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terça-feira, 15 de março de 2022

MENSAGEM ESPÍRITA: EM ALGUNS INSTANTES - EMMANUEL - PARA REFLETIR

 MENSAGEM: EM ALGUNS INSTANTES

                         Emmanuel

Se a dor te pesa tanto,

Contempla a vida em torno...


O sol brilha sem pausa,

A fonte vara pedra,

Depois da tempestade

Aves refazem ninhos.


Nunca te desanimes.

Por mais provas na estrada,

Olha a frente e caminha!...


Deus, em alguns instantes,

Tudo pode mudar.

MENSAGEM ESPÍRITA: NOSSO MUNDO - EMMANUEL - PARA REFLEXÃO

 MENSAGEM: NOSSO MUNDO

                         Emmanuel


  A terra não é exílio,

Nem é mundo inferior.

Pensa na perfeição

Da vida que nos cerca;

O sereno esplendor

De cada amanhecer:

O ouro da luz solar

E a prata das estrelas;

As plantas generosas

E as fontes de água pura;

Se algum erro aparece,

Devemos isso a nós.


terça-feira, 28 de abril de 2020

MENSAGEM ESPÍRITA: A CORTINA DO "EU" -FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (EMMANUEL) PARA REFLEXÃO

Reflexão: A Cortina Do “eu”

   “Porque todos buscam o que é seu e não o que é do Cristo Jesus.” – Paulo. (Filipenses, 2:21.)

   Em verdade, estudamos com o Cristo a ciência divina de ligação com o Pai, mas ainda nos achamos muito distantes da genuína comunhão com os interesses divinos.
 Por trás da cortina do “eu”, conservamos lamentável cegueira diante da vida.
 Examinemos imparcialmente as atitudes que nos são peculiares nos próprios serviços do bem, de que somos cooperadores iniciantes, e observaremos que, mesmo aí, em assuntos da virtude, a nossa percentagem de capricho individual é invariavelmente enorme.
           A antiga lenda de Narciso permanece viva, em nossos mínimos gestos, em maior ou menor porção.
           Em tudo e em toda parte, apaixonamo-nos pela nossa própria imagem.
        Nos seres mais queridos, habitualmente amamos a nós mesmos, porque, se demonstram pontos de vista diferentes dos nossos, ainda mesmo quando superiores aos princípios que esposamos, instintivamente enfraquecemos a afeição que lhes consagrávamos.
        Nas obras do bem a que nos devotamos, estimamos, acima de tudo, os métodos e processos que se exteriorizam do nosso modo de ser e de entender, porquanto, se o serviço evolui ou se aperfeiçoa, refletindo o pensamento de outras personalidades acima da nossa, operamos, quase sem perceber, a diminuição do nosso interesse para com os trabalhos iniciados.
        Aceitamos a colaboração alheia, mas sentimos dificuldade para oferecer o concurso que nos compete.
        Se nos achamos em posição superior, doamos com alegria uma fortuna ao irmão necessitado que segue conosco em condição de subalternidade, a fim de contemplarmos com volúpia as nossas qualidades nobres no reconhecimento de longo curso a que se sente constrangido, mas raramente concedemos um sorriso de boa-vontade ao companheiro mais abastado ou mais forte, posto pelos Desígnios Divinos à nossa frente.
        Em todos os passos da luta humana, encontramos a virtude rodeada de vícios e o conhecimento dignificante quase sufocado pelos espinhos da ignorância, porque, infelizmente, cada um de nós, de modo geral, vive à procura do “eu mesmo”.
        Entretanto, graças à Bondade de Deus, o sofrimento e a morte nos surpreendem, na experiência do corpo e além dela, arrebatando-nos aos vastos continentes da meditação e da humildade, onde aprenderemos, pouco a pouco, a buscar o que pertence a Jesus-Cristo, em favor da nossa verdadeira felicidade, dentro da glória de viver.

