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domingo, 8 de junho de 2025

REPORTAGEM: AS CORES DE UMA NAÇÃO - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Reportagem: As cores de uma nação – Fragmento

                      Beatriz Levischi

        Mais de um século após a abolição da escravatura, permanece o fosso sociocultural que segrega os negros.

        Princípio I – Toda criança tem direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.

Declaração dos Direitos da Criança

        Em um país que se gaba de ser plural e miscigenado, o preconceito sobrevive tão arraigado quanto nos tempos da escravidão. Segundo pesquisa realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, negros e pardos têm menos escolaridade e um rendimento médio equivalente à metade do recebido pela população que se declara branca. Nem as cotas conseguiram acabar com o fosso que impede os jovens afrodescendentes de se formar nas melhores instituições brasileiras e buscar igualdade no mercado de trabalho.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HBOB4BJ8J5zvuOo4kAG6aZzJmsGJ0D5SVhCBgjDTiL3H3Q6jYu36jzmEYUNsM2iAEhuWd03UCqu2JhcOoFGXBR0kjNVFVBxoGZd3ph0Cr74czbsIC9teMnM-DY7pmSgpP3HNO_UjlqCF_UPFxbo6ajIOVgJCD38ZXBMl3U80qUI1NPAbM7bJHQAo7mo/s320/maxresdefault.jpg


        Nesse contexto desfavorável, a Associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha luta para transformar em realidade o sonho de uma nação que acolhe e valoriza todas as raças. No subúrbio de Madureira, no Rio de Janeiro, a instituição atende cerca de cem meninos e meninas, oferecendo condições para que eles brinquem, aprendam e entrem em contato com as raízes negras.

        Herança africana – Misto de dança e música, o jongo foi trazido de Angola para o Brasil pelos negros bantos. Com a Lei Áurea, de 1888, os escravos libertos do Vale do Paraíba deixaram as fazendas de café e foram para as cidades em busca de emprego. Primeiro, estabeleceram-se nas regiões centrais; depois, migraram para os morros, onde continuaram a tradição de seus ancestrais. Movimento artístico genuinamente negro, hoje, ele é considerado a avô do samba.

        “O jongo abraça as pessoas. E esse aconchego é tipicamente africano”, explica Luiza Marmello, coordenadora pedagógica do Jongo da Serrinha, nome do morro onde está a maior comunidade jongueira o país. As oficinas ministradas pelos educadores da ONG trabalham a cultura popular, com ênfase nas danças de raiz. A iniciativa abrange também oficinas de circo, teatro, capoeira, música (canto, violão, percussão e cavaquinho) e artes plásticas.

        Afeto e inclusão – Na Serrinha, os mais velhos contam histórias aos mais novos, os brinquedos são construídos pelas próprias crianças e os espetáculos apresentados na comunidade têm preços populares. Tudo para democratizar o acesso e valorizar a rica cultura africana que o país herdou. Por lá, ser negro é motivo de orgulho. Mas não foi sempre assim.

        Luiza recorda uma situação que viveu no início do projeto, em 2001. Uma criança passava horas assistindo às aulas, mas não conversava nem queria brincar com ninguém. “Todo dia, eu o cumprimentava e pedia um beijo, sem resposta. Demorou meses para que aquele garoto superasse a vergonha e se sentisse incluído”.

Disponível em: http://www.educacional.com.br/reportagens/direitos-da-crianca/parte-01.asp. Acesso em: 5 nov. 2014.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 6º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 83-84.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual a principal problemática social abordada no início do texto, mesmo após a abolição da escravatura?

      A principal problemática é a permanência do fosso sociocultural que segrega os negros, evidenciando que o preconceito ainda está arraigado, apesar de o Brasil se gabar de ser plural e miscigenado.

02 – Que dados da pesquisa do IBGE (2007) demonstram a desigualdade enfrentada por negros e pardos no Brasil?

      Segundo a pesquisa do IBGE de 2007, negros e pardos apresentam menor escolaridade e um rendimento médio equivalente à metade do recebido pela população que se declara branca.

03 – Qual o objetivo da Associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha e onde ela atua?

      A Associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha luta para transformar em realidade o sonho de uma nação que acolhe e valoriza todas as raças. Ela atua no subúrbio de Madureira, no Rio de Janeiro, atendendo cerca de cem meninos e meninas.

04 – Qual a origem do jongo e como ele se relaciona com a história dos negros libertos no Brasil?

      O jongo é um misto de dança e música trazido de Angola pelos negros bantos. Após a Lei Áurea (1888), os escravos libertos do Vale do Paraíba o levaram para as cidades e, posteriormente, para os morros, onde continuaram essa tradição ancestral. Hoje, é considerado o avô do samba.

05 – Além do jongo, quais outras atividades são oferecidas nas oficinas da ONG na Serrinha?

      Além das oficinas que trabalham a cultura popular com ênfase nas danças de raiz, a iniciativa abrange também oficinas de circo, teatro, capoeira, música (canto, violão, percussão e cavaquinho) e artes plásticas.

06 – Como a comunidade da Serrinha promove o afeto e a inclusão e a valorização da cultura africana?

      Na Serrinha, os mais velhos contam histórias aos mais novos, os brinquedos são construídos pelas próprias crianças, e os espetáculos na comunidade têm preços populares, tudo para democratizar o acesso e valorizar a rica cultura africana herdada pelo país. O ambiente é construído para que ser negro seja motivo de orgulho.

07 – Qual o exemplo dado por Luiza Marmello sobre a superação da vergonha e a inclusão das crianças no projeto?

