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quarta-feira, 16 de novembro de 2022

APÓLOGO: A PANELA DE BARRO E A PANELA DE FERRO - LA FONTAINE - COM GABARITO

 APÓLOGO: A PANELA DE BARRO E A PANELA DE FERRO

                     La Fontaine         

          A panela de ferro propôs à panela de barro um passeio. Esta se desculpou, dizendo:

          - É melhor manter-me perto do fogo, porque sou muito frágil, tão frágil que, ao menor toque, me transformo em pedaços. Já você nunca terá esse destino, pois sua estrutura é mais dura do que a minha. Eu não sou resistente como você.

           A panela de ferro respondeu:

           - Vou protege-la de qualquer coisa dura que possa lhe ameaçar. Se, porventura, algo passar perto de você, eu ficarei entre os dois, e do golpe a salvarei.

           Diante dessas palavras, a panela de barro convenceu-se e aceitou a proposta de passear com sua companheira. Então, elas se colocaram lado a lado e começaram imediatamente a caminhada.

           A panela de barro andava como podia, tropeçando, mancando e titubeando de um lado para outro por causa de suas três pernas. Esbarrava o tempo todo na companheira, e via-se no perigo de espatifar-se a qualquer momento.

            Mal tinham andado cem passos, a panela de barro reduziu-se a mil cacos em um encontro mais forte na panela de ferro, e nem podia reclamar, pois ela era diferente de sua companheira.

 Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.28-9.

Entendendo o texto

 01.               Identifique, no texto, o que se pede:

a)   Tipo de narrador e foco narrativo.

Narrador-observador, foco narrativo em 3ª pessoa.

b)   Personagens principais.

A panela de barro e a panela de ferro.

c)   O espaço em que os fatos ocorrem.

Perto do fogão e a uma distância que caminharam. 

02.    É possível determinar quando os fatos narrados ocorreram? Por quê?

          Não, sabe-se apenas que as ações transcorreram em um tempo curto, mas não é possível determinar a época. 

      03.               Qual é o problema vivenciado pelas personagens?

A panela de ferro propõe a panela de barro que saiam para um passeio, mas a panela de barro considera-se frágil e acha melhor não aceitar o convite. No entanto, a panela de ferro a convence, prometendo protege-la, e juntas saem para a caminhada. No caminho, a panela de barro se transforma em mil cacos por esbarrar com mais força na panela de ferro. 

       04.               A moral desse apólogo foi propositalmente retirada. Releia o texto e conclua:

Qual é o ensinamento que essa história nos transmite?

O ensinamento dessa história é o respeito às próprias limitações e a aceitação delas; ainda que outros insistam que devemos rompê-las, sob pena de nos “quebramos em pedaços” como a panela. É preciso ficarmos atentos, pois nem sempre as pessoas conseguem cumprir o que prometem.

 

 

 

 

APÓLOGO: O CARVALHO E O CANIÇO - LA FONTAINE - COM GABARITO

 APÓLOGO: O CARVALHO E O CANIÇO

                     La Fontaine

          O carvalho, que é sólido e imponente, nunca se curva com o vento.

          Vendo que o caniço se inclinava todo quando o vento passava, o carvalho lhe disse:

          - Não se curve, fique firme, como eu faço.

          O caniço respondeu:

           - Você é forte, pode ficar firme. Eu, que sou fraco, não consigo.

           Veio então um furacão. O carvalho que enfrentou, foi arrancado com raízes e tudo. Já o caniço se dobrou todo, não opôs resistência ao vento e ficou em pé.

 Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.24-5.

 Entendendo o texto

01. Associe os personagens de acordo com as características apresentadas no apólogo.

A.  Carvalho      ( A ) Árvore de madeira muito dura, usada em construções.

B.  Caniço                 ( B ) Cana fina e comprida que pode ser usada para pescar.

02. Qual é o ensinamento transmitido pelo apólogo?

Contra as adversidades, a inteligência tem mais valor que o grande esforço.

03. Complete os períodos com orações coordenadas que estabeleçam as relações determinadas a seguir.

a)   O carvalho é sólido e não se curva com o vento. (relação de adição)

b)   Você é forte mas eu sou fraco. (relação de oposição)

c)   O carvalho enfrentou a ventana e foi arrancado com raiz e tudo. (relação de adição)

d)   Veio um furacão mas o caniço ficou em pé. (relação de oposição)

04. Identifique se as conjunções coordenativas ligam orações coordenadas ou dois termos de mesma função sintática.

a)   O carvalho é sólido e imponente.

