Textos
para as questões de 01 a 03.
Texto 1
Eliane Brum
"Começo
a escrever dentro de mim. Vou ao computador com o texto já em mim. Resolvo os
meus conflitos pela escrita" Tanto na reportagem como na ficção começo a
escrever dentro de mim. Sou intuitiva na minha escrita. Dificilmente tenho
bloqueios, porque quando vou para o computador a história já está dentro de
mim. O processo é como uma gestação. A reportagem começa em um movimento
interno de esvaziamento - da visão de mundo, dos preconceitos, dos julgamentos.
Sei que nunca vou me esvaziar por completo - não podemos esquecer que somos
seres históricos. Volto preenchida pela voz que é do outro, pela história do
outro. [...] Na ficção é outro processo: o de ser possuído pela própria voz,
pelas vozes do seu subterrâneo que você nem sabia que tinha. Também é uma apuração
- dos seus interiores. Ela também começa dentro de mim. É um processo
totalmente solitário. É preciso aguentar a angústia. […]
Texto 2
Stella Florence
"Escrever é cortar o ego do escritor. A
técnica deve misturar-se à criação sem que percebamos". Há uma frase
atribuída ao Rubem Fonseca que considero perfeita: "Escrever é um
labirinto cuja dificuldade não é encontrar a saída, mas a entrada". Quando
se encontra a entrada do texto, tem-se tudo - e não há como forçar esse
encontro. Eu costumava organizar notas, blocos, cadernos, até perceber que eu
jamais esquecia o que realmente iria virar texto. Agora eu deixo que a memória
funcione como um filtro. [...] Não tenho manias ou necessidades externas.
Preciso apenas de concentração (isso pode acontecer em casa, num aeroporto, num
bar, desde que não falem comigo). [...]
Texto 3
Xico Sá
Nessa correria de hoje está todo mundo com
déficit de atenção. Uma boa abertura é fundamental para abrir a porta ao
leitor. Sem um bom começo há mais dificuldade na leitura. Penso numa frase de
maior impacto para prender o leitor. A linguagem com termos pouco usuais
funciona, chama a atenção. No texto de internet, que é para o povo mais
apressado ainda, jogo adiante dois ou três significados do termo, até brincando
com ele. Para livros não tenho essa preocupação, pois imagino um leitor com
mais reflexão, que possa ter o entendimento por ele mesmo. São expressões às
vezes regionais, que eram usuais no português em desuso. [...] Inspiro-me tanto
em Graciliano Ramos, pela secura do texto, como em Nelson Rodrigues, pelo
contrário: por adjetivar, não ter medo do derramamento. [...] Há também a
preocupação de fechar com boas frases. Não deixo o leitor sem uma satisfação
final. [...]
Disponível
em: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=10533. Acesso em
agosto de 2013. (Adaptado)
QUESTÃO 01.
Cada escritor procura estratégias
(especificidades linguísticas e estilísticas, etc) na hora de escrever um
texto. Nos três excertos, identificamos uma característica comum entre eles:
A) a
concentração no ato de escrita e reescrita do texto
B) o
estilo, que é pessoal e intransferível no ato de escrita
C) a criatividade, como elemento importante no processo de escrita
D) o
tempo, cujo trabalho é solitário e cheio de manias no processo de escrita
QUESTÃO 02.
Os
autores citados apontam o tempo, a paciência e a técnica como elementos
necessários no processo de criação de um texto.
Assinale a alternativa CORRETA.
A) Eliane Brum tem uma preparação emocional e
afetiva anterior ao processo de escrita. Na produção de ficção, ela procura se
envolver em questões que abarcam juízos de valores para, em seguida,
empreender-se no processo solitário de escrita do texto.
B) Stella Florence diz que o mais difícil na
escritura de um texto não é a sua finalização, mas o início. Sistematizar os
passos que antecedem o momento inicial é pré-requisito para que a memória
funcione.
C) Xico Sá utiliza como estratégias para atrair a atenção do leitor
frases boas e de impacto. Acredita que para cada tipo de texto, considerando
sua circulação (internet, impresso, etc), é preciso atenção nas estratégias que
deverá utilizar para prender o leitor.
D)
Eliane Brum e Stella Florence apresentam pontos convergentes quando citam que o
ofício da escrita deve se juntar à sua criação. Ademais, asseguram que a
escrita é um ato de organização do raciocínio lógico.
QUESTÃO 03.