      Luiza recorda o caso de uma criança que passava horas assistindo às aulas, mas não conversava nem brincava. Demorou meses para que o garoto superasse a vergonha e se sentisse incluído, após Luiza o cumprimentar e pedir um beijo diariamente sem resposta inicial.

 

REPORTAGEM: CRESCE NÚMERO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NAS REDES SOCIAIS NO PAÍS - FRAGMENTO - BRUNO CAPELAS - COM GABARITO

 Reportagem: Cresce número de crianças e adolescentes nas redes sociais no País – Fragmento

        Pesquisa TIC Kids Online, comandada pelo NIC.br, divulgou resultados sobre uso da web por menores nessa quarta-feira

Por Bruno Capelas – 06/08/2014 | 15h12

        São Paulo – As crianças e os adolescentes brasileiros estão cada vez mais presentes nas redes sociais. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online 2013, divulgada nesta quarta-feira pelo CETIC.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), 79% dos menores que têm acesso à internet possuem algum perfil na rede social que mais utilizam – em 2012, eram apenas 70%.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizUimn3chyNH6DgoIcGfTJyxNrTkFXKdrotYfGro-PlxPcYgEhImiC_hFlqC108xJhGwp5JmJAddvCa6K9pdo9OOrkA-hDu-jyEf4Stm8hF1E9iBXc0XO8cct83PvrKYbhtzHmjPk3rsqaUi1NFZf9TjNCToe_e4DId2TfgypdRacHEB9fd-UupxIB97w/s320/TIC-Kids-2022_redes-sociais.jpg


        Além do aumento do uso de redes sociais, outra tendência apontada pela pesquisa é o aumento do uso de dispositivos móveis: se em 2012 apenas 21% dos menores usavam celulares para acessar a web, esse número cresceu para 53% dos entrevistados. O uso de tablets também cresceu: de 2% em 2012 para 16% no ano passado. Entretanto, desktops e notebooks seguem liderando, sendo utilizados por 71% dos entrevistados.

        Feita entre setembro de 2013 e janeiro de 2014, a pesquisa entrevistou 2.261 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos (e seus pais ou responsáveis) em todo o território nacional, usando o método da pesquisa europeia EU Kids Online, feita pela London School of Economics.

        [...] Entre as principais atividades feitas pelas crianças e adolescentes na rede, destacam-se pesquisas para trabalhos escolares (87%), assistir a vídeos (68%) e download de músicas e filmes (50%).

        Riscos

        A pesquisa também se preocupou em avaliar as condições de segurança e os riscos a que os jovens eventualmente se expõem na internet. Segundo  TIC Kids Online Brasil 2013, 58% dos entrevistados disseram ser capazes de alterar as configurações de privacidade de seus perfis nas redes sociais, enquanto 42% revelaram que sabem comparar informações na rede para saber se as informações são verdadeiras.

        Ainda no âmbito das redes sociais, 38% dos jovens entrevistados disseram ter adicionado pessoas que nunca conheceram aos seus contatos nas redes sociais. “As faixas de idade mais altas reportam mais atividades de riso potencial em relação aos mais novos”, alerta Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br. Entre os usuários de redes sociais, 93% dos entrevistados disseram ter uma foto que mostre claramente o seu rosto em algum tipo de perfil, enquanto 37% dizem mentir a idade nas redes sociais que utilizam. Metade dos entrevistados disse ainda ter criado seus perfis nas redes sociais sozinho.

Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/link/79-das-crianças-e-adolescentes-brasileiros-conectados-usam-redes-sociais. Acesso em: 14 jan. 2015.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 6º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 103-104.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual a principal conclusão da pesquisa TIC Kids Online 2013 sobre o uso de redes sociais por crianças e adolescentes no Brasil?

      A principal conclusão é que 79% dos menores com acesso à internet possuem um perfil na rede social que mais utilizam, representando um aumento significativo em relação aos 70% registrados em 2012.

02 – Além do aumento no uso de redes sociais, que outras tendências a pesquisa apontou em relação aos dispositivos de acesso à internet?

      A pesquisa apontou um crescimento no uso de dispositivos móveis, com o acesso à web por celulares subindo de 21% em 2012 para 53% em 2013. O uso de tablets também aumentou de 2% para 16% no mesmo período. Apesar disso, desktops e notebooks ainda lideram, sendo usados por 71% dos entrevistados.

03 – Qual a metodologia e o público-alvo da pesquisa TIC Kids Online 2013?

      A pesquisa foi realizada entre setembro de 2013 e janeiro de 2014, entrevistando 2.261 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos (e seus pais ou responsáveis) em todo o território nacional, utilizando o método da pesquisa europeia EU Kids Online.

04 – Quais são as três principais atividades realizadas por crianças e adolescentes na internet, de acordo com o levantamento?

      As três principais atividades destacadas são: pesquisas para trabalhos escolares (87%), assistir a vídeos (68%) e download de músicas e filmes (50%).

05 – Em relação à segurança online, que porcentagem dos entrevistados sabe alterar configurações de privacidade e comparar informações para verificar sua veracidade?

      58% dos entrevistados disseram ser capazes de alterar as configurações de privacidade de seus perfis nas redes sociais, enquanto 42% revelaram saber comparar informações na rede para verificar se são verdadeiras.

06 – Quais são os principais comportamentos de risco identificados entre os jovens nas redes sociais?

      Entre os principais comportamentos de risco estão: 38% terem adicionado pessoas que nunca conheceram aos seus contatos; 93% terem uma foto que mostra claramente o rosto em algum tipo de perfil; e 37% dizerem que mentem a idade nas redes sociais.

07 – Quem alerta sobre o aumento de atividades de risco potencial e qual faixa etária está mais envolvida?

      Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br, alerta que as faixas de idade mais altas reportam mais atividades de risco potencial em relação aos mais novos.

