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domingo, 7 de dezembro de 2025

REPORTAGEM: HISTÓRIA DOS BAIRROS PAULISTANOS - LIBERDADE - FRAGMENTO - A. GHEDINE - COM GABARITO

 Reportagem: História dos bairros paulistanos – Liberdade – Fragmento

        [...]

        Em suas origens, no século 17, a Liberdade compreendia terras situadas ao longo do caminho que ligava o centro da cidade à Zona Sul, ao município de Santo Amaro. Esse caminho, conhecido como "caminho de Ibirapuera" ou "caminho de carro para Santo Amaro", saia do centro em direção ao sul pelo traçado atual da avenida Liberdade e da rua Vergueiro. Há registros de que esse caminho também tenha sido conhecido como "estrada nova para Santos". Nessa região, havia muitas chácaras, algumas de grande extensão territorial, onde era cultivado especialmente chá. Da divisão dessas chácaras nasceu o bairro da Liberdade.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9frELNSQ3bXUIQJpzDoFYYkFU5yDovYFW1QqsOXt64lJOf_skScKyjqWU8M6uLARuti1zumNiZqz9OniHbjboVw23O9dKoje2BuWeEsVL3a2DhZQQGg4yBYiFk6NABpog11pxLVor9yhTYELWyS4piHqxm5MflocNEmsGeWNRgQcKvywJqCTZo9znla8/s1600/images.jpg


        O bairro abrigou, no século 19, o largo do Pelourinho, onde eram amarrados escravos fugitivos. Ali também ficava localizado o Largo da Forca, que recebeu essa denominação por ser local de execuções, [...]. Com a abolição da pena de morte do Brasil, o Largo da Forca passou a chamar-se Largo da Liberdade.

        No século 19, o centro de São Paulo foi ligado a Santo Amaro pelas linhas de bonde, cujos trilhos foram construídos no traçado do "caminho de carro". Uma parte desse caminho viria a ser a rua Domingos de Moraes. Na virada do século 19 para o século 20, a Liberdade começa a sofrer um forte processo de urbanização com alargamento de ruas, desapropriações de terras e imóveis, construções de praças e largos e calçamento de ruas com paralelepípedos.

        Nessa época, a Liberdade era um bairro residencial habitado por imigrantes portugueses e italianos que, com o passar dos anos, deixariam ao bairro em direção a outras partes da cidade. Os traços orientais de prédios e residências só começaram a aparecer após a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil, em 1908, e ganharam impulso na década de 60. O bairro conheceu então as lanternas suzuranto, os jardins japoneses e as festas típicas japonesas.

        A influência oriental cresceu tanto que, em 1969, foi anunciado um plano de reurbanização do bairro dentro do processo de expansão da Linha 1 – Azul do Metrô. Em 1974, aconteceu a criação do "Bairro Oriental", com ruas e praças do bairro inteiramente decoradas com motivos orientais, adquirindo características de uma autêntica cidade japonesa. Por fim, em fevereiro de 1975, foram inauguradas as estações Liberdade e São Joaquim do Metrô.

GHEDINE, A. História dos bairros paulistanos – Liberdade. Banco de dados Folha. Disponível em: http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_liberdadde.htm. Acesso em: 17 ago. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 130-131.

Entendendo a reportagem:

01 – Quais eram os nomes antigos do caminho que ligava o centro da cidade à Zona Sul (Santo Amaro) e que marcou a origem do bairro da Liberdade no século 17?

      O caminho era conhecido como "caminho de Ibirapuera", "caminho de carro para Santo Amaro" ou, segundo outros registros, "estrada nova para Santos".

02 – Qual foi o evento que fez com que o antigo "Largo da Forca" passasse a ser chamado de "Largo da Liberdade"?

      A mudança de nome ocorreu com a abolição da pena de morte no Brasil, já que o local era usado para execuções e, anteriormente, também abrigava o largo do Pelourinho, onde escravos fugitivos eram amarrados.

03 – Quem eram os primeiros imigrantes a habitar o bairro da Liberdade no século 19, antes da chegada dos orientais?

      Na virada do século 19 para o 20, o bairro era uma área residencial habitada por imigrantes portugueses e italianos.

04 – Em que ano chegaram os primeiros imigrantes japoneses ao Brasil e a partir de quando os traços orientais no bairro da Liberdade ganharam impulso?

      Os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil em 1908. Os traços orientais em prédios e residências ganharam impulso na década de 60.

05 – Qual projeto de infraestrutura e qual evento de reurbanização foram marcos importantes na consolidação da identidade oriental do bairro na década de 1970?

      O marco de infraestrutura foi o processo de expansão da Linha 1 – Azul do Metrô (com a inauguração das estações Liberdade e São Joaquim em 1975). O evento de reurbanização foi a criação do "Bairro Oriental" em 1974, quando ruas e praças foram decoradas com motivos orientais.

 

REPORTAGEM: A SOCIEDADE BRASILEIRA DO SÉCULO XIX - FRAGMENTO - LUIZ RONCARI - COM GABARITO

 Reportagem: A sociedade brasileira do século XIX – Fragmento

        Numa sociedade como a brasileira, dependente do trabalho escravo negro e com uma população fortemente miscigenada, a cor da pele, do mais negro ao mais branco, era um sinal também da posição do indivíduo na pirâmide social. Esta era fortemente estratificada, que dizer, dividida em três camadas bastantes distintas:  no alto, as famílias dos grandes proprietários rurais, grandes comerciantes e altos funcionários do Estado, todos tidos por
brancos ( mesmo sendo morenos ou mestiços ); no meio, uma camada extensa de homens livres, pequenos proprietários ou dependentes e agregados, dominando ai os mestiços e mulatos; e, embaixo, os escravos negros."

