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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

POEMA: O TEMPO - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poema: O Tempo

            Olavo Bilac

Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheTBLNERrcke3pqZi3_4FcVxKpqCewDST1KdCw7ze6MZ1dC4Zz38nvA0Kuql_YysXL2TZu_INqsJKN8zldlWKr3neFkEIF3JT33IXjnarNZ-XF0-p9Bt1fSqgqDHPxUTyW2v8bP_iuLs_gd5eBLqXRjI5ePRWdGONSZn9AVq-GbX949_L_ADmB9dZjGkw/s320/TEMPO.jpeg


A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm…
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.

Ninguém pode evitar os meus danos…
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos,
Formo um século, e passo adiante.

Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!

BILAC, Olavo. O Tempo. In: BILAC, Olavo. Poesias Infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929. Disponível em: https://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/LiteraturaInfantil/Poesias%20Infantis/Pi01.htm. Acesso em: 22 mar. 2021.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema central do poema "O Tempo" de Olavo Bilac?

      O tema central do poema é a passagem inevitável do tempo e seu impacto sobre a vida humana. O tempo é retratado como uma força incontrolável que molda a vida e o destino, levando tanto as alegrias quanto as tristezas.

02 – Como o tempo é personificado no poema?

      No poema, o tempo é personificado como uma entidade que "passa" sem parar, que "leva a Ventura e a Desgraça" e que é sereno e constante. Essa personificação enfatiza a inevitabilidade e o poder do tempo sobre a existência humana.

03 – O que o poeta sugere em relação ao uso do tempo na vida?

      O poeta sugere que as pessoas devem trabalhar e valorizar o tempo, pois a vida é curta e não há como recuperar o tempo perdido. Ele adverte contra o desperdício de minutos e horas, ressaltando a importância de aproveitar cada momento.

04 – Qual é a mensagem implícita no trecho "Formo os anos que nascem e morrem"?

      A mensagem implícita é a transitoriedade da vida. O tempo é responsável por criar e encerrar ciclos, simbolizados pelos anos que "nascem e morrem". Isso destaca a efemeridade da existência e a constante renovação e passagem do tempo.

05 – Como o poema aborda a relação entre o tempo e as vaidades humanas?

      O poema aborda essa relação ao afirmar que o tempo leva "as vaidades da Vida", sugerindo que, independentemente das conquistas ou preocupações humanas, tudo é passageiro diante da inevitável marcha do tempo. As vaidades e preocupações da vida são efêmeras e insignificantes diante da eternidade do tempo.

 

 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

BIOGRAFIA: OLAVO BILAC - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Biografia: Olavo Bilac – Fragmento

        Olavo Bilac (Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac), jornalista, poeta, inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a cadeira nº. 15, que tem como patrono Gonçalves Dias.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-UlBpiTTTZxn0Sz2Wmdqbiugp8QzTW36w7_H-bRfIDlY7lrvU72kVTMzBidf8qJnUt_U1vkv4ZZ5C2B2v67eFuuEoQHF85RW9hpEw3ykHhBLCnjq1WygEt3x4qrcDdVvmdsTu9XaDMDnW9nbcK6e5XbXa-lHIwNuU8yDfngiJXfX5khqLjFSWkVePfgU/s320/Olavo_Bilac_2.jpg

        [...] Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. [...] É o autor da letra do Hino à Bandeira.

        [...]

        Sua obra poética enquadra-se no Parnasianismo, que teve na década de 1880 a sua fase mais fecunda. [...]

        [...] Olavo Bilac deu preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto. Nas duas primeiras décadas do século XX, seus sonetos de chave de ouro eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus e salões literários comuns na época. Nas Poesias encontram-se os famosos sonetos de Via Láctea e a “Profissão de Fé”, [...]