 

 

 

sábado, 10 de maio de 2025

REPORTAGEM: O HOMEM NUNCA PISOU NA LUA? FRAGMENTO - ALEXANDRE PETILLO - COM GABARITO

 Reportagem: O homem nunca pisou na Lua? – Fragmento

        Há quem afirme de pés juntos que a conquista do nosso satélite foi mais uma farsa do governo americano – e dirigida por ninguém menos que o cineasta Stanley Kubrick

Por Alexandre Petillo

        Esqueça tudo o que lhe ensinaram na escola: o homem nunca pisou na Lua. A célebre imagem da nave americana pousando em nosso satélite no dia 20 de julho de 1969, o passo em câmera lenta de Neil Armstrong, a bandeira do Tio Sam fincada no solo lunar… Tudo isso foi encenado em um estúdio de TV no Estado de Nevada, nos Estados Unidos. Para ganhar contornos ainda mais espetaculares, as filmagens foram dirigidas por ninguém menos que o cineasta Stanley Kubrick.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW3hv3YaJhnXa3V0y9eUjWcD-L-rABmM8xwrnp24GDfWUssFlqRTHXL6K8P14oy0XP6Wr2B3bl_5UN6oyhnmUVAU3S8LaH_pH8WRioWK8xTWzl0DwIoyoIF-RNbn1eTlXCAWAtMZWSQXruYFIz4Q7w3hzOwSBW-2mIRy94HIGrTh-oXLvxGv7uuNiGFx8/s320/brpqbzvj5ym1zlo2pk6j3impj.jpg

        (...)

        Essa tese (...) é defendida pelo escritor Bill Kaysing em seu livro We Never Went to the Moon (“Nunca Fomos à Lua”). Segundo Kaysing, a Nasa, agência espacial americana, não tinha tecnologia para colocar o homem na Lua em 1969.

        Mas precisava fazer isso de qualquer maneira. Tudo porque, em abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin conseguira entrar para a história como o primeiro homem a viajar pelo espaço. Para não ficar atrás, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, fez uma promessa: até o final da década, o país mandaria astronautas para a Lua. Mas a década de 60 chegou ao fim e os americanos ainda não tinham tecnologia para chegar lá. Por isso, a Apollo 11 realmente foi lançada – mas pousou no Polo Sul. Os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins foram levados secretamente a um estúdio de TV e encenaram a conquista da Lua.

Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/homem-nunca-pisou-lua-445113.shtml. Acesso em: 18/4/2012.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 2ª Série – Ensino Médio – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª ed. – São Paulo: Saraiva Editora, 2013. p. 68.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual a principal alegação daqueles que defendem a teoria da conspiração sobre o pouso na Lua?

      A principal alegação é que o pouso da nave americana na Lua em 20 de julho de 1969, incluindo as imagens icônicas de Neil Armstrong e da bandeira americana, foi uma farsa encenada em um estúdio de televisão no estado de Nevada, nos Estados Unidos. A teoria ainda afirma que as filmagens foram dirigidas pelo cineasta Stanley Kubrick.

02 – Quem é Bill Kaysing e qual o argumento central de seu livro "We Never Went to the Moon"?

      Bill Kaysing é um escritor que defende a teoria da conspiração de que o homem nunca pisou na Lua. O argumento central de seu livro "We Never Went to the Moon" ("Nunca Fomos à Lua") é que a NASA (agência espacial americana) não possuía a tecnologia necessária para levar seres humanos à Lua em 1969.

03 – Qual o contexto da Guerra Fria e da corrida espacial que é apresentado na reportagem como possível motivação para a suposta farsa?

      A reportagem menciona que, em abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem a viajar pelo espaço. Para não ficar atrás na corrida espacial, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, fez uma promessa de que o país enviaria astronautas à Lua até o final da década de 1960. A pressão para cumprir essa promessa, mesmo sem a tecnologia totalmente desenvolvida, é apontada como uma possível motivação para encenar o pouso lunar.

04 – Segundo a teoria da conspiração apresentada na reportagem, o que realmente aconteceu com a missão Apollo 11?

      De acordo com a teoria da conspiração, a missão Apollo 11 realmente foi lançada, mas não pousou na Lua. Em vez disso, a nave teria pousado no Polo Sul, e os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins teriam sido secretamente levados a um estúdio de televisão para encenar a conquista da Lua.

05 – Qual figura do cinema é mencionada na reportagem como suposto diretor da encenação do pouso lunar?

      A reportagem menciona o cineasta Stanley Kubrick como o suposto diretor das filmagens que teriam simulado o pouso na Lua.

 

domingo, 27 de abril de 2025

REPORTAGEM: COMO EVITAR QUE A TPM SABOTE O TREINO - MÁRCIO ATALLA - COM GABARITO

 Reportagem: Como evitar que a TPM sabote o treino

        Faça um esforço para se exercitar, já que a atividade física pode diminuir os sintomas

Márcio Atalla

        Pratico atividade física regularmente, pelo menos três vezes por semana. Mas, cerca de dez dias antes da minha menstruação, fico extremamente cansada, sonolenta e sem disposição. O que devo fazer para melhorar esse estado e não perder o pique dos treinos?

S. V. de L. N., Goiânia, GO.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKgV6OkQ8veVcBw756-A5OkXEx4OrGNzQHe5DHxnbQHdme44_p4nt0K9Dtf1yfxs1OCLfU89Ml0oZZ7tEjv5VRG2wQUtXeIFL7HkkeujLi9d7mxtL7Hx1Atq5jntzotdemi75exmgjpIvvOL5nnnx3FYzDmaKWUE5QZVzblYQHjK6mk6dYQqb66W-MxC0/s1600/images.png


        No período da tensão pré-menstrual (TPM), a maioria das mulheres passa por uma mudança de humor, com tendência a depressão leve. Por isso ficam mais desanimadas para os treinos. Mas são os exercícios físicos que podem diminuir os sintomas da TPM. Faça um esforço para manter o ritmo nesse período. Em pouco tempo, você vai passar a se sentir melhor. Sabendo disso, será mais fácil manter o ritmo nos próximos meses.

