LIVRO(ATIVIDADES): BRASIL EM CAMPO – NELSON RODRIGUES (Org. Sonia Rodrigues)
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNqZcBcUb_9FomMZv-a-tZYruGsviET8zF-FPx7MFnwTmW_R81UhLveAFBViZodITUzeVdEp6sk20Zj1yl6_mQrk9VcjMl0OQLWYRMnwlVMWSrN6mh1GnslBojU0zzHJtulRMZyycbfIWDV1KtbBdHenFeS1t52wBjyQprFT8N8IIfydPp_qrX19edGQ/s1600/LIVRO.jpgCRÔNICA (1): Nem toda unanimidade é burra (p.11 à 14)
01.O que Sonia
Rodrigues entregou ao Marcos Caetano? p.11
Entregou o
conjunto de crônicas que havia selecionado para integrar a coletânea Brasil em
Campo.
02.Na verdade, Nelson
não foi o melhor cronista esportivo do Brasil, e sim o quê? p.11
Foi o melhor
do mundo.
03.O que são as
crônicas de Nelson? p.12
São
documentos vivos e constituem prova categórica de seu conhecimento esportivo e
– por que não? – sociológico.
04.Nelson tinha razão
sobre Pelé e Garrincha, mas também sobre o quê? p.12
O comunismo e
a luta de classes, sobre a caretice da opinião pública, sobre muitos debates da
cultura nacional, sobre a vida, a morte e a paixão.
05.No trepidante Fla X
Flu de sua vida, o grande inimigo foi o quê? p. 13
Foi a
burrice.
06.É uma pena que um
personagem tão transmidiático, não tenha tido a oportunidade de quê? p.13.
De viver em
tempos de internet e redes sociais.
07.Os folhetins de
Nelson foram, sob muitos aspectos, os primeiros blogs. E suas peças foram o
quê? p.13
Foram
pioneiras em transitar entre teatros, salas de projeção e aparelhos de
televisão.
08.O que pode propiciar
este livro? p. 13
Pode
propiciar um debate que há alguns anos seria impensável: terá sido ele maior na
crônica ou no teatro?
CRÔNICA (2): No Brasil, o futebol é que faz o papel da ficção (p.15 à
17)
01.Confesso, porém, que
sou um brasileiro obsessivo e repito que frase? p.15
- Um
brasileiro delirante, que precisa ver o Brasil, por todas as partes.
02.Eis a verdade: - no
Brasil, o futebol é? p.16
É que faz o
papel da ficção.
03.O ficcionista
Guimarães Rosa ainda não desconfiou que os nossos descobridores, os nossos
argonautas de cristal, os nossos lusíadas, os nossos mares, estão onde? p.16
Estão no
futebol.
04.A ressurreição
nacional data de quando? p.16
Data de 58.
05.Como foi o arremesso
lateral de Djalma Santos? p. 17
A bola está
no chão. E vem Djalma Santos. Ele se curva. Apanha a bola e a carrega, a mãos
CRÔNICA (3): Só os profetas enxergam o óbvio (p.18 e 19)
01.Qual a frase que ia
sofrer todas as variações possíveis? p.18
- “Só os
profetas enxergam o óbvio.”
02.As pessoas enxergam
tudo, menos o quê? p.19
O óbvio.
03.Qual é o Exemplo nº
1? p.19
A nossa
crônica esportiva.
04.Claro que nem todos
os cronistas têm o quê? p.19
Têm essa
cegueira.
05.Por que nunca houve
na Terra um futebol como o brasileiro? p. 19
Somos
tricampeões do mundo e não basta?
06.Mas há os que
soluçam: que frase? p.19
-“Não somos
mais os melhores, não somos mais os reis”.
CRÔNICA (4): O brasileiro paga para não admirar (p.20 à 22)
01.No Brasil, cochicha-se
o elogio e faz o que com o insulto? p.20
Berra-se o
insulto.
02.Com que idade Pelé
foi campeão do mundo? p.20
Aos 17 anos.
03.Quem se mascara?
p.21
É o falso
“grande jogador”, ou melhor dizendo, o perna de pau.
O cabeça de
bagre não tem talento e, por isso, a sua compensação é a máscara.
04.Quem são os
jogadores que não precisam senão da clara e singela consciência do próprio
valor? p.21
Pelé, Nilton
Santos, Didi, Rivelino e Gerson.
05.No Velho Mundo
fizeram uma enquete: - “Quais as personalidades mais importantes do nosso
tempo?” Quem ganhou de quem? p. 21
Pelé ganhou
de Churchill, de Roosevelt, de Stálin, Kennedy.
06.O povo chinês ainda
ignora que o homem desceu na Lua, mas sabe o quê? p.21
Sabe quem é
Pelé. Não há brasileiro mais elogiado do que o sublime crioulo.
CRÔNICA (5): É preciso ver os magros com a pulga atrás da orelha (p.23 à
25)
01.Como se chama o personagem da semana e onde
ele está? p.23
Feola e ele
está em Araxá.
02.É preciso ver os magros de que forma? p.23
Com a pulga atrás da orelha.
03.Como eles são? p.23
São
perigosos, suscetíveis de paixões, de rancores, de fúrias tremendas.
04.Numa terra de
neurastênicos, deprimidos e irritados, convém ter o quê? p.23
Ter o macio,
o inefável humor dos gordos.
05.Que faz a banha? p.
23
Lubrifica as
reações, amacia os sentimentos, amortece os ódios, predispõe ao amor.
06.Quantas irritações
por dia tem o técnico? p.24
No mínimo,
duzentas irritações.
07.Não se sente a
autoridade de Feola, porque ele não faz o quê? p. 24
Não
esbraveja, não estrebucha, nem todos percebem que ele é o único que manda, o
único que decide.
08.Qual o jeito de
Feola enfurece-lo? p.25
É chamá-lo de
gordo. Então, ele pula e esbraveja como um caluniado.
CRÔNICA (6): Narciso às avessas, que cospe na própria imagem (p.26 à
28)
01.O que a torcida pode fazer? p.26
Pode salvar
ou liquidar um time.
02.Qual a arma
irresistível que tem o torcedor? p.26
O palpite
errado.
03.Aqui a primeira providência
do torcedor foi qual? p.26
Foi humilhar,
desmoralizar o triunfo, retirar-lhe todo o dramatismo e toda a importância.
04.Há uma relação
nítida e taxativa entre quem? p.27
Entre a
torcida e a seleção.
05.Um péssimo torcedor
corresponde a quem? p. 27
Corresponde a
um péssimo jogador.
06.Em 50, houve mais
que o revés de onze sujeitos, houve o quê? p.27
Houve o
fracasso do homem brasileiro.
07.Por que o torcedor é
um Narciso às avessas? p. 27
Porque cospe
na própria imagem.
CRÔNICA (7): Quem ganha e perde
as partidas é alma (p.29 à 31)
01.
O
futebol brasileiro tem tudo, menos o seu psicanalista. Cuida-se de quê? p.29
Cuida-se da integridade das canelas,
mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio
emocional do jogador.
02.
Já
é tempo, de quê? p.29
De
atribuir-se ao craque uma alma, que talvez seja precária, talvez perecível, mas
que é incontestável.
03.
A
torcida, a imprensa e o rádio dão importância a quê? p.29
A pequeninos
e miseráveis acidentais.
04.
O
jogador brasileiro é sempre o quê? p.29
Um pobre ser
em crise.
05.
Mas
quem ganha e perde as partidas? p. 30
É a alma.
06.
Faço
minhas as palavras da autoridade: - só um Freud explicaria o quê? p.31
A derrota do
Brasil frente à Hungria, do Brasil frente ao Uruguai e em suma, qualquer
derrota do homem brasileiro no futebol ou fora dele.
Entre o pessimismo mais obtuso e a
esperança mais frenética.
02.Desde 50 que o nosso
futebol tem p? p.20udor de acreditar em si mesmo. A
derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz o quê? p. 32
Faz sofrer,
na cara e na alma, qualquer brasileiro.
03.Dizem que tudo
passa, mas eu vos digo: - menos o quê? p.32
Menos a dor
de cotovelo que nos ficou dos 2x1.
04.O que nos trava?
p.32
O pânico de
uma nova e irremediável desilusão.
05.Qual é a pura, a
santa verdade? p. 33
É a seguinte:
qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em
estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de
invenção.
06.O que se entende por
“complexo de vira-latas”? p.33
Entendo eu a
inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto
do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol.
07.O brasileiro precisa
se convencer de quê? p.34
De que não
é um vira-lata e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia.
CRÔNICA (9): A chamada consciência humana é o medo do rapa (p. 35 e 36)
01.Os homens estacam para o surdo escoamento
dos veículos. E, súbito, uma voz gaiata anuncia o quê? p.35
“Olha o rapa!”.
02.
O
que é o medo? p.35
É um grande e
eficaz nivelador.
03.
O
pior de tudo foi o quê? p.35
Era rebate
falso,
04.
O
último a recuperar um pouco de harmonia interior foi quem? p.35
Um
psicanalista célebre.
05.
Todos
reagem com esse pânico municipal. Menos quem? p. 36
O juiz de
futebol.
06.
O
árbitro de futebol resiste a tudo. É o quê? p.36
É o único ser
inamovível, inexpugnável.
07.
Vejam
as touradas. Diante dos urros do público, ele recebe uma brusca consciência
ética da humilhação. Se lhe fosse permitido, o que faria o touro? p. 36
Assim ofendido,
largaria o toureiro e sairia dando marradas nos espectadores.
08.
Só
o juiz de futebol faz o quê? p.36
Lava as mãos
diante do irresponsável furor coletivo.
CRÔNICA (10): Uma bofetada muda
não ofenderia ninguém (p. 37 e 38)
É, na verdade, o mais transcendente,
o mais importante de todos os atos humanos.
02.A partir do momento
em que alguém dá ou apanha na cara, acontece o quê? p.37
Inclui,
implica e arrasta os outros à mesma humilhação. Todos nós ficamos atrelados ao
tapa.
03.De todos os sons
terrenos, qual o único que não admite dúvidas, equívocos ou sofismas? p.37
É o da
bofetada.
04.Qual foi o
desenlace? p.38
A fuga do
homem.
05.Ao contrário dos
outros covardes, que escondem, que renegam, que desfiguram a própria covardia –
que fez o juiz? p. 38
O juiz correu
como um cavalinho de carrossel.
06.
A
imprensa e o rádio envolveram o árbitro. Essa covardia, foi como? p.38
Foi
fotografada, irradiada, televisionada.
CRÔNICA (11):
Para o jogador de caráter, uma vaia é um incentivo fabuloso (p. 39 a
41)
O estádio entupido foi uma vaia só.
02.Na pior das
hipóteses, Feola deveria ter posto quem? p.39
Julinho na
ponta-direita e Garricha na esquerda.
03.Quem é Julinho na
história do futebol brasileiro? p.39
Ninguém se
lembrava de que, no mundial da Suíça, contra os húngaros Julinho fizera um
carnaval medonho. De certa feita, driblara
04.Para o jogador de
caráter, uma vaia é o quê? p.40
É um
incentivo fabuloso, um afrodisíaco infalível.
