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domingo, 31 de julho de 2022

REDAÇÃO: O VOLANTE, O LOBO DO HOMEM - TAISSA GONÇALVES LEAL - COM GABARITO

 Redação: O volante, o lobo do homem

                  Taissa Gonçalves Leal

    Egoísmo, irresponsabilidade e traços mais do que meramente vestigiais de irracionalidade: essas são as únicas explicações cabíveis para tentar justificar o que leva uma pessoa que consome bebida alcoólica a dirigir e pôr em risco a sua e tantas outras vidas. A Lei Seca, que recentemente foi implantada no Brasil, tem o intuito de coibir a associação de álcool e direção, e de reduzir o número de mortes causadas por essa associação. Apesar de já mostrar alguns resultados, a lei demanda maior fiscalização, pois é preciso eliminar a habitual certeza de impunidade que há no país.

        Thomas Hobbes, filósofo inglês, dizia que o estado de natureza humano é um risco à sobrevivência da própria espécie, e que instituições que regulamentem o comportamento e as ações do homem são essenciais para evitar o caos e a extinção da humanidade. A Lei Seca é uma dessas instituições. Mesmo cientes de que o álcool como droga neurodepressora altera a capacidade de raciocínio, reflexo e de coordenação motora, muitos motoristas, por comodidade e falta de responsabilidade, não demonstram o mínimo apreço ou zelo pela vida quando decidem dirigir após terem consumido bebida alcoólica.

        Apesar de já implantada, a Lei Seca ainda não atingiu o seu potencial. É preciso que haja um compartilhamento de responsabilidades entre Estado e sociedade para que os objetivos dessa lei sejam alcançados com maior eficácia. O Estado precisa destinar mais verbas à fiscalização, colocar mais policiais equipados com etilômetros nas vias para que os transgressores da lei sejam devidamente punidos. Também fazem-se necessários investimentos em palestras públicas que mostrem a realidade e o sofrimento de famílias que perderam entes em acidentes relacionados ao uso de álcool, e os sobreviventes cujas sequelas trouxeram dificuldades crônicas para suas vidas. A Educação no Trânsito deveria ser inserida na grade curricular obrigatória das escolas para que crianças e adolescentes tenham contato e consciência das responsabilidades as quais é preciso ter como motorista, passageiro, ciclista ou pedestre.

        Como dizia Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. Portanto, a Lei Seca é um mecanismo essencial para que o homem não se torne, ao mesmo tempo, predador e presa de sua própria espécie.

Disponível em: http://imguol.com/c/noticias/2014/04/03/redação-nota-1000-enem-2013-1396556713033_588x686.jpg.  Acesso em: 18 nov. 2014.

             Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 60-1.

Entendendo a redação:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Vestigiais: Que deixam vestígios: marcas, traços, indícios, sinais, pegadas.

·        Lei Seca: Nome popular da Lei n° 11.705, de 19 de junho de 2008.

·        Coibir: Impedir, proibir, reprimir, controlar, fazer cessar.

·        Neurodepressor: Que causa depressão no sistema nervoso central, no cérebro.

·        Etilômetro: Tem o mesmo sentido que o termo popular “bafômetro”, aparelho que, ao ser soprado (ou utilizando o “bafo” expelido pelo indivíduo), detecta e determina o grau de concentração de álcool em seu organismo.

·        Sequela: Complicação, sequência, consequência, continuidade de uma doença (causada por um acidente, cirurgia, outra doença, etc.).

02 – Qual é o ponto de vista defendido pela autora do texto na introdução da redação escolar?

      A Lei Seca demanda maior fiscalização, pois é preciso eliminar a habitual certeza de impunidade que há no país.

03 – Identifique na redação “O volante, o lobo do homem” estratégias argumentativas apresentadas no desenvolvimento do texto para defender o posicionamento da autora.

a)   Citação de autoridade.

Citou a sentença O homem é o lobo do homem, do filósofo Thomas Hobbes (intertextualidade e argumento de autoridade).

b)   Exemplificação de atitudes humanas que podem reforçar a defesa da tese.

Relacionou a sentença do filósofo a traços negativos dos seres humanos (como o egoísmo, a irresponsabilidade), para explicar a atitude de dirigir após consumir bebida alcoólica, pondo em risco a sua vida e a de tantas outras pessoas.

c)   Exemplificação de conhecimentos científicos.

