      O melro era um companheiro inseparável de Jarinho, que o levava para brincar com os amigos, mas o deixava em um galho ou janela durante brincadeiras que envolviam correr.

04 – Por que a professora pedia para Jarinho não levar o melro para a escola?

      A professora pedia para Jarinho não levar o melro porque ele poderia tumultuar as aulas.

05 – Como as queimadas e ventanias de agosto afetavam o caminho dos meninos para a escola?

      As queimadas e ventanias causavam uma névoa densa que dificultava a visão e deixava cinzas nas roupas dos meninos, sujando especialmente os uniformes brancos.

06 – O que aconteceu com o melro de Jarinho durante a grande ventania?

      O melro desapareceu durante uma grande ventania. Jarinho o havia deixado em um galho de árvore, e a forte tempestade o levou.

07 – Qual foi a reação de Jarinho ao desaparecimento de seu melro?

      Jarinho ficou muito triste, chegou a ficar de cama e, depois disso, não imitou mais os passarinhos como fazia antes.

08 – O que a mãe do narrador tentou ensinar aos meninos sobre o desaparecimento do melro?

      A mãe do narrador tentou ensinar que é importante prestar atenção nas coisas boas enquanto elas duram, pois podem não estar sempre presentes.

09 – Como o narrador descreve o reencontro com Jarinho anos depois?

      O narrador descreve Jarinho como um senhor gordinho, de cabelos brancos e poucos, com olhos pequenos e fundos.

10 – O que Jarinho disse ao narrador sobre o melro quando se reencontraram?

      Jarinho contou que, mesmo após tantos anos, ainda acorda no meio da noite e ouve o melro cantando, como se estivesse no seu quarto.

11 – O que o narrador pensa sobre a crença de Jarinho em "fantasmas de passarinhos"?

      O narrador acha bom que Jarinho acredite em "fantasmas de passarinhos", revelando que ele ainda mantém uma forte ligação com a lembrança de seu melro.

 

quinta-feira, 2 de maio de 2024

POEMA: DO SIGNIFICADO DA PALAVRA INSACIÁVEL - ZIRALDO - COM GABARITO

 Poema: Do significado da palavra INSACIÁVEL

              Ziraldo

 Insaciável chegou.

O que será?

Vamos já quebrar-lhe a casca

e descobrir.

Pronto: a palavra quebrou-se,

se dividiu.

Mais do que em gema e clara,

 

em três pedaços.

O primeiro pedacinho

desta palavra

é o IN que vem

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGlcp5TDRkFa3xdzgU78hrnSk4n2wYhTjAuq629mjKY7hMHOMGwQoB6IErMLWb7Xai-cpfeobdUENqlL7dLilFFaW_mZHh0OdQbQrukuY7KU3wXbz-AHV-Po14oaFWzw-PJiVUNcC_bCEYTiJo_z907RI7QH7H0-SNt1CDLkh_Id-p84KQXv0jsyVv4yw/s1600/CLARA.jpg

na frente

(no seu começo)

e que significa NÃO

(se está ali).

E, por isto, por exemplo,

um infeliz

é exatamente o quê?

Um não-feliz.

 

E ÁVEL, que está no fim,

que quer dizer?

Quer dizer a qualidade

que  a coisa tem.

Assim, se uma coisa é agradÁVEL.

(só como exemplo)

ela quer é agradar:

sua qualidade.

 

E o que é SACIAR?

já saberemos:

é matar a sede toda,

toda a vontade.

 

Vai daí IN-SACI-ÁVEL

significa:

alguém cujo jeito (ÁVEL)

é de quem não (IN) nunca

mata (SACIA) a sua sede.

Insaciável é quem quer

beber o mundo

gota a gota, se puder.

Fonte: Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – Marilda Prates – 5ª série - 1º ed. – São Paulo: Moderna ,1998, p.16.

 

Entendendo o texto

 01. Qual é o significado da palavra "IN" no contexto do poema "Do significado da palavra INSACIÁVEL" de Ziraldo?

No poema, "IN" representa a negação, significando "não". Por exemplo, "infeliz" significa alguém que não é feliz.

02. O que significa "ÁVEL" no final da palavra "INSACIÁVEL", de acordo com Ziraldo?

"ÁVEL" denota a qualidade ou característica que a palavra expressa. Por exemplo, em "agradável", essa terminação indica a qualidade de agradar.

03. De acordo com o poema, o que significa "SACIAR"? "SACIAR" significa satisfazer completamente uma necessidade, como matar a sede ou a vontade.

