Mostrando postagens com marcador LENDA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador LENDA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

LENDA: A LENDA DOS ÍNDIOS CHEROKEES - COM GABARITO

 Lenda: A lenda dos índios Cherokees

Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees? O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzo9f915Yed98YsD4OgsprLjhgVAW8uDOWBcRR7QwSA0XxdscXra6WKszHWYfn_gTE9Iy_UHAGARJoaHEg6JSZhwsiNbm3zwDU2KNelTHw93WW4z1hyutuF2BYjbhm1o2kxAuJyj0cTEft5jcnAuGoBhHHfuCMntwnGQ0FAZTiLHTIUTNUXL8CRlCSTOg/s1600/O-POVO-CHEROKEE-E-A-TRILHA-DE-L%C3%81GRIMAS-Imagem-3.jpg


O filho se senta sozinho no topo de uma montanha durante toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.

Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.

Ele não pode contar a experiência aos outros meninos, porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.

O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede.

O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele não remove a venda.

Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente...

Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava à noite inteira protegendo seu filho do perigo.

Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, ‘sentado ao nosso lado’.

Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.

Moral da história: Apenas porque você não vê Deus, não significa que ELE não esteja conosco. Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.

Entendendo o texto

01-O texto baseia-se em uma lenda indígena para transmitir uma visão religiosa. Qual a visão religiosa ensinada? Você concorda com a visão religiosa ensinada?

A visão religiosa ensinada é a de que Deus está sempre presente em nossas vidas, mesmo quando não o vemos. Ele nos protege e nos guia, especialmente em momentos de dificuldade. A lenda sugere que a fé em Deus é fundamental para superar os desafios e encontrar força interior.

02-Olhando apenas para a lenda indígena, qual o ensinamento eles queriam passar para os jovens que pretendiam se tornar homens?

A lenda busca transmitir a importância da coragem, da autoconfiança e da capacidade de enfrentar a solidão e o medo. Ao passar pela provação da noite solitária, o jovem aprende a confiar em si mesmo e a encontrar sua força interior.

03-Qual o sentido da palavra “venda” no trecho “venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho”?

A venda simboliza a ignorância, a incerteza e o medo do desconhecido. Ao ter os olhos vendados, o jovem é forçado a confiar em seus sentidos e em sua intuição.

04-No trecho “venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho”, o pronome possui o sentido de?

a-   olhos para o filho;

b-   olhos com o filho;

c-   olhos do filho;

d-   olhos pelo filho

05-No trecho “não pode remover a venda”, a palavra sublinhada pode ser substituída por?

A palavra "remover" pode ser substituída por "tirar", "retirar" ou "afastar".

06-A expressão “Finalmente...” indica:

a- adversidade;

b- conclusão;

c- explicação;

d- lugar

07- No trecho “Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.”, o adjetivo “horrível” caracteriza negativamente qual palavra?

O adjetivo "horrível" caracteriza negativamente a noite.

08-No trecho “Ele não pode contar a experiência aos outros meninos, porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo”, a palavra porque foi escrita de forma unida por se tratar:

a-   de uma explicação no meio do argumento;

b-   de um questionamento no início do argumento;

c-   de um questionamento no fim do argumento;

d-   de uma conclusão

9-Retire do texto argumentos que indicam PERIGO para o indígena.

   Animais selvagens, humanos mal-intencionados, insetos, cobras, frio, fome, sede.

10-Retire do texto argumentos que indicam PROTEÇÃO.

      O pai que vigia o filho durante a noite, a presença de Deus.

11-Retire do texto argumentos que indique CORAGEM do indígena.

     O jovem enfrenta a noite sozinho, com medo e incerteza, mas não remove a venda.

   12-Qual o segredo da lenda revelado no trecho “Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.”?

       O segredo revelado é que, mesmo quando estamos sozinhos e com medo, não estamos realmente sozinhos. Alguém nos ama e nos protege, como o pai que vigia o filho.

13-No trecho “Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo”, a passagem sublinhada expressa:

     a-   lugar;

     b- tempo;

    c - causa;

    d- explicação

14- A que ou a quem se referem as palavras sublinhadas?

