terça-feira, 30 de outubro de 2018

POEMA: ESSA QUE EU HEI DE AMAR - GUILHERME DE ALMEIDA - COM GABARITO

POEMA: ESSA QUE EU HEI DE AMAR


GUILHERME DE ALMEIDA

Essa que eu hei de amar perdidamente um dia
será tão louca, e clara, e vagarosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem pela janela,
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.

E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... – Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,

e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste...

E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!”

                                    ALMEIDA, Guilherme de. Meus versos mais queridos.
                                                                     Rio de Janeiro: Ediouro, 1988.

1 -   A que elemento da natureza a mulher amada é comparada? Em seu caderno, copie o verso do poema que confirma sua resposta.
     A mulher amada é comparada ao sol: “que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela”.

2 -     Que palavras e expressões foram usadas na comparação citada na atividade 1?
     O eu poético usou as seguintes palavras e expressões: “loura”, “clara”, ‘luz”, “calor”, “vulto louro e claro”, “luz de ouro do poente”, “sol triste”.

3 -    Que relação a expressão “sonho dourado” estabelece com a comparação feita no poema?
     A relação é entre o sol e a palavra “dourado”, característica que pode ser atribuída ao sol e, consequentemente, à mulher amada.

4 -   Identifique e transcreva em seu caderno os trechos do poema que podem comprovar que o eu poético fala de um amor futuro e que a mulher é alguém que ele ainda não conhece.
     O trecho “Essa que eu hei de amar” apresenta o verbo no futuro, “hei”, indicando que o fato ainda não aconteceu, que ainda está na esfera do desejo, da possibilidade. Além disso, o poema não identifica a mulher, referindo-se a ela por meio de pronomes: “essa”, “ela”, “alguém”.

5 -   Que oposição de ideias é apresentada na primeira estrofe? Identifique-a e explique o significado da metáfora presente nesse verso.
     A oposição entre “luz e calor” X “escuro e frio”, explicitada no quarto verso do poema. “O sol” é metáfora da mulher que traz “luz e calor” à alma do eu poético, que estava “escura e fria”.

6 -   Na terceira estrofe, o eu poético apresenta uma repetição. Identifique-a e explique que efeito de sentido ela provoca no texto.
     A repetição da conjunção “e” no verso “um vulto louro, e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro”. A repetição dá ênfase à quantidade e diversidade das qualidades da mulher amada. Deixa também a leitura desse trecho mais lenta.

7 -   O eu poético consegue viver o seu amor com a mulher descrita no poema? Explique sua resposta e transcreva em seu caderno um trecho que a comprove.
     Não. A fala da amada na última estrofe comprova que ele a deixou escapar.



FÁBULA: O PARTO DA MONTANHA - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O parto da montanha
           Esopo

        Há muitos e muitos anos uma montanha começou a fazer um barulhão.
  A montanha fazia tanto barulho que todos suspeitavam que algo terrível estava por acontecer.
     Nas rodas de conversas, o falatório corria solto.

        --- Ai de nós! A montanha vai explodir.
        --- É um aviso sobre o fim do mundo.
        --- Deus me livre de ser um terremoto!
        Adivinhando uma tragédia muitos moradores partiram para bem longe. Outros esconderam-se em cavernas escuras.
        Até o jornal local deixou de circular, pois os parafusos das máquinas impressoras emperraram de medo. O povo do vilarejo mal respirava de tanta expectativa.
        Então, a montanha tremeu e rachou ao meio.
        O barulho foi ouvido a centenas de quilômetros de distância.
        E, para surpresa de todos, de uma nuvem de poeira saiu... um pequenino rato.
        Foi a piada do não.

        Moral: Nem sempre as promessas magníficas dão resultados impressionantes.
                                                                               Fábulas de Esopo 
Entendendo a fábula:
01 – De acordo com esse texto, o motivo do falatório no vilarejo era:
(  ) a partida de muitos moradores
(  ) a previsão de um terremoto no vilarejo
(  ) um aviso sobre o fim do mundo
(X) um grande barulho de uma montanha.

