Poema: Epígrafe
Eugénio de Castro
Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre…
Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa…
Eugénio de Castro.
Antologia pessoal da poesia portuguesa.
Fonte: Língua
portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição –
Curitiba – 2010. p. 254.
Entendendo o poema:
01 – De acordo com o texto,
qual o significado das palavras abaixo:
·
Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.
·
Pedra
do quadrante: parte superior de um
relógio de sol.
02 – A imagem contida em
“lentas gotas de som” é retomada na segunda estrofe por meio da expressão:
a) Tanta ameaça.
b) Som de bronze.
c) Punhado de areia.
d) Sombra que passa.
e) Somente a Beleza.
03 – Neste poema, o que leva
o poeta a questionar determinadas ações humanas (versos 6 e 7) é a:
a) Infantilidade do ser humano.
b) Destruição da natureza.
c) Exaltação da violência.
d) Inutilidade do trabalho.
e) Brevidade da vida.
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