Texto: Prefácio de Codinome Duda
Contar a história do Duda foi legal pra mim, porque tem esse jeito dele, de guri, de contar tudo assim, rápido, bem videogame mesmo. Também foi um pouco difícil, porque existe o lance da linguagem vocês sabem, da diferença que muitas vezes existe entre a forma que a gramática diz que é correta (que também chamam de linguagem culta), e o jeito que a gente usa para falar. Assim, como quando a gente fala Tu foi? e devia escrever Tu foste?. Mas como eu queria escrever de um jeito que fosse a cara do Duda, preferi manter a linguagem bem parecida com o jeito que ele fala. Pode não ser lá como a gramática manda. Mas saber a gramática é uma coisa, e eu acho que é superimportante. Contar histórias é outra. Às vezes elas se juntam sem problemas. Às vezes não. Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.
CUNHA,
Marcelo carneiro da. Codinome Duda (Prefácio). Porto alegre: Projeto, 1992.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º
ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 28-9.
Entendendo o texto:
01 – Que tipo de linguagem o
autor emprega na fala das personagens?
Uma linguagem informal, com a presença de
marcas de oralidade.
02 – Que tipo de explicação
você imagina que o autor vai dar para justificar o uso dessa linguagem?
Resposta pessoal do aluno.
03 – O autor do texto nos
revela sensações opostas que vivenciou ao contar a história de Duda. Quais são
elas?
O autor ficou satisfeito ao contar a
história da personagem. Por outro lado, o processo foi difícil por conta da
linguagem que ele teve de utilizar.
04 – Que decisão o autor
achou um pouco difícil de tomar quando escreveu o livro?
A decisão sobre qual linguagem usar: a
norma-padrão ou a maneira de a personagem falar.
05 – Por que o autor
preferiu usar a linguagem da forma como o fez na obra?
O autor preferiu
manter a linguagem bem parecida com a fala, porque queria escrever de uma forma
que fosse coerente com a personagem.
06 – A opção de uso da
linguagem feita pelo autor na obra se aplica a qualquer situação? Explique.
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Não, pois cada situação exige adequação da linguagem ao
contexto de uso.
07 – Qual pode ter sido a
intenção de quem produziu o prefácio?
Apresentar a obra ao leitor. Nesse caso,
o prefácio foi escrito pelo próprio autor do livro, que justifica o tipo de
linguagem que usou para escrevê-lo.
08 – Em sua opinião, é
importante o autor de um livro fazer considerações sobre a obra? Por quê?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: O prefácio é uma maneira eficaz de se estabelecer um
vínculo com o leitor e de despertar nele o interesse pela obra.
09 – No prefácio, o autor
usa a linguagem no registro formal ou informal? Em sua opinião, por que ele
utilizou esse registro?
Informal.
Provavelmente por ser equivalente à linguagem que optou usar no livro.
10 – Que palavras do texto
revelam que o autor está escrevendo sobre uma experiência que já vivenciou?
O uso de verbos no passado.
11 – Em que trecho do
prefácio o autor demonstra suas expectativas em relação à avaliação que o
leitor fará da obra? Transcreva-o em seu caderno.
No final do
texto, ao dizer: “Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.”
12 – Esse tipo de conversa
com o leitor costuma aparecer em outros prefácios de livros?
Professor, caso o
aluno não tenha tido a oportunidade de ler outros prefácios de livros, seria
interessante ler para eles o modelo que está disponível no Manual. Só depois da
leitura eles terão condições de responder à questão. Esse é o momento de pedir
a eles que consultem os prefácios dos livros que trouxeram (conforme
recomendação feita no início do capítulo).
13 – O texto lido apresenta
algumas gírias. Identifique-as.