CRÔNICA: BOMBOU NA REDE
A turma que finge que o Brasil
é o paraíso da igualdade racial deu “piti” na internet. Um
esquete do programa “Tá no Ar”, do humorista Marcelo Adnet, causou arrepios ao
discutir o racismo no país. O roteiro intitulado “Ser Branco Brasil” faz uma
paródia de comercial do Banco do Brasil, evidenciando os privilégios dos
brancos: “Eu tive acesso às melhores escolas e universidades
(...) Eu tenho acesso aos melhores empregos, às melhores oportunidades e,
claro, tenho sempre os melhores salários” , afirmam os
personagens centrais, todos eles homens ou mulheres brancas de
alto poder aquisitivo.
In: Brasil de Fato, p 3.
Entendendo o texto
01-Ao dizer “a turma que finge
que o Brasil é o paraíso da igualdade racial”, o jornal sugere:
a- que ninguém acredita que
haja racismo no Brasil;
b- que os racistas
brasileiros são dissimulados;
c- que os racistas brasileiros
são abertamente declarados
2-A expressão deu “piti”
na internet sugere:
a- apreciação positiva do
quadro humorístico do programa “Tá no Ar”;
b- comentários
irritados acerca do quadro humorístico do programa “Tá no Ar”;
c- muitos risos acerca do quadro humorístico do
programa “Tá no Ar”
03-A palavra esquete
usada no texto possui como conceito qual das duas alternativas abaixo:
a- é uma peça de
curta duração, geralmente de caráter cômico, produzida para teatro, cinema,
rádio ou televisão. Os temas para os esquetes são variados, mas geralmente
incluem paródias sobre política, cultura e sociedade.
b- Conjunto de depoimentos ou
de pesquisas com o intuito de esclarecer uma questão, geralmente organizado por
uma autoridade, por um jornal, por uma empresa privada ou por uma organização
pública; pesquisa de opinião.
04- A palavra paródia usada
no texto possui como explicação qual das duas alternativas abaixo:
a- É um texto que faz uma
espécie de imitação do discurso original, ainda que recorrendo a uma linguagem
diferente.
b- É a recriação de
um texto, geralmente célebre, conhecido, uma reescritura de caráter
contestador, irônico, zombeteiro, crítico, satírico, humorístico, jocoso.
05-A paródia “Ser branco no
Brasil – Há mais de 500 anos levando vantagem” sugere quais efeitos de sentidos?
Explique.
A paródia sugere que os brancos no Brasil têm mantido uma posição de
privilégio e vantagem social, econômica e política desde a colonização do país.
Este privilégio é histórico e continua a influenciar as desigualdades raciais
contemporâneas, evidenciando a falta de igualdade racial no Brasil.
06-No esquete apresentado, o
que proporciona “vantagens sociais” às pessoas seria?
a- o fato de ser rico;
b- o fato de ser cliente do
Banco do Brasil;
c- o fato de ser
branco;
d- o fato de estar aqui há 500
anos
07-Retire do texto um discurso
que revele privilégio social.
“Eu tive acesso às melhores escolas e universidades (...) Eu tenho acesso aos melhores empregos, às melhores oportunidades e, claro, tenho sempre os melhores salários.”
08-Uma das críticas sociais de
fundo do texto-discurso em análise é:
a- a igualdade histórica entre
brancos e negros brasileiros;
b- o privilégio
histórico que os brancos brasileiros sempre possuíram em relação aos negros
brasileiros;
c- o fingimento de que não há
racismo no Brasil
09-O título BOMBOU NA REDE
sugere:
a- sucesso na internet;
b- grande
repercussão na internet;
c- grande polêmica na internet.
10-A que ou a quem se referem
as palavras grifadas no texto em questão?
"eles"
refere-se aos personagens centrais da paródia, que são homens e mulheres
brancos de alto poder aquisitivo.
"piti"
refere-se aos comentários irritados e à reação negativa que a paródia causou na
internet.
11-No trecho “mulheres
brancas de alto poder aquisitivo”, o adjetivo grifado
caracteriza-qualifica positivamente a palavra?
a-
mulheres;
b-
brancas;
c-
poder;
d-
aquisitivo.
12-Produza um texto discutindo
se você considera que no Brasil há igualdade ou desigualdade racial.
O Brasil, apesar de ser um país multicultural e etnicamente diverso,
enfrenta profundas desigualdades raciais que permeiam diversos aspectos da
sociedade. Historicamente, a população negra foi submetida à escravidão e, mesmo
após a abolição, continuou a ser marginalizada e a ter acesso limitado a
direitos e oportunidades. Essa desigualdade manifesta-se de várias formas: na
educação, onde estudantes negros têm menos acesso às melhores escolas e
universidades; no mercado de trabalho, onde enfrentam maiores dificuldades para
conseguir empregos bem remunerados; e na segurança pública, onde a violência
policial afeta desproporcionalmente os jovens negros.
Políticas de ação afirmativa, como cotas raciais em universidades e
concursos públicos, têm sido implementadas para tentar reduzir essas
desigualdades, mas ainda há um longo caminho a percorrer. A percepção de que o
racismo não é um problema no Brasil contribui para a perpetuação dessas
desigualdades, pois minimiza a necessidade de ações mais efetivas e
abrangentes.
O esquete "Ser Branco no Brasil" do programa "Tá no
Ar" de Marcelo Adnet expõe esses privilégios e a hipocrisia de quem
acredita que o Brasil é uma democracia racial. A reação negativa ao esquete,
mencionada na crônica, revela a resistência de parte da sociedade em reconhecer
e confrontar o racismo estrutural. Portanto, é essencial continuar discutindo e
expondo essas desigualdades para promover uma sociedade mais justa e
igualitária.
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