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeIOmMlOHAXGE-XL8k1AU4ol_uXr_JHO0SMP1CLO35ZLSooB9J6TLGIzd06oowzdjVe8DZmc39hSbvPB9N7zDVJNPZ15pKJgKNJcuI9S226hATT9nZ_SVBfz6johPLqTDoqiajgBoPL6BCy0ueoUm0A0Iv-wDYUnPway0miZrz2iHsqkwjSLkm7oVxXU/s1600/images.jpg


        [...]

RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. São Paulo: Edusp, 1995. p. 471.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 111.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual era a base da economia e da estrutura social brasileira no século XIX, de acordo com o texto?

      A sociedade era dependente do trabalho escravo negro e possuía uma população fortemente miscigenada.

02 – Além da riqueza ou profissão, o que era um sinal da posição do indivíduo na pirâmide social brasileira?

      A cor da pele, "do mais negro ao mais branco", era um sinal direto da posição do indivíduo na pirâmide social estratificada.

03 – Quais grupos compunham a camada mais alta da pirâmide social e qual era a percepção da sociedade sobre sua cor?

      A camada mais alta era composta pelas famílias dos grandes proprietários rurais, grandes comerciantes e altos funcionários do Estado. Todos esses eram tidos por brancos, mesmo que fossem, na realidade, morenos ou mestiços.

04 – Quem formava a camada intermediária da sociedade brasileira do século XIX?

      A camada do meio era extensa e formada por homens livres, que podiam ser pequenos proprietários ou dependentes e agregados. Dominavam neste grupo os mestiços e mulatos.

05 – Quem ocupava o nível mais baixo da pirâmide social brasileira apresentada no texto?

      O nível mais baixo da pirâmide social era ocupado pelos escravos negros.

 

 

 

REPORTAGEM: CREUZA SORIPA - FRAGMENTO - CONAMI - COM GABARITO

 Reportagem: Creuza Soripa – Fragmento

        Creuza Soripa é cacique da aldeia Umutina, localizada no município de Barra dos Bugres, Mato Grosso.

        Eleita duas vezes presidente da Associação das Mulheres Otoporé, convenceu as mulheres de que não podia acumular tantas funções e mostrou que todas eram capazes de estar à frente da Associação. Hoje, por insistência de suas companheiras, ainda é a vice-presidente.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheBl661YsyDN7EQ-3HObxpsEIxA_cl4q_TCiboA8y__qWelP01NG4NXMim2_-qd-MPnao9eiivgeC9WYainZ5IMM1dOLGY6KEEQzstmcXg0kaiokF5Ah2QJQr3253JEK-NiF0UOIkYc6UQHRqe3mWkjk__irPH_vLZppqK0alvsTnPNsxpNtaZDn6BMdg/s320/umutina3-1.jpg26092016042703-1.jpg


        Com pouco estudo formal, aprendeu muito bem a sua língua e luta por melhorias para todo o povo Umutina.

        Creuza dedica um bom tempo de seu trabalho para visitar as aldeias vizinhas e se reunir com as mulheres e com os homens, para discutir sobre o movimento indígena e a realidade das aldeias. Conversando, Creuza tenta quebrar a resistência masculina ao movimento das mulheres. Explica que elas não querem competir e sim fortalecer o movimento e a luta pelos direitos indígenas, hoje tão difíceis de serem respeitados e reconhecidos pela sociedade brasileira.

        [...]

        ASSOCIAÇÃO

        [...] “Começamos a colocar na cabeça de um e de outro. A mulherada foi falando e quando a gente percebeu já tinha uma associação das mulheres, a Associação das Mulheres Otoporé. Foi o meu tio Junaparé, quando ainda estava vivo – Junaparé é homem guerreiro –, que escolheu o nome Otoporé, que significa mulher guerreira, mulher que busca, mulher que vai lá na frente, mulher que luta, mulher brava”.

        “Agora estamos correndo atrás para levantar aqui na aldeia a casa da Associação, uma casa do artesão, para colocar um bocado de artesão aqui dentro da aldeia. É disso que a Associação está correndo atrás. Queremos montar mais um ponto de turista, para vender nosso artesanato, porque aqui a nossa renda é essa. Na Associação trabalham 10 mulheres.

        [...]

        TRADIÇÃO

        “Aqui nós perdemos a linguagem, não se fala mais a língua. A cultura mesmo, até hoje ainda se faz. Não esqueceram. Agora estão aprendendo mais sobre a nossa cultura, porque estão na faculdade (Curso Superior de Licenciatura Indígena da Universidade do Mato Grosso – UNIMAT). Por causa disso, trouxemos a escola para cá, para passar esse trabalho. Eu acho que os mais velhos têm que juntar com eles”.

        “Eu não esqueci a língua da minha mãe, porque eu procurei um tio velho e fui gravando. Ele foi falando, falando e eu gravei tudo que meu tio foi falando. Eu sabia que ele estava morrendo e eu fui gravando. Foi dessa fita que fui aprendendo e divulgando”.