02 – No trecho “--- Deus me livre de ser um terremoto!”, o ponto de exclamação sugere:
(   ) alegria
(X) desespero
(   ) empolgação
(   ) interrupção

03 – O fato ocorrido nesse texto se tornou a piada do ano porque:
(   ) a imensa nuvem de poeira causou surpresa a todos
(   ) a montanha tremeu e rachou ao meio
(   ) o barulho foi ouvido a grande distância
(X) o barulho na montanha era feito por um pequeno rato.

04 – Se você pudesse mudar o final da fábula, qual seria?
      Resposta pessoal do aluno.












POEMA PARA SÉRIES INICIAIS: XADREZ - SIDÔNIO MURALHA - COM GABARITO

Poema: Xadrez    


É branca a gata gatinha
É branca como farinha.
É preto o gato gatão
É preto como o carvão.
E os filhos, gatos gatinhos,
São todos aos quadradinhos.
Os quadradinhos branquinhos
Fazem lembrar mãe gatinha
Que é branca como a farinha.
Os quadradinhos pretinhos


Fazem lembrar pai gatão
Que é preto como carvão
Se é branca a gata gatinha
E é preto o gato gatão,
Como é que são os gatinhos?
Os gatinhos eles são,
São todos aos quadradinhos.  

                               Sidônio Muralha, (Lisboa, 1920 – Curitiba, 1982)
A televisão da bicharada, Sidônio Muralha. Global: 1997, São Paulo.
Originalmente publicado em 1962.
Entendendo a poema:
01 – Qual o título do texto?
      Xadrez.

02 – De que cor é a gata?
      É branca.

03 – De que cor é o gato?
      É preto.

04 – Como são os filhos?
      São todos quadradinhos.

05 – Os filhos são quadradinhos. Por quê?
      Sim. Porque os quadradinhos branco lembra a mãe e o quadradinhos preto lembra o pai.

06 – Quem é o autor do poema?
      Sidônio Muralha.

07 – De que livro foi tirado este poema?
      Foi tirado do livro “A televisão da bicharada”.




CONTO PARA SÉRIES INICIAIS: O MENINO QUE CHOVIA - CLÁUDIO THEBAS - COM GABARITO

Conto: O menino que chovia

        O menino dessa história era assim: quando contrariado, quando ouvia um não, ele chovia. Chovia mesmo. Chovia temporal, tempestade, com raios e trovões de verdade.
        Um dia ele choveu tanto, mas tanto, que simplesmente inundou a casa!
        E o que aconteceu então? Aconteceu que isso acabou sendo muito bom, porque foi ali, no meio da inundação, que os adultos encontraram um modo de ajudar o menino mimado a ver o mundo com outros olhos e deixar a chuva só para os dias em que acordava muito mal humorado.

                 Thebas, Cláudio, Companhia das letrinhas - contra capa.

01 – Qual é o título do texto?
      O menino que chovia.

02 – O menino chovia quando:
A) a casa ficava inundada.
B) a tempestade caía forte.
C) era contrariado.
D) via o mundo.

03 – Dê qual chuva o texto fala?
      Era as lágrimas do menino que chorava muito.

04 – Podemos afirmar que, segundo o texto:
(A) O menino tinha poderes
(B) O menino era mimado
(C) O menino era teimoso
(D) O menino era inteligente.

05 – Qual foi a solução que os adultos acharam para ajudar o menino?
      Para ele deixar a chuva só para os dias que ele acorda-se muito mal humorado.


domingo, 28 de outubro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): CANTA CANTA, MINHA GENTE - MARTINHO DA VILA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Canta Canta, Minha Gente

                                             Martinho da Vila
Canta Canta, minha Gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.

Cantem o samba de roda,
O samba-canção e o samba rasgado.
Cantem o samba de breque,
O samba moderno e o samba quadrado.

Cantem ciranda, o frevo,
O côco, maxixe, baião e xaxado,
Mas não cantem essa moça bonita,
Porque ela está com o marido do lado.

Canta Canta, minha gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas a vida vai melhorar.
A vida vai melhorar.