A linguagem tem objetivos a alcançar:
informar, exprimir emoções, interagir, convencer, entre outros.
Assinale a alternativa CORRETA quanto à função
da linguagem, utilizada pelos autores dos textos.
A) O primeiro autor apresenta uma linguagem
centrada no emissor e tem como objetivo explicar e persuadir o leitor de suas
impressões pessoais a respeito do ato de escrever um bom texto.
B) O segundo autor apresenta uma linguagem
centrada na primeira pessoa. É apelativa e intenciona influenciar o leitor nos
hábitos de escrita com o objetivo de comovê-lo para uma mudança.
C) O
terceiro texto evidencia a subjetividade na forma de interagir com o leitor, ao
recorrer a conceitos gerais sobre a composição de estratégias para atrair o
leitor.
D) O primeiro e o segundo texto estão centrados na primeira pessoa.
Têm como característica o uso de recursos expressivos para dar mais força e
intensidade ao que se diz.
Texto
para as questões de 04 a 08.
Onde comprar estantes de livros?
1 Em
1970, voltando do meu doutoramento, comecei a montar casa no Rio de Janeiro.
Logo notei que as lojas não ofereciam estantes de livros. Havia estantes de
tudo, menos de livros. Diante do orçamento apertado, descobri uma solução. Por
serem feitas em série, escadas de subir em postes de luz são muito baratas. Com
elas e mais tábuas – para colocar os livros – resolvi o problema. Quando fui
morar em Brasília, em 1980, foi a mesma coisa, pois nas lojas só havia estantes
profundas, para jarras ou processos administrativos. Para livros, nem pensar.
Comprei sólidas tábuas de mogno e fiz minha linda estante. Recentemente, com
mudanças de escritório, precisei novamente de estantes. Debalde, peregrinei por
Tok & Stok, Walmart e Leroy Merlin. Eram as mesmas de antes, para bibelôs e
jarros. Para livros, ou são horrendas e mal-acabadas ou são os precários
trilhos verticais, com mãos francesas de encaixe duvidoso. Acabei comprando
gôndolas de quitanda, no mesmo gênero. Por desfastio, busquei também no site do
Magazine Luiza, encontrando centenas de estantes, mas nem uma só para livros (a
maioria era para TV).
2 Como os donos dessas empresas não são
tontos, é inevitável concluir que, se não oferecem boas estantes, é porque não
há compradores. Ou seja, o brasileiro frequentador dessas lojas não possui o
volume de livros que provocaria a demanda por elas. Os poucos que precisam de
estantes mais avantajadas se entendem com seu marceneiro e pagam as contas,
também mais avantajadas. Triste constatação, pois não? E como será no mundo
mais rico? Apenas para ter uma ideia, abri o site do Ikea americano, uma cadeia
multinacional de móveis baratos e de bom gosto. Digitando a palavra bookcase,
aparecem 725 itens. Há um número para cada cor, aparecendo também acessórios e
modelos menos apropriados para livros. Por seguro, digamos que existem mais de
300 modelos de estantes para livros. A comparação é escandalosa.
3
Falando de estantes de livros, em uma área rural da Islândia, uma casa de
camponeses modestíssimos foi transformada em um museu sobre os hábitos e os
estilos de vida locais. Mostra a casa como estaria por volta de 1920, austera e
espartana, como tudo no país. Chamou atenção a biblioteca do dono. A estante,
mais alta do que eu e com um bom metro e meio de largura, estava repleta de
livros, com o desgaste que corresponde ao uso frequente. Quem já viu estante de
livros nas aristocráticas fazendas brasileiras? Na realidade, os islandeses
estão entre os leitores mais furiosos, comprando oito livros por pessoa/ano e
os domicílios abrigando uma média de 338 livros. Na Austrália e na Nova
Zelândia, mais da metade dos lares tem mais de 100 livros.
4
Como serão os hábitos de leitura dos brasileiros? Os resultados não são nada
lisonjeiros. A média brasileira é de 1,8 livro lido por habitante/ano. Isso se
compara com 2,4 para nossos vizinhos colombianos, cinco para os americanos e
sete para os franceses.
5
Diriam os cínicos, e daí? Um passatempo como outro qualquer. Infelizmente, não
é assim. Uma pesquisa em 27 países mostrou que a biblioteca familiar se
correlaciona mais com bons resultados na educação do que a própria escolaridade
dos pais. Uma biblioteca de 500 livros se associa a acréscimos de escolaridade
que vão de três a sete anos. Segundo os autores, “uma casa onde os livros são
valorizados fornece às crianças ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado
escolar...”. E tem mais, leitores mais assíduos visitam mais museus, fotografam
mais e, surpresa, praticam mais esportes.