04. Como Ziraldo define a palavra "INSACIÁVEL" no poema? Ziraldo define "INSACIÁVEL" como alguém cujo modo de ser é o de nunca satisfazer completamente sua sede ou desejo. É alguém que quer consumir o mundo inteiro, gota a gota, se possível.

05. Qual é a mensagem central transmitida por Ziraldo por meio da análise da palavra "INSACIÁVEL"?

A mensagem central é que ser "INSACIÁVEL" significa ter um desejo insaciável de consumir mais, nunca se satisfazendo completamente. O poema alerta para os perigos de uma busca desenfreada por satisfação sem limites.

 

 

 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

ANEDOTA: FALÊNCIA DO CIRCO - ZIRALDO - TEMPO VERBAL - COM GABARITO

 Anedota: Falência do circo

      O circo estava indo à falência. O dono, desesperado, não sabia mais o que inventar.

 Aí apareceu um homem que podia salvá-lo.

 – O que o senhor faz?

        – Subo no ponto mais alto do circo e mergulho no meio do picadeiro.

        – Dentro de uma tina de água?

        – Não, claro. Esse número é velho. Eu mergulho dentro de uma garrafa de coca-cola.

        – Sem funil?

           Ziraldo. As últimas anedotinhas do bichinho da maçã. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 18.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 233-4.

Entendendo a anedota:

01 – No primeiro parágrafo, foram empregadas as formas verbais estava e sabia.

a)   Em que tempo verbal elas estão?

No pretérito imperfeito.

b)   Nesse contexto, elas transmitem a ideia de uma ação contínua ou de uma ação acabada?

De uma ação contínua.

02 – O presente do indicativo geralmente indica um tipo de ação que está ocorrendo no momento que se fala. Porém, às vezes, esse tempo pode ter outro sentido. Observe esta frase:

        “— Subo no ponto mais alto do circo e mergulho no meio do picadeiro.”

a)   As ações de subir e mergulhar estão ocorrendo no momento em que o homem está falando?

Não.

b)   Caso não, o que justifica então o emprego desse tempo verbal?

O presente foi empregado com a finalidade de indicar um tipo de ação que pode ser feita quantas vezes a pessoa quiser. Equivale a dizer: Subo e mergulho sempre que quiser.

 

 

QUADRINHOS: MALUQUINHO APRENDENDO VIOLINO - ZIRALDO - LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL - COM GABARITO

 Quadrinhos: Maluquinho aprendendo violino


Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 93.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 140-1.

Entendendo os quadrinhos:        

01 – As histórias em quadrinhos compõem-se de quadros que, geralmente, associam duas linguagens. Quais são elas?

      A linguagem verbal e a linguagem visual.

02 – Faça uma experiência. Leia apenas a parte verbal dos quadrinhos; depois, leia apenas as imagens.

a)   Sem as imagens a história tem sentido completo?

Não.

b)   E sem a linguagem verbal?

Não.

c)   Qual é a relação entre essas duas linguagens nessa história em quadrinhos?

É um meio de fazer a leitura e compreender a história, pois esta compõe-se de linguagem verbal e visual.

03 – O formato mais comuns e tradicional dos quadrinhos é o retângulo, delimitado por linhas retas que servem para separa-los. Quantos quadrinhos tem essa história?

      Nove quadrinhos.

04 – Nos contos de fadas, há um narrador que nos conta a história. Nessa história em quadrinhos, como a história é narrada? Por meio da imagem, do diálogo entre as personagens ou do emprego dos dois recursos (imagem e diálogo) juntos?

      A história é narrada por meio da imagem e do diálogo entre as personagens.

05 – Uma história em quadrinhos conta, conforme seu nome diz, uma história. É, portanto, uma narrativa que envolve fatos, personagens, tempo e espaço. Os fatos se organizam em sequência, numa relação de causa e efeito. Observe que o fato de Junim, o menino loiro, estar tocando violino tão mal causa um efeito na personagem Maluquinho – ele conversa, faz gestos, vai buscar um tambor, etc. no 7° quadrinho, o fato d tocarem juntos e mal causa em efeito.

a)   Que efeito é esse?

Um operário de uma demolição vem pedir que toquem em outro lugar, porque o barulho está incomodando o pessoal que trabalha na demolição.

b)   Nesse efeito está o humor da história. Qual é a graça do quadrinho?

O fato de a reclamação do operário mostrar que o barulho e a desafinação dos sons dos instrumentos é muito grande, incomodando até os trabalhadores da demolição, que são habituados com muito barulho.

06 – Além da relação de causa e efeito, os quadrinhos organizam os fatos da história no tempo e no espaço, isto é, dão ao leitor elementos que indicam quando e onde os fatos ocorrem.

a)   Em que lugar ocorre essa história?