        [...]

CONAMI – Conselho Nacional de Mulheres Indígenas (Org.). Natyseño: trajetória, luta e conquista das mulheres indígenas. Belo Horizonte: Fale/UFMG, 2006. p. 11-17.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 112-113.

Entendendo a reportagem:

01 – Quem é Creuza Soripa e qual é a sua posição na aldeia Umutina?

      Creuza Soripa é a cacique da aldeia Umutina, que está localizada no município de Barra dos Bugres, Mato Grosso.

02 – Como Creuza Soripa ajudou a fortalecer a liderança feminina na Associação das Mulheres Otoporé, após ter sido eleita duas vezes?

      Creuza convenceu as mulheres de que não podia acumular tantas funções e mostrou que todas eram capazes de estar à frente da Associação, abrindo espaço para novas lideranças. (Ainda assim, ela é vice-presidente por insistência das companheiras).

03 – Qual é o principal objetivo de Creuza ao se reunir com homens e mulheres das aldeias vizinhas?

      O principal objetivo é discutir sobre o movimento indígena e a realidade das aldeias, tentando quebrar a resistência masculina ao movimento das mulheres.

04 – O que significa o nome Otoporé, escolhido para a Associação das Mulheres, e quem o escolheu?

      O nome Otoporé significa "mulher guerreira, mulher que busca, mulher que vai lá na frente, mulher que luta, mulher brava". O nome foi escolhido pelo seu tio, Junaparé.

05 – Quais são os dois principais projetos que a Associação das Mulheres Otoporé está buscando implementar na aldeia?

      A Associação está correndo atrás de: Levantar a casa da Associação (Casa do Artesão). Montar mais um ponto de turista para vender o artesanato.

06 – Qual é a principal fonte de renda da aldeia Umutina mencionada no texto?

      A principal fonte de renda da aldeia é a venda do artesanato.

07 – Como Creuza conseguiu preservar e aprender a língua de sua mãe, mesmo com a perda da linguagem na aldeia?

      Creuza procurou um tio velho e gravou tudo o que ele falava antes que ele morresse. Foi a partir dessa fita que ela pôde aprender e divulgar a língua.

 

       

REPORTAGEM: QUAIS FORAM AS MAIORES LEVAS DE IMIGRAÇÃO PARA O BRASIL? MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Reportagem: Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil?

        As principais levas de imigração para o Brasil ocorreram entre meados do século 19 e a primeira metade do século 20. “Portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães constituíram os principais fluxos em termos quantitativos”, diz a socióloga Ethel Kosminsky, da Unesp de Marília (SP).

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPZVQdXF47WnDUQA7bz2F2yeeBQspJFjkby2748PE98eht6ohnc2HoyjM7t0L3w-D2aMhMsjGQrvqnCj6Oxhh12d5T80EseaCl7idE_F05IhLK5lwG5Kdeqd1S2bbgy60YpPWPpEJm4mo5zJ4KsB8lfJI06YemhV5v_ov4KIIQXFl2fLDYFKAna7kw9x8/s1600/IMIGRANTES.jpg


        A entrada no país de mais de 4 milhões de estrangeiros dessas nacionalidades teve dois momentos bem diferentes. Até a primeira metade do século 19, muitos vinham atraídos por terras oferecidas pelo governo brasileiro, principalmente para ocupar o sul do país. A partir de 1870, a coisa mudou. Nessa época, o principal produto de exportação do Brasil era o café, e sua produção baseada no uso da mão-de-obra escrava estava em crise — o tráfico de escravos já havia sido suspenso e a abolição total da escravatura viria em 1888. A saída encontrada pelo governo e pelos grandes fazendeiros para substituir os trabalhadores libertos foi incentivar a vinda de mão-de-obra de fora do país.

        Assim, a nova geração de imigrantes chegava não para ter sua terrinha, mas para trabalhar duro nas lavouras, principalmente em São Paulo. Para atrair os estrangeiros, pagavam-se as passagens de navios e eram oferecidos alojamentos temporários até o imigrante arrumar trabalho.

        No século 20, essa política de apoio à imigração passaria por altos e baixos. Em 1902, por exemplo, uma crise na indústria cafeeira levou à redução dos incentivos aos estrangeiros. Após a Primeira Guerra (1914-1918), porém, o fluxo migratório voltaria a crescer, dessa vez impulsionado também por trabalhadores de outras nacionalidades, como poloneses, judeus e russos. O período posterior à Segunda Guerra (1939-1945) seria marcado pela chegada de outro tipo de estrangeiro: os refugiados de países afetados pelo conflito, como chineses, que se deslocavam com a ajuda de organismos internacionais. A partir de 1960, outros povos, como bolivianos e coreanos, passaram a desembarcar aqui, mas o ritmo migratório para o Brasil já era bem menor e diminuiria ainda mais nas décadas seguintes.

Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil? Mundo Estranho. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-levas-de-imigracao-para-o-brasil. Acesso em: 17 ago. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 127.

Entendendo a reportagem:

01 – Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil em termos quantitativos, e em qual período elas ocorreram?

      As principais levas ocorreram entre meados do século 19 e a primeira metade do século 20. Em termos quantitativos, os principais fluxos foram de portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães.

02 – O texto aponta dois momentos distintos na atração de imigrantes. Qual era o principal atrativo para os estrangeiros antes da primeira metade do século 19?