Quem canta seus males espanta
Lá em cima do morro
Ou sambando no asfalto.
Eu canto o samba-enredo,
Um sambinha lento e um partido alto.

Há muito tempo não ouço
O tal do samba sincopado.
Só não dá pra cantar mesmo
É vendo o sol nascer quadrado.

Canta Canta, minha gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.

Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas eu disse: Que vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Ora se vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas será que vai melhorar?
Que a vida vai melhorar.
Eu já vou é me mandar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
                                                    Composição: Martinho da Vila
Entendendo a canção:

01 – A música “Canta canta, minha gente”, de Martinho da Vila, foi lançada em 1973, derradeiro ano do chamado “Milagre Econômico Brasileiro”, que ocorreu, sobretudo, ao longo dos anos de governo do General Emílio Garrastazu Médici (1970- 1974). Esse período ficou marcado pela forte propaganda do regime, com os famosos slogans “Brasil, ame-o ou deixe-o” e “Ninguém segura esse país”. A respeito da música e considerando seus conhecimentos do conteúdo, responda às questões abaixo:
a) Para quem a vida melhorou no período do chamado milagre econômico?
      Há um lado obscuro do “milagre econômico” da ditadura: o boom da desigualdade. Mesmo com o forte crescimento e criação de empregos no período militar, os salários foram achatados e a distância entre ricos e pobres cresceu.

b) Que grupos da sociedade viram o sol nascer quadrado no referido período?
      Mulheres foram presas, torturadas e estrupadas; estudantes, jornalistas, escritores, cantores, professores, enfim todos que se opunha ao regime.

02 – Infelizmente, para muitos a vida não melhorou durante e depois do milagre econômico. A crise do petróleo atingiu fortemente a economia nacional e desencadeou efeitos políticos e econômicos imediatos. A partir disso, responda ao que se pede abaixo:

a) Cite dois impactos econômicos da crise do petróleo no país.
      Inflação elevada. No período chegando a ponto de 100% ao ano, no final dos anos 70 e embora a economia tenha crescido consideravelmente, não houve distribuição de renda e, portanto, aumentou ainda mais as desigualdades sociais no país com o aumento da concentração de renda nas mãos dos mais ricos.

b) Qual foi o efeito político desencadeado pela crise do petróleo e pelo consequente fim do milagre?
      O governo de Ernesto Geisel, apresentou o II Plano Nacional de Desenvolvimento visando promover mudanças em setores estratégicos que seriam capazes de reerguer a economia. Visto que os graves problemas que assombravam o Brasil não estavam sendo sanados.

FÁBULA: A GRALHA RAIVOSA - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: A GRALHA RAIVOSA
              ESOPO


        Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O mais bonito seria decretado rei.
        Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida porque suas penas eram muito feias.
        "Vamos ter que dar um jeito", pensou ela.
        Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter; Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.

        Moral da história: Belas penas não fazem belos pássaros.
ESOPO
Entendendo a fábula:

01 – Todos os pássaros se arrumaram para a escolha de Júpiter.
a) O que a gralha fez de diferente?
      A gralha recolheu as penas mais bonitas e prendeu em volta do corpo.

b) Por que fez isso?
      Tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida porque suas penas eram muito feias.

c) O resultado foi o esperado por ela a princípio?
      Sim.

02 – O texto é uma fábula:
a) Destaque duas características essenciais do gênero.

      Presença de animais personificados e objetivo moralizante.

b) Explique a frase: A personificação é a figura de linguagem presente em todas as fábulas.
      A personificação é definida como a figura que apresenta animais e outros com características humanas e os personagens da fábula são animais que representam comportamentos humanos.

c) Qual dos provérbios a seguir não poderia traduzir a moral dessa fábula? Marque a resposta correta.
A) Uma andorinha só não faz verão.
B) Quem vê cara não vê coração.
C) Mentira tem perna curta.
D) Nem tudo que reluz é ouro.





POEMA: ISMÁLIA - ALPHONSUS DE GUIMARAENS - COM QUESTÕES GABARITADAS

POEMA: ISMÁLIA


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar.
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As assas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

                                            GUIMARAENS, Alphonsus de. Ismália. In: Roteiro da poesia brasileira – 
                          Simbolismo Seleção e prefácio de Lauro Junkes. São Paulo: Global, 2006. P. 62-3.