        Estou em dieta e faço step e caminhada por 40 minutos, todos os dias. Perdi 13 quilos em três meses, mas não estou mais emagrecendo como no começo e isso me desanima.

R. de S., Rio de Janeiro, RJ.

        Quanto mais sedentária é a pessoa, maior é a resposta do corpo aos exercícios físicos na fase inicial. Depois de perder 13 quilos, é normal que a resposta ao treino diminua. Você pode aumentar o tempo da caminhada para 50 ou 60 minutos. Se estiver se sentindo muito bem, você pode alternar com uma corrida leve. Inclua na rotina algum trabalho de força, para promover ganho de massa muscular, que é fundamental para quem quer emagrecer. Cuide para não deixar nenhum grupo de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) fora de sua dieta. O importante é fracionar sua alimentação, comer em pequenas porções, com intervalos de três horas.

        Sempre gostei de atividade física. Mas hoje trabalho mais de dez horas por dia. Como não consigo ir à academia, subo 13 andares de escada, todas as manhãs no escritório. Nos finais de semana, corro e faço musculação. Essa subida de escadas faz efeito? Seria melhor acordar um dia de madrugada, durante a semana?

F. P., Cuiabá, MT.

        Subir 13 andares equivale a fazer uma caminhada por 40 minutos. Além disso, você se exercita duas vezes por semana. Com esse ritmo, você já evita uma série de doenças cardiovasculares e diminui o risco de diabetes. Eu não recomendo sacrificar horas de sono. Quando dormimos por seis horas seguidas, nosso organismo libera dois hormônios de forma equilibrada. A leptina, que nos dá sensação de saciedade, e a grelina, que abre o apetite. Quando dormimos menos de seis horas, o organismo libera mais grelina e menos leptina, o que aumenta o apetite. O que você pode fazer é tentar reservar entre 20 e 30 minutos durante um dia da semana para fazer exercícios em casa, como pular corda e fazer exercícios com elásticos, alternados com flexão, abdominal e agachamento.

Márcio Atalla é professor de Educação Física e comanda o BemStar no canal GNT. Época, 27/6/2011.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed. – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 313.

Entendendo a reportagem:

01 – Segundo Márcio Atalla, qual é a relação entre a prática de exercícios físicos e os sintomas da TPM?

      Márcio Atalla afirma que, apesar do desânimo comum durante a TPM, o exercício físico pode, na verdade, diminuir os sintomas desse período. Ele encoraja a manter o ritmo dos treinos, pois a melhora no bem-estar será notada em breve, facilitando a continuidade nos meses seguintes.

02 – Uma mulher que perdeu 13 quilos em três meses fazendo dieta e exercícios relata que parou de emagrecer no mesmo ritmo. Qual a explicação e as sugestões de Márcio Atalla para essa situação?

      Atalla explica que a resposta do corpo aos exercícios tende a diminuir após uma perda de peso significativa, especialmente para quem era sedentário inicialmente. Ele sugere aumentar o tempo da caminhada, considerar alternar com corrida leve e incluir treinamento de força para ganho de massa muscular, que é importante para o emagrecimento. Além disso, ele reforça a importância de manter todos os grupos de macronutrientes na dieta e fracionar a alimentação em pequenas porções a cada três horas.

03 – Uma pessoa que trabalha muitas horas e não consegue ir à academia sobe 13 andares de escada diariamente e se exercita nos finais de semana. Essa subida de escadas traz benefícios? Seria recomendado acordar de madrugada para treinar durante a semana?

      Sim, subir 13 andares de escada é equivalente a uma caminhada de 40 minutos e, juntamente com os exercícios nos finais de semana, já contribui para evitar doenças cardiovasculares e diminuir o risco de diabetes. No entanto, Atalla não recomenda sacrificar horas de sono, pois a privação do sono desequilibra os hormônios leptina e grelina, podendo aumentar o apetite. Ele sugere reservar 20 a 30 minutos em um dia da semana para exercícios em casa, como pular corda e usar elásticos, combinados com flexões, abdominais e agachamentos.

04 – Quais são os dois hormônios mencionados na reportagem que são afetados pela quantidade de sono e como eles influenciam o apetite?

      Os dois hormônios mencionados são a leptina e a grelina. A leptina proporciona a sensação de saciedade, enquanto a grelina estimula o apetite. Quando se dorme menos de seis horas seguidas, o organismo libera mais grelina e menos leptina, o que leva ao aumento do apetite.

05 – Além de manter a atividade física, que outra recomendação importante Márcio Atalla oferece para quem está em processo de emagrecimento, mencionada na resposta à pergunta de R. de S. do Rio de Janeiro?

      Além de aumentar a intensidade e incluir diferentes tipos de exercícios, Márcio Atalla enfatiza a importância de cuidar da dieta, garantindo a presença de todos os grupos de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) e fracionando a alimentação em pequenas porções com intervalos de aproximadamente três horas.

 

 

sábado, 26 de abril de 2025

REPORTAGEM: PLANTAR ÁRVORES DÁ MAIS PRAZER DO QUE FAZER FILMES - MARIA DA PAZ TREFAUT - COM GABARITO

 Reportagem: Plantar árvores dá mais prazer do que fazer filmes

          O cineasta paulista Fernando Meirelles concilia o cinema com o ativismo em defesa das florestas e dedica boa parte do seu tempo a acompanhar as questões ecológicas. Atualmente, anda pouco entusiasmo com os eventos do setor no Brasil.