      Antes da primeira metade do século 19, muitos imigrantes eram atraídos por terras oferecidas pelo governo brasileiro, principalmente para a ocupação do sul do país.

03 – O que motivou o governo e os fazendeiros a mudarem a política imigratória a partir de 1870, e qual era o novo objetivo da imigração?

      A mudança foi motivada pela crise na produção de café (o principal produto de exportação), que era baseada na mão de obra escrava. Com a suspensão do tráfico e a iminente abolição, o objetivo passou a ser incentivar a vinda de mão de obra de fora do país para substituir os trabalhadores libertos nas lavouras, especialmente em São Paulo.

04 – Quais incentivos eram oferecidos aos imigrantes para que viessem trabalhar nas lavouras, após 1870?

      Para atrair os estrangeiros, o governo e os fazendeiros pagavam as passagens de navios e ofereciam alojamentos temporários até que o imigrante conseguisse arrumar trabalho.

05 – Após a Primeira Guerra Mundial, o fluxo migratório voltou a crescer, impulsionado por novas nacionalidades. Quais grupos chegaram nesse período e quem marcou o período posterior à Segunda Guerra?

      Após a Primeira Guerra (1914-1918), o fluxo cresceu com a chegada de poloneses, judeus e russos. O período posterior à Segunda Guerra (1939-1945) foi marcado pela chegada de refugiados de países afetados pelo conflito, como os chineses, que se deslocavam com a ajuda de organismos internacionais.

 

 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

REPORTAGEM: ELEIÇÕES 2018: CANDIDATURAS DE NEGROS CRESCEM, MAS PARTIDOS CONTINUAM COM MAIORIA DE BRANCOS - FRAGMENTO - MARIANA SCHREIBER - COM GABARITO

 Reportagem: Eleições 2018: Candidaturas de negros crescem, mas partidos continuam com maioria de brancos – Fragmento

Mariana Schreiber - @marischreiber

Da BBC News Brasil em Brasília

        O número de candidatos negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu em 2018 na comparação com 2014, mas esse grupo continua subrepresentado nas eleições deste ano. A autodeclaração dos candidatos revela que os brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv6Uk1SmpnUvpLiC0gqVCArOxW9BwdhSN-lwWkNWH0SlFjK14V74pC0iPBBgdNLMKtiBD2Z4Was54nkxvx7lK3K6zXAFRTmVQWfwExBgIdvRGjDpcAmTCsHjrVjlb_PJYcbiE4w2kpsKU1v6dLU4M8Mb6oEIh84wvTzy4DbCuqehDzoOLCEqGriiesWVA/s320/ELEI%C3%87%C3%83O.jpeg


        Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram um total de 28,1 mil pessoas inscritas para concorrer em outubro aos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, senador, governador e presidente.

        Desse total, 53% são brancos, embora esse grupo racial represente cerca de 44% dos brasileiros, segundo o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já os negros, que são mais da metade da população (55%), somam 46% dos candidatos. Assim como no caso das candidaturas, os dados do IBGE se baseiam na autodeclaração racial.

        [...]

Texto publicado em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45289523. Acesso em: 4 jun. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 9º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 81.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual é o principal contraste observado no cenário das candidaturas de 2018 em relação à representatividade racial?

      O principal contraste é que, apesar do crescimento no número de candidatos negros (soma de pardos e pretos) em comparação com 2014, o grupo continua subrepresentado nas eleições. Os candidatos brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica.

02 – De acordo com o fragmento, qual critério é utilizado para definir a categoria "negros" na reportagem e por quem ele é adotado?

      O critério utilizado para definir a categoria "negros" é a soma de pardos e pretos, conforme a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A reportagem também menciona que tanto os dados do IBGE quanto os da Justiça Eleitoral se baseiam na autodeclaração racial dos indivíduos.

03 – Qual é a porcentagem de candidatos brancos e negros no total de candidaturas de 2018, e como esses números se comparam com a proporção na população brasileira?

      Candidatos Brancos: 53% do total de candidatos, sendo que o grupo representa cerca de 44% da população brasileira.

      Candidatos Negros: 46% do total de candidatos, sendo que o grupo representa cerca de 55% da população brasileira.

      Portanto, os brancos estão super-representados e os negros estão sub-representados nas candidaturas em relação à população.

04 – Quantas pessoas se inscreveram no total para concorrer aos cargos eletivos nas eleições de outubro de 2018, de acordo com o TSE?

      Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram um total de 28,1 mil pessoas inscritas para concorrer aos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, senador, governador e presidente.

05 – O que os dados de autodeclaração racial das candidaturas de 2018 revelam sobre quem será a maioria dos concorrentes nas urnas?

      Os dados de autodeclaração revelam que os brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica, constituindo 53% do total de candidatos.