        Referem-se a Deus.

15-No trecho “Talvez alguns humanos possam feri-lo.”, a palavra sublinhada expressa:

a-   adversidade;

b-   adição;

c-   possibilidade;

d-   incerteza

16-Assinale o único efeito de sentido não pertinente ao texto-discurso em análise:

a-   expressa uma concepção paternalista;

b-   expressa uma visão teocrática da vida;

c-   expressa uma crença no desamparo do ser;

d-   expressa a valorização de rituais

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

LENDA: ZUMBI VIVE - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

 Lenda: Zumbi vive

           Luís da Câmara Cascudo

        Na serra da Barriga, Alagoas, durante 63 anos viveram negros livres, no Quilombo dos Palmares. Fugiram de fazendas, engenhos, cidades e vilas e fundaram um Estado autônomo. Elegiam, vitaliciamente, um Zumbi, senhor da força militar e da lei tradicional. Não havia ricos nem pobres, furtos nem injustiças. Famílias nasceram e, com elas, cidadãos palmarinos.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivQ5rLFVzeY1RjOI0rQBs620R4x5_TtrjlShwipEiXKIENY43SmfPLxVL73YJN6ZowU9epDZnC5OKSl_eQ3c46S-FjIfFF_PA5A3TGOsVkaeE_fpFFRU4T_uPdtYlAz0VsMa0KY3mqylMrdLK7Pb6aV0kM_c_jj7n4NPbZWkYuKxabOy2GRyuj92MUbuU/s1600/ZUMBI.jpg

     No pátio central, aringa africana (campo fortificado), residia Zumbi. Ali, distribuía justiça, exercitava tropas, comandava festas e acompanhava o culto, religião espontânea, aculturação de catolicismo com rituais do continente negro. Atraia esperança de todos os escravos chibateados que, de todos os cantos, vinham para
se juntar a Zumbi.

        Em 1695, sete mil veteranos, comandados por grandes chefes de guerra, marcharam sobre Palmares. Zumbi venceu o combate. O inimigo recompunha-se, incendiava, prendia, trucidava.

        Quando a derradeira cerca se espatifou, Zumbi correu até o ponto mais alto, de onde o panorama era completo. Com seus companheiros, olhou o final da batalha. Brandiu a lança e saltou para o abismo. Seus generais o acompanharam, fiéis ao Rei e ao Reino vencidos. A data é dada como 20 de novembro de 1695.

        Em certos pontos da serra ainda estão visíveis as pedras negras das fortificações. E vive a lembrança do último Zumbi, Rei dos Palmares, guerreiro que viveu na morte seu direito de liberdade e de heroísmo.

        20/11 é o Dia Nacional da Consciência Negra.

Cascudo, Luís da Câmara. Lendas brasileiras. São Paulo: Global Editora, 2001. Almanaque. Brasil. São Paulo, n. 56, nov. 2003, p. 40.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 92.

Entendendo a lenda:

01 – Qual a importância do Quilombo dos Palmares na história do Brasil?

      O Quilombo dos Palmares representa um dos maiores símbolos de resistência à escravidão no Brasil. Foi um Estado livre, autossuficiente e democrático, onde negros fugidos construíram uma sociedade alternativa aos valores da colonização portuguesa.

02 – Quem era Zumbi e qual o seu papel no Quilombo dos Palmares?

      Zumbi era o líder militar e espiritual do Quilombo dos Palmares. Ele era responsável por liderar as tropas em batalhas contra os portugueses, tomar decisões importantes para a comunidade e manter a ordem interna do quilombo.

03 – Como era a vida no Quilombo dos Palmares?

      A vida no Quilombo dos Palmares era marcada pela liberdade, igualdade e autonomia. Os habitantes cultivavam a terra, criavam animais, praticavam suas próprias religiões e viviam em comunidade, sem a hierarquia social da sociedade escravista.

04 – Por que Zumbi e seus guerreiros escolheram a morte em vez da captura?

      A escolha pela morte demonstrava a profunda resistência e o amor à liberdade dos palmarinos. Preferiram a morte à escravidão e à submissão aos portugueses, perpetuando assim o legado de luta do quilombo.