05.Ele o marcou contra
os ingleses, sim, mas também contra quem? p. 40
Contra os que
o vaiaram.
06.Do primeiro gol em
diante, a multidão transformou-se em quê? p.40
Em “macaca de
auditório” de Julinho.
07.Se ele apanhava a
bola, os 200 mil espectadores faziam o quê? p.40
Arreganhavam
o riso enorme e já gozavam por antecipação, o que Julinho iria fazer.
08.Assim é o brasileiro
de brio. Deem o quê? p.41
Deem-lhe uma boa via e ele sai por aí, fazendo milagres, aos borbotões.
CRÔNICA (12): Sujeitos que não sabiam se gato se escreve com “x” iam ler a vitória no jornal (p. 42 a 44)
Dos Pelés, dos Didis.
02.Graças aos 22
jogadores, que formaram a maior equipe de futebol da Terra em todos os tempos,
graças a esses jogadores, dizia eu, que o Brasil descobriu o quê? p.42
Descobriu-se
a si mesmo.
03.A as moças na rua,
as datilógrafas, as comerciárias, as colegiais andam pelas calçadas com o quê?
p.43
Com um charme
de Joana D’Arc.
04.A vitória passará a
quê? p.43
Passará a
influir em todas as nossas relações com o mundo.
05.O brasileiro
fazia-me lembrar aquele personagem de Dickens que vivia batendo no peito,
dizendo o quê? p. 43
“Eu sou
humilde! Eu sou o sujeito mais humilde do mundo!”
06.A partir do título
mundial, começamos a achar que a nossa tristeza é o quê? p.43
É uma piada
fracassada.
07.O brasileiro já não
se considerava o melhor nem de cuspe à distância. E o escrete vem e faz o quê?
p.43
Vem e dá um
banho de bola, um show de futebol, um baile imortal na Suécia.
01.Que povo é feliz?
p.45
O povo que
pode esfregar um Garrincha na cara do mundo.
02.“...eu não vou
quebrar lanças em prol do estilo”, como queria quem? p.45
Bilac.
03.“Então faço a
pergunta: - que fizemos nós, ontem, em Santiago? p.45
Éramos onze
gatos pingados contra milhões enfurecidos.
04.Como é o Mané?
Descreva-o. p. 45
Com suas
pernas tortas e fulgurantes, com o seu olho rútilo e também torto, pôs os Andes
de gatinhas, ou de cócoras, sei lá.
05.Quando Mané
Garrincha enfiou um gol e depois outro, como diria um orador de gafieira? p. 45
Foi uma
pátria constelada de Garrinchas.
06.O povo não sabia
como conciliar duas coisas, quais? p.46
O delírio dos
locutores e a exata veracidade da imagem.
07.Todo o Chile se
levantar contra nós. A imprensa, o rádio, a TV, o homem de rua, as crianças
quiseram o quê? p. 46
Quiseram
triturar emocionalmente a “seleção de ouro”.
08.Garrincha foi a
maior figura do jogo e a maior figura de quê? p.47
A maior
figura da Copa do Mundo – a maior figura do futebol brasileiro.
01.Brasil era
proclamado bicampeão do mundo. E, a partir da vitória, sumiram quem? p.48
Sumiram os
imbecis, e repito: - não há mais idiotas nesta terra.
02. Quantos milhões de
reis(habitantes) somos? p.48
75
ilhões de reis
03. Vinte e quatro
antes da batalha, já acontecia o quê? p.48
Já tropeçavam
na rua os bêbados da vitória. Amigos, nunca foi tão fácil ser profeta.
04.Esse time de negros
ornamentais, folclóricos, divinos, deslumbrou o mundo. Foi o quê? p. 48
Foi o mais
belo futebol que jamais olhos humanos contemplaram.
05.Quem é novo Pelé
proclamado? p. 49
Amarildo, o
“Possesso”.
06.A bola, também
possessa, foi cravar no fundo das redes. Parecia apenas o empate, mas já era o
quê? p.49
Já era o bi.
07.Depois da vitória
não me falem na Rússia, não me falem nos Estados Unidos. A Rússia e os Estados
Unidos começaram a ser o passado. Foi a vitória do escrete e mais o quê? p. 50
Foi a vitória
do homem brasileiro, ele sim, o maior homem do mundo. Hoje o Brasil tem a
potencialidade criadora de uma nação de napoleão.
Sempre meninas fugindo docemente para
o mato e fazendo de um arbusto o biombo do pudor.
02.Não há Céu tão genial como qual? p.52
O simples e honesto asfalto da Belo
Horizonte- Brasília.
03.O que acontece com o sujeito depois de
aspirar essa emanação gloriosa? p.52
O sujeito venta fogo!
04.Quem o cronista gostaria de ver, aqui, dando
rijas e sadias marteladas? p. 53
Carlos Drummond.
05.Segundo os inimigos de Brasília, a beleza
passou a ser uma indignidade. Diante do belo, do simplesmente belo, rosnam que
palavras? p. 53
“Fascismo! Fascismo!”
06.Oferecer aos alunos a maravilhosa
experiência humana e brasileira que é simples visita ao Planalto. Ir a Brasília
é? p. 54
É voltar mais brasileiro.
É o que se supõe um lorde inglês.
02.Imagino a humilhação do sujeito que entrega
a presidência a outro sujeito. Há uma coisa que não acaba. Qual? p.55
É o idílio com a autoridade, a lua de
mel com o poder.
03.O homem quer o quê? p.55
O homem quer o Poder, quer a
Autoridade, para sempre.
04.O ex-presidente adquire, imediatamente, que
jeito? p. 55
Um ar de museu de cera.
05.Dir-se-ia que ele tinha sempre um riso,
onde? p. 55
No bolso, riso que ele puxava
escandalosamente, nas cerimônias mais enfáticas.
06.O que ele conseguiu em cinco anos, o que não
se conseguira em quatro séculos? p. 56
Salvar o homem brasileiro.
07.Que faz o homem nas
horas cruciais? p. 57
Enfia a mão na
memória, como um saco de mágico, e arranca de lá as soluções urgentes e
salvadoras.
08.Tenho um amigo que antes de tomar uma
decisão diz o quê? p.57
- “Vejamos o
que diz o passado!” e o passado sopra-lhe a solução ideal.
CRÔNICA (17): Todos somos hipócritas para não confessar a nossa desolada solidão - (p.58 a 60)
01. Não me admiraria nada se, de repente, lesse
que anúncio nos Classificados? p.58
“PRECISA-SE de um amigo. Paga-se bem.
Procurar o sr. Artur, das 14 às 17 horas etc., etc.”
02. Qual é o único pudor que nos resta? p.58
O pudor de gostar, de querer bem, e
de precisar de um afeto profundo.
Como uma árvore ao peso dos frutos.
04.Qual foi a resposta
para a imprensa que quis incompatibilizar os onzes brasileiros com os
torcedores? p. 59
A resposta
foi a bilheteria dos três últimos jogos da seleção.
05.Em 58 e 62 o povo se
levantou para receber os nossos craques, e desta vez, o que aconteceu? p. 59
A loucura
começou antes, muito antes.
Falta um ano
para a Copa.
06.Por que o cronista
diz que a euforia popular tem algo de profético? p. 59
Porque o povo
sente que este Scratch vai ser campeão.
07.Sim, nós respiramos
otimismo, e se o Scratch do João trouxer a Copa, e para sempre – veremos o quê?
p. 60
Veremos este
povo subir pelas paredes como uma lagartixa profissional.
CRÔNICA (18): Tristíssimo Brasil (p.61 a 62)
01.O que nossa resenha ensina? p.61
Ensina mais sobre o país do que os sertões,
no princípio do século.
02.Qual é a tese que há
muito tempo sustentamos? p.61
O europeu é
viril, mas leal; ao passo que o brasileiro é bruto e desleal.
03.De forma um dos
convidados pôs nas nuvens o futebol europeu? p.61
A educação
europeia, a polidez europeia, a correção europeia.
04.Vencendo a minha
timidez de subdesenvolvido, comecei a dizer o quê? p. 61
- O craque
brasileiro é muito mais doce, mais educado, mais cavalheiro do que o europeu.
05. Em 58, contra a
França, fomos garfados da maneira mais deslavada. De que forma? p.61/2
Tivemos que
fazer três gols para que um valesse.
06.Em 62, a mesma
coisa. O escrete evoluía em campo como quem? p. 62
Como um
marquês de rancho, com peruca, sapatos de fivela e um manto azul com estrelas
bordadas.
07.Confesso que não
tive palavras. Sem entender mais nada, perguntava de mim para mim o quê? p. 62
- Que espécie
de prazer, que miserável volúpia, que satisfação demoníaca e suicida leva o
brasileiro a cuspir na própria imagem como um Narciso às avessas.
CRÔNICA (19): O doce e truculento João (p.63 a 64)
01.O bom no Saldanha
está na duplicidade, de que forma? p.63
De um lado, é
um Francisco de Assis, e de outro lado, é um Tartarin.
02.O que acontece
quando ele se inflama? p.63
Saiam da
frente, porque o colega põe fogo por todas as narinas.
03.Segundo o cronista,
o justo é quem? p.63
É um dos mais
abomináveis tipos humanos que eu conheço.
04.Que conselho daria
ao leitor? p. 63
Nunca receba
um justo em casa.
05.Outra coisa que o
colega nunca foi: - um idiota da objetividade. Jamais consente o quê? p.63
Que a
objetividade sufoque, mate, estrangule a flor translúcida do sentimento e a
rosa escarlate da paixão.
06.Quem foi Marta
Rocha? p. 66
Foi uma das
mais belas descobertas deste país.
07.
Se
tivéssemos de fazer um concurso de animais de futebol, o brasileiro teria o
quê? p. 67.
Teria um
franciscano quadragésimo sétimo lugar.
01.Atrás de nós um
crioulão conversava com outro crioulão. E um deles dizia o que ao outro? p.68
- “Então, eu
disse a ela: Fique sabendo que eu sou inteligente como o Otto Lara Resende”
02.–“E o Otto é tão
inteligente assim?” p.68
Digo, e com
que sinceridade o digo:
- “O Otto é
muito mais inteligente do que o povo imagem.”
03.O que o cronista
acha um absurdo com relação ao Otto? p.69
Esse homem
tão inteligente não gosta de futebol.
04.Que profecia
desvairada Gagliano Neto me afirmou de olho rútilo e lábio trêmulo? p. 69
“Amanhã, o
Brasil vai ganhar de oito a zero”.
05. Por que perdemos?
p.69
Porque só
acreditávamos na goleada.
06.Que aconteceu com
Otto Lara Resende quando eu estava falando dele? p. 69
Ele foi uma
das testemunhas humilhadas e ofendidas naquele dia.
07.Como era o silêncio
de 200 mil brasileiros? p. 69.
Era de
rebentar os tímpanos.
CRÔNICA (21): Quem é o chuta? (p.70 e 72)
01.Quem foi o primeiro
presidente da república que tinha interesse pelo futebol? p.70
O general
Garrastazu Médici.
02.Qual era a fala da
vizinha? p.70
“A gente vive aprendendo.”