        [...] Bilac foi, no seu tempo, um dos poetas brasileiros mais populares e mais lidos do país, tendo sido eleito o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, no concurso que a revista Fon-Fon lançou em 1º. de março de 1913. Alguns anos mais tarde, os poetas parnasianos seriam o principal alvo do Modernismo. Apesar da reação modernista contra a sua poesia, Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira, como dos mais típicos e perfeitos dentro do Parnasianismo brasileiro. [...]

OLAAVO BILAC: Biografia. In: Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro: ABL, [20--]. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/olavo-bilac/biografia. Acesso em: 23 mar. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 89.

Entendendo a biografia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Parnasianismo: movimento literário que defendia as formas clássicas (fixa) de poesia que existiram na Antiguidade Greco-Romana e, depois, na Renascença.

·        Lirismo: musicalidade em sentido pessoal (origem do termo lira, instrumento musical semelhante à harpa).

·        Soneto: poema de estrutura fixa dois quartetos, dois tercetos, com versos decassílabos (de dez sílabas).

·        Chave de ouro: último verso de um poema, escrito com finalidade de impactar o leitor.

·        Saraus: festas literárias com declamação de poemas, canto e piano.

02 – Quando e onde nasceu Olavo Bilac?

      Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865.

03 – Quais foram algumas das ocupações de Olavo Bilac ao longo de sua vida?

      Olavo Bilac foi jornalista, poeta e inspetor de ensino.

04 – Qual cadeira Olavo Bilac criou na Academia Brasileira de Letras e quem é o patrono dessa cadeira?

      Olavo Bilac criou a cadeira nº 15 na Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Gonçalves Dias.

05 – Qual foi uma das campanhas cívicas mais famosas em que Olavo Bilac participou?

      Olavo Bilac participou intensamente na campanha a favor do serviço militar obrigatório.

06 – A que movimento literário pertence a obra poética de Olavo Bilac e qual era a forma preferida de sua poesia?

      A obra poética de Olavo Bilac pertence ao Parnasianismo, e ele deu preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto.

07 – Quais são alguns dos sonetos famosos de Olavo Bilac mencionados no texto?

      Alguns dos sonetos famosos de Olavo Bilac mencionados no texto são os sonetos de "Via Láctea" e a "Profissão de Fé".

08 – Qual título foi concedido a Olavo Bilac em um concurso da revista Fon-Fon em 1913?

      Olavo Bilac foi eleito o "Príncipe dos Poetas Brasileiros" no concurso que a revista Fon-Fon lançou em 1º de março de 1913.

 

 

 

SONETO: VELHAS ÁRVORES - OLAVOR BILAC - COM GABARITO

 Soneto: Velhas Árvores

             Olavo Bilac.

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigMNyX2NoDKa3fRmeuxkJCEpVHUDa5MKg7RzKy8pM3t_yCeypzW7yZlpVKp2tdwEW0WZ0pOs4mTdz9S_WVRBuGsz9_Qos8Jrc_AgUwEzBPl5ZoyhR0Nbx7wo7JvbiE22lspR2QBLx3FQByU5zK0wtgarDI3c9w7lkr2JP8nEBmi8Cjjfj9DFDhDZx5mxA/s320/Floresta-globo-reporter.jpg

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

BILAC, Olavo. Velhas árvores: In: BILAC, Olavo. Alma inquieta. Amazônia: Unama. p. 37-38. (Ebook). Disponível em: www.nead,unama.br. Acesso em: 24 maio 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 101-102.

Entendendo o soneto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fadiga: cansaço.

·        Padecer: verbo, significa “sofrer”.

·        Procela: tempestade.

02 – Você sabe dizer que tipo de poema é esse?

      É um soneto, poema de estrutura fixa em versos decassílabos.

03 – Qual é a temática desse poema? Que palavra passou por sua cabeça ao lê-lo?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Qual é a principal mensagem do soneto "Velhas Árvores" de Olavo Bilac?