A conjunção liga dois termos de mesma função sintática: os núcleos do predicado nominal.

b)   Carvalho é forte, e o caniço é fraco.

A conjunção liga duas orações.

c)   O carvalho e o caniço conversavam quando veio o furacão.

A conjunção liga dois termos de mesma função sintática: os núcleos do sujeito composto.

d)   O carvalho foi derrubado, e o caniço ficou em pé.

A conjunção liga duas orações.

 

domingo, 4 de agosto de 2019

FÁBULA: O LOBO E O CORDEIRO - LA FONTAINE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Lobo e o Cordeiro

       La Fontaine

Na água limpa de um regato,
matava a sede um Cordeiro,
quando, saindo do mato,
veio um Lobo carniceiro.

Tinha a barriga vazia,
não comera o dia inteiro.
-- Como tu ousas sujar
a água que estou bebendo?
-- rosnou o Lobo, a antegozar
o almoço. – Fica sabendo
que caro vais me pagar!

-- Senhor – falou o Cordeiro –
encareço à Vossa Alteza
que me desculpeis, mas acho
que vos enganais: bebendo,
quase dez braças abaixo
de vós, nesta correnteza,
não posso sujar-vos a água.

-- Não importa. Guardo mágoa
de ti, que ano passado,
me destrataste, fingindo!
-- Mas eu nem tinha nascido.
-- Pois então foi teu irmão.
-- Não tenho irmão, Excelência.
-- Chega de argumentação.
Estou perdendo a paciência!
-- Não vos zangueis, desculpai!
-- Não foi teu irmão? Foi teu pai
ou senão foi teu avô –
disse o Lobo carniceiro.
E ao Cordeiro devorou.

        Moral da história: Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.
                    La Fontaine. Fábulas. Trad. por Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Revan, 1997.

Entendendo a fábula:
01 – Os as personagens estavam antes de se encontrarem?
      O cordeiro, na beira do riacho; o lobo, na mata.

02 – Na fábula, o lobo apresenta alguns argumentos para justificar sua ação. Quais são?
      Primeiro diz que o cordeiro está sujando sua água; depois que o cordeiro andara falando mal dele, e, finalmente, que, se não fora o cordeiro quem o ofendera, havia sido alguém de sua família.

03 – O cordeiro, ao responder ao lobo, procura provar que este estava enganado quanto à acusações que fazia. Procure no texto trechos que comprovem essa afirmação.
      O cordeiro diz que não estava sujando a água, pois o lobo estava num local bem acima de onde ele, o cordeiro, se encontrava. Depois, diz que não poderia ter falado mal do lobo no ano anterior, pois nem havia nascido. Finalmente, quando o lobo lhe diz que deveria pagar pelo que o irmão fizera, diz que não tem nenhum irmão.

04 – Nas fábulas, os animais falam, pensam e agem como seres humanos. Fale um pouco sobre as personagens da fábula lida, dando pelo menos três características de cada uma.
      Cordeiro: frágil, respeitoso, quer convencer seu opositor de que não é culpado das acusações e que, portanto, não merece punição.
      Lobo: o mais forte, o animal faminto, “o carniceiro” que quer abocanhar sua presa.

05 – Em sua opinião, a leitura do texto permite ao leitor deduzir que, desde o início, o lobo ia devorar o cordeiro de qualquer jeito? Justifique.
      Sim. Sabia que era o mais forte e que venceria o cordeiro com facilidade. Por isso, o texto diz que ele antegozava o almoço.

06 – Com base no que você respondeu na atividade anterior, conclua: por que, então, o lobo não devorou logo o cordeiro e ficou justificando o que ia fazer?
      Porque queria que o cordeiro, antes de ser devorado, ficasse convencido de que ele, o lobo, tinha razão.

07 – Pelo diálogo entre as personagens, podemos dizer que o lobo e o cordeiro eram velhos amigos conhecidos? Justifique.
      Não. O lobo diz que sim, ao afirmar que sabia que o cordeiro o insultara no ano anterior. Porém, quando o cordeiro diz que nem havia nascido ou quando rebate a afirmação a respeito de seu irmão, ficamos sabendo que se trata apenas de acusações falsas do lobo.

08 – Você acha que o cordeiro respondeu bem a todas as acusações que lhe foram feitas pelo lobo? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Mesmo tendo demonstrado que o lobo estava enganado, o cordeiro foi devorado. Por que ocorreu isso?
      Porque o lobo não estava preocupado com a veracidade das acusações; ele ia devorar o cordeiro porque estava faminto, e o animalzinho era bem mais fraco que ele.