05 – Qual o significado do dia 20 de novembro na história brasileira?

      O dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, foi instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra. Essa data serve para lembrar a luta dos negros escravizados no Brasil, celebrar a cultura afro-brasileira e promover a igualdade racial.

06 – Qual o legado de Zumbi dos Palmares para a sociedade brasileira atual?

      Zumbi é um símbolo de resistência, luta por liberdade e igualdade. Seu legado inspira movimentos sociais que buscam justiça social e racial, além de fortalecer a identidade negra no Brasil.

07 – Quais as principais características da religião praticada no Quilombo dos Palmares?

      A religião praticada no Quilombo dos Palmares era uma mistura de crenças africanas com elementos do catolicismo. Era uma religião sincrética, que expressava a espiritualidade dos africanos escravizados e permitia a manutenção de suas tradições culturais.

 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

LENDA: O UAPÉ - LENDA INDÍGENA DO UAPÉ - COM GABARITO

 Lenda: O Uapé – Lenda indígena do Uapé.

        Pita e Moroti amavam-se muito; e, se ele era o mais esforçado dos guerreiros da tribo, ela era a mais gentil e formosa das donzelas. Porém, Nhandé Iara não queria que eles fossem felizes. Por isso, encheu a cabeça da jovem de maus pensamentos e instigou a sua vaidade.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhJXYPBUdIQhg60MzMKtLCpaqjaFvafCSRkY2XZjRV0UVXHKF0xOv_cUL2NmLccssC5evLHYZzddymjoa1MnX7JwHLZQGXopZbM_SNBwdz0Z5g9djb9ltMH20DgHwcAAVeb_VeGAaI6lp9bBnsrc55t_qUKqcZXHoel8Latb31LQ5sIxz2HQOj5uLITJg/s320/UAP%C3%89.jpg


        Uma tarde, na hora do pôr do sol, quando vários guerreiros e donzelas passeavam pelas margens do rio Paraná, Moroti disse:

        — Querem ver o que este guerreiro é capaz de fazer por mim? Olhem só!

        E, dizendo isso, tirou um de seus braceletes e atirou-o na água. Depois, voltando-se para Pita, que como bom guerreiro guarani era um excelente nadador, pediu-lhe que mergulhasse para buscar o bracelete. E assim foi.

        Em vão esperaram que Pita retornasse à superfície. Moroti e seus acompanhantes, alarmados, puseram-se a gritar. Mas era inútil, o guerreiro não aparecia.

        A desolação logo tomou conta de toda a tribo. As mulheres choravam e se lamentavam, enquanto os anciãos faziam preces para que o guerreiro voltasse. Só Moroti, muda de dor e de arrependimento — como que alheia a tudo —, não chorava.

        O pajé da tribo, Pegcoé, explicou o que ocorria. Disse ele, com a certeza de quem já tivesse visto tudo:

        — Agora Pita é prisioneiro de I Cunhã Pajé. No fundo das águas, Pita foi preso pela própria feiticeira e conduzido ao seu palácio. Lá, Pita esqueceu-se de toda a sua vida anterior, esqueceu-se de Moroti e aceitou o amor da feiticeira; por isso não volta. É preciso ir buscá-lo. Encontra-se agora no mais rico dos quartos do palácio de I Cunhã Pajé. E se o palácio é todo de ouro, o quarto onde Pita se encontra agora, nos braços da feiticeira, é todo feito de diamantes. E dos lábios da formosa I Cunhã Pajé, que tantos belos guerreiros nos tem roubado, ele sorve esquecimento. É por isso que Pita não volta. É preciso ir buscá-lo.

        — Eu vou! — exclamou Moroti — Eu vou buscar Pita!

        — Você deve ir, sim — disse Pegcoé. — Só você pode resgatá-lo do amor da feiticeira. Você é a única! Se de fato o ama, é capaz de vencer, com esse amor humano, o amor maléfico da feiticeira. Vá, Moroti, e traga Pita de volta!

        Moroti amarrou uma pedra aos seus pés e atirou-se ao rio.