      A principal mensagem do soneto é a valorização da velhice e da experiência adquirida ao longo do tempo. Bilac compara as velhas árvores, que são mais belas e acolhedoras, às pessoas idosas, sugerindo que o envelhecimento deve ser visto como um processo natural e digno, que traz consigo sabedoria e a capacidade de oferecer consolo e proteção aos outros.

05 – Como Olavo Bilac compara as velhas árvores às árvores jovens no soneto?

      Bilac afirma que as velhas árvores são mais belas do que as árvores jovens e mais amigas. Ele destaca que as velhas árvores são vencedoras da idade e das procelas, ou seja, resistiram ao tempo e às tempestades, o que as torna ainda mais valiosas e impressionantes.

06 – Qual é a importância da sombra das árvores no poema?

      A sombra das árvores é apresentada como um símbolo de proteção e abrigo. O poeta menciona que sob as velhas árvores, o homem, a fera e o inseto vivem livres da fome e das fadigas, e que seus galhos abrigam as cantigas e os amores das aves. Isso reforça a ideia de que a experiência e a maturidade proporcionam um ambiente seguro e acolhedor.

07 – O que o poeta sugere sobre a forma como devemos encarar a velhice?

      O poeta sugere que não devemos lamentar a perda da juventude, mas sim envelhecer com alegria e dignidade. Ele aconselha a envelhecer "rindo" e a seguir o exemplo das árvores fortes, que envelhecem na glória da alegria e da bondade, proporcionando abrigo e consolo aos outros.

08 – Quais são os benefícios da velhice, segundo o poema "Velhas Árvores"?

      Segundo o poema, os benefícios da velhice incluem a capacidade de oferecer proteção e consolo aos outros, simbolizada pela sombra e pelos ramos que abrigam pássaros. A velhice é vista como um período de glória, alegria e bondade, onde a experiência acumulada ao longo do tempo permite que a pessoa idosa desempenhe um papel importante e benéfico na vida dos outros.

 

domingo, 23 de junho de 2024

POESIA: O SOLDADO E A TROBETA - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poesia: O Soldado e a Trombeta

             Olavo Bilac

Um velho soldado
Um dia por terra
A espada atirou;
Da guerra cansado,
Com nojo da guerra.
As armas quebrou.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEP-ZslidZ23SDplGRpFcJO7VZa2V6t7MxLWYpPEngkY2HPNt9Jv3x7S5Y_YhDdnCRcSxGHV9frmOgfu98LpmWSDS7EyKIf47jUHMK7WVSdVxGEO4A_v1UQC66YzxUWXwHrS-8qlRzJZ6pXTPGkBcRUadlfFvrWAOQ1pyY3wLXSs7HkF3vOu65YzQ7q7U/s320/TROMBETA.png



Entre elas estava
Trombeta esquecida:
Era ela que no ar
Os toques soltava,
E à luta renhida
Tocava a avançar.

E disse: “Meu dono,
É justo que a espada
Tu quebres assim!
Mas que, no abandono,
Fique eu sossegada!
Não quebres a mim!

Cantei tão somente...
Não sejas ingrato
Comigo também!
Eu sou inocente:
Não piso, não mato,
Não firo a ninguém...
Nas horas da luta
Alegre ficavas,
Ouvindo o meu som.
Atende-me! escuta!
Se então me estimavas,
Agora sê bom!”

E o velho guerreiro
Lhe disse: “Maldita!
Prepara-te! sus!

Teu som zombeteiro
As gentes excita,
À guerra conduz!”
Terrível, irado,
Jogou-a por terra,
Sem dó a quebrou...
E o velho soldado,
Cansado da guerra
Por fim repousou.

BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves. 1929. Disponível em: https://literaturabrasileira.ufsc.br/_documents/poesias_infantis_de_olavo_bilac-1htm#Osoldadoeatrombeta. Acesso em: 2 jun. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 50-51.

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Renhida: disputa cruel, sangrenta.

·        Sê: o mesmo que seja (seja bom).