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

FÁBULA: A CORTE DO LEÃO - LA FONTAINE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Fábula: A CORTE DO LEÃO
                                                       La Fontaine


        O rei dos animais, Dom Leão, quis um dia conhecer as nações nas quais consistiria seu domínio. Muitos enviados foram levar um edital dizendo estarem convocados todos ao palácio real.
        As audiências se dariam nesse palácio, e durariam um mês, do início até o final.
        A recepção seria aberta por uma equipe muito esperta de macaquinhos amestrados.
        Haveria um banquete, e então os convidados, em comissão oficial iriam visitar o palácio real.
        E assim aconteceu. Mas que palácio horrível!
        Carniças espalhadas, um mau cheiro incrível!
        O urso tapa o nariz. Ofendido, o leão dele dá cabo e o manda visitar Plutão.
        O macaco, servil, aplaude aquela ação: que desaforo, o do urso, chamar de fedor aquele aroma suave, perfume de flor!
        Não sabia, o bajulador, que havia um parentesco, embora algo distante, do leão com Calígula. No mesmo instante, o destino seguiu seu curso, e ele fez companhia ao urso.
        À raposa, calada, dirigiu-se o rei:
        --- “E tu? Diz a verdade: este cheiro te agrada?”
        --- “Estou, Senhor, tão constipada, que até perdi meu faro. Por isto, não sei... Quando sarar, responderei.”

        Moral: Quem busca na Corte mercês deve agir sempre assim, usando de esperteza: nem servilismo vil, nem a brutal franqueza; prefira, ao “sim” ou “não”, a astúcia de um “talvez”.

Entendendo a fábula:
01 – O fato que motivou as ações do texto foi:
a) a vontade do rei de conhecer seus súditos.
b) a necessidade do rei de mostrar-se superior.
c) a vontade do rei de exibir seu palácio real.
d) a necessidade do rei de testar seu poder.

02 – Segundo o texto, o contato do rei com as nações convocadas:
a) seria breve.
b) seria de um mês.
c) seria atribulado.
d) seria superficial.

03 – De acordo com o texto, as nações convocadas:
a) foram recepcionadas pelo rei.
b) decepcionaram-se com o banquete.
c) receberam convites para irem ao palácio.
d) visitaram o palácio em comissão oficial.

04 – O comentário feito pelo urso foi:
a) mal compreendido pelo leão.
b) considerado ofensivo pelo leão.
c) sutil e discreto.
d) apoiado pelos outros animais.

05 – O macaco fez companhia ao urso porque:
a) concordou com ele.
b) discordou do leão.
c) enfrentou o leão.
d) tentou agradar o leão.

06 – A astúcia da raposa se deve ao fato:
a) de ela não emitir uma opinião.
b) de ela estar constipada.
c) de ela concordar com o urso.
d) de ela discordar do macaco.

07 – “Ofendido, o leão dele dá cabo...” a expressão destacada tem o sentido de:
a) reclamar                                     b) denunciar            
c) destruir                                       d) perceber

08 – “Mas que palácio horrível!”, a palavra destacada exprime
a) uma oposição     
b) uma conclusão        
c) uma causa      
d) uma censura.


sábado, 28 de abril de 2018

FÁBULA: A LEBRE A TARTARUGA - LA FONTAINE - COM GABARITO

FÁBULA: A LEBRE A TARTARUGA
                   La Fontaine

        “Apostemos, disse à lebre 
        a tartaruga esperta,
        que eu chego primeiro ao alvo 
        do que tu, que és tão ligeira!” 

        Dado o sinal de partida,
        estando as duas a par,
        a tartaruga começa 
        lentamente a caminhar.



        A lebre tendo vergonha
        de correr diante dela, 
        tratou a tal vitória 
        de mentira, sem valor.

        Deita-se, e dorme o seu pouco;
        ergue-se, e põe-se a observar
        de que parte corre o vento, 
        e depois torna a deitar. 

       Deita uma vista d’olhos
       sobre a caminhante lerda,
       inda a vê longe da chegada,
       e a dormir de novo torna.

      Olha, e depois que a vê perto, 
      começa a sua carreira, 
      mas então apressa os passos 
      a tartaruga esperta.

      À meta chega primeiro
     apanha o prêmio apressada,
     pregando à lebre vencida
     uma grande vaia.

     Não basta só haver posses
     para obter o que queremos.
     É preciso pôr-lhe os meios,
     senão, atrás ficaremos.