        Durante toda a noite a tribo esperou que os jovens aparecessem; as mulheres chorando, os guerreiros cantando e os anciãos esconjurando o mal.

        Com os primeiros raios da aurora, viram flutuar sobre as águas as folhas de uma planta desconhecida: era o uapé (vitória-régia). E viram aparecer uma flor muito linda e diferente, tão grande, bela e perfumada como jamais se vira outra na região.

        As pétalas do meio eram brancas e as de fora, vermelhas. Brancas como o nome da donzela desaparecida: Moroti. Vermelhas como o nome do guerreiro: Pita. A bela flor exalou um suspiro e submergiu nas águas.

        Então, Pegcoé explicou aos seus desolados companheiros o que ocorria:

        — Alegria, meu povo! Pita foi resgatado por Moroti! Eles se amam de verdade! A malévola feiticeira, que tantos homens já roubou de nós para satisfazer o seu amor, foi vencida pelo amor humano de Moroti. Nessa flor que acaba de aparecer sobre as águas, eu vi Moroti nas pétalas brancas, que eram abraçadas e beijadas, como num rapto de amor, pelas pétalas vermelhas. Estas representam Pita.

        E são descendentes de Pita e Moroti estes belos uapés que enfeitam as águas dos grandes rios. No instante do amor, as belas flores brancas e vermelhas do uapé aparecem sobre as águas, beijam-se e voltam a submergir.

        Elas surgem para lembrar aos homens que, se para satisfazer um capricho da mulher amada um homem se sacrificou, essa mulher soube recuperá-lo, sacrificando-se também por seu amor. E, se a flor do uapé é tão bela e perfumada, isso se deve ao fato de ter nascido do amor e do arrependimento.

BRASIL. Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. Brasília: MEC, 2000, p. 123-125. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 18 fev. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 76-78.

Entendendo a lenda:

01 – Qual era a relação de Pita e Moroti?

      Pita e Moroti eram um casal que se amava muito.

02 – O que Nhandé Iara fez para que Pita e Moroti não fossem felizes?

      Nhandé Iara encheu a cabeça de Moroti de maus pensamentos e instigou a sua vaidade.

03 – Em sua opinião, qual seria o provável motivo para Nhandé Iara não querer que o casal fosse feliz?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provavelmente, ela tinha inveja da felicidade do casal e, por isso, não queria mais que fossem felizes.

04 – Por que Moroti atirou seu bracelete na água?

      Moroti, movida por sua vaidade, queria provar que Pita faria tudo por ela. assim, jogou o bracelete na água para que ele mergulhasse e resgatasse o objeto de sua amada.

05 – O que aconteceu com Pita quando mergulhou no rio?

      Ele foi feito prisioneiro por I Cunhã Pajé, uma feiticeira malévola.

06 – Por que Moroti era a única que poderia salvar Pita?

      Porque ela o amava e, segundo a lenda, somente o amor humano seria capaz de vencer o amor maléfico da feiticeira.

07 – De acordo com a lenda, por que as pétalas do uapé são brancas e vermelhas?

      As pétalas brancas fazem referência ao nome de Moroti e as vermelhas fazem referência ao nome de Pita.

08 – Quais palavras foram usadas na lenda para caracterizar Pita?

      Esforçado, bom, excelente nadador.

09 – Quais palavras foram usadas na lenda para caracterizar Moroti?

      Gentil, formosa.

LENDA: DA GALINHA D'ANGOLA - LARISSA GIACOMETTI PARIS - COM GABARITO

 Lenda: Da Galinha D'Angola

            Larissa Giacometti Paris

        Há muito tempo, em uma época na qual ainda não se contavam os anos, as aves viviam felizes nas florestas do continente africano. Em um certo momento, contudo, a inveja tomou conta delas, tornando a convivência intolerável.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQOPX-dhSLpgZmuQxKjyBmjWQNAWwranriRfy0aoh8Zctty9dBoZ0BfXBMu1ZKfkAjQprnpKEJmREZvob1T1XBJrDjmPnLGHHfg6lmAJRVQXkew_ubKhyJkuRU4ei0AcdhpfOcArb5THjtbgz1-eT-n_8sf_vC_TP6x_65DBj6hsN3Ro8mCqAk8etjsI0/s320/ANGOLA.jpg


        Isso ocorreu porque grande parte das aves começou a invejar a família do melro, um pássaro muito bonito. O macho contava com belas penas negras e um bico amarelo alaranjado e, por onde passava, todos o admiravam, querendo ser iguais a ele. A fêmea, por sua vez, tinha o dorso preto, o peito pardo-escuro, malhado de pardo-claro, e o papo com manchas esbranquiçadas. Ela causava inveja maior ainda, tamanha era sua beleza.