Apresentou conhecimento científico da área de Ciências Biológicas: o álcool afeta o sistema nervoso central e compromete o raciocínio, os reflexos e a coordenação motora.

d)   Avaliação e ressalvas.

Faz referência aos resultados positivos da Lei Seca, mas apresenta ressalvas à sua implantação, citando a falta de fiscalização e a cultura da impunidade.

04 – Na conclusão, que propostas foram apresentadas para solucionar o problema?  

      A autora sugere ações do Estado, como aumento de verbas para o setor, a fim de melhorar a fiscalização (com policiais bem equipados), palestras públicas e campanhas educacionais de trânsito, nas escolas.

05 – Para promover a coesão do texto, a autora usou adequadamente palavras que articulam suas ideias.

a)   Qual é a função da expressão apesar de:

·        No 1° parágrafo?

Fazer uma ressalva: só a lei não basta; é necessário que haja fiscalização, destacando a tese de que “o ser humano tem um potencial destrutivo e por isso precisa de leis que regulem a sua ação como a Lei Seca, para evitar a combinação carro/álcool”.

·        No 3° parágrafo?

Fazer outra ressalva: só a Lei não basta. É necessário que haja compartilhamento de responsabilidade entre Estado e sociedade, maior participação e fiscalização de todos.

b)   Qual é a função da palavra também no 3° parágrafo?

Acrescentar novas propostas de solução para o problema.

c)   Qual é a função da palavra portanto, no último parágrafo?

Introduzir a conclusão de sua tese (ou ponto de vista) a respeito do tema proposto pelo Enem.

06 – Explique o título do texto “O volante, o lobo do homem”.

      O título é uma paráfrase da sentença de Thomas Hobbes e tem o objetivo de denunciar que o automóvel tornou-se uma arma mortífera. A direção por alguém alcoolizado, ao volante do veículo, é perigosa; torna o homem animalesco, selvagem (como um lobo). O desrespeito às leis de trânsito, especialmente à Lei Seca, pode provocar lesões irreversíveis no ser humano.

 

 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

TEMAS FILOSÓFICOS DE REDAÇÃO - LIVRO: FILOSOFANDO


TEMAS (FILOSÓFICOS) DE REDAÇÃO
Fonte: Livro: Filosofando. Ed. Moderna

01 – Tema: Discuta as funções da música nas telenovelas, dando exemplos de novelas da atualidade.

02- Tema: O sentido da obra de arte nos é dado no sensível.

03- Tema: A obra de arte “convida a subjetividade a se constituir como olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em lugar de ofusca-la fazendo prevalecer as suas inclinações. À medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de penetrar no mundo aberto pela obra.” (Dufrenne)

04- Tema: “A verdadeira contemplação não se resume a esperar e juntar informação. Ela é essencialmente ativa. [...] Quando uma pessoa contempla, ela se aproxima do mundo de um modo questionador, mundo esse que não é simples como uma figura geométrica, mas cuja complexidade misteriosa incita a mente. O artista olha para seu modelo à procura de respostas visíveis para a pergunta: Qual é a natureza desta vida? Mais precisamente, ele procura similares para as constelações e processos da realidade. A contemplação não se assemelha à atitude do espectador médio; ela não tem respostas a oferecer para a pessoa que não fizer perguntas.” (Rudolf Arnheim)

05- Tema: Uma reflexão sobre a morte na terceira, na segunda e na primeira pessoa.

06- Tema: Vivemos, de fato, uma liberação sexual!?

07- Tema: A solidão nos aglomerados urbanos.

08 – Tema: A vaidade.
09- Tema: A partir do conceito de liberdade, interprete o ditado talmúdico:
       Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim?
       Se eu for apenas por mim, que serei eu?
       Se não agora – quando?

10- Tema: Segundo Kant, devemos tratar todo ser humano como fim e não como meio. Discuta como na sociedade em que vivemos nem sempre essa máxima tem sido respeitada.

11- Tema: O terrorismo e os riscos para a democracia.

12- Proposta de dois temas, a escolher:
a)   Entre o liberalismo e o socialismo, defendo...
b)   Entre o liberalismo e o socialismo não defendo nenhum deles, mas sim...

13- Tema: “Todos os homens têm igual direito à satisfação das suas necessidades e ao usufruto de todos os bens da natureza, e a sociedade deve consolidar esta igualdade”. (Babeuf)

14- Tema: Liberdade e igualdade. Argumente como esses conceitos, caros ao liberalismo, nem sempre têm se realizado nas sociedades que se dizem democráticas.