03.Weltman continua de
pé e pergunta o quê? p.70
- Como pode
um chefe de Estado, no Brasil, desconhecer a nossa maior e mais obsessiva
paixão popular?
04.Que gemeu na tribuna
de honra o diplomata? p. 71
- “Ai Jesus,
que relva catita!”
05.Durante noventa
minutos, milhares de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, vociferavam
que palavras? p.71
06.O diplomata vira-se
para o rapaz do Itamaraty, que o acompanhava e fez que pergunta? p. 71
- “Quem é o chuta? Quem é o Chuta?”
07.Que políticos
brasileiros sabem tanto ou menos do que o diplomata luso? p.71
Há ministros,
há deputados e senadores.
08.Em pleno jogo Brasil
x Suécia um amigo milionário me convidou para passear. Eu, na minha tremenda
dispneia emocional, respondi o quê? p.71
- “Pelo amor
de Deus, não saio, nem a tiro. Estou por conta do jogo.”
CRÔNICA (22): Quando o brasileiro acredita em si mesmo, é imbatível
(p.73 e 74)
01.O que Deus me
poupou? p.73
O sentimento
da inveja.
02.Quando cruzo com
Walther Moreira Salles faço o quê? p.73
Tiro o chapéu
que não uso, ao último gentil-homem, e passo adiante.
03. Walther foi
convidado para servir ao escrete. Seus amigos quiseram dissuadi-lo. Mas que fez
ele? p.73
Ele foi
irredutível.
04. Walther foi
taxativo: - “Não saio nem por um milhão” – e disse, por fim, o quê? p.73
“Não saio
porque acredito na estrela do Brasil e na minha própria estrela”.
05.
Qual
prognóstico o presidente Médici para o jogo Brasil X Itália, no México? p. 73
“Brasil 4 x 1
“
06.Qual foi um dos
momentos mais dramáticos da batalha? p.73
Foi aquele em que vinha Pelé e atrás
um italiano que dava pequenos chutes nos seus calcanhares.
07. O cronista diz: -
Bom tempo, bom tempo. A verdade é? p. 74
- Quando o
brasileiro acredita em si mesmo, é imbatível.
CRÔNICA (23): O time nacional tem que se achar
o melhor do mundo (p.75 e 76)
01. Dirão você: - “Isso é literatura!” E se o fosse, não
seria demérito. Mas eu digo que esse rapaz não podia ser apontado, não como “um
brasileiro”, mas como quem? p.75
“o brasileiro”
02.Como “A besta” podia se considerar? p.75
Um brasileiro autêntico.
03. O que escreveu o
cronista na crônica de ontem? p.75
-“O brasileiro ou acredita em si mesmo ou cai de
quatro.”
04. Para a seleção
render cem por cento, ou mil por cento, precisa o quê? p.75
05. Segundo o cronista, os jogadores brasileiros já
acreditaram no Brasil, foi quando? p. 76
Foi na minha pré-adolescência.
06. Como estava Luiz Vinhas no vestiário? p.76
Ventando fogo.
07. Ele abriu uma bandeira da Pátria e fez o quê? p. 76
Fez cada jogador beijar a bandeira.
-“Por que é que o senhor não dá nomes
aos bois? Por que não diz quais são os cretinos fundamentais da nossa
crônica.?”
02.Como
estão os cretinos fundamentais? p.77
Estão nus nas nossas barbas, sem a
proteção de uma escassa folha de parreira.
03. Que fazem milhares de cretinos
fundamentais? p.77
Torcem contra
o Brasil
04.Que
comentário fez ao Nelson a grã-fina das narinas de cadáver? p.78
-“São analfabetos, Nelson, são
analfabetos.
05.O
cretino fundamental deve o que ao futebol brasileiro? p. 78
Deve o sapato da mulher e o leite do
caçula.
06.Que
pesadelo talvez profético teve o cretino fundamental? p.78
Pois sonhou que o homem da carrocinha
de cachorro aplicou-lhe o laço de arame no pescoço.
07. Cercado de latidos, pôs-se a berrar o quê?
p. 78
O home do
laço retruca: - “Pior, muito pior. És cretino fundamental.”
CRÔNICA (25): Os mistérios da personalidade (p.79)
01.Por que o vizinho
era o que se chama um homem de bem? p.79
Quando ele
passava, cumprimentava todos, inclusive postes (tinha o gênio do cumprimento)
02.Ele tinha uma testa
que começava na frente e ia acabar onde? p.79
Ia acabar cá
atrás no cangote.
03.O que diz a minha
vizinha gorda e patusca? p.79
“Nada como um
dia depois do outro”.
04.E de repente, o
homem de bem fez o quê? p.79
Bateu uma
carteira.
05.De quem o homem de
bem bateu a carteira? p. 79
Bateu a
carteira do defunto.
06.Que explicação o
homem de bem deu por ter pego a carteira do defunto? p.79
“São os
mistérios da personalidade”.
07.As pessoas presentes
passaram da indignação santa para o quê? p. 79
Para a
perplexidade aguda.
08.Todo mundo tem os
chamados mistérios da personalidade. E, nesse caso, qualquer sujeito é capaz de
quê? p.79
É capaz de
tudo, até de uma boa ação.
CRÔNICA (26): O grande ouvinte é o homem que faz
ficção (p.81 e 82)
01.Que pergunta tem um
toque de narcisismo? p.81
“Homem ou
mulher”.
02.O brasileiro está
querendo insinuar o quê? p.81
Que tem
excesso de mulheres.
03.Ora, eu sou
romântico e o romântico é que tipo de homem? p.81
Homem de uma
mulher só.
04.Um sujeito me
perguntou se o cretino fundamental não é a mesma coisa que o idiota da
objetividade. Expliquei que há o quê entre eles? p.81
Há
singularidades entre um e outro.
05.Que disse Jânio
Quadros quando este ainda presidente da República, disse a Otto Lara Resende?
p. 81
“Minhas duas
fraquezas são a mulher bonita e o homem inteligente.”
06.Qual é o nome do
amigo do cronista, que ele não abre mão? p.82
É o
romancista Permínio Asfora.
07.Quem é uma das
maiores figuras do velho futebol? p. 82
- Di Stéfano.
08.O que ele declarou
numa entrevista? p.82
“Ou o Brasil
joga de primeira ou não ganha de ninguém.”
01.O que aconteceu com
todas as novelas? p.83
Foram
escorraçadas do chamado horário nobre.
02.E quem quiser vê—las
e ouvi-las terá que fazer o quê? p.83
Terá que
esperar as onze horas da noite.
03.Essa campanha contra
as novelas foi desencadeada para quê? p.83
Para salvar
infância e juventude.
04.O que se procura
realmente definir, caracterizar e anular? p.84
É a profunda
e irreversível incapacidade educacional da família.
05.O cronista diz crer
que, um dia desses, aconteça o que com o Maracanã? p. 84
Só possa
abrir suas portas às onze de noite, quer dizer, no horário compatível com os
pulhas de ambos os sexos.
06.Essa autoridade diz
a criança “deve”, “precisa” assistir até a filmes de terror para quê? p.84
Para liberar
não sei que misteriosas potencialidades.
CRÔNICA (28): A Loteria Esportiva coincidiu com o
Brasil descoberto em 1964 (p.86 e 88)
01. O cronista diz que
precisa conhecer a História, e a História precisa o quê? p.86
Precisa
conhecer a nossa maravilhosa Loteria Esportiva.
02.Desde Pero Vaz
Caminha? p..86
O gosto da
pobreza.
03.O que o brasileiro
não admitia, nem como uma hipótese? p.86
Que viesse a
ser, um dia, milionário.
04.Qual é o símbolo
autêntico de um Brasil pré-revolucionário? p.87
-“Eu não
mereço tanto!”
05.O brasileiro não
estava preparado, para ser rico. Se a fortuna fosse bater na sua porta, ele
próprio diria, o quê? p. 87
- “Não estou
em casa.”
06.Com o
desenvolvimento, o brasileiro pensa em quê? p.87
Pensa em
ganhar dinheiro, em ser rico.
07.Sistematicamente, os
melhores prêmios saem para quem? p. 87
Saem para os
pés-rapados.
08.Outrora, um
brasileiro que ganhasse bilhões, de estalo, acontecia o quê? p.88
Havia de
morrer na hora, enfarte fulminante.
CRÔNICA 29: O brasileiro novo-rico procura
vingar-se de todas as privações passadas – p. 89 a 91
01. Quem é
a figura curiosa e, até fascinante, segundo o cronista? p.89
O brasileiro.
02. O
cronista diz que o nosso bem, ou nosso mal, está onde? p.89
Está no que eu chamaria de pobreza vocacional.
03. Qual é
a verdade citada pelo cronista? p. 89
Ei-la: - o brasileiro não nasceu para ser rico.
04. Por
que o amigo do cronista disse que não esquece da Aldeia Campista? p.89
Era um nostálgico de velhas fomes.
Mundos e fundos, coisas, enfim, que só o Tesouro da Inglaterra pode
pagar.
06. Paulo
César pode passar quantos anos sem
comprar camisas? p.90
Trezentos anos.
07. A toda
hora, o novo-rico procura o quê? p. 91
Procura vingar-se de todas as privações passadas.
08. Assim
como Paulo César; creiam que o novo-rico está sempre fazendo o quê? p.91
Se vingando de fomes pretéritas.
Quer ter muito para gastar mais, e mais, e mais.
CRÔNICA 30: O brasileiro não gosta que
concordem com ele. p. 92 a 94
01. Daí
que a verdade pirandelliana de cada um aplica-se a tudo e, em especial, a quê?
p. 92
Ao futebol.
02. Ora,
sinto-me perfeitamente à vontade porque sou como quem? p. 92
Como profeta das segundas-feiras.
03. Para o
Saldanha, no jogo com o Flamengo, o que aconteceu com o Botafogo? p. 93
Foi caçado a pauladas como uma ratazana prenhe; para o Scassa, no
jogo com o Botafogo.
04. O
brasileiro não gosta que concordem com ele. E quando isso acontece, é capaz de
quê? p. 93
É capaz de subir pelas paredes como uma lagartixa profissional.
05. O que
não existem para o futebol? P. 93
As impossibilidades.
06. Que
dúvida o cronista insinuou a João Saldanha sobre o Botafogo? p.93
-“E se acontecer uma catástrofe? E se o Botafogo não for campeão?”
CRÔNICA 31: O brasileiro tem
alma de feriado - p.95 e 96
01.Qual
foi a grande descoberta que o autor fez sobre o "brasileiro" ao final
da crônica, após questionar quem faria o Brasil se todos estivessem na praia?
A grande descoberta do autor foi que "O brasileiro tem alma
de feriado".
02.
Onde o autor esperava encontrar as praias após o longo feriado, e o que ele
realmente encontrou ao chegar lá?
Ele encontrou o oposto: a praia estava "inundada de
brasileiros" e com "mais gente do que nunca", como
ele diz com espanto.
03.
O que é a "grande saraivada de feriados" que o autor menciona no
início da crônica e qual o efeito dela sobre o brasileiro?
A "grande saraivada de feriados" que o autor menciona é
uma sequência muito longa de dias de folga.