·        Sus: interjeição com sentido de “coragem”, “ânimo!”.

·        Zombeteiro: que zomba dos outros.

02 – Quem são os personagens da poesia de Olavo Bilac?

      Os personagens são um velho soldado e uma trombeta.

03 – As características “cansado” e “com nojo da guerra” descrevem o que na poesia?

      Descrevem o velho soldado.

04 – Localize no título a que gênero pertence a história contada nessa poesia.

      No título da poesia se encontra o termo “fábula”, que define o gênero da história contada na poesia.

 

domingo, 22 de outubro de 2023

POESIA: MEIO-DIA -OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poesia: Meio-dia

             Olavo Bilac

Meio-dia. Sol a pino.
Corre de manso o regato.
Na igreja repica o sino;
Cheiram as ervas do mato.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU_ASlMoe7apdBJjMBrNSsiOPwlSVNTtwQEQrtw4C5vUaXlW4-7OL9Rc5IqpDQpCa44bvXmO5YIl-nVK05sAz3fawVa2F9JFfPvTEpqkay71apbn6aqgBMcCaYKRcbGKOL1Ettf2tzzlcQDLnR8pUVVIg_SgGvpb1j12dtJq3Tn5__jVKQ5nBNdeehiko/s320/SOL.jpg


Na árvore canta a cigarra;
Há recreio nas escolas:
Tira-se, numa algazarra,
A merenda das sacolas.

O lavrador pousa a enxada
No chão, descansa um momento,
E enxuga a fronte suada,
Contemplando o firmamento.

Nas casas ferve a panela
Sobre o fogão, nas cozinhas;
A mulher chega à janela,
Atira milho às galinhas.

Meio-dia! O sol escalda,
E brilha, em toda a pureza,
Nos campos cor de esmeralda,
E no céu cor de turquesa…

E a voz do sino, ecoando
Longe, de atalho em atalho,
vai pelos campos, cantando
A Vida, a Luz, o Trabalho.

Olavo Bilac @ In Poesias Infantis (2° ed.) 1929.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central da poesia "Meio-dia" de Olavo Bilac?

      O tema central da poesia é a descrição da vida cotidiana ao meio-dia, destacando a tranquilidade e a beleza da natureza nesse momento do dia.

02 – Que elementos da natureza são mencionados na poesia para descrever o cenário ao meio-dia?

      Na poesia, são mencionados o sol, o regato, as ervas do mato, árvores, cigarra, e o céu, entre outros elementos naturais.

03 – O que acontece na igreja ao meio-dia na poesia?

      Na igreja, repica o sino ao meio-dia, como mencionado no poema.

04 – Como a vida rural é retratada na poesia ao meio-dia?

      A vida rural é retratada com o lavrador descansando, contemplando o céu, e as atividades relacionadas à agricultura, como tirar merendas das sacolas.

05 – O que as mulheres fazem nas casas ao meio-dia na poesia?

      Nas casas, as mulheres estão ocupadas cozinhando e alimentando as galinhas.

06 – Qual é a descrição do cenário natural ao meio-dia na poesia?

      O cenário natural ao meio-dia é descrito como tendo campos verdes como esmeraldas e um céu azul como turquesa.

07 – Que mensagem ou sentimento é transmitido pelo sino ecoante no final da poesia?

      O sino ecoante transmite uma mensagem de celebração da vida, da luz e do trabalho, destacando a beleza da vida cotidiana e da natureza ao meio-dia.

 

 

POESIA: A CANÇÃO DE ROMEU - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poesia: A CANÇÃO DE ROMEU

            Olavo Bilac.

Abre a janela... acorda!

Que eu, só por te acordar, 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS9NSSWHp_8o1VrpbApmYKgwOU6Ewkt12aJUOecHEIqKocokRu4ALHR6fjlJr1NQ8_m_rBu7ZNwEuhuKkTaBMIIJiKNc44JxFCnDfQiBDAs7-UK4QxHTDtujuBqNSogoZQMvhLHMbcb7-Viz8j2VZGKfIr7iXZfJm3jy08vXxXiLFpVgeqc8rAA_LpAN0/s320/JANELA.jpg


Vou pulsando a guitarra, corda a corda, 

Ao luar!