Francisco Cândido Xavier.
Fonte Viva – 4° livro da Coleção “Fonte Viva”.
(Interpretação dos Textos Evangélicos)
Ditado pelo Espírito – Emmanuel.


segunda-feira, 6 de abril de 2020

MENSAGEM ESPÍRITA: VALEI-VOS DA LUZ - PARA REFLEXÃO

Mensagem:Valei-vos da luz

“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.” – Jesus. (João, 12:35.)
    O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro.
     Ver-se-á colocado entre duas eternidades – a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.
Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.
     No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a revalorizar os recursos em mão.
    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contacto com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.
    Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.
Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.
  Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.
   Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.

terça-feira, 31 de março de 2020

MENSAGEM ESPÍRITA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - CAP.III- RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL - PARA REFLEXÃO


Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                          Capítulo III
RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo



154 – A separação da alma e do corpo é dolorosa?
      Não. Frequentemente o corpo sofre mais durante a vida do que no momento da morte: neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que se experimentam algumas vezes no momento da morte são prazer para o Espírito, que vê chegar o fim de seu exílio.
      Na morte, a que ocorre pelo esgotamento dos órgãos em consequência da idade, o homem deixa sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.

155 – Como se dá a separação da alma e do corpo?
      Uma vez que os laços que a retinham são rompidos, ela se desprende.

155.a) A separação se dá instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
      Não, a alma se desprende gradualmente, não escapa como um pássaro cativo que é subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem; dessa forma, o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o prendiam: eles se desatam, não se rompem.

      Durante a vida, o Espírito está unido ao corpo por seu envoltório semi-material ou períspirito. A morte é a destruição apenas do corpo, e não desse segundo envoltório, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação prova que, no instante da morte, o desprendimento do períspirito não se completa subitamente; opera-se gradualmente, com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Em alguns, é bem rápido, e pode-se dizer que o momento da morte é o mesmo da libertação, algumas horas depois. Mas em outros, sobretudo aqueles cuja vida toda foi exageradamente material e sensual, o desprendimento é muito mais lento e algumas vezes pode durar dias, semanas e até meses, o que não implica que haja nos corpos a menor vitalidade, nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre o Espírito e o corpo, que se deve sempre à importância que o Espírito deu à matéria durante a vida. De fato, é racional conceber que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais ele sofrerá para separar-se dela, ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, e, quando chega a morte, o desprendimento é quase instantâneo. Este é o resultado de estudos feitos sobre todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que em certos indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, às vezes, muito penosa, pois o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte, mostra-se em alguns casos de suicidas.

156 – A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes que a vida orgânica cesse completamente?
      Na agonia, a alma às vezes já deixou o corpo: há somente a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina movida pelo coração; existe enquanto o coração fizer circular o sangue nas veias, e não necessita da alma para isso.

157 – No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase que a faz entrever o mundo no qual vai entrar?
      Frequentemente a alma sente romperem-se os laços que a prendem ao corpo. Então, ela se esforça ao máximo para desfazê-los totalmente. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desenrolar-se à sua frente, e usufrui, por antecipação, do estado de Espírito.

158 – O exemplo da lagarta que primeiramente rasteja na terra e depois se fecha em seu casulo, numa morte aparente, para renascer numa existência radiante, pode dar-nos uma ideia da vida terrena, depois do túmulo e, enfim, de nossa nova existência?
      Uma leve ideia. A figura é boa. Entretanto, seria necessário não a levar ao pé da letra, como fazeis frequentemente.

159 – Que sensação a alma experimenta no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
      Isso depende. Se tu fizeste o mal impelido pelo desejo de fazê-lo, num primeiro momento te sentirás envergonhado. Para o justo é bem diferente: a alma sente-se como que aliviada de um grande peso, pois não teme nenhum olhar perscrutador.

160 – O Espírito reencontra imediatamente os que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
      Sim, conforme sua afeição mútua; muitas vezes eles vêm recebe-lo na sua volta ao mundo dos Espíritos, ajudando-o a desligar-se das amarras da matéria. Também ocorre com frequência de reencontrar os que tinha perdido de vista durante sua vida na Terra; ele vê os que são errantes; os que estão encarnados, vai visitar.

161 – Na morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda não enfraqueceram pela idade ou por doenças, a separação da alma e o acessar da vida acontecem simultaneamente?
      Geralmente acontece assim, mas, em todo caso, o instante que os separa é muito curto.

162 – Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva, por alguns instantes, a consciência de si mesmo?
      Frequentemente ele a conserva durante alguns minutos, até que a vida orgânica seja completamente extinta. Porém, muitas vezes também a apreensão da morte o faz perder essa consciência, antes do instante do suplício.