Por Maria da Paz Trefaut

    

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheR_1jxn9zzdnH8KSRvM3fni6GwEpYgWST0I25pAuhyO4OcrVwFl-2H-rrs1PRq8CEd4oGdJCR1EMUQP-84PZ9iJftQUqwwCH43xDMC_nuDXJ8yvraf525Hi3yhMsYzwGc5iDFYYh2CHEkapwwY-uPmZOkWgIVJbZtrJ8chbsQYeMSAoDjdSyyRse18H4/s320/24b53750e82c9e4f97b2301175fd417d.jpeg

    

Aos 56 anos, o cineasta Fernando Meirelles integra a galeria dos melhores diretores do cinema brasileiro. Entusiasta de filmes experimentais na juventude, criou programas para a televisão, trabalhou com publicidade e dirigiu sucessos como Cidade de Deus, em que usou a estética dos videoclipes para retratar a violência no Rio de Janeiro – obra que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004. Depois, vieram O jardineiro fiel e Ensaio sobre a cegueira, com atores e produtores internacionais. Seu filme mais recente, 360, [...] foi filmado em Viena com os atores Jude Law, Raquel Weisz e Anthony Hopkins. Em 2012, o cineasta iniciará um longa baseado no livro Nêmesis, do inglês Peter Adams, sobre a vida do multimilionário grego Aristóteles Onasis.

        Tanto quanto [por] cinema, Meirelles sempre se interessou por ecologia. No ano passado, chegou a ir ao Senado para se posicionar contra o novo Código Florestal. Há cinco anos vem se dedicando a um projeto de reflorestamento das matas ciliares da sua Fazenda Rifaina, em Rifaina, no interior de São Paulo. Já replantou 2,8 hectares com 3 mil mudas de 32 espécies de árvores nativas, das quais muito se orgulha, e vai continuar plantando. “Continuo melhorando meu viveiro de mudas nativas. Isso me dá mais satisfação do que fazer filmes”, afirma. Nesta entrevista, Meirelles revela que não está nada satisfeito com os rumos do Brasil.

        Precisamos mudar de cultura para adequar nossa civilização aos limites do planeta?

        Sabemos que precisaríamos dos recursos de três planetas para a população atual alcançar os padrões de consumo do Primeiro Mundo. Esse parece ser o objetivo de todos os governos e habitantes. Mas está claro que essas aspirações não cabem no espaço que temos. Apesar de muitos estudos anunciando a falta iminente de minérios, de peixes ou de água potável, nossa sociedade não sabe existir sem crescer. A mim parece óbvio que, mesmo contando com a ciência para tornar mais eficiente o uso de energia e de recursos naturais, uma hora vamos ter de inventar outra maneira de viver que não dependa do crescimento.

        Você integra o grupo Floresta Faz Diferença. O que essa causa representa para você?

        O www.florestafazdiferenca.org.br é o site de uma associação de 144 ONGs criada para informar o debate sobre o Código Florestal. Nele há informações a respeito das mudanças nocivas propostas para o código e alternativas elaboradas pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ou pela Academia Brasileira de Ciência. Há, também, depoimentos de artistas, cientistas e técnicos. Tentamos iluminar a cabeça dos congressistas, embora muitos pareçam ser à prova de luz. Esse novo Código Florestal pode vir a ser um dos maiores erros já cometidos pelo Congresso, pois autoriza a derrubada de uma quantidade de mata que dificilmente será recuperada um dia. A visão de alguns ruralistas é estreita: eles não apresentam nenhum argumento que não seja o lucro de curto alcance.

        Há pessimismo sobre o esforço para se controlar as mudanças climáticas. Estamos numa corrida contra o tempo?

        Alguns cientistas dizem que estamos quase no ponto em que o processo de aquecimento se torna irreversível. Outros, que já ultrapassamos. Em 2000 estava claro que para o planeta não esquentar 2º centígrados até 2050 as emissões de carbono teriam que ser reduzidas em 2% ao ano, ao longo da década. Não aconteceu. Há indícios claros de que algo está mudando muito mais rapidamente do que se previa.

        Que exemplos o preocupam?

        No norte do Canadá existe a chamada Passagem do Nordeste, que era atravessada por barcos quebra-gelo no verão. Desde 2007 ela fica completamente aberta durante o verão e, para a alegria dos cargueiros, não há mais gelo. Em 2011 houve o maior degelo já registrado na região. Quando essa passagem deixar de se fechar no inverno, a água aquecida vai acelerar o degelo do Ártico. Isso pode causar um tal aumento do nível dos oceanos que a rua Ataulfo de Paiva, no Leblon, no Rio, poderá se transformar num embarcadouro mais cedo do que imaginamos. Mesmo assim o Brasil investe toda sua energia em mais extração de óleo e tenta acelerar o crescimento. Maluco, não?

        O desenvolvimento da China, da Índia e do Brasil diminui a pobreza global, mas aumenta os impactos socioambientais. Dá para desarmar o impasse?

        Uma hora não será uma questão de querer ou não desarmar o impasse. Não haverá mais recursos naturais e ponto. Segundo a ONU, há 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água potável. Massas de refugiados estão começando a se deslocar no norte da África. Isso pode provocar mudanças geopolíticas e conflitos entre países. a China tem planos para ampliar a dessalinização da água do mar. Como essa água é mais cara, será usada de maneira mais racional. É pena que só assim consigamos ser mais racionais.

        Você acha que há empenho em mudar o modelo de vida consumista que temos?