        O melro, sendo um pássaro vaidoso e ciente de sua beleza, fez uma promessa a todas as aves que o invejavam: se elas o obedecessem, ele usaria seus poderes mágicos para torna-las também belas, com plumagens negras e brilhantes.

        Entretanto, embora tenham concordado com a exigência, logo os pássaros começaram a desobedece-lo. Então, o melro ficou furioso e, como forma de vingança, vociferou uma praga às aves, dando-lhe cores e aspectos diferentes.

        Para a galinha d’Angola, o melro disse, em sua praga, que ela seria magra e sentiria uma fraqueza permanente. O poderoso pássaro tornou o corpo da galinha d’Angola pintado igual ao corpo de um leopardo. O objetivo é que ela fosse devorada por esses felinos, que se incomodariam ao se depararem com outro animal que tivesse um corpo belo pintado de uma forma similar ao deles. com isso, o melro ansiava que a galinha d’Angola fosse responsabilizada por sua inveja. E foi isso que ocorreu.

        Desde então, a galinha d’Angola reclama constantemente que está “fraca, fraca”. Mas, mesmo com as pernas magrinhas, consegue fugir de seus caçadores, sendo muito difícil alcançá-la. O melro, porém, não foi capaz de acabar com a esperteza dessa ave! Suas penas coloridas são sempre manchadinhas com bolinhas brancas, tornando as galinhas d’Angola aves extremamente belas.

PARIS, Larissa Giacometti. (Lenda africana adaptada pela autora).

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 61-62

Entendendo a lenda:

01 – Qual foi o sentimento que acabou com a felicidade na vida nos campos e nas florestas africanas?

      A felicidade na vida nos campos e nas florestas africanas acabou devido ao sentimento da inveja.

02 – De quem os pássaros passaram a ter inveja? E por que, segundo o texto, isso acontecia?

      Os pássaros passaram a ter inveja do melro, pela beleza desse pássaro.

03 – Quais características do melro podem ser percebidas a partir da leitura do terceiro parágrafo da lenda?

      O melro é vaidoso, autoritário, possuidor de poderes mágicos e vingativo.

04 – O que o melro prometeu a todas as aves?

      O melro prometeu que, caso todas as aves o obedecessem, ele usaria seu poder para torna-las negras e com plumagem brilhante.

05 – O que causou a fúria do melro?

      O melro ficou furioso com a desobediência dos pássaros.

06 – Como seria a transformação da galinha d’Angola feita pelo melro?

      A galinha d’Angola seria magra e com fraqueza constante, além de ter o corpo pintado como o do leopardo.

07 – De acordo com a lenda, por que o leopardo desejaria devorar a galinha d’Angola após a sua transformação?

      O leopardo desejaria devorá-la por não suportar ver outro animal com o corpo pintado e tão belo como o dele.

08 – Como você define os sentimentos de inveja e de vaidade expressos na lenda?

a)   Inveja: Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O sentimento de inveja não é bom e deve ser controlado. No caso do texto, a inveja tornou a convivência ruim entre os animais.

b)   Vaidade: Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A vaidade pode fazer com que as pessoas se achem melhores que as outras.

 

LENDA: DO SAPO E A COBRA - LARISSA GIACOMETTI PARIS - COM GABARITO

 Lenda: Do Sapo e a Cobra

        Essa lenda conta sobre a amizade entre um sapo e uma cobra.

        Certo dia, um sapo estava caminhando e avistou um animal fino, comprido e brilhante. O sapo perguntou:

        — Oi! que você faz estirada pela estrada?