      Trata-se, aqui, apenas da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo, como homem e por intermédio dos órgãos, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplício, pode então conservá-la por alguns instantes, mas de curtíssima duração, que cessa necessariamente com a vida orgânica do cérebro. Isso não implica que o períspirito esteja inteiramente desprendido do corpo, ao contrário: em todos os casos de morte violenta, quando esta não ocorre pela extinção gradual das forças vitais, os laços que unem o corpo ao períspirito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: BILHETE DE NATAL - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO

BILHETE DE NATAL


         Meu amigo, não te esqueças,
      Pelo Natal de Jesus,
      De cultivar na lembrança
      A paz, a verdade e a luz.

      Não olvides a oração
      Cheia de fé e de amor,
      Por quem passa, sobre a Terra,
      Encarcerado na dor.

      Vai buscar o pobrezinho
      E o triste que nada tem...
      O infeliz que passa ao longe
      Sem o afeto de ninguém.

      Consola as mães sofredoras
      E alegra o órfão que vai
      Pelas estradas do mundo
      Sem os carinhos de um pai.

     Mas, escuta. Não te esqueças,
     Na doce revelação,
     Que Jesus deve nascer
     No altar do teu coração.


Casimiro Cunha, Francisco Cândido Xavier - Livro: Antologia Mediúnica do Natal.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - RETORNO A VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL - PARA REFLEXÃO


Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                          Capítulo III
RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL
     
 A alma após a morte; sua individualidade. Vida eterna – Separação da Alma e do Corpo – Perturbação espiritual.
 A alma após a morte; sua individualidade. Vida eterna.

149 – No que se transforma alma no instante da morte?
      Ela volta a ser Espírito, isto é, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado momentaneamente.

150 – Após a morte, a alma conserva a sua individualidade?
      Sim, jamais a perde. O que seria dela se não a conservasse?

150.a) Como a alma constata sua individualidade, já que não tem mais corpo material?
      Ela ainda tem um fluído que lhe é próprio, que retira da atmosfera de seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

150.b) A alma nada leva consigo deste mundo?
      Nada além da lembrança e do desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou amargura, conforme o emprego que tiver feito de sua vida; quanto mais pura for a alma, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.

151 – O que pensar da opinião segundo a qual, após a morte, a alma retorna ao todo universal?
      O conjunto dos Espíritos não constitui um todo? Não é esse todo um mundo completo? Quando fazes parte de uma assembleia, és parte integrante dela, e, no entanto, sempre conservas a tua individualidade.

152 – Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte? 
      Não tendes essa prova por meio das comunicações que recebeis? Se não fósseis cegos, veríeis; e, se não fôsseis surdos, escutaríeis, pois com muita frequência uma voz vos fala e vos revela a existência de um ser fora de vós.

      Os que pensam que com a morte a alma retorna ao todo universal estão errados se com isso entendem que, semelhante a uma gota d’água que cai no oceano, ela perde a sua individualidade; e estão certos se entendem por todo universal o conjunto de seres incorpóreos do qual cada alma ou Espírito é um elemento.
      Se as almas fossem confundidas na massa, elas só teriam qualidades no conjunto, e nada as distinguiria entre si. Não teriam nem inteligência nem qualidades próprias; ao passo que, em todas as comunicações, elas revelam a consciência do eu e uma vontade distinta. A infinita diversidade que apresentam, sob todos aspectos, é a própria consequência das individualidades. Se após a morte houvesse apenas o que se chama de Grande Todo – que observe todas as individualidade –, esse Todo seria uniforme e, por consequência, todas as comunicações que se recebesse do mundo invisível seriam idênticas. Uma vez que lá se encontram seres bons e outros maus, sábios e ignorantes, felizes e infelizes, e com todo o tipo de caracteres, alegres e tristes, levianos e sérios, etc., evidentemente são seres distintos. A individualidade se torna ainda mais evidente quando esses seres provam sua identidade por meio de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à sua vida terrestre que podem ser constatados. Essa individualidade não pode ser posta em dúvida quando os seres se manifestam à visão em aparições. A individualidade da alma nos foi ensinada, em teoria, como um artigo de fé; o Espiritismo a torna patente e, de certa forma, material.

153 – Em que sentido se deve entender a vida eterna?
      É a vida do Espírito que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma regressa à vida eterna.