6 A
revista The Economist inventou uma brincadeira que era avaliar o realismo das
taxas de câmbio pela diferença de preço dos hambúrgueres no McDonald’s, já que
em todos os países ele é o mesmo sanduíche detestável. Surpresa! O “índice do
hambúrguer” revelou- se uma medida respeitável e tem vida longa. Quem sabe,
além do Pisa, não poderíamos passar a medir educação e hábitos de leitura por
uma simples pesquisa nos sites das lojas de móveis? Bastam alguns minutos. Isso
é fácil, difícil será mudar essa triste situação.
Cláudio
de Moura Castro. Revista Veja. Edição 2251 (11/01/2012), p. 20 (com
adaptações).
QUESTÃO 04.
A
afirmativa que traduz a ideia principal do texto está contida na alternativa
A)
No Brasil, ainda faltam empresas especializadas que deem conta das necessidades
de consumo da população.
B)
Sozinho, o Pisa revela-se um instrumento precário na medição da educação e dos
hábitos de leitura dos brasileiros.
C) Atualmente, os islandeses costumam ler mais
que os brasileiros, uma vez que os hábitos de leitura na Islândia surgiram com
os camponeses, na década de 1920.
D) Em geral, os brasileiros
leem pouco e não possuem muitos livros em casa, o que pode estar correlacionado
aos resultados insuficientes da educação do país.
QUESTÃO
05.
Considerando
os tipos textuais utilizados na sua composição, o texto apresenta,
predominantemente, sequências
A) interativas e narrativas.
B) descritivas e dialogais.
C) argumentativas e narrativas.
D)
expositivas e injuntivas.
QUESTÃO 06.
Com base na leitura do texto, analise as
afirmativas a seguir:
I.
O autor vem utilizando escadas e tábuas como
estantes de livros desde 1970 até hoje, pois no Brasil essa é a solução mais
barata para mobiliar uma biblioteca.
II.
As
lojas de móveis brasileiras não costumam disponibilizar boas estantes de
livros, porque aqui os clientes preferem comprar tais estantes em sites de
multinacionais americanas.
III.
Uma pesquisa revelou que ter uma biblioteca
em casa interfere direta e positivamente na educação escolar de uma criança.
IV.
Uma estante repleta de livros numa casa de
modestos camponeses islandeses indica os bons hábitos de leitura dessa
população já por volta de 1920.
V.
A taxa
de câmbio ou o preço do hambúrguer poderiam ser usados para aferir os hábitos
de leitura de um país.
Está CORRETO o que se afirma em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.
QUESTÃO
07.
Assinale a alternativa em que TODAS as palavras retiradas do texto
seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
A) Série – Brasília –
domicílios – países
B) Gôndolas –
modestíssimos – acréscimos – hambúrgueres
C) É – há – daí – três
D) inevitável – hábitos –
fácil – difícil
QUESTÃO 08. Na construção do
texto, há o emprego de diferentes recursos linguísticos e expressivos que
produzem certos efeitos de sentido. Sobre esse aspecto, analise as afirmativas
a seguir:
I.
As frequentes perguntas ao longo do texto, a
começar pelo seu próprio título, sinalizam opinião não formada, imparcialidade
e ausência de defesa de ponto de vista.
II.
O questionamento “Quem já viu estante de
livros nas aristocráticas fazendas brasileiras?” (3º parágrafo) funciona no
texto como uma pergunta retórica.
III.
A intertextualidade explícita, marcada pelo
recurso das aspas (5º parágrafo), corrobora as ideias promovidas no texto.
IV.
A ironia está presente no questionamento:
“Quem sabe, além do Pisa, não poderíamos passar a medir educação e hábitos de
leitura por uma simples pesquisa nos sites das lojas de móveis?” (6º
parágrafo).
Está CORRETO o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I, III e IV.
C) II, III e IV.
D) I, II e IV.
Texto para as questões de 09 a 11
Acredite no conhecimento
"Vivemos numa era em que a informação é
abundante como em nunca outra."