15- Tema: Em política, os fins justificam os meios?

16- Tema: A César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

17- Tema: O simbolismo da ágora entre nós – quais seriam nossos espaços efetivos de discussão? Se forem poucos, para onde deveríamos estendê-los?
18- Tema: “Todo animal deixa vestígios do que ele foi. Só o homem deixa vestígios do que ele criou. [...] O homem não é uma figura na paisagem. Ele é um modelador da paisagem.” (Jacob Bronowski)

19- Tema: Participação e pluralismo são exigências do exercício da Democracia.

20- Tema: “O grande inimigo da verdade muitas vezes não é a mentira, deliberada, tramada e desonesta – e sim o mito, persistente, persuasivo e realista.” (John F. Kennedy)

21- Tema: “Século XVII: revolução científica, revolução espiritual”.

22- Tema: “As relações entre filosofia e ciência na Antiguidade.”

23- Tema: “Ciência e poder”. Desenvolver, nessa dissertação, os aspectos éticos e políticos que envolvem a ciência, bem como a necessidade de o cientista examinar os meios e os fins de suas pesquisas.

24- Tema: “O ser humano é centro de si mesmo?”

25- Tema: Leia o refrão da música de Geraldo Vandré, “Para não dizer que não falei de flores” e faça uma dissertação sobre o tema.
                  Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
                   Quem sabe faz a hora, não esperar acontecer.

26- Tema: A partir dos “ídolos” denunciados por Francis Bacon, faça uma dissertação sobre o seguinte tema: “Os ídolos da caverna da minha geração”.

27- Tema: Transponha a alegoria da caverna, de Platão, para os dias atuais.

28- Tema: “Criar é dar forma ao próprio destino.” (Albert Camus)

29- Tema: “A verdadeira eloquência zomba da eloquência, a verdadeira moral zomba da moral [...]. Zombar da Filosofia é, em verdade, filosofar”. (Pascal)

30- Tema: “Os bons e os maus mitos do nosso tempo”.

31- Tema: “A filosofia é filha da Cidade”.

32- Tema: “O importante não é o que fazem do ser humano, mas o que ele faz do que fizeram dele”. (Jean Paul Sartre)

33- Tema: “A razão funciona dentro de nós e entre nós”. (Fernando Savater)

34- Tema: “A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas”. (Marx)

35- Tema: “A linguagem fornece a senha de entrada no mundo humano.” (Gusdorf)

36- “O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.” (Pascal)

37- Tema: “Escolher uma profissão: e agora?”












terça-feira, 24 de outubro de 2017

TEMAS POSSÍVEIS DE REDAÇÃO PARA O ENEM

TEMAS POSSÍVEIS  DE REDAÇÃO PARA O ENEM 


1. Destino do lixo no Brasil
Não é de agora que existe uma preocupação dos gestores públicos, dos empresários, dos ambientalistas e da sociedade geral no que diz respeito ao destino do lixo no nosso país, já que sofremos muito com questões relacionadas ao lixo: sujeira nas ruas, poluição de rios e mares, descarte inapropriado de lixo hospital, falta de coleta seletiva, reciclagem pouco eficiente etc. Esta problemática pode causar danos à saúde e ao meio ambiente (por meio da contaminação do solo e dos lençóis freáticos).


2. Os casos da mobilidade urbana
O Brasil enfrenta muitos problemas em relação a mobilidade urbana de seus cidadãos. Por sermos um país de dimensões continentais, escoar a produção agrícola, agropecuária e de todos os ramos industriais nunca foi uma tarefa de fácil logística para nós que, particularmente, priorizamos o transporte rodoviário em detrimento do ferroviário e do fluviário e ainda fez isso mal, já que há rodovias praticamente intransitáveis, principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil, enquanto há uma extensa malha ferroviária desperdiçada. Além disso, dentro das próprias cidades as pessoas enfrentam problemas graves, como transportes públicos caros, sem conforto ou segurança, que atrasam, que quebram e que, assim, não oferecem um bom serviço. Atualmente, com a popularização dos aplicativos de transporte como o Uber, vemos uma verdadeira guerra entre taxistas e motoristas deUber pelos clientes.