        Muito pouco. Ambientalista ainda é sinônimo de chato, quando não de hippie maconheiro. “É gente contra o progresso, que acredita que comida nasce em supermercado”, diz a inacreditável senadora Kátia Abreu. Em curto prazo entendo por que se associa crescimento a bem-estar. O problema é que a visão de longo prazo não cabe no sistema visual dos homens públicos: eles trabalham com horizontes que vão, no máximo, até as próximas duas ou três eleições.

        A mensagem ambiental prega comprar menos, gastar menos, dirigir menos, compartilhar recursos, sacrifícios e severidade. É avessa à abundância e ao desfrute. Dá para mudar essas percepções?

        Não acho que haveria menos desfrute num mundo que consumisse menos bens. Desfruto mais da minha vida quando uso meu dinheiro e meu tempo para ler, estudar, ir ao cinema, praticar esporte, encontrar os amigos ou ouvir música. Essas atividades são sustentáveis e mais desfrutáveis do que achar vaga em estacionamento de shopping para comprar bugigangas que não preciso e que entopem armários.

        Qual é sua atitude diante do automóvel, da bicicleta e dos meios de transporte urbanos?

        Moro fora da cidade de São Paulo, num lugar que, infelizmente, não tem opção de transporte público. Organizei minha vida para não ter que sair de casa todos os dias. Quando tenho que ir ao centro, deixo meu carro próximo a uma estação e vou de metrô. Quase não uso ônibus, devido à falta de qualidade do serviço – não há corredores de trânsito, as viagens são muito demoradas, há poluição –, mas seria um usuário assíduo se houvesse opção melhor. Fora do Brasil, raramente tomo táxi. Só uso bicicleta ou transporte público. Em Los Angeles sou obrigado a alugar carro, pois, como aqui, as opções de transporte público são pouco eficientes.

        No passado todos se diziam democratas. Agora todas as empresas e todos os países se dizem sustentáveis. A palavra está desgastada?

        Virou um ponto de venda, uma questão de marketing, mais do que uma efetiva preocupação com os processos de produção e uso de energia e de recursos. Mesmo assim, é louvável que a sustentabilidade tenha se tornado um valor desejável. Ao anunciar um apartamento sustentável, mesmo que o imóvel não seja de fato lá essas coisas, vende-se a ideia de responsabilidade ambiental como um valor desejável.

        [...]

        Você é contra o eucalipto?

        Não. Acho que serve como combustível e para a produção de celulose. Mas querer usar plantação de eucalipto como reserva legal de floresta é palhaçada. Quantos passarinhos você já ouviu num bosque de eucaliptos? Não é por ser árvore que vamos acreditar que lavoura de eucalipto seja floresta. Floresta tem que ter diversidade.

        O cinema pode mitigar as emissões de carbono?

        Como toda forma de comunicação, o cinema pode ajudar a mudar comportamentos ao informar e tocar as pessoas. Lembro que fiquei extremamente impactado ao assistir a filmes como o francês Home – nosso Planeta, nossa casa ou o norte-americano Food Inc. São filmes sensacionais a respeito dos temas desta entrevista.

Planeta, nº 472. 

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed. – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 240-241.

Entendendo a reportagem:

01 – Quem é Fernando Meirelles e qual a sua principal atividade profissional mencionada na reportagem?

      Fernando Meirelles é um cineasta paulista, conhecido por dirigir filmes como "Cidade de Deus", "O Jardineiro Fiel" e "Ensaio sobre a Cegueira".

02 – Além do cinema, qual outra área de interesse e atuação é destacada em relação a Fernando Meirelles?

      Além do cinema, Meirelles demonstra um grande interesse e atuação na área da ecologia e do ativismo em defesa das florestas.

03 – Qual projeto de reflorestamento Meirelles está desenvolvendo e onde ele está localizado?

      Meirelles está dedicando-se a um projeto de reflorestamento das matas ciliares de sua Fazenda Rifaina, localizada em Rifaina, no interior de São Paulo.

04 – Segundo Meirelles, o que lhe proporciona mais satisfação atualmente: plantar árvores ou fazer filmes?

      Segundo Meirelles, melhorar seu viveiro de mudas nativas e plantar árvores lhe dá mais satisfação do que fazer filmes.

05 – Qual a crítica de Meirelles em relação ao novo Código Florestal brasileiro?

      Meirelles critica o novo Código Florestal por considerar que ele autoriza a derrubada de uma grande quantidade de mata que dificilmente será recuperada, e por perceber uma visão estreita dos ruralistas focada apenas no lucro de curto alcance.

06 – Qual exemplo geográfico preocupa Meirelles em relação ao aquecimento global e suas consequências?

      Meirelles se preocupa com o degelo da Passagem do Nordeste, no norte do Canadá, que está ficando completamente aberta durante o verão, acelerando o degelo do Ártico e podendo causar um aumento significativo no nível dos oceanos.

07 – Qual a visão de Meirelles sobre o modelo de vida consumista e o empenho em mudá-lo?

      Meirelles acredita que há pouco empenho em mudar o modelo de vida consumista, e que ambientalista ainda é visto de forma negativa por muitos, com uma visão de curto prazo prevalecendo entre os homens públicos.

08 – Como Meirelles descreve suas preferências de lazer em relação ao consumo de bens materiais?

      Meirelles afirma que desfruta mais da vida ao investir seu tempo e dinheiro em atividades como leitura, estudo, cinema, esportes, amigos e música, considerando-as mais sustentáveis e prazerosas do que o consumo excessivo de bens desnecessários.

09 – Qual a opinião de Meirelles sobre a palavra "sustentabilidade" no contexto atual?