04.
De acordo com o texto, qual é o sentimento que aparece no brasileiro na
terça-feira, quando o período de descanso dos feriados termina e ele precisa
voltar aos "dias úteis"?
O cronista chama de "provação dos chamados dias úteis",
acompanhada de uma melancolia que ele compara aos "paráveis às
de Jó" (uma referência bíblica a grande sofrimento).
05.
O autor menciona ter sentido um "remorso ou vergonha" no meio do
feriado. Qual foi o motivo desse sentimento?
O cronista sentiu remorso ou vergonha por ter se esquecido
completamente do Brasil e das suas responsabilidades por quatro longos e
dilatados dias de folga.
CRÔNICA 32: Não se improvisa uma derrota - p.97, 98 e 99
01.
No início da crônica, o cronista fala de uma medalha que o
Brasil não podia ganhar na "Grande Exposição Internacional de
Paris". Por que ele diz que o Brasil tinha que perder para ter razão?
O cronista diz que o Brasil tinha que perder para que
o "nacionalismo" e a "derrota" tivessem
razão de ser.
O objeto simples que representou o Brasil na exposição foi
uma "caixa de fósforos".
Quando três brasileiros se juntavam, eles automaticamente
rompiam a cantar o hino nacional. Isso mostrava um patriotismo genuíno e cheio
de fervor, que acontecia naturalmente no cotidiano.
04. No trecho sobre a Copa de 38, o que o cronista
diz que realmente uniu os brasileiros?
O que realmente uniu os brasileiros, segundo Nelson Rodrigues,
não foi a vitória, mas sim a derrota para a Itália (perdemos de 2 x
1). Ele descreve que, após o jogo, "o brasileiro urrava nas esquinas
e botecos".
O risco era que a resposta do redator não fosse a que o jornal esperava
(torcer pelo Brasil). Na resposta do redator citada, ele diz: "Ganha
a Rússia, porque o brasileiro não tem caráter".
CRÔNICA
33: Não se faz política com bons sentimentos - p. 100 e 101
01.
Qual escritor famoso o cronista cita no início da crônica para dizer que não se
faz política nem literatura com "bons sentimentos"?
Ele cita André Gide.
02.
A quem o cronista ligou logo após o apito final de um jogo para dar os
parabéns, e que ele chama de "nossa Rachel de Queiroz"?
Ele ligou para a escritora Rachel de Queiroz.
03.
Qual era a única palavra que um repórter pediu para o Conde de Keisserlling
encontrar para resumir a maior virtude do povo brasileiro?
A palavra era DELICADEZA.
04.
O que o narrador diz que ele e outras pessoas usavam para mostrar
"reverência" ao homem no Palace Hotel?
Eles usavam o chapéu (tirando-o da cabeça).
05.
O que o narrador diz que faz, logo no início da crônica, para provar que o
brasileiro é um "sujeito imprevisível"?
Ele diz que o brasileiro é capaz de bater no telefone (desligar na cara)
de sua amiga Rachel de Queiroz, mesmo tendo grande admiração por ela.
06.
Qual é a palavra que um dos repórteres usou para descrever a sua própria falta
de delicadeza, dizendo: "Eu sou um qua-drúpede de 28 patas"?
O repórter usou a palavra "qua-drúpede" (quadrúpede), que
significa um animal de quatro patas, para dizer que era uma pessoa bruta e sem
sutileza.
CRÔNICA 34: A fortuna tem um defeito: - conhecida demais
p. 102 a 104
01. Qual é o nome do jogador de futebol famoso e rico
que é o tema principal da crônica?
O jogador é Paulo César, que o texto também chama de "Perla Paraguaia"
(embora ele seja carioca).
02.
O que o narrador da crônica (o "eu") disse que Paulo César tem em
grande quantidade no seu guarda-roupa, além de muitas camisas, para mostrar sua
riqueza?
O narrador diz que Paulo César tem trezentos sapatos e duzentas e
cinquenta calças de veludo.
03.
Qual é o "defeito" que o narrador afirma que a fortuna de Paulo César
tem?
O defeito é que a fortuna de Paulo César é "conhecida demais".
04.
Quando a crônica foi publicada e em qual jornal, de acordo com o texto?
A crônica foi publicada em O Globo, na data de 3/11/1971.
05.
O que o personagem "Esbraveja" diz que a maioria das pessoas sente
por Paulo César e que faz com que elas fiquem "derrubando o mundo"?
Ele diz que o sentimento é a inveja.
CRÔNICA 35: O POVO E A RAINHA –
p. 105 e 106
01.
Qual é o sentimento que, segundo o autor, o povo brasileiro tem pelas rainhas,
marquesas e condessas?
O povo brasileiro adora rainhas, marquesas e condessas. O cronista diz
que o amor por elas é o mesmíssimo sentimento que se tem pelo futebol.
02.
Qual é o único defeito que, de modo geral, o brasileiro médio acha que a
República tem?
O único defeito da República é não ter uma Rainha.
03.
Que país o escrete brasileiro visitou, e qual foi o resultado de um jogo que o
autor lembra?
O escrete brasileiro visitou a Inglaterra (em Wembley). O jogo terminou
em um empate de 4 a 4, depois que o Brasil vencia por 2 a 0.
04.
Qual foi a justificativa dada pelos brasileiros para a derrota mencionada (o
empate, no caso, que fez o Brasil perder a vantagem)?
Os brasileiros culparam a derrota (ou a perda da vitória) dizendo que o
adversário (a Inglaterra) tinha uma Rainha.
05.
Onde a Rainha da Inglaterra (Rainha Elizabeth II) iria aparecer pela primeira
vez para o povo brasileiro, segundo a crônica?
A Rainha iria aparecer na tribuna de honra do ex-Maracanã, ou seja, o
Estádio Mário Filho.
06.
Quando um grande escritor europeu visitou o Brasil, o que ele disse ser o
caráter do brasileiro em uma única palavra?
Ele definiu o caráter do brasileiro com a palavra
"Delicadeza".
CRÔNICA 36 – O futebol menor não tem manchete –
p. 107 a 109
01. Segundo o cronista, o que
o futebol menor tem de "maravilhoso"?
O futebol menor tem
de maravilhoso os clubes pequenos, as sedes modestas, os campos são, por vezes,
terrenos baldios, e coisas como a história do goleiro Bicanca.
02. O que Otaviano, o
personagem principal da história, tinha de especial que poderia levá-lo a jogar
no Fluminense?
Otaviano tinha muito
talento para o futebol, tanto que foi convidado para treinar no Fluminense.
03. Qual era o grande e
estranho medo que Otaviano sentia, que o fez trancar-se no quarto e desistir de
jogar futebol?
O grande e estranho
medo que Otaviano sentia era o medo da morte.
04. Qual foi o emprego que Otaviano
conseguiu, mas que deixou a família chocada?
O emprego que
Otaviano conseguiu foi de barbeiro de necrotério.
05. Quando Otaviano estava
muito doente, o que as mulheres da família falavam sobre o motivo da doença?
Elas sussurravam que
a doença era causada pelo "Desgosto do filho! Desgosto da família!"
06. No final da crônica, qual
foi a última frase que a mãe de Otaviano disse a ele antes que ele morresse?
A última frase da
mãe para o filho foi: "Deus te abençoe."
CRÔNICA 37 – A partir de
Méier, o brasileiro começa a ter saudades do Brasil - p. 110 a 112
01. Na crônica, o cronista
conta a história de dois amigos que viajaram. Quem são eles?
Os dois amigos são
Claudio Mello e Souza e Otto Lara Resende.
02. Um dos amigos, Otto Lara
Resende, viajou para quais países escandinavos?
Otto Lara Resende
viajou para a Noruega e a Dinamarca.
03. O que Claudio Mello e
Souza declarou ao desembarcar do avião, na volta da viagem?
Ele declarou,
brincando: "O francês é um cavalo!" (O autor explica que isso era um
elogio à vitalidade).
04. Qual foi a frase que
Claudio Mello e Souza disse ao taxista de Paris que tentou insultá-lo (ruge-lhe
um desaforo)?
Claudio Mello e
Souza respondeu: "Te parto a cara, seu palhaço!" (O autor diz que
essa atitude "liquida a questão").
05. Que objeto Claudio Mello e
Souza comprou em uma sapataria, pouco antes de embarcar no Galeão?
Claudio Mello e
Souza comprou uma botina suntuária (um tipo de bota).
06. Onde o cronista, no final
do texto, diz que é o seu verdadeiro assunto ("meu assunto e meu
ganha-pão")?
O cronista diz que
seu assunto é o futebol.
CRÔNICA 38 – O apelido corrige
e denuncia a mistificação do nome – p. 113 a 114
01. Qual é a ideia principal
do autor sobre o apelido?
O autor diz que o
apelido corrige e denuncia a mistificação do nome, revelando a verdadeira
identidade da pessoa.
02. Na primeira história
contada na crônica, qual era o nome do rapaz que tinha uma figura obesa e
"crudelíssima"?
O nome do rapaz era
Nero de Albuquerque e Silva.
03. Qual foi o apelido que os
colegas de Nero de Albuquerque e Silva deram para ele?
O apelido que os
colegas deram para ele foi "Rosquinha".
04. O que a legenda dizia na
coroa de flores que os colegas mandaram para o "Rosquinha" quando ele
morreu?
A legenda dizia:
"Ao Rosquinha, o Eterno Adeus Dos Seus Desolados Companheiros."
05. O autor compara o jogador
Ademar (o "Rosquinha" do futebol) com que tipo de animal para mostrar
sua força e ferocidade em campo?
O autor o compara
com uma fera e com uma Pantera.
06. De acordo com o que o cronista
diz, o que é a única coisa que realmente interessa no futebol de Ademar
"Rosquinha"?
A única coisa que
interessa no futebol dele é a barriga, ou seja, o seu peso físico.
CRÔNICA 39 – Para saber da
atualidade nacional – só recorrendo aos idiotas mais à mão - p.115 a 119
01. No início da crônica, o cronista
menciona um amigo, repórter policial, que estava sempre bêbado. O que ele
respondia quando perguntavam por que ele bebia?
"Não
bebo." e dizia que era um "pau-d'água" que nasceu e morreu
bêbado.
02. O que o autor e seu amigo
Walter Clark foram fazer na casa de um casal de "progressistas"?
Eles foram
convidados para uma festa na casa do casal.
03. O que o cronista e o
Walter Clark viram no palácio (mansão) do casal, no Alto da Boa Vista, que
tinha a ver com uma "mulher nua" e um jacaré?
Eles viram uma
estátua de mulher nua com uma cascata artificial que tinha filhotes de jacaré.
04. Qual foi a palavra rude
(palavrão) que a anfitriã da festa distribuiu aos convidados como se fossem
bombons?
Ela distribuía a
palavra "surpresa" (o autor diz que essa palavra era o palavrão que
lhes correspondia, dada a vulgaridade da festa).
05. O que havia no palácio
(mansão) do casal, no "teatrinho", onde a anfitriã pediu para todos
se sentarem?
Havia um palco com
umas duzentas cadeiras e um pequeno palco.