Taí um dos clichês mais
repetidos da atualidade. Tão repetido que Eric Schmidt, ex-CEO do Google, até o
transformou em número: a cada 48 horas, produzimos 5 bilhões de gigabytes. E isso
é mais do que tudo que foi criado entre o começo do mundo e 2003. Uau. Muito
bacana. Mas e daí? Daí que a realidade é um pouco diferente. Sim, vivemos numa
era de abundância. Mas informação é uma coisa. Conhecimento é outra. Uma está
para a outra como o tijolo para a casa. Uma pilha de tijolos tem potencial para
fazer maravilhas. Mas sozinha ela é só uma pilha. Eis então um dos grandes
desafios (e oportunidades) que temos adiante: transformar milhares de blocos,
esses 5 bilhões de gigabytes de tijolos, em algo útil. Dá uma trabalheira, mas
aqui, na SUPER, a gente se esforça para fazer nossa parte. Misturar cimento,
construir as paredes, mostrar o contexto das coisas, dar sentido a elas, enfim,
transformar informações em conhecimento. A gente se dedica obsessivamente a
essa missão. Queremos mostrar, por exemplo, que não há previsão de fim do mundo
no calendário maia. Essa é apenas uma das informações inúteis que somam no
cálculo de Eric Schmidt. E que, maias ou não maias, o importante mesmo é
entender que este planeta tem prazo de validade. É só uma questão de saber como
ele vai desaparecer. Ou melhor: no que ele se transformará. Para descobrir é
preciso investigar o sistema solar, a atmosfera, o interior do planeta, o ser
humano. Essa busca é o tema da reportagem de capa. Um belo exemplo de quantos
tijolos precisamos juntar para construir o conhecimento. Acredite no
conhecimento. Levamos a ideia tão a sério que lançamos um curta-metragem com
esse título no YouTube. Sucesso: mais de 320 mil pessoas assistiram em menos de
um mês. É simplesmente o melhor viral do Brasil em 2011. Não viu? É só ir para
abr.io/1WzP.
Um grande abraço.
SÉRGIO GWERCMAN, Diretor de Redação. GWERCMAN,
Sérgio. Acredite no conhecimento. Superinteressante. São Paulo, nº 298, p.10,
Dez/2011. 8
QUESTÃO
09.
Com a leitura do texto, depreendemos que a
ideia principal é a seguinte:
A) É preciso investigar quando será o fim do
mundo.
B) O fim do mundo não está previsto no
calendário maia.
C) Mesmo com tanta informação, temos grandes
desafios.
D) É preciso transformar informação em
conhecimento.
QUESTÃO
10.
O propósito principal do
autor desse texto é:
A) discutir quando será o fim do mundo.
B) relatar os últimos acontecimentos
científicos.
C) incentivar a busca por
informações verdadeiras.
D) defender seu
ponto de vista em favor do conhecimento.
QUESTÃO
11.
Pela consideração do contexto, interpretamos
que o autor revela ironia no seguinte trecho
A) “Taí um dos clichês mais
repetidos na atualidade.” (1º §).
B) “Uau. Muito
bacana.” (1º §).
C) “A gente se dedica
obsessivamente a essa missão.” (3º §).
D) “Ou melhor: no que ele se transformará.”
(3º §).
Texto para as questões de 15 a 18.
ALBERT EINSTEIN
Um gênio indecifrável Morto
em 1955, aos 76 anos, Albert Einstein teve os olhos e o cérebro extraídos pelo
médico Thomas Harvey. Dos olhos nunca mais se ouviu falar, mas o cérebro foi
fotografado de todos os ângulos por Harvey com uma câmera Exakta de 35
milímetros e depois fatiado em 240 pedaços. Ele fez também 560 lâminas
microscópicas. Distribuiu aleatoriamente o material a especialistas em todo o
mundo, na esperança de que explicassem a mente mais brilhante do século XX. A
mais recente análise, realizada pela antropóloga Dean Falk, da Universidade
Estadual da Flórida, e divulgada em novembro do ano passado, baseou-se em
fotografias feitas por Harvey que estavam desaparecidas. Falk foi a mais
enfática pesquisadora a relacionar as habilidades intelectuais de Einstein com
certas características físicas neuronais. Comparados com fotografias de outras
dezenas de cérebros, o lobo parietal (responsável pela noção de espaço e pelo
raciocínio matemático) e o córtex pré-frontal (sede do pensamento abstrato) de
Einstein eram bem maiores. Mesmo assim, Falk é reticente quanto à existência de
uma relação direta entre essas diferenças cerebrais e a genialidade: “Einstein
tinha um cérebro extraordinário, mas os estímulos intelectuais ao longo da vida
também foram determinantes”.