As estrelas surgiram

Todas: e o limpo véu, 

Com lírios alvíssimos, cobriram

Do céu,

De todas a mais bela

Não veio ainda, porém: 

Falta uma estrela... És tu! Abre a janela,

E vem!

A alva cortina anciosa

Do leito entreabre; e ao chão

Saltando, o ouvido presta à harmoniosa

Canção. 

Solta os cabelos cheios

De aroma: e semi-nus, 

Surjam formosos, trêmulos, teus seios

À luz. 

Repousa o espaço mudo; 

Nem numa aragem, vês?

Tudo é silêncio, tudo calma, tudo 

Mudez.

Abre a janela, acorda! 

Que eu, só por te acordar, 

Vou pulsando a guitarra corda a corda, 

Ao luar!

Que puro céu! que pura 

Noite! nem um rumor...

Só a guitarra em minhas mãos murmura: 

Amor!...

Não foi o vento brando

Que ouviste soar aqui: 

É o choro da guitarra, perguntando

Por ti. 

Não foi a ave que ouviste, 

Chilrando no jardim:

É a guitarra que geme e trila triste

Assim.

Vem, que esta voz secreta

É o canto de Romeu!

Acorda! quem te chama, Julieta,

Sou eu!

Porém... Ó cotovia, 

Silêncio! a aurora, em véus

De nevoa e rosas, não desdobre o dia

Nos céus...

Silêncio que ela acorda...

Já fulge o seu olhar...

Adormeça a guitarra, corda a corda, 

Ao luar!

Entendendo a poesia:

01 – Quem é o autor da poesia "A Canção de Romeu"?

      O autor da poesia "A Canção de Romeu" é Olavo Bilac.

02 – Qual é a principal ação que o narrador da poesia está realizando no início do poema?

      No início do poema, o narrador está tocando uma guitarra para acordar alguém que ele ama.

03 – Qual é o tema principal da poesia?

      O tema principal da poesia é o amor e a tentativa de acordar Julieta através da música e da beleza da noite.

04 – Que instrumento musical é mencionado na poesia?

      O instrumento musical mencionado na poesia é a guitarra.

05 – O que o narrador pede que Julieta faça na poesia?

      O narrador pede que Julieta abra a janela e acorde para ouvir sua serenata.

06 – O que a guitarra simbolicamente representa na poesia?

      A guitarra simbolicamente representa a expressão do amor do narrador por Julieta, já que é através dela que ele tenta acordá-la e conquistá-la.

07 – O que as estrelas fazem no céu de acordo com a poesia?

      As estrelas surgem no céu, e um véu límpido cobre o céu com lírios alvíssimos.

08 – Qual é a importância da estrela que falta no céu na poesia?

      A estrela que falta no céu é simbólica de Julieta. O narrador pede que ela abra a janela para se juntar às estrelas no céu.

09 – Como a poesia descreve a chegada da aurora?

      A poesia descreve a chegada da aurora como um momento de silêncio e expectativa, com a preocupação de que o dia não desdobre antes que Julieta seja despertada.

10 – Quem falta na noite estrelada, de acordo com o poema, e o que o autor pede a essa pessoa?

      Falta uma estrela na noite estrelada, e o autor pede à pessoa amada que abra a janela e venha.

11 – Qual é a reação da pessoa amada ao chamado do autor na poesia?

      A pessoa amada parece despertar e prestar atenção à canção do autor, soltando seus cabelos cheios de aroma e revelando seus seios à luz.

12 – O que a guitarra murmura nas mãos do autor enquanto ele espera a pessoa amada?

      A guitarra murmura a palavra "Amor" nas mãos do autor.