CRÔNICA 40 – Avenida Atlântica,
de Forte a Forte, quatro quilômetros de umbigos -p. 120 e 121
01. Qual é a pessoa que o
cronista diz ser a "maior cabeça do Brasil" e que "reabilita o
elogio"?
A pessoa é o
sociólogo Gilberto Freyre.
02. O que um repórter
perguntou a Gilberto Freyre sobre o filme "A Dama da Lotação"?
O repórter perguntou
o que Gilberto Freyre achava d**'A Dama da Lotação** (um filme famoso de
Neville d'Almeida, com roteiro de Nelson Rodrigues).
03. O que era Neville, o amigo
que ligou para o autor, enquanto esperava que algo acontecesse (que era
"simplesmente a aurora")?
Neville era o
telefonema (ou a pessoa no telefone).
04. O que o cronista disse
sobre a Avenida Atlântica, do Forte ao Forte, que era o equivalente a
"quatro quilômetros de umbigos"?
Ele estava
descrevendo a Avenida Atlântica como uma coisa linda que ele estava olhando.
05. O que Gilberto Freyre
disse que achava de Nelson Rodrigues, quando perguntado sobre o filme "A
Dama da Lotação"?
Gilberto Freyre
respondeu que o cronista era "só um gênio satânico no sentido
nietzschiano".
06. Qual era a profissão do
noivo do segundo exemplo da crônica, que se casaria com a moça que foi pedir
conselho ao cronista?
Ele era um craque de
futebol.
07. Quem era Ava Gardner, a
pessoa que o cronista dizia ter o "direito de se despir" na Avenida
Atlântica?
Ava Gardner era uma
atriz famosa de Hollywood (o autor a usou como comparação para falar sobre o
desejo de se despir que a paisagem inspirava).
CRÔNICA 41: Ninguém acredite
na virtude de cara amarrada – p. 122 a 124
01. Quem é o personagem
central que motiva a crônica e qual é a sua profissão original?
O personagem central
é o Fregolente. Sua profissão original é ator (o autor menciona que ele é um
"ator Fregolente" e faz parte do meio teatral).
02. No início do texto, Nelson
Rodrigues faz uma distinção entre tipos de pessoas no meio teatral. Como ele
descreve a personalidade de Fregolente em comparação a outros colegas?
Nelson Rodrigues
descreve o meio teatral como cheio de "víboras" (pessoas ruins) e
"débeis mentais", mas destaca Fregolente como uma exceção admirável.
Ele o chama de "antivíbora", descrevendo-o como uma pessoa cheia de
bondade, inocência e misericórdia, dizendo que ele é "tão bom que a gente
sente".
03. Qual foi a notícia
surpreendente que Fregolente deu a Nelson Rodrigues por telefone?
A notícia
surpreendente foi que Fregolente, aos 53 anos de idade, estava se formando em Medicina.
04. O autor defende uma ideia
muito específica sobre a "alegria" versus a "dor". Segundo
o texto, o que é mais sagrado para o narrador?
Para o narrador, a
alegria é mais profunda e mais santa do que a dor. Ele afirma: "A alegria
também é mais santa do que a dor" e critica a ideia de que a virtude está
ligada à seriedade ("cara amarrada").
05. O livro se chama
"Brasil em Campo" e Nelson Rodrigues frequentemente usa metáforas de
futebol. Por que o autor compara Fregolente a jogadores como Nilton Santos e
Ademir?
O autor faz essa
comparação para destacar a longevidade, a garra e a capacidade de resistir ao
tempo. Assim como esses jogadores atravessaram gerações mantendo o talento
("o mesmo elã"), Fregolente também "derrotou a idade" ao se
formar médico já maduro.
06. Ao final do texto, o
narrador diz que o médico Fregolente era "um menino de Charles
Dickens". O que essa metáfora sugere sobre o estado de espírito de
Fregolente?
Sugere que, apesar
da idade avançada (53 anos na formatura, 57 na época da crônica), Fregolente
mantinha a pureza, o entusiasmo e a inocência de uma criança. Ele conservava a
capacidade de sonhar e se alegrar genuinamente.
07. Explique o título da
crônica: "Ninguém acredite na virtude de cara amarrada".
O título é um
conselho do autor para que não julguemos as pessoas pela aparência de
seriedade. Ele quer dizer que ser sério ou mal-humorado ("cara
amarrada") não é sinônimo de ser uma pessoa boa ou virtuosa. Pelo
contrário, para Nelson Rodrigues, a verdadeira santidade e bondade estão na
alegria e no riso, como demonstrado pelo personagem Fregolente.
CRÔNICA 42: A força da burrice
– p.125 e 126
01. Onde se passa a situação
narrada na crônica e, segundo Nelson Rodrigues, o que aquele grupo de pessoas
representa simbolicamente?
A situação se passa
no programa "Grande Resenha", da TV Globo. Para o autor, a mesa
redonda do programa tem um valor simbólico formidável: aquele grupo representa
a própria "Pátria", ou seja, o Brasil.
02. Qual foi a declaração
feita por um dirigente ("paredro") do futebol brasileiro que causou
indignação no autor?
O dirigente declarou
que "o nosso futebol não tem nenhuma chance", justificando a ausência
do Brasil no Pan-Americano. Nelson Rodrigues ficou indignado com o pessimismo e
a falta de crença no potencial brasileiro.
03. Por que Nelson Rodrigues
chama a opinião do dirigente de "a força da burrice"? Quais
argumentos o autor usa para defender que o futebol brasileiro era bom?
O autor considera
"burrice" porque o dirigente ignorava fatos óbvios. Os argumentos que
Nelson usa são: o Brasil era, na época, bicampeão do mundo; o país tinha o Pelé
(o melhor jogador); e o futebol era uma das poucas coisas que realmente
funcionavam bem no Brasil.
04. Na segunda parte do texto,
um dos companheiros de mesa faz uma afirmação sobre o jogador Pelé na Copa do
Mundo que choca o autor. O que foi dito e como o autor prova que isso era
mentira?
O companheiro disse
que Pelé foi "muito bem tratado" e "não sofreu nenhuma
violência" na Copa. O autor rebate dizendo que o "videoteipe"
(as gravações dos jogos) mostrava o contrário: Pelé sendo agredido, derrubado e
"ceifado por trás" pelos adversários.
05. Ao final do texto, como a
maioria dos participantes da "resenha" reagiu ao ouvir a mentira
sobre a violência contra Pelé?
Eles reagiram com
grande indignação cívica ("ira"). O autor descreve de forma exagerada
que eles "subiam pelas paredes como lagartixas" e pareciam prestes a
cantar o hino nacional, demonstrando patriotismo e defesa do futebol
brasileiro.
CRÔNICA 43: O sucesso é um
risco de vida – p. 127 a 129
01. Logo no início do texto, o
narrador afirma que o sucesso é perigoso ("um risco de vida").
Segundo ele, por que isso acontece?
Segundo o autor, o
sucesso é perigoso porque desperta a inveja ("o despeito") das outras
pessoas, que ele chama de "massa dos incapazes" e
"ineptos".
02. O autor conta a história
de um colega muito culto, que sabia várias línguas, mas que fingiu não saber
como se escrevia a palavra "você". Por que ele fez isso?
Ele fingiu ser
"analfabeto" ou ignorante para não chamar a atenção e para evitar a
inveja dos outros, pois acreditava que "a sabedoria causa inveja
homicida".
03. Na segunda parte do texto,
o autor muda de assunto e começa a falar de futebol. Quem é o personagem real,
apelidado de "João Sem Medo", que se torna o foco da crônica?
O personagem é João
Saldanha, que foi escolhido para ser o técnico da seleção brasileira.
04. Como as pessoas reagiram
quando João Saldanha aceitou o convite para ser técnico da seleção?
As pessoas reagiram
mal. O texto diz que "todas as vaidades feridas se juntaram contra o
João", ou seja, muita gente ficou com inveja e começou a torcer contra
ele.
05. O texto cita uma vitória
muito importante da seleção comandada por João Saldanha antes das
eliminatórias. Contra qual país, que era o atual campeão do mundo, o Brasil
jogou e venceu?
O Brasil venceu a
Inglaterra.
06. Nelson Rodrigues diz que o
jogador brasileiro costuma ficar triste ou deprimido ("a um passo da
depressão"). O que ele diz que o técnico João Saldanha "injetou"
nos jogadores para mudar isso?
O autor diz que João
Saldanha injetou “sangue de leões” nos jogadores, transformando o time em uma
equipe de “feras” cheia de entusiasmo.
07. No final do texto, o autor
usa o nome de um animal para se referir às pessoas invejosas que torciam contra
o sucesso da seleção. Que animal é esse?
Ele chama as pessoas
invejosas de hienas ("Só as hienas é que não gostaram").
CRÔNICA 44: No Brasil, a
delícia do Poder é o seu abuso – p. 130 a 131
01.Qual é a principal tese
(ideia central) que Nelson Rodrigues defende sobre o brasileiro no início da
crônica?
A principal tese é
que o brasileiro não nasceu para ser inteligente e que o brasileiro inteligente
é angustiado, aflito e neurótico (ele está sempre preocupado).
02. O que o narrador afirma
sobre o comportamento do brasileiro quando este começa a exercer um cargo de
Poder (autoridade)?
O brasileiro que
começa a exercer o Poder muda fisicamente: fica inquieto, perde o sono e não
come. A crônica afirma que a maior satisfação ("a delícia") do Poder
para ele é poder abusar dele.
03. Quem é o Dr. Paulo de
Carvalho e o que aconteceu com ele ao ser reinstalado no cargo de chefia da
delegação?
O Dr. Paulo de
Carvalho é o chefe da delegação. Ele sofreu um rude impacto emocional
("intensa dispneia emocional") por causa do estresse e da forma como
utilizava o seu poder.
04. Qual foi a atitude do Dr.
Paulo de Carvalho que causou indignação na imprensa e na TV, e que o autor
considera "brasileira"?
A atitude foi
trancar as portas para a Informação (proibiu o acesso). Ele impediu que os
jornalistas assistissem ao treino da seleção, sendo este o "seu
abuso" de poder.
05. O que o narrador quer
dizer quando afirma que "A Informação é uma das raríssimas coisas sagradas
do Brasil"?
Ele quer dizer que a
Informação (o direito de saber e de informar) é algo de valor altíssimo e deve
ser respeitado no Brasil. O autor usa a palavra "sagrada" para
enfatizar que a proibição de informar é um ato grave.
CRÔNICA 45: Eis a verdade nacional: - juiz não tem horário! – p.132 a
134
01.
Qual é a principal afirmação que o autor usa para defender que o "Inferno
é uma sala de espera"?
O autor discorda da
ideia de que o inferno são os outros. Para ele, o inferno é uma sala de espera,
onde as pessoas sofrem com o pior dos martírios: as longas e alucinantes
esperas.
O narrador
participou de um casamento na igreja ou no cartório (o texto fala em
"casarão sinistro" e "escassos casamentos").
A razão do atraso
era a ausência do juiz, pois, segundo a "verdade nacional",
"juiz não tem horário!" (ou seja, ele não precisava cumprir o horário
marcado).