      Meirelles acredita que a palavra "sustentabilidade" se tornou um ponto de venda e marketing, muitas vezes sem uma preocupação efetiva com os processos de produção e uso de recursos, embora reconheça que é positivo que tenha se tornado um valor desejável.

10 – Qual a ressalva de Meirelles em relação ao plantio de eucalipto como reserva legal de floresta?

      Meirelles não é contra o eucalipto para certos fins, como combustível e celulose, mas considera um erro utilizá-lo como reserva legal de floresta, pois um bosque de eucaliptos não possui a diversidade de uma floresta nativa.

 

terça-feira, 15 de abril de 2025

REPORTAGEM: A CENTOPEIA TEM MESMO 100 PATAS? - MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Reportagem: A centopeia tem mesmo 100 patas?

      A mais criativa

        A maioria das centopeias realmente tem cem patas, com exceção daquelas que são pisoteadas por humanos impiedosos. A maior desvantagem de uma centopeia e na hora de comprar sapatos. Com o salário mínimo que ganham e com a recessão econômica no mundo invertebrado, as coitadinhas tem de parcelar tudo em 18 vezes, mesmo comprando aqueles sapatos vagabundos de camelo. Mas é melhor ter cem patas do que viver sem patas. (Rochely Candaten Droves, 14 anos, Cachoeirinha, RS).


Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRMUjBrus_qYcv-CFLMbmnHHgn1fgXG3gU8B7O7srK9ZuzI-yadeQKDDGpmrz3pagkYef3uvTT3jzfau0CrGfvR8OPkLbS6tBjaauAPm7TZlVD9aF9klPDV50gEasW5ScUnSJNeIMAvPh7LcGQ7Vxj8eQwhx7LQEzWbK6Z0HqgQ0xJJ06EV2JTAmMc80E/s320/CENTOPEIA.png

        A mais correta

        Não, não tem. Embora o nome centopeia venha do latim “cem pés”, esses artrópodes possuem de cerca de 30 a cerca de 340 pernas. Essas patas vem sempre agrupadas em pares. Alias, o mais correto é chamar os membros da centopeia de “pernas”. Quem estaria feliz com cem patas seria o pato. Com tantas fêmeas a seu lado, ele ficaria feliz da vida e nem se importaria de ter de pagar o pato a toda hora! (Felipe de Jesus Santana, 14 anos, Maceió, AL).

        Quer mais detalhes sobre esse mistério “100sacional”? seguimos as pegadas do bichinho pra lá de intrigantes e entrevistamos o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha, da Universidade de São Paulo (USP). “Centopeia é o nome popular de uma classe específica de artrópodes (animais invertebrados com patas articulares), os quilópodes. Cada espécie tem um número específico de pernas, sendo que esse total aumenta conforme o bicho chega à idade adulta. As centopeias mais conhecidas, também chamadas de lacraias, tem 30 pernas. As recordistas são da ordem Geophilomorpha, que podem ter por volta de 340 pernas. Esse tipo de centopeias costuma ser pequeno e muito longo, vivendo enterrado ou debaixo de paus e pedras.

Mundo Estranho, n° 40.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 225.

Entendendo o texto:

01 – Segundo o texto, qual é a explicação "criativa" para a maioria das centopeias terem cem patas?

      A explicação "criativa" apresentada no texto é que a maioria das centopeias realmente tem cem patas, com exceção daquelas que são pisoteadas por humanos impiedosos.

02 – Qual é a principal desvantagem mencionada no texto para uma centopeia que possui muitas patas?

      A principal desvantagem mencionada é a dificuldade na hora de comprar sapatos, devido ao custo e à situação econômica do "mundo invertebrado".

03 – De acordo com a explicação "correta", qual é a variação no número de pernas que as centopeias realmente possuem?

      De acordo com a explicação "correta", as centopeias possuem de cerca de 30 a cerca de 340 pernas.

04 – Qual a origem da palavra "centopeia" e como as pernas desses artrópodes se organizam?

      A palavra "centopeia" vem do latim "cem pés". As pernas das centopeias se organizam sempre em pares.

05 – Quem seria "feliz" com cem patas, segundo a resposta "correta", e por quê?

      Segundo a resposta "correta", quem seria feliz com cem patas seria o pato, devido à possibilidade de ter muitas fêmeas ao seu lado.

06 – Qual o nome científico da classe de artrópodes popularmente conhecida como centopeia, segundo o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha?

      Segundo o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha, o nome científico da classe de artrópodes popularmente conhecida como centopeia e Quilópodes.

07 – Qual ordem de centopeias possui o maior número de pernas, e quais são algumas de suas características e habitat?

      A ordem de centopeias que possui o maior número de pernas é a Geophilomorpha, que pode ter por volta de 340 pernas. Esse tipo de centopeia costuma ser pequeno e muito longo, vivendo enterrado ou debaixo de paus e pedras.

 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

REPORTAGEM: UM NÃO BEM SONORO AO RACISMO - (FRAGMENTO) - TRIBUNA IMPRESSA - COM GABARITO

 Reportagem: Um não bem sonoro ao racismo – Fragmento

        Na semana passada, durante partida de futebol no estádio do Morumbi entre os times do São Paulo e do Quilmes, pela Copa Libertadores, a atitude racista do zagueiro argentino Desábato, que xingou e ofendeu o atacante do São Paulo, Grafite, não acabou em pizza. Por um acaso, Grafite jogou pela nossa Ferroviária em 2002. O delegado Oswaldo Gonçalves prendeu em flagrante o jogador argentino pelo crime de injúria racial. O zagueiro chegou a ficar preso dois dias, depois foi solto sob pagamento de fiança. Ainda assim, será processado pelo crime que cometeu.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijUsrnvcLqGQ7MQ-_Hk9MB8cxZ1uERJt-WrUjeRdJzra2cHOrLJCpGA5SGHsve9I1ieQZmf8sIU9y7mTOT_-WEBzGTG2HgSMtK9ciK2X5gOqdVPChl2swFSOKqqNk_Pqj6yyWnxLvj-YRLuACmT0tpT51-F6ZHGPkfWax6Q1KbhmF-EO79iyFCz7NFnPI/s1600/JOGADOR.jpg