 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

REPORTAGEM: ELES PODEM FAZER A SUA CABEÇA - MARINA ADORNO - COM GABARITO

 Reportagem: Eles podem fazer a sua cabeça – Fragmento

        Jovens de Brasília usam a internet como meio democrático para falar do seu estilo de vida, dar dicas fitness, de beleza, de viagens, além de expressarem os próprios sentimentos. A empatia dos internautas dá a eles o status de digital influencers

Por Marina Adorno, especial para o Correio – Postado em 19/03/2017 – 08:00

        A internet se popularizou nos anos 1990, e, desde então, os meios de comunicação não param de revolucionar. A informação se tornou mais acessível e dinâmica. Recentemente, devido às proporções que o meio on-line tomou, observa-se, inclusive, uma grande mudança em algumas carreiras. Fomos apresentados às blogueiras, aos youtubers (pessoas que usam o YouTube como plataforma para apresentar o próprio trabalho). Agora, surgem os influenciadores digitais ou digital influencers. Eles são as pessoas que você segue e que são capazes de te fazer querer consumir um produto ou serviço. Bastam algumas fotos e vídeos.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMf81hOjIILCHWz9TdG-PaO32ygpggADYvqBVUEJpwgh5fBxbefNFe4Hc410mG0QJnCI0BRMMpvc0IfF7nBmL21CiX-_-iPw6LTIBsWu1DImz3REm0ULb3p2IdJ6XMpzN3zXp58C0DXgPHvpkmj10BDjEznHoO6o1tnQ2LMVg21cxS5iV8KvTfZ0LpdaM/s320/o-impacto-dos-influenciadores-digitais-na-formacao-dos-jovens.png


        A influência sempre existiu. “Todos nós somos influenciados, seja pela mídia, seja por nosso círculo de amizades. O termo ‘influenciador digital’ tem grande relevância pela rapidez do processo de influenciar”, explica o professor Renato Rosa, da pós-graduação em marketing digital do UniCeub. Segundo ele, fora do meio digital, a influência ocorre de forma mais lenta, conforme a informação transita entre as pessoas.

        Em setembro do ano passado, a YOUPIX (plataforma focada em discutir a cultura da internet e como o jovem a usa para criar movimentos culturais e sociais) com a Airstrip | Airfluencers (agência que avalia a aderência de um influenciador a temas específicos para encontrar o profissional ideal para divulgar campanhas de clientes)com a empresa de estudos de mercado GFK fizeram um estudo sobre o mercado de influenciadores digitais. Segundo a pesquisa, existem 230 mil influenciadores no mundo, dos quais 60% são homens e 40% são mulheres. A força deles é algo indiscutível: 2% dos usuários geram 54% das interações de um total de 7,2 bilhões daquelas feitas on-line. Esses parcos 2% são os digital influencers.

        [...]

        Janaína Rocha, 24 anos, cresceu ouvindo que era uma pessoa fotogênica e que deveria investir na carreira de modelo. Aos 17, ela procurou uma agência, mas se decepcionou com o tipo de tratamento que lhe foi dado na ocasião e desistiu de seguir em frente. Foi quando se dedicou aos estudos e se formou em bacharel em Direito.

        Ela ainda fez alguns trabalhos de fotografia, mas sem a ambição de se profissionalizar. Até que um dia, depois de fazer um ensaio, no fim de 2015, com um fotógrafo brasiliense para uma revista online de Paris pediu autorização para publicar as fotos. A partir disso, Janaína recebeu várias propostas do exterior para ser fotografada. “Na época, tinha 2 mil seguidores no Instagram e não levava isso tão a sério. Achava que eu simplesmente era fotogênica”, afirma.

        [...]

        Hoje, a modelo tem 12,4 mil pessoas que acompanham o perfil dela no Instagram. Com o crescimento rápido nas redes sociais, Janaína passou a receber mais convites profissionais para trabalhar com grifes que sempre admirou. Inclusive, foi capa de uma revista de noivas no ano passado – algo que ela considera um marco da sua trajetória. “Fiquei muito chocada com o crescimento do meu perfil on-line e ainda me surpreendo. As pessoas realmente me acompanham e interagem por meio dos comentários e de mensagens”, ressalta.

        A influência que Janaína Rocha tem sobre seus seguidores é perceptível e as marcas que se aliam à imagem dela têm retornos positivos. A modelo tem parcerias com grifes de moda, saúde, beleza e estética da cidade. Em uma ocasião, ela divulgou uma maquiadora nas redes sociais e a profissional ganhou 50 seguidores, instantaneamente, no Instagram. “Eles comentam que determinada roupa que eu usei vendeu rapidamente e, quando posto algum tratamento estético, recebo muitas mensagens pedindo telefone e endereço”, orgulha-se.

        A servidora pública Mariana Nóbrega, 32 anos, frequenta academia desde os 15 e sempre foi do tipo que gosta de praticar vários esportes. Com o passar do tempo, as pessoas com quem ela se encontrava começaram a perguntar o que ela fazia, o que comia e chegavam, inclusive, a pedir para irem malhar na companhia dela. Então, passou a compartilhar sua rotina com os amigos mais próximos, que tinham interesse no estilo de vida saudável que ela sempre levou.

        Até que, em janeiro do ano passado, os mesmos amigos sugeriram que ela postasse algumas dicas no Instagram para que mais pessoas se beneficiassem dos conselhos dela. “Resolvi tentar, mas levando isso como uma brincadeira. De repente, ganhou uma proporção muito maior”, conta. Os amigos estavam certos quando fizeram a sugestão: o interesse pelo dia a dia dessa influenciadora digital é perceptível. Hoje, ela já tem 32,5 mil seguidores no Instagram.