Numa cidade, em uma rua qualquer.

b)   Que elementos do texto e da imagem permitem afirmar que essa história acontece durante o dia?

As imagens são claras, as personagens são crianças, os operários estão trabalhando numa demolição.

07 – O balão é um elemento característico dos quadrinhos. Consiste em um espaço contornado por um traço, que parte geralmente da boca das personagens, no qual aparecem a fala ou o pensamento delas.

a)   Como é, geralmente, a letra usada no balão?

Geralmente de fôrma, maiúscula, desenhada a mão.

b)   Por que, na sua opinião, as palavras RITMO (no 3° quadrinho) e BARULHO (no último quadrinho) estão escritas em negrito, isto é, com traço mais forte do que o normal?

Para indicar a maneira como foram pronunciadas: com tom de voz mais alto, ou com ênfase.

08 – No 1° e no 7° quadrinhos, há palavras que procuram imitar, na escrita, certos sons e ruídos. Essas palavras são chamadas de onomatopeias.

a)   Que som as palavras GZAC! NHEC! E TZIM! Reproduzem?

O som do violino tocado por Junim.

b)   E as onomatopeias PAF! BUM! TUM! TUM! E TÁ!?

O som do tambor tocado pelo Menino Maluquinho.

c)   Que sinal de pontuação costuma acompanhar as onomatopeias?

O ponto de exclamação.

09 – As personagens das histórias em quadrinhos costumam usar uma linguagem informal, isto é, bem parecida com o jeito como falamos no dia-a-dia.

a)   Identifique, nos quadrinhos em estudo, duas situações em que isso acontece.

É! Tá gostando? / Tô, mas...

b)   Em situações como essas, o uso desse tipo de variedade linguística é adequado? Por quê?

Sim, porque a história retrata uma cena comum do cotidiano.

c)   Releia algumas falas e responda: As frases empregadas são difíceis de entender ou são simples, de fácil compreensão?

As frases empregadas nos quadrinhos são simples, de fácil compreensão.



sábado, 2 de abril de 2022

TIRINHA: JULIETA E CAROLINA - ZIRALDO - COM GABARITO

Tirinha: Julieta e Carolina   

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpWoaEetdpyU2_YewT2RurZ1Hd877j9JRaK6KBCts3sn-7PNSWsEsbi8KO4prfyB9BFlRU3Px151qEM20pnvKajU8Bb2vYIsbxhXHMYj8ZpnMVT50z9Q3lkFrNjgz_F9JtgktHxmckJ31b0BshXuTz2UJxJUPGOp8nnsXgLqcujKzHUhQCMHDnD4fj/s420/ZIRALDO.jpg 

Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 70.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 26-7.

Entendendo a tirinha:

01 – Julieta e Carolina estão conversando. Julieta propõe à amiga que inventem uma língua só delas. Por que ela quer inventar uma língua?

      Para que os meninos não entendam o que elas conversam.

02 – Observe o último quadrinho.

a)   Pela fala do menino (Juninho), você diria que a ideia de Julieta é original? Por quê?

Não, pois os meninos já tinham inventado uma língua diferente com a mesma finalidade.

b)   O que você acha que Juninho disse ao Maluquinho?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que ele tenha escutado a conversa; portanto, é provável que ele tenha dito ao Maluquinho o que ouviu.

c)   Na sua opinião, as meninas compreenderam o que Juninho disse? Por quê?

Provavelmente não, pois desconheciam o sentido daquelas palavras.

03 – As meninas inventaram uma língua, e os meninos, outra. O que você acha que acontecerá se todo mundo inventasse uma nova língua?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ninguém entenderia, pois, para que haja interação social pela linguagem, é necessário que as pessoas falem a mesma língua.

04 – Utilizando o vocabulário de Julieta, tente criar uma frase com sentido lógico e leia-a para os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

 


sexta-feira, 18 de março de 2022

ANEDOTA: CONSELHO MAL ENTENDIDO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Anedota: Conselho mal entendido

              Ziraldo

        O menino já estava parado ali no meio-fio havia tempo. Atento, olhando para um lado e para o outro. O dono da banca de jornal, que já estava desde cedo observando o menino, quis saber:

        -- Por que você não atravessa, meu filho?

        -- Mamãe disse para eu esperar os automóveis passarem. Até agora não passou nenhum!

Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 12.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 32.

Entendendo a anedota:

01 – O humor da anedota é criado em torno de uma falha de compreensão na interação verbal entre a mãe e o menino. Qual era a intenção da mãe ao dizer ao menino que esperasse os automóveis passarem?

