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sábado, 14 de maio de 2022

POEMA: AI, DONA FEA! FOSTE-VOS QUEIXAR - JOAN GARCIA DE GUILHADE - COM GABARITO

 Poema: Ai, dona fea! Foste-vos queixar

           Joan Garcia de Guilhade 

Ai, dona fea! Foste-vos queixar

porque vos nunca louv’ en meu trobar;

mais ora quero fazer um cantar

en que vos loarei toda via;

e vedes como vos quero loar:

dona fea, velha e sandia!

 

Dona fea! se Deus mi perdon!

pois avedes tan gran coraçon

que vos eu loe, en esta razon,

vos quero ja loar toda via;

e vedes qual será a loaçon:

dona fea, velha e sandia!

 

Dona fea, nunca vos eu loei

en meu trobar, pero muito trobei;

mais ora ja un bon cantar farei,

en que vos loarei toda via;

e direi-vos como vos loarei:

dona fea, velha e sandia!

      GUILHADE, Joan Garcia de. In: SPINA, Segismundo. Presença da literatura portuguesa, op. cit.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 70-1.

Entendendo o poema:

01 – Como o eu lírico se refere à mulher para quem ele canta?

      Ela é tratada por “dona fea”.

02 – A cantiga parece ser resposta a uma queixa feita pela mulher. Qual pode ter sido essa queixa?

      Ela provavelmente reclamou do fato de o eu lírico nunca ter feito uma cantiga para louvá-la, para declarar-lhe sua admiração.

03 – Como o eu lírico responde à queixa?

      Em vez de destacar-lhe as qualidades, ele a chama de feia, velha e louca.

04 – Podemos saber quem é a mulher a quem o eu lírico se refere? Por quê?

      Não, porque o nome dela não é mencionado.

05 – No caderno, complete a frase com a proposição correta: O eu lírico do poema coloca-se diante da mulher...

     De maneira altiva e desrespeitosa, como se fosse muito melhor que ela.

·        De maneira humilde, submissa, como se estivesse nas mãos dela.