        A ofensa de caráter racista contra Grafite já havia acontecido na primeira partida entre os dois times, realizada na Argentina. A diretoria do Quilmes chegou a mandar uma carta pedindo desculpas ao brasileiro. Mas o fato se repetiu no Brasil e felizmente não ficou só no papel. Como bem definiu o técnico Emerson Leão, “isso está acontecendo em todos os lugares, alguém tinha de tomar uma decisão”.

        Por isso mesmo, a atitude do delegado em cumprir a lei e punir o zagueiro argentino foi exemplar. O racismo vem ganhando força em muitos países. O que vem acontecendo no futebol é apenas a ponta de um iceberg. Se este tipo de comportamento não é coibido de imediato, corremos o risco de voltar atrás nas relações humanas, no respeito e nos direitos humanos, já conquistados, depois de uma História repleta de casos de escravidão e segregação.

        Desta vez, uma atitude racista, como a do argentino Desábato, não acabou em pizza

        Os recentes casos de racismo no futebol levaram o atacante francês Thierry Henry, do Arsenal, a iniciar uma campanha contra o preconceito racial. Vem ganhando cada vez mais adeptos, entre eles jogadores que não escaparam desse tipo de agressão, como Ronaldo, Roberto Carlos e Juan.

        [...]

        Um grande passo é ver que a reação contra o racismo hoje parte dos próprios ofendidos. Não basta haver uma lei se não há vítimas que reclamem seus direitos. No passado, Pelé, assim como outros jogadores, foram vítimas de racismo. Mas optaram por se calar. O atacante Grafite, por outro lado, já admitiu que aceita o pedido d desculpas de Desábato, mas prometeu que não irá retirar a queixa: “cabia a mim como cidadão tomar uma atitude e procurei os meus direitos. Agora deixo para a Justiça fazer o seu trabalho”. O jogador espera que essa atitude seja um “pontapé” para o fim do racismo no futebol.

        [...]

        Um grande passo é ver que a reação contra o racismo hoje parte dos próprios ofendidos

        A punição do jogador Desábato também deu pontos para o Brasil, visto lá fora e aqui dentro como um país com alto grau de impunidade. O Brasil tem mostrado determinação no combate ao preconceito racial. Outro exemplo recente de racismo no futebol não ficou sem punição. Em março, em jogo entre América-MG e Atlético-MG, o zagueiro Wellington Paulo xingou o colega André Luiz de macaco. Não foi feita denúncia criminal, mas o ofensor foi julgado pelo Código Brasileiro Disciplinar de Futebol e o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Mineira de Futebol suspendeu-o por 30 dias.

        Infelizmente, ainda há lugares em que as próprias autoridades fazem corpo mole para um problema tão sério como o racismo, que no passado já ajudou a provocar grandes guerras no mundo.

        [...]

        Mudar o comportamento social e cultural de um povo é muito difícil. Não só em relação ao racismo, mas ao preconceito em geral, que é estúpido e condenável em todas as suas facetas, seja de raça, cor, credo, idade, aparência física, etc. Isso só se consegue com a igualdade de direitos e com muita educação para a cidadania, desde muito cedo.

        Mas também se consegue, até certo ponto, pela punição e exemplo. E pelo engajamento. Esperamos que o futebol, esporte popular que une e emociona multidões, possa emocionar e unir as pessoas na luta contra o racismo.

Tribuna Imprensa, 24/5/2005.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 181-182.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual foi o incidente que desencadeou a prisão do jogador Desábato?

      Desábato, zagueiro argentino, proferiu ofensas racistas contra o atacante Grafite durante uma partida de futebol no estádio do Morumbi, pela Copa Libertadores.

02 – Qual a importância da atitude do delegado Oswaldo Gonçalves nesse caso?

      O delegado agiu de forma exemplar ao prender Desábato em flagrante pelo crime de injúria racial, demonstrando que o racismo não seria tolerado e que a lei seria aplicada.

03 – Como o jogador Grafite reagiu às ofensas racistas?

      Grafite decidiu prestar queixa contra Desábato, afirmando que era seu dever como cidadão buscar seus direitos, e esperava que sua atitude servisse como um "pontapé" para o fim do racismo no futebol.

04 – Qual a relevância da punição de Desábato para a imagem do Brasil?

      A punição de Desábato ajudou a melhorar a imagem do Brasil, demonstrando que o país está determinado a combater o preconceito racial e que a impunidade não seria mais aceita.

05 – Quais outros jogadores de futebol foram mencionados na reportagem por se engajarem na luta contra o racismo?

      A reportagem menciona Thierry Henry, Ronaldo, Roberto Carlos e Juan como jogadores que se engajaram em campanhas contra o preconceito racial.

06 – Qual a diferença de comportamento entre Pelé e Grafite em relação ao racismo?

      Pelé, assim como outros jogadores do passado, optou por se calar diante de ofensas racistas. Grafite, por outro lado, decidiu denunciar o crime e buscar seus direitos.

07 – Quais medidas a reportagem aponta como necessárias para combater o racismo?

      A reportagem destaca a importância da punição, do exemplo, do engajamento, da igualdade de direitos e da educação para a cidadania desde cedo como medidas cruciais para combater o racismo.