153.a) Não seria mais exato chamar vida eterna à dos Espíritos puros, daqueles que, tendo atingido o grau da perfeição, não têm mais provas a cumprir?
      Isto seria antes felicidade eterna; mas isso é uma questão de palavras. Chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais.

domingo, 15 de setembro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: MÃOS À OBRA - LIVRO PÃO NOSSO -EMMANUEL - CHICO XAVIER - PARA REFLEXÃO

Mãos à obra

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” – Paulo.
 (1ª Epístola aos Coríntios, 14:26.)
A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.
O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.
Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.
Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.
Por quê?
Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.
Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável.

domingo, 8 de setembro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA - RENOVAÇÃO - EMMANUEL - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO


RENOVAÇÃO

Não procures repouso
Em momentos vazios.

Inércia simplesmente
É começo de angústia.

Provação superada
Faz-se benção de luz.

Sofre mas permanece
Construindo no amor.

Se queres elevar-te,
Não há outro caminho.

Na forja do serviço,
Deus te renovará.
                                         EMMANUEL – Francisco Cândido Xavier

domingo, 25 de agosto de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: ESTRELA - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO


MENSAGEM  ESPÍRITA: ESTRELA


         Mãezinha Querida.
         Enquanto a música festiva celebra a passagem do teu dia na Terra, venho falar-te a sós.
         Sei que te ocultas na humildade, como se não fosses a nossa heroína de cada dia, entretanto, estás escondida entre nós, qual estrela brilhando na escuridão!...
          Ante os poemas de louvor com que te honram a benção, entro no santuário da memória para lembrar-te. E recolho, na concha da saudade, as canções com que me guardaste o berço, as palavras de ternura com que me deste apoio aos primeiros passos, o aconchego de teu colo e o veludo de tuas mãos...
         Mas revejo, igualmente, o olhar agoniado com que recebias o golpe de nossos erros e o teu silêncio misturado de lágrimas, quando nosso gesto impensado te buscava ferir. Nunca falaste em perdão, porque nunca te detiveste nas nossas faltas, para seres em nossa estrada somente amor. Sei agora, contudo, quantas cruzes invisíveis de sofrimento te algemamos no coração...
          Os dias passaram, ensinando-me o alfabeto da experiência no livro de tua própria renúncia e eis-me aqui, de alma renovada, para exaltar-te a glória desconhecida.
          Quisera ofertar-te os mais belos tesouros do mundo, no entanto, Mãezinha, o ouro da terra é simples metal duro e frio, quando se trata de brindar uma estrela... Trago-te, assim, as flores do meu afeto, para que o perfume da minha oração de enternecimento e alegria desfaleça de amor aos teus pés, no trono de sacrifício em que Deus te coloca. E estendendo os meus braços, sequiosos de teu carinho, repito, de novo, em preces – Estrela divina, envolve-me em tua luz!...
                                                                  Meimei

Médium: Francisco Cândido Xavier
Do Livro: “Os Dois Maiores Amores” – Edição: GEEM

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: NÃO TE ENTREGUES A DOR - CHICO XAVIER - EMMANUEL - PARA REFLEXÃO

MENSAGEM ESPÍRITA: NÃO TE ENTREGUES A DOR - CHICO XAVIER - EMMANUEL


Não te esqueças do ensinamento do Mestre: — “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

Se a dor te visita o coração, improvisando tempestades de lágrimas em teu campo interior, não te confies ao incêndio do desespero, nem ao gelo da lamentação.
Recorda o tesouro do tempo, retira-te da amargura que te ocupa, indebitamente, e trabalha servindo. O trabalho é um refúgio contra as aflições que dominam a alma. O serviço aos semelhantes gera valoroso otimismo.

Se a incompreensão te impôs férrea grade ao espírito, através da qual ninguém, por agora, te identifica o ideal ou os propósitos elevados não te demores acariciando o fel da revolta.
Lembra o favor sublime do tempo, trabalha e serve. O trabalho acrescenta as energias. O serviço a todos revela divina sementeira.

Se a calúnia chegou ao teu círculo, estendendo sombras tenebrosas, não te afundes no lago fervente do prato, nem te embrenhes na selva do sofrimento inútil.
Reflete na bênção das horas, trabalha e serve. O trabalho reconforta. O serviço aos outros anula os detritos do mal.

Se erraste, instalando escuro remorso no centro do próprio ser, não te cristalizes na inércia e nem te enlouqueças, soluçando e gemendo em vão.
Medita na glória dos minutos, trabalha e serve. O trabalho reajusta as forças do espírito. O serviço ao próximo reconquista o respeito e a serenidade perante a vida.