    O tamanho do frasco não desprezes
    do que pode nele existir,
    porque um anão acordado
    mata um gigante a dormir.

(Livro Fábulas de La Fontaine editora Martin Claret - adaptação)

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, é correto afirmar:
       A – ( ) A tartaruga venceu a corrida por ser um animal mais veloz do que a lebre.
       B – ( ) A lebre vaia a tartaruga quando esta apanha o prêmio no final da corrida.
       C – ( ) A humildade da lebre fez com que perdesse a corrida.
       D – (X) A lebre estava confiante, pois tinha certeza de sua vitória.
       E – ( ) No início da corrida, a tartaruga disparou.

02 – Identifique a relação estabelecida pelo conectivo destacado no verso abaixo: “para obter o que queremos.”
        A – ( ) consequência
       B – ( ) condição
       C – (X) finalidade
       D – ( ) solução
       E – ( ) explicação


sexta-feira, 27 de abril de 2018

FÁBULA: A RAPOSA E AS UVAS - JEAN DE LA FONTAINE - COM GABARITO

Fábula: A RAPOSA E AS UVA
             Jean de La Fontaine


       A raposa vinha pela estrada quando viu uma parreira carregada de suculentas uvas vermelhas. 
        "Essas uvas já estão no papo", pensou. 
        Doce ilusão. A raposa tentou de tudo, mas os cachos estavam tão altos que não conseguiu apanhar um bago que fosse. 
        Matreira, ela comentou para quem quisesse ouvir: 
— Reparando bem, essas uvas estão muito verdes. Raposas não comem uvas verdes, pois dão dor de barriga. 
        E foi embora. 
       Quando já tinha percorrido algumas léguas, um vento forte começou a soprar. Então a raposa voltou depressinha e pôs-se a farejar o chão em busca de bagos de uva. 

        Moral da história: Quem desdenha quer comprar. 

Jean de La Fontaine Fábulas de Esopo.
Adaptação de Lúcia Tulchinski. São Paulo: Scipione.

Parreira: pé de uva com galhos apoiados numa grade de varas
Matreira: que encontra solução para tudo: astuta, esperta, sabida
Bago: fruta pequena e redonda de um cacho
Légua: medida de extensão equivalente a seis quilômetros
Desdenhar: mostrar ou ter desdém por, desprezar, descuidar

Entendendo a fábula:

01 – Por não conseguir alcançar os cachos de uva suspensos em uma parreira, a raposa afastou-se, comentando que estavam verdes. As uvas estavam mesmo verdes? Justifique.
     Não. As uvas estavam suculentas e a raposa só as desdenhou por não conseguir apanhá-las.

02 – O que fez com que a raposa voltasse à parreira?
       Quando a raposa percebeu o vento soprando, pensou que ele poderia ter derrubado algumas uvas e voltou rapidamente para averiguar.

03 – Como toda fábula, está também apresenta uma moral - uma reflexão sobre o comportamento humano. O que você entendeu da moral da fábula "A raposa e as uvas"? 
      Algumas pessoas, quando não conseguem o que querem, desistem e fingem que não estavam interessados no objeto desejado.

04 – Releia esta frase da fábula: "Essas uvas já estão no papo", pensou. Para que foram usadas as aspas?
     Para indicar o pensamento da raposa.

05 – Releia um trecho. 
"Matreira, ela comentou para quem quisesse ouvir:
— Reparando bem, essas uvas estão muito verdes. Raposas não comem uvas verdes, pois dão dor de barriga." 

Por que você acha que a raposa fez questão de comentar em voz alta que as uvas estava m verdes? 
      Por que ela não quis admitir que não iria conseguir pegar as uvas.

06 – Faria diferença se a palavra matreira não fizesse parte da frase? Escolha uma das alternativas.
a) Sim, pois a palavra matreira informa ao leitor o motivo de a raposa ter feito o comentário em voz alta. 
b) Não, pois a palavra matreira não acrescenta uma informação importante sobre a personagem. 








quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

FÁBULA: A GALINHA DOS OVOS DE OURO - JEAN DE LA FONTAINE - COM GABARITO

FÁBULA: A GALINHA DOS OVOS DE OURO
                     JEAN DE LA FONTAINE


A avarice só perde
Pensando que tudo pode ganhar!
A fábula da galinha
Esta ideia vem ilustrar.
Pois não é que um homem rico,
Achando que por dia um só ovo
Era pouco, era nada, era um tico,
Resolveu ter tudo de uma vez só?!
Acreditando que, por ovos de ouro botar,
De ouro fosse feita a galinha inteira,
Sem dó, piedade e consideração
Matou-a numa panela certeira.
Que decepção! Que raiva! que dor!
Encontrou-a igualzinha a todas as galinhas
Que punham ovos de qualquer cor!
Nada havia que mostrasse o seu mistério.
Para as pessoas mesquinhas
É, sem dúvida, uma boa lição.
Quantos amanhecem pobres, hoje,
Por ontem terem tido tanta ambição?