Inicialmente, eles
tentavam rir e cochichar. Mas, com a demora (que chegou a duas horas e meia), o
bom humor se extinguiu, os risos cessaram e a espera se tornou
"amarga", transformando o ambiente em uma "depressão" ou
"melancolia".
A euforia foi
comprometida e, em uma "atroz melancolia", eles sentiram que tinham
vivido a sua "primeira experiência do Inferno" (representada pela
espera). O alívio do fim da espera não foi completo por causa do sofrimento
anterior.
CRÔNICA 46: Vivemos na terra onde se cochicha o elogio e se berra o
insulto – p. 135 a 136
A crítica principal
é que o brasileiro tem dificuldade em ser positivo e generoso. Ele tende a
falar bem dos outros (elogio) em voz baixa ou de forma disfarçada (cochicha),
mas é muito fácil para ele criticar e ofender (berra o insulto).
O soldadinho de
chumbo recuou dois passos, começou a chorar (bulhado em lágrimas) e disse que a
pessoa que ele viu não era ele, pois nenhuma mulher vai com a cara dele.
O narrador fez isso
porque percebeu que o soldadinho de chumbo se considerava o sujeito mais
desgraçado da terra. Ao se deparar com essa humildade e sinceridade, o narrador
sentiu que ele merecia solidariedade.
As verdadeiras
"lacraias" (pessoas maliciosas) são aquelas que se fingem de
torcedores de algum time (tricolor, rubro-negro, etc.) e são bem-servido de
lacraias o Fluminense, mas que, na verdade, só querem ver a derrota e a
"caveira" do clube. Elas não são torcedoras, são invejosas.
O conselho é elogiar
a pessoa e dizer: "Estás com uma aparência ótima". O narrador afirma
que a "lacraia" vai responder com total modéstia, pois a
característica delas é a falsa sinceridade.
CRÔNICA 47: Com paletó,
Garrincha é um vago Manuel dos Santos – p.137 a 138
01.Qual
é o nome do jogador de futebol famoso de quem a crônica está falando?
O nome do jogador é Garrincha, cujo nome verdadeiro era Manuel dos
Santos (Mane).
02.
Quem é o personagem que conversa com o narrador sobre a situação de Mané?
O personagem que conversa com o narrador é o Presidente Médici.
03.
Qual era a "solução ideal" que Mário Penteado e Salim Peixeado
acharam para Garrincha?
A solução era um negócio de café para ele e dar-lhe um paletó novo.
04.
Por que Salim não queria que Garrincha assinasse o contrato sem o paletó?
Porque, para Salim, o paletó era como um protocolo ou a forma certa de
se apresentar para um negócio importante.
05.
O que Garrincha disse quando Simão perguntou se ele queria o paletó para a
cerimônia?
Garrincha disse: "Não, Garrincha, você não vai com paletó."
06.
Por que o narrador diz que Mané era o autor do tricampeonato?
Porque Mané decidiu duas Copas (ganhou, ou foi importante para o time
ganhar) das quais o Brasil foi campeão.
07.
Qual a principal ideia de Salim Peixeado sobre o paletó, no final da crônica?
Ele estava convencido de que, com o paletó, Garrincha deixaria de ser o
vago Manuel dos Santos para ser alguém importante.
CRÔNICA 48: O videoteipe é
muito menos burro do que parece – p. 139 e 140
01. Qual invenção ou tecnologia
é comparada com a maneira como os locutores de rádio narravam o futebol?
É comparada com o
videoteipe (também conhecido como VT), que mostrava as imagens reais do jogo.
02. O que o narrador da crônica
sentiu depois de ouvir os locutores de rádio narrando o jogo do Brasil contra o
AIK?
Ele ficou deprimido e
perdido por causa da narração.
03. O que o videoteipe mostrou
sobre o time de futebol que os locutores não mostraram?
O videoteipe mostrou o
talento e a magia da seleção, revelando jogadas perfeitas e irretocáveis, que o
rádio escondia.
04. Segundo a crônica, como os
locutores tratavam o time do Brasil?
Eles dramatizavam as
falhas e não valorizavam o talento do time.
05. Qual é o papel do videoteipe
para o futebol brasileiro, segundo o texto?
O videoteipe tem o
papel de restaurar a imagem e o gênio do time, mostrando a verdade dos jogos.
06. Para o narrador, qual é a
diferença entre a narração do rádio e as imagens do videoteipe?
A narração do rádio
tem mistério e esgana (dramatização), enquanto o videoteipe mostra a realidade
e o gênio do time.
CRÔNICA 49: O escrete inglês é
o Bonsucesso com Rainha e Esquadra – p. 141e 142
01. Qual era o título do livro que Nelson Rodrigues
foi autografar na livraria?
O
livro se chamava "Música humana".
02. O que o narrador da crônica (Nelson Rodrigues)
estava fazendo na livraria?
Ele
estava em uma noite de autógrafos para lançar o seu livro.
03. Qual era a surpresa que o esperava na livraria,
segundo o texto?
A
surpresa era um jovem de vinte anos, que ele descreve como "uma
deslumbrante certeza", para quem ele deu um autógrafo.
04. Na crônica, Nelson Rodrigues menciona um jogo
de futebol recente. Que times jogaram essa partida?
Os
times que jogaram foram Argentina contra Inglaterra.
05. Qual é a única superioridade que, segundo o
narrador, a Inglaterra tem sobre a Argentina?
É
o "Bonsucesso com Rainha e Esquadra", ou seja, a pompa, a
tradição e o poder da Rainha e da Marinha (Esquadra).
06. Por que o narrador diz que o brasileiro admira
o time de futebol errado?
Porque,
segundo ele, o brasileiro admira a Inglaterra quando está errado, e admira
a Argentina quando também está errado.
CRÔNICA 50: Futebol é paixão –
p. 143 a 145
01.
Segundo a crônica, qual foi a primeira grande vitória do futebol brasileiro que
mudou o "Pré-Brasil"?
O triunfo (vitória) na Suécia, em 1958, que foi a primeira vez que o
Brasil ganhou a Copa do Mundo.
02.
O que o narrador afirma sobre o filme "O Pagador de Promessas" em
relação ao futebol?
Ele diz que o filme é o profeta do bicampeonato (o Brasil ser campeão
pela segunda vez seguida).
03.
Quem é o diretor de cinema mencionado que, segundo a crônica, gastou muito
dinheiro e era "o gênio do dia seguinte"?
O diretor é Anselmo Duarte, que ganhou a Palma de Ouro no Festival de
Cannes.
04.
O que era um "canastrão" na cabeça do Anselmo Duarte, antes de ele
ganhar o prêmio em Cannes?
Era um canastrão (um ator ruim) de cabeça aos sapatos.
05.
Qual era o sentimento do narrador sobre o cinema brasileiro antes de Anselmo
Duarte vencer em Cannes?
Ele diz que o cinema brasileiro não podia ganhar e não tinha diretores
nem artistas, sendo uma "vergonha nacional".
06.
Qual relação o narrador faz entre a vitória do Brasil na Suécia (1958) e a
vitória do filme de Anselmo Duarte em Cannes?
Ele diz que o "pagador" (o filme) ganhou em Cannes porque o
"scratch" (a seleção brasileira) ganhou na Suécia, ou seja, há uma
relação de triunfo do Brasil no mundo.
07.
Quem é o personagem "Francis" mencionado no final da crônica e qual é
o seu problema?
É o crítico Paulo Francis, que o narrador diz que continua amargo e que
é um "analfabeto obsessivo".
CRÔNICA 51: O grã-fino rasga
dinheiro na vista e quer médico de graça – p. 146 e 147
01.
Quem era a primeira pessoa que telefonou para o narrador e o que ela queria?
Era uma grã-fina (mulher da alta sociedade) que queria que o narrador
arranjasse ingressos (caronas) para ela ir aos jogos do escrete (seleção de
futebol).
02.
O que a grã-fina disse quando o narrador perguntou o que ela queria que ele
fizesse?
Ela disse: "Quero ver o escrete".
03.
Como a grã-fina se despediu do narrador depois que ele disse que arranjaria os
ingressos?
Ela se despediu dizendo: "Deus te ame eternamente".
04.
Na segunda parte da crônica, o que a grã-fina queria que o narrador fizesse?
Ela queria que o Dr. Stans Murad, um famoso cardiologista, atendesse o
marido dela de graça, sem cobrar a consulta.
05.
O que o narrador diz sobre as pessoas ricas que gostam da seleção brasileira?
Ele diz que são pessoas ricas que podem comprar um milhão de ingressos,
mas gostam de pegar "carona" (ingressos de graça) para saborear a
delícia da carona.
06.
Quem é o Dr. Stans Murad e o que o narrador pede para ele fazer, de forma
irônica?
O Dr. Stans Murad é o maior cardiologista do Brasil. O narrador pede,
ironicamente: "Faz um favor: — pague", ou seja, ele debocha do
comportamento da grã-fina.
CRÔNICA 52: À sombra dos
canalhas em flor – p. 148 e 149
01. Quem é o último
"canalha" (mau-caráter) que o narrador conheceu e que motivou a
primeira parte da crônica?
É o último patrícia
que ele conheceu, o homem que estava para se casar, mas que era o
"perfeito canalha".
02. Qual foi a reação do pai
da noiva (o "velho") quando soube que sua filha estava se casando com
um "canalha"?
O pai chorava às
lágrimas, entre lírios e de quatro em quatro.
03. O que a mãe da moça (a
"velha") disse sobre o noivo ser um "canalha"?
Ela disse que
"Minha filha, você não casa assim mesmo... Meu pai, ou me caso ou me
mato".
04. Quantos anos tinha o rapaz
da segunda história, que foi contratado por um grande clube?
Ele tinha 17 anos.
05. O que a mulher desse rapaz
fez no dia do jogo de estreia dele?
Ela invadiu o campo
de futebol.
06. Por que a mulher invadiu o
campo, segundo o texto?
Porque, ao acordar,
ela não viu o marido e, ao chegar ao campo, viu o marido jogando com outra
pessoa ("Goethe aos 17 anos"). O narrador diz que "a perseguição
foi feroz" e que a mulher estava correndo atrás do marido.
CRÔNICA 53: Não há nada mais
real, concreto, mais escorchante do que Papai Noel – p.150 a 151
01. Qual é o personagem que
Nelson Rodrigues diz ser a "aluna de psicologia" e o que ele acha
dela?
É uma dona de
quitanda que, de repente, ele afirma que se tornou aluna de psicologia, e que
ele diz que o "fascina".
02. Onde o narrador encontrou
a dona de quitanda (aluna de psicologia) pela primeira vez?
Ele a encontrou em
uma quitanda (pequena loja que vende frutas e verduras).
03. Em que tipo de festa o
narrador encontrou a dona de quitanda e qual era a data do aniversário dessa
festa?
Ele a encontrou em
uma festa de aniversário e lembrou que o aniversário era no Natal (o nascimento
do Menino Jesus).
04. O que a dona da casa
perguntou a Nelson Rodrigues que o deixou irritado?
Ela perguntou se ele
acreditava que Papai Noel fazia bem para as crianças.
05. Qual é a declaração do
narrador sobre o Papai Noel?