Se a enfermidade e a morte varrem-te a casa, não te relegues ao acabrunhamento, qual se foras um punhado de lixo.
Pensa na dádiva dos dias, trabalha e serve. O trabalho é uma esponja bendita sobre as mágoas do mundo. O serviço no bem de todos é um milagre renovador.

Na luta e na tranquilidade, no sofrimento e na alegria, na tristeza ou na esperança, segue agindo e auxiliando.
Trabalhar é produzir transformação, oportunidade e movimento. Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.

Chico Xavier – Emmanuel


domingo, 11 de agosto de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: O FARDO - EMMANUEL / CHICO XAVIER - PARA REFLEXÃO

O FARDO – EMMANUEL / CHICO XAVIer
O FARDO
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro “Cartas do Coração”. Primeira Parte. Doutrina Cristã em Prosa. Página 52.
“Cada qual levará a sua própria carga”. Paulo. (Gálatas, 6:5).
Quando a ilusão te fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo excessivo e injusto, recorde que não segues sozinho no grande roteiro.
Cada qual tolera a carga que lhe é própria.
Fardos existem de todos os tamanhos e de todos os feitios:
A responsabilidade do legislador.
A tortura do sacerdote.
A expectativa do coração materno.
A indigência do enfermo desamparado.
O pavor da criança sem ninguém.
As chagas do corpo abatido.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.
Suporta o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.
Dirás, talvez impulsivamente: “É o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador indiferente? Carregarão, por ventura, alguma carga nos ombros?”.
Responderemos, no entanto, que provavelmente, viverão sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe.
Se o suor te alaga a fronte e se a lágrima te visita o coração, é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.
Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, mesmo que seja um milímetro por dia…
Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre.
Sob os braços duros do lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.


terça-feira, 6 de agosto de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: A ÁGUA NA COLÔNIA "NOSSO LAR" - ANDRÉ LUIZ/MÉDIUM FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO

Mensagem Espirita

A ÁGUA NA COLÔNIA “NOSSO LAR”

   Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. Em “Nosso Lar”, contudo, outros são os conhecimentos. Nos círculos religiosos do planeta, ensinam que o Senhor criou as águas. Ora é  lógico que todo serviço criado precisa de energias e braços para ser convenientemente mantido. Nesta cidade espiritual, aprendemos a agradecer ao Pai e aos seus divinos colaboradores semelhante dádiva. Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui, ela é empregada sobretudo como alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente consagradas à manipulação de água pura, com certos princípios suscetíveis de serem captados na luz do Sol e no magnetismo espiritual. Na maioria das regiões da extensa colônia, o sistema de alimentação tem aí suas bases. Acontece, porém, que só os Ministros da União Divina são detentores do maior padrão de Espiritualidade Superior, entre nós, cabendo-lhes a magnetização geral das águas do Rio Azul, a fim de que sirvam a todos os habitantes de “Nosso Lar”, com a pureza imprescindível. Fazem eles o serviço inicial de limpeza e os institutos realizam trabalhos específicos, no suprimento de substâncias alimentares e curativas. Quando os diversos fios da corrente se reúnem de novo, no ponto longínquo, oposto a este bosque, ausenta-se o rio de nossa zona, conduzindo em seu seio nossas qualidades espirituais.
                                                     André Luiz
(extraído do livro “NOSSO LAR” – edit FEB)
Médium – Francisco Cândido Xavier





domingo, 4 de agosto de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA - ANDRÉ LUIZ - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - PARA REFLEXÃO