Revista Veja, ano 46, n. 10, 06/03/2013
QUESTÃO 12.
Pela leitura do texto, é CORRETO afirmar que
A) Albert Einstein deliberou antes de morrer a
respeito de questões que diziam respeito à utilização de seu cérebro para
pesquisas.
B) o famoso cientista, autor da Teoria da
Relatividade, distribuiu o material colhido a partir de fotografias de seu
cérebro a especialistas renomados.
C) a relação de implicação
direta – sem influência de outros fatores – entre áreas do cérebro de Einstein
e sua capacidade intelectual é corroborada pelas pesquisas.
D) a observação do cérebro de Einstein
contribuiu para pesquisas sobre tamanho de regiões cerebrais e a capacidade
intelectual, conquanto ainda não sejam possíveis conclusões definitivas a
respeito.
QUESTÃO
13.
Assinale a alternativa que NÃO apresenta recurso empregado no
texto.
A) Emprego de vocabulário técnico esmiuçado
para o leitor.
B) Predomínio de formas linguísticas que
indiciam subjetividade.
C) Conclusão que direciona o leitor para um
determinado ponto de vista.
D) Emprego da variedade padrão formal.
QUESTÃO 14.
Assinale a alternativa que NÃO apresenta palavra derivada por
sufixação.
A) esperança
B) aleatoriamente
C) lâminas
D) habilidades
QUESTÃO
15.
“Einstein tinha um cérebro extraordinário, mas
os estímulos intelectuais ao longo da vida também foram determinantes.” Quanto
às palavras retiradas do segmento acima, só NÃO se pode afirmar:
A) cérebro e estímulo são palavras
proparoxítonas.
B) intelectuais e também apresentam ditongo
decrescente.
C) tinha e também apresentam dígrafo.
D) determinantes tem 13 letras e 13 fonemas.
Texto para a questão 16.
Coitadinho, tão estressado [...]
O stress não vem com o
número de horas de estudo ou com a dificuldade do assunto ou sua chatice – mas
com a falta de preparação para lidar com isso. Um coreano pode passar 12 horas
estudando, todos os dias, sem stress, pois é seu hábito. Um brasileiro que
estuda 10 minutos por dia fica estressado se tiver de estudar meia hora. [...]
Sofrer com o stress não é uma fatalidade. A solução é aprender a lidar com ele
[...]. Achar que os alunos estão estressados porque estudam demais é parte do
cacoete que explica nossos péssimos resultados nos testes internacionais. [...]
Mesmo às vésperas do vestibular, as horas de preparação são poucas, até no
ensino privado. Os números mostram: nossa educação combina uma jornada escolar
curta com míseros minutos estudando em casa. É o pior dos mundos. [...]
Coitadinho dos nossos alunos, tão estressados! Mas está errado, se há stress,
não é por excesso de dedicação, por horas demais diante dos livros, mas por
falta de hábito de estudar. Estressado é quem nunca estudou direito e, de
repente, ouve dizer que para passar no vestibular é preciso mudar de vida. A
solução não deve ser estudar pouco ou buscar um curso fácil, mas aprender a
estudar e aprender a lidar produtivamente com o stress.
Fragmentos do
artigo de opinião de Claudio de Moura Castro Revista Veja, 24 de agosto, 2011.
QUESTÃO
16.
O título do texto e a expressão
“coitadinhos dos nossos alunos, tão estressados” assumem, no texto, a função de
uma figura de linguagem denominada
A) ironia.
B) metonímia
C) metáfora.
D) sinestesia.
Texto para a questão 17.
Há
escolas que são gaiolas e há escolas que são asas
Escolas que são gaiolas
existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados
são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde
quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros
engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos
pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o
voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser
encorajado.
Rubem Alves
QUESTÃO
17.
Considerando o texto, aponte
a opção CORRETA.
A) As escolas que são gaiolas preparam melhor
os alunos para que possam desenvolver melhor as competências e habilidades no
aspecto profissional e pessoal.
B) As escolas que são
gaiolas formam alunos para ser guiados, obedecerem, assim não darão prejuízo à
sociedade.
C) As escolas que são asas não amam os alunos,
por isso incentivam à insubordinação.
D) As escolas que
são asas preparam o aluno para autonomia, mediando o conhecimento prévio do
aprendiz com o conhecimento formal.