        Mariana acredita que o grande diferencial do perfil é o fato de ela ser uma pessoa que se esforça para conciliar a academia com a rotina de trabalho, como tantas outras pessoas. “Tenho uma hora por dia para malhar, também trabalho, faço supermercado, cuido da casa, tenho família, namorado e animal de estimação. Mostro que é possível conciliar tudo, basta querer”, explica a influenciadora.

        Aos poucos, a responsabilidade de manter os seguidores motivados se tornou um incentivo pessoal. Em um só dia, Mariana recebe mais de 100 mensagens de compartilhamento de fotos, dividindo os resultados e agradecendo a inspiração.

        Mesmo com uma carreira digital recente, a musa fitness tem consciência do peso das informações que passa e toma muito cuidado antes de postar. “Sou apenas uma servidora pública que gosta de treinar e comer bem. Não sou nutricionista ou profissional de educação física. Apenas posto a minha rotina nas redes sociais”, defende.

        A exposição e a popularidade on-line nunca foram sua ambição. Mariana é formada em direito, trabalha há nove anos como servidora e confessa ser apaixonada pelo trabalho. Largar a carreira, pela qual ela se dedicou tanto, definitivamente não é uma opção.

        Ser reconhecida na rua pela sua contribuição com informações de esporte e de alimentação é algo que ela nunca imaginou, mas, durante o último ano, a situação já se repetiu algumas vezes. “A primeira vez, eu estava em uma festa quando uma menina passou e me olhou. Pouco tempo depois, veio falar comigo, disse que era minha fã e que não acreditava que tinha me encontrado. Conversamos por 40 minutos, trocamos telefone e até combinamos de treinar juntas”, relembra. O elo criado com as seguidoras é algo que ainda a surpreende. Mariana atribui o sucesso dessa relação a um fator: ela é verdadeira. “Não adianta tentar ser alguém, o segredo é ser você mesma e mostrar a sua personalidade”, aconselha.

        A escrita sempre foi a maneira encontrada por João Doederlein, 20 anos, de se expressar. Em datas comemorativas, como Natal, ano-novo e Dia das Crianças, ele se dedicava a fazer posts temáticos para seu perfil pessoal do Facebook. Os amigos aguardavam ansiosamente pelos textos comemorativos assinados por ele. Atualmente, um número maior de pessoas acompanham suas produções. Quase um milhão delas seguem os perfis no Facebook e no Instagram do estudante de publicidade da Universidade de Brasília, para ler os novos textos do jovem poeta.

        A carreira dele começou de maneira despretensiosa, há seis anos. João era apenas um menino que tinha prazer em escrever e, certa vez, postou um texto na internet “para ver no que ia dar”. Como resultado, ele ganhou algumas curtidas e uns poucos comentários, mas isso foi motivação suficiente para ele criar um blog na plataforma Tumblr, quando tinha 13 anos. Aos poucos, começou a conquistar seguidores e receber feedbacks positivos. “Gostei de saber que as pessoas liam o que eu escrevia, e que a minha mensagem estava chegando a algum lugar”, destaca. No Tumblr, João contabilizou 2 mil seguidores e, na época, isso foi algo que o impressionou.

        Aos 16 anos, ele decidiu se arriscar em outra plataforma e criou a primeira página no Facebook. Com a página “Contos Mal Contados”, ele conseguiu uma liberdade maior para escrever textos mais compridos e foi nesse espaço que o hobby começou a ganhar novas proporções. Nos três primeiros anos, ele ganhou 10 mil seguidores, mas ele fechou 2016 com 600 mil. Um crescimento que João classifica como gigantesco. Esse resultado é um reflexo da dedicação dele. “Sempre me empenhei com muito afinco nesse trabalho. Buscava novos formatos e mais qualidade nos textos. Observava o crescimento dos youtubers e sabia que isso que eu estava fazendo era algo sério”, argumenta.

        Diante desse boom, alguns amigos sugeriram que ele estendesse suas postagens poéticas para o Instagram. O perfil @akapoeta era o espaço pessoal onde ele compartilhava fotos com amigos e familiares e não lhe parecia apropriado para publicar pensamento. Foi quando criou o primeiro texto de ressignificado, no qual escolhe uma palavra e discorre sobre ela, muitas vezes atribuindo novas características e expressando seus sentimentos naquele momento.

        No Facebook o resultado foi positivo e ele desconfiou que também poderia funcionar no Instagram. “Interesse” foi a palavra escolhida para o novo formato e não decepcionou. “Naturalmente, esse formato de texto começou a ter mais curtidas do que as outras fotos e comecei a postar só isso. Fui profissionalizando meu perfil, apaguei muitas fotos que não tinham nada a ver com a nova proposta e me comprometi com a frequência de publicação. Pelo menos uma vez por dia, coloco um novo texto”, conclui.

        João esclarece que o processo de criação foi muito natural. Ele testava modelos e tomava as decisões de maneira instintiva. “Estava em busca de algo único, meu. Independentemente de saber se funcionaria ou não. Acredito até que existem formatos mais virais, mas foi com esse que me identifiquei. A forma do meu primeiro post, em março do ano passado, é o mesmo até hoje”, comemora o poeta. No período de um ano, desde a primeira publicação, ele passou de 1.500 para 340 mil seguidores no Instagram – dos quais 87% são mulheres – e já redefiniu mais de 300 palavras.