3. Desafios da saúde pública brasileira
Diferentes dos Estados Unidos, no qual não há um sistema público de saúde, o Brasil possui o SUS (Sistema Único de Saúde) que tem como objetivo oferecer tratamentos médicos a todos os cidadãos brasileiros, porém ele apresenta, há anos, inúmeras deficiências: longas filas de espera por consultas, exames e cirurgias; hospitais com déficit de enfermeiros, médicos e outros profissionais da saúde; carências de aparelhos de exames laboratoriais e de imagem, além da falta de itens básicos; infraestrutura física precária etc. Ou seja, na realidade, o SUS enfrenta muitos desafios a fim de atender a todos com respeito e dignidade. O programa Mais Médicos do Governo Federal criou certa polêmica ao trazer de países estrangeiros médicos para trabalharem em cidades que enfrentam justamente a falta destes profissionais.


4. Variedade linguística no Brasil
Sabe-se que hoje o Português do Brasil é uma língua diferente do Português de Portugal e pesquisas na área da Linguística apontam que a variedade, ou seja, a diversidade linguística no nosso país é enorme. Por exemplo, um gaúcho fala diferente de um carioca; uma pessoa que mora em uma grande cidade fala diferente de uma pessoa que mora numa zona rural; mulheres falam diferente dos homens; pessoas mais velhas falam diferente dos meus jovens e assim por diante. Não estamos falando só de gírias ou de sotaques, mas também de colocação pronominal, concordância verbal e de número, regência verbal etc. O que é variedade para a Linguística é vista pelos gramáticos normativos como erro ou desvio, o que pode causar na sociedade o chamado preconceito linguístico. Pessoas que não tiveram acesso à educação formal, escolar, pela qual temos contato com a gramática podem ser discriminadas, o que é inadmissível.


5. Ideologia de Gênero no Brasil
O modo como este tema foi escrito é equivocado, pois não existe ideologia de gênero. Tal nome é dado pelas pessoas contrárias ao debate sobre gênero e sexualidade que abarca questões como homossexualidade, bissexualidade, transexualidade dentre outras designações e seus aspectos inerentes. Há quem afirme, como o Escola Sem Partido, que há uma ideologia de gênero nas escolas brasileiras, o que não é verdade; o que é verdade é que deve haver debates e discussões esclarecidas, sem nenhum preconceito, sobre tais questões e que os jovens alunos devem aprender a respeitar as diferenças. O Brasil é o país que mais mata pessoas da comunidade LGBT no mundo e isso não é normal.


6. Ansiedade, depressão e suicídio
A depressão já é considerada por muitos médicos como o mal do século XXI; há ocorrências de transtornos de ansiedade em todas as faixas etárias; está aumentando o número de suicídios entre jovens, inclusive no Brasil e a depressão normalmente é um sinal de alerta. Ansiedade, depressão e suicídio são problemas individuais que têm consequências coletivas, já que vidas estão se perdendo.


7. Corrupção na sociedade e suas diversas formas de manifestação
Corrupção não é apenas cobrar e pagar propina, superfaturar uma obra ou manter um caixa dois de campanha. Corrupção também é falsificar carteirinha de estudante, furar filas, estacionar o carro em vaga especial, colar na prova, usar atestado médico falso, usar TV paga não oficial etc. Estes são alguns exemplos de algumas formas de como a corrupção manifesta-se na sociedade.


8. A tecnologia e a infância
A cada dia que passa, crianças cada vez mais novas têm seu primeiro contato com as tecnologias analógicas e digitais. Os tablets e os smartphones são as novas babás, substituindo a televisão, babá dos anos 80 e 90. Com isso, crianças podem ser influenciadas pelas mídias digitais, seus profissionais e conteúdos sem que os pais percebam.

ENTRE OUTROS:

9 – Consumismo e ostentação;
10 – Analfabetismo funcional no Brasil;
11 – Bullying nas escolas;
12 – Desigualdade entre homens e mulheres no Brasil;
13 – Os limites do humor e a liberdade de Expressão;
14 – A nova constituição familiar no Brasil;
15 -  Consciência ambiental;





quinta-feira, 31 de agosto de 2017

PROFESSORES LISTAM ASSUNTOS QUE PODEM SER TEMA DA REDAÇÃO DO ENEM

Professores listam  assuntos que podem ser tema da redação do Enem

Legado das Olimpíadas

A educadora Andrea Ramal, autora do livro 'Redação Excelente', aposta no tema, 
porque, além de ser uma questão de ampla discussão na sociedade, esta é a última
oportunidade de debatê-lo na prova antes que os jogos aconteçam. 
Uma sugestão é abordar exemplos concretos de outros países que já sediaram 
as olimpíadas.