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn8hVHpoU2LF-9ttgR0-hrdYTseXdLlOHD30ylJJjnpY_R2WeLxb8HeOF42ghqKkxXgV4DLQaP5cOSDZUUA1_QMqaiYwZ4rSQBI9d37Tcqj8am3FDkMKJMK3AMjxiY8Qchi5-VBZ2aaxLAHxy5l1XEa51Pd2bQMCUXs2J5HXJYVbFn8flT9GY07L1IAOI/s320/O%20SAPO%20E%20A%20COBRA.jpg


        A cobra respondeu:

        — Estou tomando um solzinho. Sou uma cobra e você?

        — Eu sou um sapo. Você gostaria de brincar?

        A cobra aceitou e eles brincaram a tarde toda. A cobra ensinou o sapo a rastejar e subir nas árvores e o sapo ensinou a cobra a pular. Eles se divertiram muito e ao final do dia cada um foi pra sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.

        Quando o sapo encontrou sua mãe, contou o que tinha acontecido, que conheceu uma cobrinha e ficaram amigos. Sua mãe não gostou e falou:

        — Você devia saber que a família da cobra não é legal. Eles são venenosos! Não quero mais que brinque com cobras e nem rasteje por aí!

        A cobra quando chegou em casa mostrou à sua mãe que sabia pular e disse que foi o sapo que a ensinou. Sua mãe também não gostou e disse:

        — Nós, cobras não temos amizade com sapos, eles servem apenas como comida. Não quero que brinque com o sapo. E pare de pular!

        Quando se encontraram, a cobra pensou em devorar o sapo, mas depois se lembrou daquela tarde de brincadeiras e correu para o mato.

        A partir de então eles não brincaram mais, mas sempre ficam estirados no sol pensando no dia em que foram amigos.

PARIS, Larissa Giacometti. (Lenda africana adaptada pela autora).

Entendendo a lenda:

01 – Qual foi a reação inicial do sapo ao ver a cobra pela primeira vez?

      O sapo ficou curioso ao ver um animal fino, comprido e brilhante estirado pela estrada e perguntou o que ela estava fazendo.

02 – O que a cobra estava fazendo quando o sapo a encontrou?

      A cobra estava tomando um solzinho quando o sapo a encontrou.

03 – Quais habilidades o sapo e a cobra ensinaram um ao outro durante a brincadeira?

      A cobra ensinou o sapo a rastejar e subir nas árvores, enquanto o sapo ensinou a cobra a pular.

04 – Como as mães do sapo e da cobra reagiram ao saber da nova amizade de seus filhos?

      Ambas as mães desaprovaram a amizade: a mãe do sapo disse que a família da cobra era venenosa e perigosa, e a mãe da cobra disse que cobras não devem ser amigas de sapos, pois eles são presas naturais.

05 – Qual foi o dilema que a cobra enfrentou ao reencontrar o sapo?

      A cobra inicialmente pensou em devorar o sapo, mas se lembrou da tarde de brincadeiras e decidiu correr para o mato, deixando o sapo em paz.

06 – Por que o sapo e a cobra decidiram não brincar mais juntos?

      O sapo e a cobra decidiram não brincar mais juntos devido às ordens de suas mães e ao reconhecimento do perigo potencial em sua amizade.

07 – O que o sapo e a cobra costumam fazer ao lembrar do dia em que foram amigos?

      O sapo e a cobra costumam ficar estirados no sol, pensando na tarde em que foram amigos e nas brincadeiras que compartilharam.

 

LENDA: DA GIRAFA E RINOCERONTE - LARISSA GIACOMETTI PARIS - COM GABARITO

 Lenda: Da Girafa e Rinoceronte

        A lenda da girafa é uma dessas histórias que explicam a natureza. Nela, conta-se o motivo desse animal ter o pescoço tão longo.