        Com o sucesso na internet, João já conquistou várias realizações profissionais. Ele já recebeu propostas de trabalho em vários segmentos, como marcas de café, joias e colégios, e, em breve, vai realizar um grande sonho: publicar seu primeiro livro. Nos planos dele estão uma coletânea de novas palavras, mas também outros gêneros literários. “Observando a trajetória de alguns youtubers, vi que a internet poderia ser um caminho. Não sabia aonde ele ia chegar, não via como algo garantido, mas nem por isso deixaria de tentar”, conclui.

        Os 42,8 mil seguidores que ele possui no perfil do Instagram são apenas reflexo de muita dedicação. Para o maquiador Lázaro Resende, 24, natural de Luís Eduardo Magalhães (BA), o sucesso on-line não chegou por acaso. Ele sempre acreditou no potencial das novas plataformas para disseminar seu trabalho e conquistar novas oportunidades. O empreendedorismo deu certo e, de recepcionista em um salão na cidade natal, Lázaro virou um maquiador premiado e conhecido internacionalmente.

        O profissional da beleza define que sua trajetória começou na raça. Há seis anos o salão no qual ele trabalhava, na Bahia, precisou de um maquiador e Lázaro se ofereceu. “Não tinha prática nenhuma. Movido pela necessidade, descobri um dom.” A partir desse momento, ele começou a trabalhar como maquiador, buscou um curso profissionalizante e, há dois anos, foi convidado para trabalhar em um salão da capital.

        As redes sociais sempre foram vistas pelo empreendedor como uma ferramenta de trabalho tão importante quanto os pincéis e os produtos de beleza. Lázaro começou publicando seu portfólio no Facebook e dois anos atrás migrou para o Instagram. “Precisava captar cliente e não tinha recursos para divulgar meu trabalho. Mas tinha à minha disposição uma ferramenta gratuita que é o Instagram.” Na rede social de compartilhamento de fotos, ele pôde usar das hashtags para se destacar e aumentar a clientela.

        Visionário, Lázaro Resende aposta no crescimento do mercado digital e define metas para se manter motivado. Atualmente, ele traçou como objetivo atingir 100 mil seguidores até o fim deste ano. Segundo o profissional, em tempos de internet e interação on-line, a rede social é o primeiro contato que ele estabelece com a cliente, de apresentar o trabalho que executa e o tratamento que oferece àquelas que o procuram.

        O maquiador ministra cursos presenciais e se prepara para lançar cursos virtuais. Em outubro, vai para Miami realizar um workshop; em maio, vai disponibilizar um site e uma linha com 12 produtos de maquiagem assinados por ele. O retorno pela influência que conquistou não é apenas financeiro. “Tenho parcerias com marca de pincéis, empresas que oferecem brindes para minhas clientes e profissionais com os quais faço permuta, como dentista, endocrinologista e coach”, finaliza. Desde que começou a usar o Instagram de maneira profissional, a renda de Lázaro Resende aumentou em 300%.

        [...]

ADORNO, Marina. Eles podem fazer a sua cabeça. Correio Braziliense, 19 mar. 2017. Disponível em: https://wwww.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 21 abr. 2021.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto qual o significado das palavras abaixo:

-- Boom: expansão ou crescimento muito rápido e abrangente.

-- Coach (ou coacher): profissional que promove coaching, técnicas de desenvolvimento pessoal e profissional.

-- Endocrinologista: médico especialista em glândulas.

-- Na raça: com muita coragem e disposição.

-- Parco: escasso; em baixo número ou quantidade.

-- Permuta: troca.

-- portfólio: conjunto (em material impresso ou on-line) dos trabalhos de um profissional, para divulgação.

-- Visionário: aquele que acredita em ideias, que tem visões ou projetos grandiosos.

-- Workshop: curso intensivo, de curta duração.

02 – Em suas palavras, com base no que a revista brasiliense apresenta, o que significa ser influenciador digital?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: São pessoas ligadas as redes sociais que influenciam as outras pessoas.

03 – Também com suas palavras, e sem o uso de números e porcentagens, explique o que significa o trecho a seguir, extraído da reportagem.

        “[...] A força deles é algo indiscutível: 2% dos usuários geram 54% das interações de um total de 7,2 bilhões daquelas feitas on-line. Esses parcos 2% são os digital influencers.”

      Respostas pessoal do aluno. Sugestão: Os influenciadores possuem uma grande porcentagem na mídia.

04 – Explique qual é a relação ente os seguidores, o consumo e os influenciadores digitais.

      Os influenciadores digitais fazem seus seguidores a consumir os produtos, apresentados por eles na mídia.

05 – Na reportagem, principalmente na apresentação dos influenciadores, prevalecem dois tempos verbais: o pretérito e o presente do indicativo. Justifique esses empregos com base no tipo de reportagem apresentada.

      Esses dois tempos verbais, pois a reportagem fala sobre o passado e o presente dos influenciadores.

06 – Observe as seguintes palavras que aparecem no texto:

      Fitness – digital influencers – internet – on-line – blogueiras – youtubers – mídia – blog – marketing – posts – feedbacks – habby – boom – hashtags – workshop – coach.

A – Como você as classificaria, ao procurar identificar nelas uma característica em comum?

      Estrangeirismo, palavras estrangeiras usadas no português e linguagem digital.

B – Para a maioria dessas palavras, há, no texto, trechos ou reformulações que cumprem o papel de exemplificar, explicar, retomar ou ampliar o significado delas. Cite exemplos dessas ocorrências.