Violência nos Estádios

Professora de redação do Colégio Pensi, Carolina Pavanelli considera
a violência nos estádios um tema latente. Ela sugere que o candidato 
analise as causas dessa violência e utilize exemplos para fundamentar 
argumentos e propor soluções. Problematizar o assunto proposto e 
sugerir soluções são exigências da prova aos candidatos, previstas no
edital.

Liberdade de Expressão

"A lei garante liberdade de expressão, mas é legitimo publicar o que se 
pensa mesmo ferindo crenças alheias?" A educadora Andrea Ramal
destaca que, apesar de a questão ter vindo à tona devido a um fato 
internacional (o atentado à revista "Charlie Hebdo", na França), 
liberdade de expressão é tema recorrente. Por isso, pode aparecer 
no Enem.

Redução da maioridade penal

O assunto é discutido no Congresso e nas ruas. Mas não se trata de 
um tema novo. Por isso, o estudante deve ter maturidade para 
dissertar a respeito, aposta Andrea Ramal. Segundo ela, é preciso
abordar a problemática que leva o menor ao crime. E não se deve
trazer convicções que firam direitos humanos, como defesa da pena
de morte.

Maus tratos aos animais

Questão difundida nas redes sociais. A professora Carolina Pavanelli, 
do Pensi, aconselha os alunos a abordar o tema de maneira criativa,
falando não só sobre animais domésticos, mas também citando
tráfico de animais silvestres e as condições de abate a que são submetidos 
animais criados para consumo. Sempre se atendo ao texto referência.

Justiça no Brasil




Emmeio a crise política e casos de linchamento,
 Carolina Pavanelli, professora do Pensi, aposta que o tema "justiça" pode ser cobrado. Ela sugere que o candidato escreva sobre investigações de corrupção como a operação Lava-Jato, mas também a 
deturpação da ideia de 'justiça' por pessoas que tentam punir supostos 
criminosos com as próprias mãos.


sábado, 3 de junho de 2017

TEMAS DE REDAÇÃO PARA ENEM

Temas para a Redação Enem 
Direitos humanos para humanos direitos? Se você já sabe que tal pergunta jamais embasaria uma proposta de redação do ENEM, por pautar-se por uma falácia, isto é, um erro de raciocínio, veja só reais possibilidades de temas pautados na prerrogativa dos direitos humanos, que são incondicionais.

Uma dica: ao estudar novos temas, tanto para o ENEM quanto para os vestibulares, varie os eixos temáticos, assim você aumenta a probabilidade de “acertar” as escolhas das bancas que elaboram as provas. Nessa lista, todos têm como ponto de partida a possibilidade de problematização, algo fundamental no ENEM, que espera propostas de intervenção na realidade, sempre respeitando os direitos humanos.

1º  -  Desafios da educação inclusiva (eixo da educação)

2º  - Poluição sonora (eixo do meio ambiente)

3º - Naturalização da violência (eixo da violência

4º - Perigos do vício no trabalho (eixo do trabalho)

5º - Inclusão digital como meta (eixo da tecnologia)

6º - Desenvolvimento sustentável (eixo do meio ambiente

7º - Problemas do jeitinho brasileiro (eixo da ética)

8º - Transporte público urbano (eixo da mobilidade)

9º - Necessidade de uma economia colaborativa (eixo da economia)

10º - Discurso de ódio nas redes sociais (eixo da internet)