13 – Por que o autor pede silêncio à cotovia no poema? O que ele teme?

      O autor pede silêncio à cotovia para que a aurora não desdobre o dia nos céus, pois ele teme que a chegada da aurora possa interromper o momento romântico e íntimo que ele compartilha com a pessoa amada.

 

 

 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

POEMA (FRAGMENTO): MANHÃ DE VERÃO - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 POEMA(FRAG.): MANHÃ DE VERÃO

               Olavo Bilac

[…]

 

Diz a palmeira: “Invejo-a! ao vir a luz radiante,

Vem o vento agitar-me e desnastrar-me a coma:

E eu pelo vento envio ao seu cabelo ondeante

Todo o meu esplendor e todo o meu aroma!”

 

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX6bShAeR7wZmu4cuj1tVPfnTs7SaKJQpl9-usSIn6one-BA-pskBQk59gypfvH7XJ_KUMLKQ447btzn7-BlQhxxd0Bu7VwXpFkoUpz-_1pALpAPU2yyRoR4f3gIqwykfZnEVzQE3_wYAuX7NSmf1tuvplGfLqvg488zUcUu2EVpNk2urATpyliK0O9KA/s320/VERAO.jpg

E a floresta, que canta, e o sol, que abre a coroa

De ouro fulvo, espancando a matutina bruma,

E o lírio, que estremece, e o pássaro, que voa,

E a água, cheia de sons e de flocos de espuma,

 

Tudo, – a cor, o dano, o perfume e o gorjeio,

Tudo, elevando a voz, nesta manhã de estio,

Diz: “Pudesses dormir, poeta! no seu seio,

Curvo como este céu, manso como este rio!”

 

BILAC, Olavo. Alma inquieta. Belém: Núcleo de Educação a Distância da Universidade do Amazonas.

Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000245.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018.

Fonte: Livro – Português – Conexão e Uso -7º Ano – Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho, Editora Saraiva, 1ª ed., São Paulo, 2018.p.268.

ENTENDENDO O POEMA

01. Sobre o que fala o eu poético?

 Ele ressalta a beleza da natureza ao amanhecer.

02. Existem figuras de linguagem que têm papel fundamental na organização do poema.

I.             Reconheça uma delas, que você já estudou, e explique por que ganha essa importância.

A personificação, pois o eu poético “conversa” com os elementos da natureza.

II.           A repetição da conjunção e na segunda estrofe reproduzida também tem papel fundamental na composição do poema. Que efeito ela traz?

Possibilidade: Reforça a ideia da acumulação sucessiva de visões da natureza, o que desperta a sensibilidade e emoção do leitor.

A figura de linguagem criada pela repetição de uma mesma conjunção chama-se polissíndeto.

 

sábado, 14 de maio de 2022

POEMA: A RONDA NOTURNA - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poema: A ronda noturna

          Olavo Bilac


Noite cerrada, tormentosa, escura, 

Lá fora. Dorme em trevas o convento. 

Queda imoto o arvoredo. Não fulgura 

Uma estrela no torvo firmamento. 

 

Dentro é tudo mudez. Flébil murmura, 

De espaço a espaço, entanto, a voz do vento: 

E há um rasgar de sudários pela altura, 

Passo de espectros pelo pavimento... 

 

Mas, de súbito, os gonzos das pesadas 

Portas rangem... Ecoa surdamente 

Leve rumor de vozes abafadas. 

 

E, ao clarão de uma lâmpada tremente, 

Do claustro sob as tácitas arcadas 

Passa a ronda noturna, lentamente... 

 

BILAC, Olavo. In: CANDIDO, Antônio. Presença da literatura brasileira. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972. v. 2.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 180-1.

Entendendo o poema:

01 – Complete a frase: "A ronda noturna" é um poema que ..............

a)   Conta uma história de terror. 

b)    Apenas descreve um ambiente. 

c)   Defende um ponto de vista. 

d)   Expõe um sentimento. 

e)   Apresenta narração e descrição. 