MENSAGEM ESPÍRITA: PERANTE A NATUREZA

         De alma agradecida e serena, abençoar a Natureza que o acalenta, protegendo, quanto possível, todos os seres e todas as coisas na região em que respire.
         A Natureza consubstancia o santuário em que a sabedoria de Deus se torna visível.
         Preservar a pureza das fontes e a fertilidade do solo.
         Campo ajudado, pão garantido.
         Cooperar espontaneamente na ampliação de pomares, tanto quanto auxiliar a arborização e o reflorestamento.
         A vida vegetal é moldura protetora da vida humana.
         Prevenir-se contra a destruição e o esbanjamento das riquezas da terra em explorações abusivas, quais sejam a queima dos campos, o abate desordenado das árvores generosas e o explosivo na pesca.
         O respeito à Criação constitui simples dever.
         Utilizar o tesouro das plantas e das flores na ornamentação de ordem geral, movimentando a irrigação e a adubagem na preservação que lhes é necessária.
          O auxílio ao vegetal exprime gratidão naquele que lhe recebe os serviços.
          Eximir-se de reter improdutivamente qualquer extensão de terra sem cultivo ou sem aplicação para fins elevados.
          O desprezo deliberado pelos recursos do solo significa malversação dos favores do Pai.
          Aplicar as forças naturais como auxiliares terapêuticos na cura das variadas doenças, principalmente o magnetismo puro do campo e das praias, o ar livre e as águas medicinais.
          Toda a farmacopeia vem dos reservatórios da Natureza.
          Furta-se de mercadejar criminosamente com os recursos da Natureza encontrados nas faixas de terra pelas quais se responsabilize.
          O mordomo será sempre chamado a contas.
          “Pois somos cooperadores de Deus” – Paulo (I Coríntios, 3:9.)
                                                                                           André Luiz
          Médium – Francisco Cândido Xavier
          Livro – Conduta Espírita – Edit FEB

terça-feira, 2 de julho de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: LESÕES NA ALMA- DIVALDO P. FRANCO (JOANNA DE ÂNGELIS) - PARA REFLEXÃO


MENSAGEM: LESÕES NA ALMA

         Diante dos acontecimentos infelizes que te surpreendam na senda por onde segues buscando a renovação, resguarda-te na fé iluminada que te impulsiona ao trabalho nobilitante.
        Se agasalhas azedumes, cultivando mágoas e mantendo ódios, estás em perigo. Se te deténs na maledicência, ou na ociosidade, ou te conduzes sob chuvas de impropérios que partem da tua revolta, estás à borda de terrível despenhadeiro.
        Se sustentas rivalidades e aceitas o desafio das ofensas ou te interessas pela preservação das inimizades, encontras-te na fronteira do desequilíbrio. Preserva-te na calma ante qualquer provação ou sob torrentes de ameaças, sem te dares a oportunidade de sintonizar na faixa da agressão.
         Esses inimigos que agasalhas e vitalizas com assiduidade produzem-te graves lesões na alma, desarticulando as engrenagens sutis encarregadas do equilíbrio fisiopsíquico que se te faz necessário.
        Da alma procedem as realizações edificantes e os processos degenerativos que se exteriorizam no corpo. Ulcerações do estômago e do duodeno, problemas hepáticos e disfunções intestinais, manifestações cancerígenas e distúrbios da emotividade, propiciadores da ansiedade, da neurose, da psicose e de outras alienações têm as suas nascentes nos fulcros em desalinho da alma encarnada.
         Enfermidades perfeitamente evitáveis no campo da mente e nos painéis físicos derivam do descontrole da vontade e da má usança dos valores que a vida proporciona para o progresso.
       Dirás que realizarás o mesmo além, depois. Talvez o faças, possivelmente, não. Para nos amar, renunciou à tranqüilidade, sofrendo-nos. E renunciando à própria elevação, aguarda por nós. Quem se acostuma a desertar, mais dificilmente permanece, quando chega o momento do testemunho, que jamais deixa de ocorrer.
         Faze um compromisso contigo e entrega-te a Deus, perseverando na realização que enfrenta os fatores infelizes deste instante e dedica-te a modificar as paisagens inditosas que predominam nesta hora histórica de dor. Desistir, nunca!

quinta-feira, 27 de junho de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA - NUNCA DESISTIR - DIVALDO P. FRANCO (JOANNA DE ÂNGELIS)