Ele diz que
"não há nada mais real, concreto, mais escorchante do que Papai
Noel".
06. Que técnico de futebol
famoso é mencionado na crônica e qual é a "mania" dele, segundo o
texto?
É o técnico Zagallo.
A "mania" dele era dizer que o escrete (seleção) "precisa
vencer" (ter a obrigação de vencer).
CRÔNICA 54: Sem um mínimo de
paixão não se consegue chupar nem um Chicabon – p. 152 e 153
01. Qual é o conceito que o
cronista diz não acreditar no início da crônica?
O narrador não
acredita na imparcialidade.
02. O que Nelson Rodrigues
compara com a imparcialidade absoluta, tratando-a como algo estranho e raro?
Ele compara a
imparcialidade com "um ser tão extraordinário que teria de viver amarrado
num pé de mesa" e também com a mulher barbada ou a mula de duas cabeças.
03. O que Nelson Rodrigues diz
ser obrigatório no ser humano, em vez da isenção (imparcialidade)?
Ele diz que a
afetividade (ter sentimentos, como a paixão) é obrigatória.
04. Qual a pequena frase de
efeito que o cronista usa para resumir a importância da paixão na vida?
Ele diz: "Sem
um mínimo de paixão não se consegue chupar nem um Chicabon."
05. Que profissionais, além do
cronista, o narrador diz que não podem ser imparciais?
Ele cita o
arquiteto, o engenheiro, o pintor, o trapezista e o bombeiro hidráulico.
06. Nelson Rodrigues afirma
que a imparcialidade não existe de forma completa. Ele diz que só conseguimos
ser imparciais por quanto tempo?
Ele diz que só
conseguimos ser imparciais "por um segundo", em "brevíssimos
momentos de vida".
CRÔNICA 55: A paixão é mais
importante do que a bola – p. 154 a 155
01. Quem era o
"canastrão" do teatro no começo do século, e o que ele fazia de
errado no palco?
O canastrão se
chamava Zaconi. Ele invadia a cena, tropeçando nos móveis e agia com pompa
(muita ostentação).
02. O que Zaconi fez no palco,
em sua "maior noite", ao ser surpreendido?
Ele derrubou o
cenário com um berro (grito) e, com um berro, punha abaixo um edifício.
03. Segundo Nelson Rodrigues,
o que aconteceu com o canastrão depois que o estilo de atuação mudou?
O canastrão não
morreu, ele se transformou no torcedor apaixonado de futebol.
04. Onde o narrador diz que vê
os "canastrões" atualmente?
Ele os vê no
Maracanã (Mário Filho) e no meio da rua, como torcedores de futebol.
05. O que o canastrão, agora
transformado em torcedor, faz no estádio?
Ele faz tudo que
fazia no teatro: xingava, aplaudia e é injusto.
06. O que o
canastrão-torcedor, que o narrador encontrou na rua, disse sobre o time de
futebol Artime?
Ele disse que
"Artime foi o artilheiro absoluto", mas logo depois deu a entender
que um goleador precisa de passes para fazer gols.
CRÔNICA 56: Tudo é possível na
Jules Rimet, menos uma boa ação – p.156 a 158
01. Que personagem o narrador
diz ter um "afeto de irmão" e que virou técnico da Seleção
Brasileira?
O personagem é João
Saldanha.
02. O que o narrador afirma
sobre as qualidades e os defeitos das pessoas?
Ele diz que as
qualidades "influem pouquíssimo ou nada", e que as pessoas são amadas
por causa de seus defeitos.
03. Qual era o grande defeito
de João Saldanha, segundo a crônica?
Ele era
"furioso" e o narrador diz que ele possuía os "defeitos luminosos"
necessários.
04. O que o narrador respondeu
a quem perguntou se Saldanha tinha as "qualidades necessárias" para
ser técnico?
Ele respondeu que
não sabia se ele tinha qualidades, mas que ele tinha os "defeitos
necessários".
05. Qual era o outro defeito
de Saldanha, de acordo com o texto, que o fazia desprezar o futebol europeu?
Ele tinha uma
"dionisíaca" (paixão exagerada) e chamava o "futebol europeu é
uma carnificina".
06. Por que o narrador diz que
a Inglaterra, em 1966, salvou o mundo com sua resistência?
Porque, na Copa de
1966, apesar de ter feito "horrores", a Inglaterra "manipulou
juízes" e "bateu o pau", mas ganhou, mostrando que o
"subdesenvolvimento" (defeitos) também tem valor.
07. Qual foi o aviso que João
Saldanha fez ao mundo sobre como o seu time de jogadores iria se comportar?
Ele fez uma
"advertência mundial": "Meu jogador não dará o primeiro tiro.
Mas se começarem, nós vamos acabar com a guerra."
CRÔNICA 58: O palpite errado
tem sido o pão espiritual de milhões de brasileiros – p. 161 a 163
01. O que Nelson Rodrigues diz
ter sido o "pão espiritual de milhões de brasileiros"?
O palpite errado
(opinião incorreta ou azarada).
02. O que aconteceria se o
palpite errado fosse "proibido" ou não pudesse mais ser usado pelos
brasileiros, segundo o texto?
Os brasileiros
estariam "liquidados", pois o palpite errado é algo que eles cometem
"do berço ao túmulo".
03. O narrador menciona um
time de futebol que estava "humilhado e tão ofendido" na época em que
ele escrevia. Qual era o time?
O escrete brasileiro
(a Seleção Brasileira), especialmente o time de 1970 (com Gerson, Pelé, Tostão,
etc.).
04. Qual era o
"óbvio" que ninguém percebia sobre o escrete brasileiro na época?
Que o time era um
elenco de gênios e que bastava que eles jogassem bem que os "gringos
entrariam por um cano deslumbrante".
05. O que os brasileiros
faziam com o fracasso da seleção, em vez de ficarem tristes?
Eles apostavam a
cabeça no fracasso do time, ou seja, era como se o fracasso fosse uma forma de
consolo ou até mesmo uma "lição imortal".
06. O que o narrador diz ser a
"verdadeira" causa que faz o palpite errado acontecer no futebol?
A falta de gols nos
treinos ou o fato de que os jogadores não enxergam o óbvio (que há uma
distância enorme entre o treino e o jogo).
07. Qual é a opinião do
narrador sobre as goleadas nos treinos da seleção?
Ele diz que as
goleadas devem ser deixadas para os jogos, pois o treino é apenas para
aquecimento muscular e psicológico.
CRÔNICA 59: Mas suas
depressões, o brasileiro tem pavor de uma carrocinha de Chicabon – p.164 a 166
01. No início da crônica, onde
o narrador encontra o brasileiro deprimido?
Ele o encontra
parado em cima do meio-fio, na rua, como se estivesse esperando para ser
atropelado.
02. O que o brasileiro
deprimido tinha pavor de ver na rua, que estava se aproximando dele?
Ele tinha pavor da
"carrocinha de Chicabon" (um carrinho de sorvetes).
03. Qual era o medo do
brasileiro, que o impedia de atravessar a rua?
O medo de ser
atropelado.
04. O que o narrador diz que
transformou o brasileiro de deprimido para otimista?
O narrador o
inflamou com as palavras: "Você não é brasileiro? Rapaz, o brasileiro é
mais homem do que todo o mundo!" (Injetou ânimo e paixão nele).
05. Depois de ficar otimista,
como o brasileiro atravessou a rua?
Ele atravessou a rua
triunfalmente, sem dar confiança a ônibus e carros, desafiando a carrocinha de
Chicabon.
06. O que o narrador diz que a
Seleção Brasileira precisa ter para ser a melhor do mundo?
Ele diz que a
seleção não precisa de futebol, pois já tem o melhor do mundo, mas precisa
acreditar em si mesma.
07. O que é preciso para que
os craques brasileiros ganhem o "caneco de ouro" (a Copa do Mundo)?
Basta estimular os
craques, injetando amor da torcida e fé neles, para que sejam imbatíveis.
CRÔNICA 60: Seus
jogadores dormiam numa alcova de cetim e jogavam de sapatos de fivela – p. 167
a 169
01. Qual era a
"certeza" que o colega de Nelson Rodrigues tinha sobre o futebol?
A certeza era:
"Em futebol, vence sempre o melhor".
02.O que o narrador (Nelson
Rodrigues) pensa sobre essa certeza de que o melhor sempre vence?
Ele diz que a dúvida
é mais sábia e não acredita que o melhor sempre vença.
03. Quem é o personagem
Duracque e como ele se tornou vitorioso?
Duracque é um
argentino que, no Grande Prêmio (corrida), derrotou o fabulosíssimo Napoleão em
Waterloo.
04. Qual era o país que Nelson
Rodrigues citou como exemplo de que o melhor não vence no futebol, na Copa de
1954?
A Hungria, que,
apesar de ter o melhor time e o melhor estilo, perdeu a Copa.
05. Como o narrador descreve
os jogadores do time que perdeu na Copa de 1954, em contraste com a vitória?
Ele diz que os
jogadores húngaros "dormiam numa alcova de cetim e jogavam de sapatos de
fivela", ou seja, eram luxuosos, mas perderam.
06. O que o narrador diz que a
paixão pode fazer no futebol, que é pior do que perder a guerra?
A paixão pode fazer
com que "o pior pode vencer uma batalha, mas perde a guerra".
07. Quem é Palhares e o que o
narrador diz ter acontecido com ele, para ilustrar que nem sempre o melhor é
recompensado?
Palhares é um homem
que o narrador encontra e que é uma figura moral, mas que "quase passa
fome" e que o narrador chegou a ver com uma "Mercedes
suntuária".
CRÔNICA 61: O brasileiro é o abutre
de si mesmo – p.170 a 172
01. Como Nelson Rodrigues
define o brasileiro de maneira chocante no início da crônica?
Ele diz que o
brasileiro é o "abutre de si mesmo".
02. O que Nelson Rodrigues
quer dizer com a expressão "abutre de si mesmo"?
Significa que o
brasileiro não tem autoestima e se "autoflagelava" (se criticava e
maltratava a si mesmo).
03. O que acontecia com o
"patrício" (homem da alta sociedade) que o narrador conheceu e que
era "sujeito fabuloso"?
O homem se devorava
(se atacava) ao negar os próprios méritos e virtudes.
04. Qual é a principal crítica
que o narrador faz aos cronistas de futebol e brasileiros em geral?
Que eles subestimam
o futebol brasileiro e negam o futebol carioca no plano nacional.
05. O narrador afirma que o futebol
brasileiro é "mais plástico, mais brilhante, mais original" que o
futebol de outros países. Qual a principal prova que ele dá disso?
Ele afirma que o
Brasil é "bicampeão do mundo" (ganhou duas Copas do Mundo seguidas:
1958 e 1962).
06. Em vez de elogiar o
futebol brasileiro, o que os críticos faziam, de acordo com o texto?
Eles elogiavam o
futebol europeu ou negavam o futebol carioca no plano nacional.
07. Qual é a
"doença" ou problema do brasileiro, no fundo, que o faz desprezar a
si mesmo?
O problema é a falta
de auto-estima (o que o torna o "abutre de si mesmo").