02 – A resposta à questão anterior pode ser justificada por uma das seguintes afirmações sobre o poema. Escreva-a no caderno.

a)    Trata-se apenas da descrição impessoal, distanciada, da atmosfera que envolve um convento. 

b)    Trata-se de uma tentativa de convencer os leitores de que o eu lírico viu fantasmas percorrendo os corredores de um convento. 

c)     Trata-se da expressão emocionada e pessoal de um eu lírico fascinado pela visão noturna de um convento.

d)    Trata-se de um poema narrativo em que predomina a descrição pouco pessoal do entorno e da atmosfera noturna de um convento, seguida de um evento que quebra parte do silêncio que envolve o local. 

03 – Nas duas primeiras estrofes é descrito o clima que circunda o convento. Observe que em cada uma delas predomina um aspecto. 

a)   Na primeira estrofe, o que circunda o convento? Que palavras ou expressões do texto justificam sua resposta?

A escuridão circunda o convento: noite, cerrada, escura, trevas, não fulgura, torvo.

b)   Na segunda estrofe, o que envolve o convento? Que expressões do texto justificam sua resposta? 

O silêncio, quebrado apenas pelos ruídos do vento: mudez, murmura, voz do vento. 

c)   Releia todo o poema e observe que a escolha do vocabulário e sua organização nos versos produzem uma sonoridade coerente com o clima da cena descrita. Considere que determinados sons podem ser associados ao significado das próprias palavras em que eles se repetem. Depois, copie as frases abaixo em seu caderno e completa-as com as informações corretas:  

·        A ocorrência da consoante v nos três últimos versos da primeira estrofe e no segundo e terceiro versos da segunda estrofe 2.

·        A ocorrência da consoante r em praticamente todos os versos do poema 1.

·        A grande ocorrência da vogal u e o predomínio da vogal o em quase todos os versos do poema 3.

(1) Pode sugerir um rumor que permeia todo o poema. 

(2) Pode sugerir o som do vento. 

(3) Podem reforçar a ideia de escuridão e de som murmurado, fechado, que ecoa pouco. 

04 – Releia: 

“De espaço a espaço, entanto, a voz do vento: 

E há um rasgar de sudários pela altura, 

Passo de espectros pelo pavimento..." 

        Esses versos sugerem som (voz do vento, passo) e movimento (rasgar, espaço, passo). Por que, no entanto, numa primeira leitura, eles apenas reforçam a ausência de vida? 

      Porque se trata, a princípio, apenas do som do vento e do movimento vindo de coisas sem vida – o sudário, espectros (fantasmas), etc.      

05 – Há perfeita oposição entre elementos das duas primeiras estrofes e elementos das duas últimas: a escuridão, a imobilidade e o silêncio murmurado que, nas primeiras estrofes, envolvem o convento são quebrados por eventos que ocorrem nas duas últimas. Estabeleça a correspondência:

a)   O que quebra o silêncio?

O ranger das dobradiças da porta e o rumor de vozes abafadas.

b)   O que quebra a escuridão? 

O clarão de uma lâmpada tremente.

c)   O que quebra a imobilidade? 

O movimento da porta e, sobretudo, a passagem da ronda noturna.

06 – Escreva no caderno apenas as afirmações que poderiam completar corretamente a frase abaixo: 

        O poema “A ronda noturna" .......................

a)   Trata do medo da morte, representada pela angústia do eu lírico com a atmosfera sombria e fantasmagórica do convento. 

b)   Pode ser visto como metáfora da presença vigilante da vida, mesmo em situações em que parece haver o predomínio de um cenário de morte. 

c)   Procura surpreender ao mostrar luz e movimento suaves em um cenário de escuridão e imobilidade pesadas. 

d)   Trata da oposição noite e dia. Assim, as duas primeiras estrofes representam o dia e as duas últimas, a noite.