Temas Redação Enem : Infância e Adolescência no Brasil

 Temas Redação Enem : Infância e Adolescência no Brasil

Em meados do último mês de março a Fundação Abrinq publicou os resultados da pesquisa “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil – 2017” que abrangeu vários aspectos da vida das crianças e dos adolescentes brasileiros, mais precisamente daqueles que têm de 0 a 18 anos, como por exemplo, taxa de mortalidade, nutrição, escolarização, gravidez na adolescência, trabalho infantil, aprendizagem profissional, alfabetização, cultura e lazer, educação dos indígenas, educação de jovens e adultos (EJA), educação infantil, ensino fundamental e médio, moradia, medidas socioeducativas, garantia de direitos, população, registro civil, violência etc.
Justamente por apresentar dados tão abrangentes que resolvemos divulgar esta pesquisa na coluna de redação do infoEnem, já que estes resultados podem servir como conteúdo de estudo e de pesquisa sobre os temas listados acima que, por sua vez, podem ser abordados de diversas formas na proposta de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
A busca por informações recentes e atualizadas acerca de um determinado assunto por meio de pesquisas documentadas e amplamente divulgadas é uma maneira muito produtiva de estudar e que gera informação e conhecimento atualizado e de qualidade, ainda mais quando se trata de temas tão importantes para o contexto social do nosso país: a realidade das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Aliás, o cenário da infância e da juventude no Brasil chega a ser cruel em determinados aspectos. No nosso país há 17,3 milhões de crianças de 0 a 14 anos, o equivalente a 40,2% da população brasileira nesta faixa etária, vivendo em domicílios com baixa renda, dados também corroborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015. Já os que vivem na extrema pobreza são 5,8 milhões de crianças nesta mesma faixa de idade, representando 13,5% desta parcela da população.

Um outro tema abordado pela pesquisa é o trabalho infantil. No nosso país há 2,6 milhões de crianças de 5 a 17 anos trabalhando ilegalmente, já que a legislação brasileira proíbe o trabalho infantil. Estes jovens estão principalmente nas regiões sudeste e nordeste.
Pensando nas possíveis abordagens da proposta de redação do ENEM e nas possíveis ações solucionadoras, ao analisar os dados publicados, devemos pensar no que é preciso e no que é possível ser feito para mudarmos situações tão assustadoras como as exemplificadas acima, já que muitos direitos estão sendo arrancados destas crianças e destes adolescentes que deveriam estar frequentando a escola, tendo acesso à cultura e ao lazer, se alimentando adequadamente, tendo acesso ao sistema de saúde, vivendo em um ambiente familiar sem violência etc.




*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em Letras/Português pela Univer


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Assunto Para o Enem A Crise Econômica Brasileira

Assunto Para o Enem: A Crise Econômica Brasileira


Não há como negar que o Brasil passa por uma das crises econômicas mais acentuadas de nossa história. Além disso, os problemas na política e seus casos de corrupção que aparecem praticamente todos os dias dão ainda mais dramaticidade nesse conturbado período. Entretanto, nossa análise não pode ficar apenas restrita a esses últimos anos. Uma visão mais geral da nossa economia é importante para que possamos entender, de fato, como estamos e onde podemos chegar. Confira mais sobre esse assunto que certamente pode cair no ENEM.
De acordo com a divulgação de primeiro de fevereiro de 2017 do Banco Mundial, o Brasil é a nona economia do mundo, com um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 1,77 trilhões de dólares (esse é um dos principais indicadores da economia de um país). Esse valor representa aproximadamente 2,39% na participação da economia de todo o globo. Não é pouco, embora boa parte deste dado esteja relacionada a quantidade de cidadãos. Afinal, somos mais de 200 milhões brasileiros!
O problema é que esse PIB vem caindo desde 2015, quando recuou 3,8%. No ano seguinte (2016), a queda foi de 3,6%. Vale ressaltar que nesse mesmo período de dois anos, os países do globo cresceram numa média superior a 3% por ano. Para se ter uma ideia da dificuldade da situação, no ano passado, os números revelam que houve recuo nos três setores que entram no cálculo do PIB anual – agropecuária (-6,6%), indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%). A última vez que os três setores caíram juntos foi em 1996, e mesmo assim a queda não foi tão intensa. Em 2014, apenas o setor industrial caiu, mas os serviços e agropecuária continuavam crescendo. Em 2015, caíram a indústria e os serviços. Já em 2016, a agropecuária.
Com essa queda generalizada em todos os setores, não é a toa que o desemprego já superou a casa dos 13 milhões, de acordo com o próprio IBGE.
Portanto, o principal desafio agora é, antes de qualquer coisa, tentar “frear” essa vertiginosa queda. Só depois podemos pensar em retomar o crescimento. Dentre tantas notícias ruins, pelo menos uma boa: um dos nossos setores mais importante, o Agronegócio, no último mês de março, já deu sinais de recuperação e cresceu 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (clique aqui para ver a matéria). Não é muito, mas com certeza um respiro.
  