        Segundo a lenda, a girafa era um animal com um pescoço normal, assim como o de outros bichos. Até que houve um período de seca terrível, em que os animais já haviam comido todas as ervas rasteiras e precisavam andar muito para conseguir beber água.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ZBsju-ndziaMNCYNUcAz9l42-LEfMGLoLIvMFQBTlUAY6_-TzfzysRLyTZNlVTiO6NEcVBEynB0MBG15sNGDKLDTg5gZrsdsr6E0l5wPWrfg63HJ-odt-cToU42z3DaoKjzRHze8hOPXTtquCeBaloQQYjSXhZgiU4Mi2qYBt9lQ-EiaAnCBwpjukJI/s320/GIRAFA.jpg


        Um dia, em uma dessas andanças em busca de água, a girafa encontrou um rinoceronte e os dois começaram a lamentar-se. A girafa disse, então:

        — Veja só, amigo... Muitos animais escavando o chão em busca de alimento, tudo está tão seco, mas as acácias continuam verdes.

        O rinoceronte concordou. E a girafa prosseguiu:

        — Seria maravilhoso poder comer essas folhagens que se encontram no alto das copas. É uma pena que não possamos subir nas árvores.

        O rinoceronte então teve uma ideia:

        — E se fôssemos falar com o feiticeiro? Ele é muito poderoso e pode ajudar.

        A girafa adorou a ideia e eles foram até a casa do feiticeiro explicar o que gostariam.

        O feiticeiro disse que isso seria muito fácil e pediu para que ambos voltassem no dia seguinte para que ele lhes desse uma poção a fim de que seus pescoços e pernas crescessem e pudessem alcançarem as folhas macias da acácias.

        No outro dia, a girafa foi até a casa do feiticeiro, mas o rinoceronte não compareceu pois estava muito feliz comendo algumas ervas que tinha encontrado pelo caminho.

        O feiticeiro ofereceu o feitiço apenas à girafa e sumiu.

        A girafa comeu a poção mágica e logo começou a sentir suas pernas e pescoço alongando-se. Ela sentiu-se tonta, mas quando abriu os olhos percebeu como tudo estava diferente.

        Logo avistou uma acácia e pode se deliciar com suas folhas verdinhas.

        O rinoceronte de repente se lembrou do compromisso e correu até a casa do feiticeiro em busca da poção, mas já era tarde e não havia mais poção. Ele ficou furioso, pois imaginou que tivesse sido enganado.

        Desde então passou a perseguir o feiticeiro pela floresta e corre atrás também de todas as pessoas que cruzam seu caminho.

PARIS, Larissa Giacometti. (Lenda africana adaptada pela autora).

Entendendo a lenda:

01 – Qual era a condição inicial da girafa e do rinoceronte na lenda?

      A girafa e o rinoceronte tinham pescoços e pernas normais, assim como outros animais.

02 – O que motivou a girafa e o rinoceronte a buscar ajuda do feiticeiro?

      A terrível seca que consumiu todas as ervas rasteiras, deixando apenas as folhas das acácias verdes e inacessíveis, motivou a girafa e o rinoceronte a buscar ajuda.

03 – Qual foi a ideia do rinoceronte para resolver o problema da falta de alimento?

      O rinoceronte sugeriu que eles fossem falar com o feiticeiro, acreditando que ele poderia ajudar a alcançar as folhas das árvores altas.

04 – O que o feiticeiro prometeu aos animais?

      O feiticeiro prometeu que poderia fazer seus pescoços e pernas crescerem, permitindo que alcançassem as folhas das acácias, e pediu que voltassem no dia seguinte para receber a poção mágica.

05 – Por que apenas a girafa recebeu a poção mágica do feiticeiro?

      Apenas a girafa recebeu a poção mágica porque o rinoceronte não compareceu no dia combinado, distraído por algumas ervas que encontrou pelo caminho.

06 – O que aconteceu com a girafa depois de tomar a poção mágica?

      Depois de tomar a poção mágica, a girafa começou a sentir suas pernas e pescoço alongando-se, permitindo que ela alcançasse e se deliciasse com as folhas verdes das acácias.

07 – Como o rinoceronte reagiu ao descobrir que perdeu a oportunidade de tomar a poção?

        O rinoceronte ficou furioso ao perceber que havia perdido a oportunidade de tomar a poção e passou a perseguir o feiticeiro pela floresta, além de correr atrás de todas as pessoas que cruzam seu caminho, acreditando ter sido enganado.