NUNCA DESISTIR

          Parece haver uma conspiração generalizada contra os princípios ético-morais, as realizações nobilitantes, os trabalhos de engrandecimento humano, as obras de benemerência...
         Fala-se a respeito da violência e da agressividade, dos horrores que se abatem sobre as comunidades, no entanto, sistematicamente, aqueles que repudiam esses comportamentos alienados acomodam-se nos seus interesses e apenas censuram...
        Sonha-se com um mundo mais feliz e propugna-se, verbalmente, pela transformação sócio-moral da Terra, sem embargo, não se vai além do verbalismo ou dos artigos bem urdidos na imprensa, e pouco vivenciados. Estimula-se o homem ao sacrifício, sem que o sacrifício pessoal assinale a conduta de quem encoraja o outro.
         Emocionam-se muitos indivíduos diante daqueles que se exaurem no afã de modificar o estatuto das injustiças sociais vigentes, aberrantes e dominadoras. Oferecem-se, então, ao labor de auxílio sob condições que não abdicam, desejando submeter aqueles a quem admiram ao talante das suas opiniões e experiências, desertando, no entanto, com facilidade, passada a emoção, sem o mínimo respeito pela obra em desenvolvimento.
          Todos sabem que o preço de um ideal custa o sacrifício do idealista, assim como a qualidade de um empreendimento faz-se avaliada pela profundidade do seu conteúdo, no bem que esparge e nas resistências com que suporta todas as forças que se lhe opõem...
         É, portanto, compreensível que haja dificuldades no desempenho das tarefas de elevação da criatura em particular e da sociedade em geral. O ardor da luta forja o herói e a força da coragem se revela no fragor da batalha. Quem desiste não passa de candidato sem as credenciais de legítimo combatente. Raciocina, enquanto ouves os palradores, examinando o que eles fazem, em que se fixam, quais os seus testemunhos de fidelidade aos ideais que dizem esposar. Incapazes de ascender, por acomodação ou sistemática rebeldia, combatem os que lutam, afastam do trabalho, mediante acenos vãos e promessas enganosas, todos quantos se candidatam à ação de crescimento no bem.
         Libera-te do fascínio deles, rompendo as algemas mentais que a eles te ligam. Se adias a tua enobrecida decisão, aquela influência te enfermará. Ausculta a consciência, antes de qualquer decisão. Evita ouvir esta e aquela opinião. Deves saber o que queres da vida, como o desejas e por que o anelas. Ora, buscando as influências superiores, e receberás a correta inspiração. Tens uma tarefa a executar.
          Une-te aos que combatem, já cansados e sofridos, oferecendo-lhes o sangue novo do teu entusiasmo, sem conflitos, nem indecisões. Não aguardes encontrar homens, obras perfeitas. Aperfeiçoa-te, descobrindo quanto é difícil em ti esse processo, e então compreenderás melhor a luta dos outros, o afã dos demais...
          Decide-te ao bem, porquanto a tua decisão fará tua vida, assim, por tua vez, influenciando superiormente, o comportamento de outras pessoas.

terça-feira, 25 de junho de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: GRANDEZA DA RENÚNCIA - DIVALDO PEREIRA FRANCO(JOANNA DE ÂNGELIS) - PARA REFLEXÃO

Grandeza da Renúncia

         Alberto Dürer, o excelente pintor alemão, antes de notabilizar-se, necessitando de estudar, combinou com um jovem amigo, igualmente artista, sobre a necessidade se transladarem para um núcleo de maior cultura no qual aprimorariam o estilo. Para tanto, porque não dispusessem de um Mecenas que os ajudasse, um trabalharia na faina rude de lavador de pratos, enquanto o outro pintava, de modo que, com a venda dos primeiros quadros, o que trabalhava passaria a estudar.
             Estabelecidas as bases do cometimento, os dois amigos deram início ao labor, afirmando Alberto: Eu me dedicarei ao trabalho, pelo que o outro respondeu: Eu sou mais velho e já tenho emprego no restaurante. Aquiescendo com o amigo, Dürer começou a estudar e a pintar. Quando reuniram uma soma que permitia que o outro estudasse, o mesmo largou o trabalho e dirigiu-se à Escola.
           Percebeu, porém, que a atividade rude destruíra-lhe a sensibilidade táctil, desequilibrara-lhe o ritmo motor, dando-se conta de que nunca atingiria a genialidade, ainda mais, descobrindo a qualidade superior do amigo. Dotado de sentimentos nobres renunciou à carreira e prosseguiu trabalhando.
        Numa noite em que Dürer retornou ao estúdio, ao abrir silenciosamente a porta, estacou na sombra, vendo pela clarabóia do teto o reflexo do luar que se adentrava, iluminando duas mãos postas em atitude de prece. Era o amigo, ajoelhado, que rogava bênçãos para o companheiro triunfar na pintura.
         O artista, comovido ante a cena, imortalizou-a numa pequena tela, que passou à posteridade no Estudo para as mãos de um apóstolo, para o altar de Heller, hoje na Albertina, em Viena.
        A renúncia é a emoção dos Espíritos Superiores transformada em bênçãos pelo caminho dos homens. Quem renuncia estabelece para o próximo a diretriz do futuro em clima de paz. A renúncia é melhor para quem a oferta. Poder ceder, quando é fácil disputar; reconhecer o valor de outrem, quando se lhe está ao lado, ensejando-lhe oportunidade de crescimento; ajudar sem competir, são expressões elevadas da renúncia que dá à vida um sentido de significativa grandeza.
         O caminho, hoje juncado de cardos, de abrolhos, é o mesmo trilho abençoado e livre que ontem foi percorrido com egoísmo. A senda áspera, marcada pelo pantanal de agora, não é outra, senão aquela que ficou ao abandono. A estrada, de passagem difícil, é fruto do esquecimento a que foi relegada por quem a percorreu. Retornam sempre os pés andarilhos pelo roteiro já conhecido como os astros, no seu périplo no infinito, volvem ao mesmo curso, obedecendo à matemática da gravidade universal.
           Felizes aqueles que hoje cedem para amanhã receber; os que agora doam para mais tarde enriquecer-se; os que compreendem que a verdadeira felicidade consiste em ajudar e passar, sem impor nem tomar. Quem renuncia, enfloresce a alma de paz, granjeando a gratidão da vida pelo que recebe. Jesus, renunciando ao sólio do Altíssimo, veio conviver conosco e suportar-nos. Reconhecendo a nossa pequenez, renunciou à Sua grandeza. Para fazer-se entender, renunciou à Sua sabedoria transcendental.


