Poema: EU E OS BOMBONS
Sergio Capparelli
Mariana passa sempre pela
praça
só hoje é que não passa
e eu, aflito, com essa caixa
de bombons!
Oh, Mariana, aparece, vê se
passa,
dê o ar de sua graça
pois já se derretem os
bombons
melam, viram pasta,
que desgraça!
E eu de guarda
com a caixa,
olho a esquina
e tu não passas, Mariana,
e gentes me olham
refletido na água
quem o bobo?
O palhaço com a caixa?
e eu não ligo
e vejo se tu passas,
Mariana,
mas nada, ela não passa,
só de pirraça.
Entendendo o poema:
01 – O eu lírico do poema se
sente aflito. O verso que mais acentua essa aflição é:
a)
“E vejo se tu passas, Mariana”.
b)
“Pois já se derretem os bombons”.
c)
“E eu não ligo”.
d)
“E eu de guarda”.
02 – Em um dos versos do
poema, o eu lírico revela toda a sua decepção diante da situação. O verso que
mais acentua essa decepção é:
a)
“Que desgraça!”.
b)
“Dê o ar de sua graça”.
c)
“Quem o bobo?”.
d)
“E eu não ligo”.
03 – Considerando as
informações do poema, assinale (V)
para a alternativa VERDADEIRA e (F)
para a FALSA.
I. (V) O eu
lírico não se importam para o que os outros pensam sobre ele.
II. (F) O eu lírico conta a história de
um amor correspondido.
III. (V) O poema ilustra uma decepção
amorosa, contada por um eu lírico masculino.
04 – Informe o NÚMERO e a
PESSOA dos seguintes verbos retirados do poema.
a)
Passa: 3ª pessoa do
singular.
b)
Derretem: 3ª pessoa
do plural.
c)
Ligo: 1ª pessoa do
singular.
d)
Passas: 2ª pessoa do
singular.
05 – Que termo identifica o
eu lírico do poema?
O termo “Eu”.
06 – A voz que fala nesse
poema é masculina ou feminina? Quais marcas linguísticas, isto é, quais
palavras presentes no poema comprovam sua resposta?
A voz é
masculina: “Aflito”; “bobo”; “palhaço”.
07 – O eu lírico diz estar
“aflito” e justifica o motivo dessa aflição com o verso “Pois já se derretem os
bombons”. Podemos afirmar que esse verso explica o motivo real da aflição
sentida pelo eu lírico? Por que?
Não. O eu lírico
está aflito também porque deseja ver Mariana.
08 – No poema, em um dos
versos, o eu lírico revela toda a sua decepção diante da situação. Qual é esse
verso?
“Que desgraça”.
09 – As pessoas que passam
pela praça, de acordo com o eu lírico, acham-no “bobo” e “palhaço”. O que
podemos afirmar sobre o jeito de o eu lírico lidar com essa situação?
O eu lírico evita olhá-las ou encará-las, talvez por
vergonha, medo de o acharem ridículo, bobo.
10 – Que inferências podem
ser feitas sobre o sentimento do eu lírico?
a)
O eu lírico está aflito, sente-se
apaixonado e enamorado.
b)
O eu lírico está revoltado porque morre de
paixão.
c)
O eu lírico está amargurado e enciumado.
d)
O eu lírico sente-se solitário e revoltado.
e)
Não há sentimento algum que represente o eu
lírico.
11 – A palavra pirraça pode
ser substituída sem alteração de sentido por:
a)
Ciúmes.
b)
Raiva.
c)
Teimosia.
d)
Pavor.
e)
Orgulho.
12 – Em: “Mariana passa
sempre pela praça e só hoje é que não passa”. A repetição de um mesmo som
consonantal em uma sequência de palavras em versos, chama-se:
a)
Metáfora.
b)
Prosopopeia.
c)
Hipérbole.
d)
Aliteração.
e)
Antítese.