 

 

LENDA: UBUNTU - COM GABARITO

 Lenda: Ubuntu

        Essa é uma belíssima lenda africana que aborda valores sobre cooperação, igualdade e respeito.

        Conta-se que um antropólogo, ao visitar uma tribo africana, quis saber quais eram os valores humanos básicos daquele povo. Para isso, ele propôs uma brincadeira às crianças.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEErfAsyDKqWSfUAJ4rY5ijxtThRjB1UfUX06BbmtHU7Pco3Vl5Fufsxpv6W0GeNTBRrDMrS89cHuw2sbtfAfKuvBSZpJzTANOoJkvEY_lhjfq3CYTquwB66HLW8Zh3kuewreUgncRDdrWpye7Vu88w6-Q7I1Dv0QOyybqjR-QXAVSCr9AD8Thyphenhyphen-np59E/s1600/filosofia-ubuntu-lenda-africana-232x250.jpg

        Ele então colocou uma cesta cheia de frutas embaixo de uma árvore e disse para as crianças que a primeira que chegasse até a árvore poderia ficar com a cesta.

        Quando o sinal foi dado, algo inusitado ocorreu. As crianças correram em direção à árvore todas de mãos dadas. Assim, todas chegaram juntas ao prêmio e puderam desfrutar igualmente.

        O homem ficou bastante intrigado e perguntou:

        — Por que vocês correram juntos se apenas um poderia ganhar todas as frutas?

        Ao que uma das crianças prontamente respondeu:

        — Ubuntu! Como um de nós poderia ficar feliz enquanto os outros estivessem tristes?

        O antropólogo ficou então emocionado com a resposta.

        “Ubuntu” é um termo da cultura Zulu e Xhosa que quer dizer "Sou quem sou porque somos todos nós". Eles acreditam que com cooperação se alcança a felicidade, pois todos em harmonia são muito mais plenos.

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/lendas-africanas/. Acesso em: 16 fev. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 63-64.

Entendendo a lenda:

01 – Explique a associação entre o termo “Ubuntu” e o que ocorreu no final da história.

      “Ubuntu”, na cultura Zulu e Xhosa, significa “sou quem sou porque somos todos nós”, evidenciando que com a cooperação se alcança a felicidade.

02 – Pense em uma situação de cooperação na escola que dependa de um grande esforço integrado e da união de todos para que seja realizada. Explique o que seria e como, com a participação de todos, isso poderia acontecer.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: uma campanha, na escola, para a arrecadação de agasalhos durante o inverno, por exemplo, depende da cooperação de todos para que seja realizada.

03 – No trecho: O homem ficou bastante intrigado e perguntou:”. Imagine que, no lugar do substantivo homem, estivesse o substantivo mulher. Como ficaria a frase?

      A mulher ficou bastante intrigada e perguntou:

04 – Qual era o objetivo do antropólogo ao visitar a tribo africana e propor uma brincadeira às crianças?

      O antropólogo queria saber quais eram os valores humanos básicos daquele povo. Para isso, ele propôs uma brincadeira às crianças, onde a primeira que chegasse a uma árvore ganharia uma cesta cheia de frutas.

05 – O que aconteceu quando o sinal foi dado para as crianças correrem em direção à cesta de frutas?

      Quando o sinal foi dado, as crianças correram todas de mãos dadas em direção à árvore. Dessa forma, todas chegaram juntas ao prêmio e puderam desfrutar igualmente da cesta de frutas.

06 – Por que as crianças decidiram correr juntas, em vez de competir individualmente?

      Uma das crianças respondeu que fizeram isso por causa do "Ubuntu". Ela explicou que não seria justo e ninguém poderia ficar feliz enquanto os outros estivessem tristes. Eles preferiram compartilhar a alegria e a recompensa.

07 – Como o antropólogo reagiu à explicação das crianças sobre o conceito de Ubuntu?

      O antropólogo ficou emocionado com a resposta das crianças. Ele compreendeu a profundidade do valor de Ubuntu, que representa uma filosofia de vida baseada na solidariedade e na cooperação entre as pessoas.