      A intenção de prevenir o menino do risco de travessar a rua quando há carros na pista.

02 – De que modo o menino compreendeu a fala da mãe?

      Ele compreendeu que só deveria atravessar depois que algum carro passasse.

03 – Considerando o papel dos interlocutores – mãe e filho –, por que o modo como o filho compreendeu a fala da mãe é absurdo?

      O desejo da mãe era afastar o filho dos automóveis, e não que ele atravessasse a rua somente depois que carros tivessem passado.

ANEDOTA: CASAMENTO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Anedota: Casamento

               Ziraldo

        O moço foi pedir a mão da namorada em casamento. E o pai morrinha quis saber:

        -- Você acha que tem condições de dar a ela a mesma vida que ela tem aqui?

        -- Acho que sim. Eu também sou muito chato!

Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 31.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 37.

Entendendo a anedota:

01 – De acordo com o texto, qual o significado da palavra morrinha?

      Pessoa que se mostra desagradável, maçante.

02 – Como o pai é inicialmente caracterizado pelo narrador da anedota?

      Como morrinha.

03 – O que o pai pretende dizer quando pergunta ao moço se ele tinha condições de dar à namorada a mesma vida que ela tinha ali?

      Se o moço tinha condições de oferecer à moça boas condições materiais: casa, dinheiro, fartura, etc.

04 – Que imagem o pai devia ter a respeito do namorado de sua filha?

      A de que o moço provavelmente era pobre.

05 – Pela resposta do moço, é possível notar que ele também já tinha uma opinião formada a respeito do pai da namorada. Qual é essa opinião?

      A de que o pai da namorada é um chato.

 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

TIRINHA: MALUQUINHO NATAL - ZIRALDO - COLEÇÃO MAIS CORES - COM GABARITO

 Tirinha: Maluquinho Natal


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizuX9bZcLLCh5fXI6uUl7qHzv9jylw_E805BDVcuSaUu424_n40ZeCsdEkYLqKO3vQKNP9RD5UYJmzk-pdJJ5VVamFVxMIPMuGKDd3DFbftrSBjpBxuHPRp1QF3Eh-goSh2VimQUdoPhOIu3RoQ3WRY85vCpF6j5H0dV06Np73kCY9VL1OR6jC1P5V=s377

Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 51-2.

Entendendo a tirinha:

01 – Em que época do ano se passa a história da tirinha? Como você sabe?

      Na época do Natal, em dezembro. Por causa da árvore de Natal.

02 – O que você acha que o vovô quis dizer quando falou ao Maluquinho que o Natal, antigamente, era mais bonito?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Era uma festa de alegria e união familiar, melhor do que hoje.

03 – O Maluquinho entendeu a resposta de seu avô? Por quê?

      Não, porque ele achou que a diferença era a idade do Papai-Noel.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

ENTREVISTA: ZIRALDO ENTREVISTA MAURÍCIO DE SOUSA - ABZ DO ZIRALDO - COM GABARITO

 Ziraldo entrevista Mauricio de Sousa


no ABZ do Ziraldo

 Ziraldo: Vamos começar o programa que hoje é um programa completamente diferente, completamente diferente, e vocês vão entender por quê. Porque eu… eu… eu vou contar aqui, na companhia dele, a biografia de um sujeito muito importante na minha vida, na vida do Brasil inteiro. Realizou um milagre fantástico na história cultural do Brasil e eu… eu acompanho a vida dele praticamente desde que ele começou. É uma das mais antigas amizades da minha vida. Ele se chama Mauricio de Sousa. Pããããã!

Mauricio de Sousa: (risos )

Z: Mauricio de Sousa, que coisa fantástica, hein? Olha quanta coisa aconteceu nesses 50 anos na sua vida! Aí está o Mauricio de Sousa, criador deste universo que faz parte da história de… contemporânea do Brasil. Tem também as… as coisas didáticas que o Mauricio faz que as pessoas encomendam, escola, institutos, é… tudo. É muito… muita coisa didática, inclusive pro mundo inteiro! Esta aqui é uma história, né?

MS: É… essa é do…

Z: Conta a história da… da… da descoberta da América ééé para uma revista do Vietnã. É uma coisa impressionante. Mauricio, vamo começar a contar. Mauricio de Sousa nasceu em…?

MS: Santa Isabel, estado de São Paulo!

Z: O que é isso?! Mogi das Cruzes, rapaz.

MS: Não, não, nasci em Santa Isabel, uma cidade pequena, perto de Mogi das Cruzes…

Z: Hã…

MS: Minha família viajou para Santa Isabel, nasci lá…

Z: Mas chegou a morar em Santa Isabel?