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Tema Redação ENEM : Como Prevenir o Suicídio Entre os Jovens?

Tema Redação ENEM : Como Prevenir o Suicídio Entre os Jovens?
  
Recentemente a plataforma de vídeos Netflix estreou uma série de produção própria intitulada 13 Reasons Why(Treze Porquês, em tradução livre) na qual um dos protagonistas, uma adolescente norte-americana, comete suicídio e deixa treze fitas cassetes gravadas, explicando, contando e fazendo referências aos motivos e às pessoas que a levaram a tirar a própria vida. Sem contar o final ou dar spoilers, a série causou uma grande discussão mundial nas mídias e nas redes sociais: como falar sobre suicídio de jovens?
Em 13 Reasons Why, o bullying, o machismo, a violência e o assédio sexual e a falta de diálogo com os pais são alguns dos temas trabalhados e todos sabemos que o suicídio é ainda considerado um tabu pela maioria da sociedade; inclusive, há quem diga que os grandes veículos de comunicação não publicam mais casos de suicídio para evitar uma exposição maior do tema, como se ao abordá-lo, aumentassem as chances de alguém tirar a própria vida e é disso que algumas pessoas reclamam da abordagem da série, como se ela pudesse atuar como um gatilho.
Nesse sentido, assistindo a série (em menos de uma semana), lendo críticas de psicólogos, cineastas e críticos de TV, positivas e negativas, e pesquisando sobre bullying e suicídio juvenil, já que sou professora e, assim, atuo em sala de aula, pensei ser pertinente abordar neste espaço a questão do suicídio entre os jovens no Brasil e como preveni-lo, não só pensando em um tema possível para a prova de redação do Enem 2017, mas, mais do que isso, falando sobre o assunto e tentando desconstruir o tabu ao seu redor.
Em todo o mundo, o suicídio mata mais jovens do que o vírus HIV e, no nosso país, os índices de casos entre jovens estão crescendo de maneira constante ao longo dos anos. De 2002 a 2012, houve um aumento de 15,3% de jovens brasileiros que tiraram a própria vida; em todas as faixas etárias, homens se matam mais do que mulheres.

Retirado de http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/suicidio-e-preciso-falar-sobre-esse-problema.ghtml

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e o bullying são dois dos principais motivos que levam um jovem a cometer suicídio, justamente o contexto que 13 Reasons Why mostra ao público. Experiências de vida consideradas humilhantes, falta de perspectivas para o futuro, insegurança com o próprio corpo e com a sexualidade podem levar um adolescente à depressão e a começar a ter pensamentos suicidas.
Um outro fato também apontado pela OMS é o modo de ver as coisas e de levar a vida do adolescente: nesta fase, tudo é muito intenso e a impulsividade parece tomar conta do dia a dia dos jovens de todo o mundo. O que pode ser tido como apenas uma fase difícil pode ser uma depressão muito séria que deve ser tratada com acompanhamento psiquiátrico e psicológico juntamente com o apoio da família, dos amigos e da escola.
bullying e o cyberbullying (bullying virtual) estão, infelizmente, cada vez mais frequentes nas escolas brasileiras e nas redes sociais, levando jovens a praticarem atos contínuos de violência verbal e física que atingem outros jovens, os alvos, por serem diferentes em algum aspecto, eventos que podem ser assistidos por todos os demais estudantes que, em contrapartida, nada fazem. Jogos como Baleia Azulestão tomando conta da internet, levando jovens a se matarem a fim de finalizar o jogo.
Nesse sentido, podemos notar que todos nós devemos ser responsáveis em poder e em dever ajudar e orientar alguém que está pensando em suicídio e, especialmente no caso dos adolescentes, as escolas devem estar muito atentas ao bullying, ao cyberbullying e ao que se passa com seus alunos, mantendo uma relação de parceria com as família dos estudantes que, por sua vez, também devem estar sempre em contato com a escola de seus filhos.

Os adolescentes devem ser orientados no sentido de entenderem que podem enfrentar e vencer os problemas da vida e todos devem ser alertados dos sinais para ajudar os amigos. A OMS lançou, em 2016, um guia de prevenção ao suicídio online que pode ser acessado e lido por todos. Já o CVV (Centro de Valorização da Vida) criou a campanha Setembro Amarelo: um mês especial de conscientização sobre a prevenção ao suicídio.