sábado, 22 de junho de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: PRECIPITAÇÃO - PARA REFLEXÃO

Precipitação

    A precipitação responde por muitos males que afligem o homem. Um comportamento ansioso leva a estados de perturbação, geradores de sofrimentos perfeitamente evitáveis. Sob o estigma da ansiedade as atitudes são incorretas, fomentando resultados inadequados à edificação interior.
          O exercício da calma, por isso mesmo, faz-se imprescindível para uma jornada harmônica face às perplexidades que a vida moderna impõe. A calma ensina a esperar pelos resultados de qualquer realização, que não podem ser antecipados.
         O ritmo do tempo é inalterável, razão por que os acontecimentos sucedem naturalmente dentro de espaços que não podem ser modificados. À instância da precipitação o homem ouve e vê mediante óptica deformada, que mais o perturba, desde que obnubilandolhe o discernimento, precipita-o em despenhadeiros de infortúnio.
          Há tempo de semear, sendo, portanto, compreensível que chegará o tempo de segar. Inutilmente se pretenderá com êxito precipitar os fenômenos da vida, entre a germinação e a frutescência do grão. No campo moral, o mecanismo é equivalente. Cada fase tem um período próprio; cada ocorrência seu instante azado.
          Reúne as tuas forças morais na disciplina do equilíbrio, não precipitando sucessos que devem seguir o seu curso normal. Consciente de que somente te ocorrerá o que esteja na tua programação cármica, não sofras por antecipação, propiciando estados de ansiedade e amargura, que poderiam ser evitados. Quando suceder que o sofrimento desabe sobre ti, enfrenta-o com nobreza, sabendo que o mesmo se te faz necessário, como forma de crescimento para a vida e de recuperação pessoal, na contabilidade dos valores espirituais...
          Fixa-te nos ideais da beleza e do amor, sem te preocupares com as excentricidades em voga e acende a esperança nas almas, conduzindo as tuas aspirações superiores ao encontro da tua ressurreição ditosa. Nas ciladas que se te apresentem na senda, assume a atitude de fé e ora, prosseguindo com destemor, na certeza da vitória inquestionável que conseguirás.
            Disse Jesus: Somente caem as folhas das árvores pela vontade de Deus, demonstrando que toda ocorrência está subordinada a leis que comandam todos os fenômenos do Cosmo. Da mesma forma, sucedem no teu universo pessoal, acontecimentos a que fazes jus e de que necessitas.
            Tem, portanto, paciência e não te precipites nunca. Arrepender-te-ás pela decisão arroubada, ansiosa, e nunca por aquela que nasce da reflexão e da calma. Se parecer-te impossível suportar em paz os problemas que te angustiam, recorre à oração e deixa-te acalmar pela blandícia do intercâmbio entre ti, que rogas, e a Divindade que te responde, asserenando-te e poupando-te à precipitação.