MS: Lá ela ficou uns tempos lá, até eu ficar taludinho e poder mudar pra Mogi das Cruzes, onde eu me criei.

Z: Você já desenhava na infância e o tempo todo obsessivamente, naturalmente…?

MS: Eu me lembro da infância desenhando, pintando, rabiscando. Papai era poeta, ele tinha umas… livros, uns cadernos de poesia muito bonitos e eu adorava, quando ele saía, pegar o caderno dele e ilustrar as poesias dele. Z: Ah…!

MS: Ilustrar daquele jeito estragando o caderno dele, né? (risos)

Z: (risos)

MS: Daí o meu pai, muito sabido…

Z: Deixou você, deixou…

MS: Olhou… falou: “ah, você gosta disso?” Saiu, comprou um caderno igual o dele, lápis, tudo mais e me deu falando: “esse aqui é seu, esse aqui é meu. Agora cê usa o seu”.

Z: (risos)

[…]

MS: Quandooo eu tava pra fazer o Bidu, um colega meu, Lourenço Diaféria, jornalista, tava fazendo uma revista e ele falou “Mauricio, eu tô precisando de uma página com charges pra minha revista. Cê pode fazer uma pra mim?” Falei: “eu posso fazer”. Fui pra casa e desenhei umas charges com um cachorrinho, que era parecido com o Bidu, né?, daí ele falou “me traz amanhã tudo pronto”. No dia seguinte, eu levei, peguei o material pra levar pra ele, pra vender, né, e esqueci no táxi o desenho. Falei: “ih, Lourenço, esqueci no táxi! Mas me dá mais 24 horas”. Fui pra casa, desenhei de novo as charges. No que você desenha de novo, você sabe disso, você melhora, você já tá dominando mais…

Z: Claro, claro…

MS: … a técnica e o personagem e tudo mais.

 Transcrição de entrevista concedida por Mauricio de Sousa a Ziraldo. Disponível em: (parte 1) e (parte 2). Acesso em: 31 jul. 2018. (Fragmentos).

1.   O que torna a entrevista feita por Ziraldo semelhante a uma biografia?

Assim como em uma biografia, as perguntas conduzem o entrevistado a contar uma parte da história de sua vida.

2.   O que as torna diferentes?

Na biografia, um produtor conta a história de vida de uma pessoa pública ou, no caso da autobiografia, a figura pública conta sua própria história de vida. Na entrevista, essa história chega ao leitor por meio de uma interação (pergunta-resposta) entre o entrevistador e a pessoa pública.

3.   Embora seja uma situação de comunicação formal, essa entrevista se assemelha a um bate-papo entre amigos. Explique por quê.

Porque o entrevistador, com frequência, interrompe o entrevistado para completar ou reconduzir sua fala, e parece haver grande intimidade entre eles.

4.   Por ser uma transcrição, o texto mantém marcas que são típicas da fala. Cite duas delas.

Sugestão: Alongamento de vogais (“Quandooo eu tava pra fazer o Bidu […]”), marcadores conversacionais (“Esta aqui é uma história, né?”), repetições (“Porque eu… eu… eu vou contar aqui […]”) e encurtamento de palavras (“Cê pode fazer uma pra mim?”).

5.   Observe o que aconteceu com os turnos de fala entre as linhas 14 e 18.

a)    Que elemento usado por Ziraldo, no primeiro trecho, levou Mauricio a entender que deveria responder?

O marcador “né?”

b)    Era essa a expectativa do entrevistador? Justifique analisando sua reação.

Não, como mostra o fato de Ziraldo rapidamente interromper.

c)    Provavelmente a reação de Ziraldo ocorreu porque ele tinha planejado um roteiro para a conversa. Com o que ele queria começar?

Pela narrativa da infância do entrevistado.

6.   Releia, agora, as linhas 38 a 42. Ziraldo invade o turno conversacional de Mauricio. Qual é o objetivo dele ao fazer isso?

Participar da narrativa, ajudar a contar a história.

7.   desafio de escrita .Como já dissemos no início deste capítulo, os boxes “De quem é o texto?” são brevíssimas biografias. Usando as informações da entrevista, redija um desses boxes para apresentar Mauricio de Sousa.

 

    

           Sugestão de resposta: Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel, próximo a Mogi das Cruzes, onde morou durante a infância. Começou a desenhar ilustrando poemas de seu pai, e hoje suas obras estão em vários lugares do mundo. Seu primeiro personagem foi Bidu e, quanto mais ele o desenha, mais aprimora seus traços.