      Marketing: divulgação de campanhas.

      Workshop: curso intensivo, de curta duração.

      Digital influencers: influenciadores digitais.

07 – No texto, são mencionadas algumas práticas digitais. Identifique-as, distinguindo quais fazem parte da atuação dos influenciadores e quais pertencem à ação dos seguidores.

      Influenciadores: compartilhar, publicar, responder, postar.

      Seguidores: curtir, comentar, acompanhar. Seguir, compartilhar.

08 – Há algum influenciador digital que você acompanha e que influenciaria você a fazer algo? Por quê?

      Respostas pessoal do aluno.

 

domingo, 10 de agosto de 2025

REPORTAGEM: A COMPOSIÇÃO ESTÁ EM CRISE? FRAGMENTO - CLARISSA MACAU - COM GABARITO

 Reportagem: A composição está em crise? – Fragmento

        Artistas discutem sinais de esgotamento criativo na música popular brasileira e especulam caminhos para sua renovação

        Clarissa Macau – 01 de Junho de 2014

        [...]

        O axé, o funk, o tecnobrega e o pagode são mais rítmicos, oriundos das periferias das cidades brasileiras. Sobre eles, o cantor Tom Zé observou, no documentário Palavra encantada: “Antigamente, a canção era consumida pelo auditivo e cognitivo, hoje é consumida por partes do corpo. Como aparece uma canção que não toca na alma, mas na carne?”.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxu65CT7Qh7wZRiaTHkUfv00KOkUH1eZfqQON1spFOVagZxYiYlWrFzsByT_N9M5NjD053M-5lW720F3SYlB8PXgXomAB_RBqYYKt3mn6HBruOrXOryJzKbZng5jbbvmZO-wPc8PCNRrUAjGRrElZ90kkTlFA42hwzIeJSC_WKftkwk-lCSn7sG_TyqKg/s320/1f79eb92bfa45931ba7111c99cc306dc.jpeg


        O pianista Taubkin se preocupa com a “invasão” dessas músicas como carro-chefe do gosto popular. “As pessoas estão perdendo o ouvido, quase não reconhecem quando alguém está desafinado. Tem baterista que toca sem ritmo, guitarrista com acorde errado e vocalista desafinado, e a máquina de gravação conserta tudo!

        Se não fosse importante consertar esses detalhes, não precisava acertar o ritmo, nem acertar a afinação. Estão aniquilando a ideia de criação e radicalizando o conceito de produto. Um tecnobrega está há milhões de quilômetros longe da qualidade de um samba de Cartola.”

        Mas, seja qual for a origem de uma canção, sempre há a chance do nascimento de uma obra de arte. É o que defende Luiz Tatit. “De repente, ainda é possível o surgimento de uma canção admirável no campo da produção em série, ao povão. Caso de músicas como Dia de domingo, de Michael Sullivan e Paulo Massadas, interpretada por Tim Maia e Gal Costa, e “É o amor”, dos sertanejos Zezé de Camargo e Luciano. Lembremos: quase todo o repertório de Lupicínio Rodrigues, compositor de uma música chamada “de piranha”, considerado cafona nos anos 1950, hoje é cult.

        [...]

MACAU, Clarissa. A composição está em crise? Revista Continente Online, 6 jun. 2014. Disponível em: http://www.revistacontinente.com.br/index.php/component/content/article/479-sonoras/8931-a-composicao-esta-em-crise.html. Acesso em: 3 mar. 2015.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 7º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 75-76.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual a principal questão abordada na reportagem em relação à música popular brasileira?

      A reportagem discute os sinais de esgotamento criativo na música popular brasileira e especula sobre os caminhos para sua renovação.

02 – Qual a observação de Tom Zé sobre gêneros como axé, funk, tecnobrega e pagode, e o que isso implica sobre a forma de consumo da música?

      Tom Zé observa que "Antigamente, a canção era consumida pelo auditivo e cognitivo, hoje é consumida por partes do corpo." Isso implica que esses gêneros "não tocam na alma, mas na carne", focando mais no ritmo e na fisicalidade.

03 – Qual a preocupação do pianista Taubkin em relação à "invasão" de certas músicas no gosto popular?

      A preocupação de Taubkin é que as pessoas estão "perdendo o ouvido", quase não reconhecem desafinação, e que a tecnologia de gravação corrige erros de ritmo, acorde e afinação. Ele argumenta que isso está aniquilando a ideia de criação e radicalizando o conceito de produto, em detrimento da qualidade.

04 – Apesar das críticas, o que Luiz Tatit defende sobre a possibilidade de surgimento de obras de arte na produção musical popular?

      Luiz Tatit defende que, seja qual for a origem da canção, sempre há a chance do nascimento de uma obra de arte. Ele acredita que ainda é possível o surgimento de uma canção admirável mesmo na produção em série para o "povão".

05 – Quais exemplos de músicas ou artistas Luiz Tatit cita para ilustrar sua defesa de que a qualidade pode surgir na música popular massificada?

      Luiz Tatit cita "Dia de domingo", de Michael Sullivan e Paulo Massadas, interpretada por Tim Maia e Gal Costa, e "É o amor", dos sertanejos Zezé de Camargo e Luciano. Ele também menciona Lupicínio Rodrigues, que teve sua obra considerada "cafona" no passado e hoje é "cult".