CRÔNICA 62: Eu e o João – p.
173 a 174
01. Que tipo de relacionamento
o narrador (Nelson Rodrigues) diz ter com João Saldanha?
Uma "boa
amizade" que continua "além da vida e para além da morte".
02. O que Nelson Rodrigues e
João Saldanha faziam nas manhãs de domingo, depois da Resenha?
João Saldanha dava
uma "fraterna carona" (carona de irmão) ao narrador, levando-o até a
porta de casa.
03. O narrador e João Saldanha
concordavam em tudo?
Não, eles divergiam
(discordavam) em tudo, mas mantinham uma amizade cordial, baseada em
"nobilíssimas divergências".
04. Qual a principal diferença
entre o futebol europeu e o futebol brasileiro, segundo João Saldanha?
João Saldanha acha
que o futebol europeu é um "futebol de choque" (mais físico),
enquanto o nosso futebol "tem toda a razão" (é melhor).
05. O que aconteceu com a
Seleção Brasileira na Copa de 1966, na Inglaterra, em contraste com a maneira
brasileira de jogar?
O Brasil foi
"agredido pelas costas", apanhou "fisicamente sem reagir" e
agiu com "mansidão", o que era um "espetáculo de
cafajestismo".
06. Que jogador inglês é
mencionado por dar "tapas na cara do adversário" e nas costas do juiz
na Copa de 66?
O jogador é Stiles.
07. O que o narrador diz sobre
o futebol brasileiro ser "cândido" (ingênuo) em comparação com o
futebol europeu, especialmente ao lembrar de Garrincha?
O narrador diz que
"Não há futebol mais cândido do que o nosso" e que a deslealdade (a
forma de jogar mais agressiva e violenta) é algo que o europeu chega a ser
ingênuo perto do brasileiro.
CRÔNICA 63: A multidão não é
humana porque lhe falta cara – p. 175 176
1. Quem é o narrador e com
qual amigo ele estava conversando?
O narrador estava
conversando com seu amigo chamado Paralelépípedo de Albuquerque.
2. O que o amigo
Paralelépípedo de Albuquerque diz ter tentado ser?
Ele confessa que
tentou ser um paralelépípedo integral (um sujeito pleno), mas diz ter
fracassado.
3. Qual foi a palavra que o
narrador disse para acalmar seu amigo Paralelépípedo?
O narrador disse a
palavra: "fracasso" (ou "uma palavrinha", em que o fracasso
era o tema).
4. Segundo o narrador, o que o
amigo Paralelepípedo achava que ele deveria ser, ao invés de um
"túmulo"?
O amigo Paralelepípedo
achava que ele deveria ser ourivel (ourives), ou seja, um artesão que trabalha
com ouro.
5. O que significa a expressão
"homem de turfe" na frase do Paralelépípedo?
A expressão
"homem de turfe" se refere a alguém que está envolvido com corridas
de cavalos (turfe é a modalidade de corrida de cavalos).
6. Por que o narrador diz que
o nosso Albuquerque "tem mais razão do que parece" sobre o turfe?
O narrador diz que a
fascinação pelo turfe não é pelo jogo em si, mas pela coisa paisagística que
envolve a corrida (o verde, o céu, etc.).
7. Qual é a principal mensagem
que o título da crônica ("A multidão não é humana porque lhe falta
cara") quer expressar?
O título sugere que,
ao fazer parte de uma multidão, a pessoa perde sua individualidade ou sua identidade
(sua "cara"), tornando-se menos humana.
CRÔNICA 64: Amor é
exclusividade – p. 177 a 178
01. Qual é o título da
crônica?
O título da crônica
é "Amor é exclusividade".
02. O que a moça, que é amiga
do narrador, não sabia em matéria de futebol?
Ela não sabia o que
era um "chute" e ignorava se a bola era quadrada ou redonda.
03. Qual era o grande estádio
do mundo que o narrador teve que explicar para a moça?
O narrador teve que
explicar que "aquilo" (o que a moça via) era o Maracanã, o maior
estádio do mundo.
04. O que a moça encontrou por
acaso que despertou seu interesse pela leitura?
Ela encontrou, por
acaso, na mesa de um bar, um exemplar do Jornal dos Sports.
05. O que a moça perguntou ao
narrador por telefone dias depois de ter lido a crônica dele?
Ela ligou para o
narrador e perguntou: "Você só escreve sobre o Fluminense?".
06. Qual é a ideia principal do narrador sobre o amor, segundo o texto?
O narrador afirma
que, no amor, o verdadeiro sujeito é o camarada de uma só mulher, defendendo a
ideia de que a conquista deve ser única e para sempre.
07. Com base no texto, a que o
narrador compara a fidelidade de um escritor a um único assunto?
Ele compara essa
fidelidade exasperada (excessiva) a uma "beleza completa".
CRÔNICA 65: No Brasil, é
difícil encontrar um otimista – p.179 a 181
01. Na crônica "Amor é
exclusividade", qual era o time pelo qual o cronista só escrevia?
O cronista escrevia
só sobre o Fluminense, o que ele chamava de "o tema único do
Tricolor".
02. O que a moça, que ignorava
o futebol, descobriu por acaso que a levou a se interessar pela leitura?
Ela encontrou um
exemplar do Jornal dos Sports na mesa de um bar.
03. Segundo a crônica
"Amor é exclusividade", qual é a principal característica do
"verdadeiro Don Juan" no amor?
O verdadeiro Don
Juan é o sedutor de uma conquista única, para sempre.
04. Na crônica "No
Brasil, é difícil encontrar um otimista", o que o amigo Danilo Nunes
perguntou ao cronista?
Ele perguntou ao
cronista: "Ganhamos ou não ganhamos?" (Referindo-se a uma vitória ou
à Copa).
05. O que fez o herói
português no navio, quando uma criança caiu no mar?
O português
atirou-se no mar para salvar a criança.
Ele só queria saber
qual era a multidão que o empurraria no mar (o que o levou a agir).
07. Qual foi a ação de Mickey
(o jogador do Fluminense) que resultou em gol na partida contra o Botafogo, no
final da crônica?
Mickey mergulhou e
enfiou a cabeça, dando uma cabeçada potente (um "maior tiro de meta de
todos os tempos") que resultou em gol.
CRÔNICA 66: O imparcial só
merece a nossa gargalhada – p. 182
01. Qual é a principal
característica da moça, amiga do cronista, na crônica "Amor é exclusividade"?
Ela era de uma
ignorância enciclopédica em matéria de futebol, não sabia o que era um chute
nem se a bola era quadrada ou redonda.
02. O que o cronista diz que é
o "verdadeiro Don Juan" na crônica sobre o amor e a exclusividade?
O verdadeiro Don
Juan é o sedutor de uma conquista única, para sempre, o camarada de uma só
mulher.
03. Na crônica "No
Brasil, é difícil encontrar um otimista", o que o herói português fez
quando uma criança caiu no mar?
Ele atirou-se no mar
para salvar a criança.
04. Qual foi o único pedido do
herói português após salvar a criança do mar?
Ele só queria saber
qual era a multidão que o empurraria no mar, pois não queria medalhas nem
homenagens.
05. Na crônica "O
imparcial só merece a nossa gargalhada", por que o cronista diz que o
imparcial é cômico?
Ele diz que o
imparcial é cômico porque não existe e, apesar disso, ele faz uma série de
coisas (namora, casa, tem filhos, etc.).
CRONICA 67: Tudo no Brasil
está para ser profetizando – p. 183 a 185
01.Na crônica "Amor é exclusividade",
o que a moça, amiga do cronista, não sabia sobre futebol?
Ela não sabia o que
era um "chute" e ignorava se a bola era quadrada ou redonda.
02. Segundo o cronista, qual é
o time pelo qual ele escreve com fidelidade exasperada?
O cronista escreve
sobre o Fluminense, o que ele chama de "o tema único do Tricolor".
03. O que o herói português
fez quando uma criança caiu no mar, na crônica "No Brasil, é difícil
encontrar um otimista"?
Ele atirou-se no
mar, em largas braçadas, para salvar a criança.
04. Por que o cronista afirma
que o imparcial é cômico na crônica "O imparcial só merece a nossa
gargalhada"?
Ele diz que o
imparcial é cômico porque não existe, apesar de fazer uma série de coisas
(namorar, casar, ter filhos, etc.).
05. Na crônica sobre otimismo,
o que o jogador Mickey fez no jogo Botafogo x Fluminense que resultou em gol?
Ele mergulhou,
deitou-se no chão e enfiou a cabeça, dando uma cabeçada potente que foi chamada
de "o maior tiro de meta de todos os tempos".
06. Quem é Gilson Amado, citado
na crônica "Tudo no Brasil está para profetizado", e qual é a
característica dele que o cronista destaca?
Gilson Amado é um
dos "gilsons amados" (profetas) que o cronista considera a flor dos
Amados. Ele destaca que Gilson tem a "alucinação" de que o Brasil
precisa de visões de Joana D'Arc.
07. Qual é a principal crítica
do cronista em "Tudo no Brasil está para profetizado" sobre o que o
futebol brasileiro precisa?
Ele afirma que o
brasileiro precisa ter visões de Joana D'Arc (entusiasmo, heroísmo) e não de
realistas ou idiotas, para afastar o "vendaval de pessimismo" que
varre os campos.
CRÔNICA 68: O que marca o
campeão é a sorte, ou seja – uma virtude sobrenatural – p.186
01.
Qual é a principal coisa que, segundo o texto, marca o campeão?
É a sorte, ou seja, uma virtude sobrenatural.
02.
O texto diz que a primeira e grande virtude do campeão não é o quê?
Não é a técnica, nem a tática, nem a física.
03.
Qual era o nome da menina da vizinhança com quem o "gênio do formidável
guerreiro" andava em brincadeiras?
O nome dela era Josefina.
04.
Onde o sujeito que nasceu para ser Napoleão nasceu?
Ele nasceu em Pindamonhangaba.
05.
Por que o "Ogre da Córsega" (que é o Napoleão) morreu, de acordo com
a última frase do texto?
Porque faltou-lhe sorte (mesmo tendo sido assassinado por um "tosse
inédita").
CRÔNICA 69: Garrincha ou
Werther? – p.187 a 188
01.
Segundo a crônica, qual jogador, além de Pelé, era considerado um "craque
insubstituível"?
O jogador era Mané (Garrincha).
02.
Quem, segundo o texto, jogava por si e pelo time, mesmo quando estava ausente
(não estava no jogo)?
Mané (Garrincha).
03.
Em que ano o texto menciona que o Brasil jogou e ganhou o campeonato mesmo sem
a participação de Pelé?
Foi no ano de 1962.
04.
O que o texto diz que os rádios andavam tocando com o título "Volte para
casa"?
Um samba (um apelo em música).
05.
O texto diz que Garrincha já não sabe se joga, se renuncia (desiste) ou se não
faz o futebol. Por que ele deixou de ser o "doce, o manso"?
Porque descobriu o amor.
06.Qual
o nome de um famoso compositor de óperas que o texto menciona ao falar do drama
de Garrincha?
O compositor é Carlos Gomes (que escreveu a ópera "O
Guarani").
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