                                   Jean de La Fontaine. Fábulas de La Fontaine.
             Adaptação de Regina Drummond. São Paulo: Paulus, 2004.

Avarice: apego excessivo ao dinheiro, mesquinharia.

Entendendo o texto:
01 – Elabore uma frase que sirva de moral para o texto “A galinha dos ovos de ouro”. Em seguida, leia-a para a classe.
       Resposta pessoal. Educador: é importante verificar a coerência entre a moral construída pelos alunos e a fábula.

02 – Que características do gênero “poema” podemos identificar nessa fábula?
       O fato de estar escrita em versos com algumas rimas, agrupados em estrofes.

03 – No texto “A galinha dos ovos de ouro”, aparecem as características de outro gênero textual: a fábula. Quais são essas características?
        Há animais como personagens e uma moral.

04 – Nos versos a seguir, os adjetivos indicam as características dos elementos em destaque, Identifique os adjetivos e transcreva-os.
        - “Pois não é que um homem rico” rico
        - “Matou-a numa panela certeira” certeira
        - “Para as pessoas mesquinhas” mesquinhas
        - “É, sem dúvida, uma boa lição”. Boa

05 – Leia os trechos a seguir, retirados das fábulas que você leu. Identifique a classe a que pertencem as palavras destacadas e substitua-as por outras com significado semelhante.
        - “Mas suas pernas eram mais fortes e mais ligeiras do que as do lobo [...]”
        Adjetivos. Mas suas pernas eram mais vigorosas e mais velozes do que as do lobo [...]

        - “Foi de lá que avistou uma parreira com lindos cachos de uvas bem maduras e suculentas”.
        Adjetivos. Foi de lá que avistou uma parreira com belos cachos de uvas bem amadurecidas e sucosas.


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

FÁBULA PARA SÉRIES INICIAIS: A RAPOSA E A CEGONHA - LA FONTAINE - COM GABARITO

FÁBULA: A RAPOSA E A CEGONHA
                   LA FONTAINE

      Um dia a Raposa convidou a Cegonha para jantar e serviu-lhe sopa, que ambas gostavam muito, num prato raso.
      --- Estás a gostar da minha sopa? – perguntou, enquanto a Cegonha bicava em vão no líquido, sem conseguir comer nada.
      --- Como posso saber, se nem consigo comer? – respondeu a Cegonha, vendo a Raposa lamber a sopa com um ar todo delicado.
      Dias depois foi a vez de a Cegonha retribuir o gesto, pelo que convidou a Raposa para comer com ela na sua casa à beira do lago. Serviu-lhe a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.
      --- Hummmm, está deliciosa, querida amiga! – exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo. – Não achas?
      Claro que a Raposa não achava nem podia achar nada, pois o focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou várias vezes sem sucesso até que, bastante mal humorada, se despediu da Cegonha, resmungando entredentes:
      --- Não te achei graça nenhuma...!
                                                                       Fábula de La Fontaine.
Estudo do texto:
1 – Quais são os personagens da história?
      A Raposa e a Cegonha.

2 – Para que a Raposa convidou a Cegonha?
      Convidou-lhe para jantar.

3 – O que perguntou a Raposa a Cegonha?
      “Estás a gostar da minha sopa?”

4 – O que respondeu a Cegonha?
      “Como posso saber, se nem consigo comer?”

5 – O que fez a Cegonha dias depois?
      Retribui o gesto, chamando a Raposa para comer com ela.

6 – Onde ficava a casa da Cegonha?
      Fica na beira do lago.

7 – Onde a Cegonha serviu sopa a Raposa?
      Serviu num jarro largo embaixo e estreito em cima.

8 – Como ficou a Raposa após o jantar?
      Ficou mal humorada. Despediu-se resmungando “Não te achei graça nenhuma...!”

9 – Analise as frases e marque aquela que explica a moral da história.
a)   Casa de ferreiro, espeto de pau.
b)   Aqui se faz, aqui se paga.
c)   Quem burro nasce, burro morre.

d)   A inveja não admite o mérito.