 ENTENDENDO O POEMA

1 – O poema “Ismália” é bastante sonoro Identifique, nele, elementos responsáveis por essa sonoridade.
     O uso da rendondilha maior, versos de sete sílabas poéticas e o uso recorrente de palavras rimando com final – eu e –ar em todas as estrofes.

2 -   O poema trabalha com inúmeras antíteses. Identifique-as.
     Céu/mar; subir/descer; perto/longe; alma/corpo; alto/baixo (em relação a torre).

3 -   Qual o tema trabalhado no poema? De que forma as antíteses acentuam essa temática?
     O tema do poema é a loucura de Ismália. As antíteses acentuam essa temática porque deixam clara a divisão de Ismália, sua loucura. O fato de ela sentir-se perdida, insatisfeita, incapaz de escolher entre desejos contrários.

4 -   Explique o sentido da última estrofe do poema.
     Ismália não consegue suportar a loucura e se suicida Dessa maneira, realiza seu desejo de alcançar o céu e o mar ao mesmo tempo, já que seu corpo se lança ao mar e sua alma sobe ao céu.

5 -   Uma das marcas centrais do Simbolismo é a sugestão, levar o leitor a perceber o que está por trás e além das palavras usadas pelo poeta. A partir disso, é possível afirmar que o poema “Ismália” apresenta essa marca? Justifique sua resposta.
     Sim. O poeta trabalha com símbolos, como a partição em dois desejos inconciliáveis para retratar a loucura Do mesmo modo, o suicídio vem sugerido nas entrelinhas, cabe ao leitor captar a atmosfera do poema e compreender o que se passou com Ismália.

06 – Alguns poemas de Alphonsus de Guimaraens ligam-se à tradição medieval. Observe no texto os seguintes aspectos formais: métrica, ritmo e paralelismos.
a)   O poema em estudo liga-se ou não a essa tradição? Justifique.
Sim, liga-se a tradição medieval, devido aos aspectos formais do texto, segue as características do Simbolismo, onde os poemas possuem um triângulo, misticismo, amor e morte.

b)   Que outro movimento literário perseguiu a mesma tradição medieval?
O movimento que seguiu a mesma tradição medieval foi o Romantismo.

07 – Todo o poema é constituído com base em antíteses. As antíteses articulam-se em torno dos desejos contrários de Ismália, que se dividem entre a realidade espiritual e a realidade concreta.
a)   Identifique dois pares de antíteses no texto.
As antíteses no poema estão nas últimas estrofes: “Sua ALMA subiu ao céu / Seu CORPO desceu ao mar”. Antíteses são ideias contrárias, opostas. Corpo e alma são palavras contrárias entre si.

b)   Reconheça o elemento que representa a realidade espiritual e o que representa a realidade concreta.
Espiritual – “Sua Alma subiu ao céu”.
Concreto – “Seu Corpo desceu ao mar”.

08 – O Simbolismo, por ser um movimento anti-lógico e anti-racional, valoriza os aspectos interiores e pouco conhecidos da alma e da mente humana. Retire do texto palavras ou expressões que comprovem essa característica simbolista.
      As características do simbolismo com os verbos: enlouqueceu, sonhar, além de desvario, “Como um anjo” e “As asas que Deus lhe deu”.

09 – Tal qual no Barroco e no Romantismo, o poema estabelece relações entre corpo e alma ou matéria e espírito. Com base no desfecho do poema, responda:
a)   Céu e mar relacionam-se ao universo material ou espiritual?
Universo espiritual é representado pela lua do céu e o universo concreto é representado pela lua do mar.

b)   Ismália conseguiu realizar o desejo simbolista de transcendência espiritual?
Sim, porque a morte, no período simbolista é vista como elemento libertador. Quando Ismália cai ao mar, ela realiza esse desejo.

c)   Pode-se afirmar que, para os simbolistas, sonho e loucura levam à libertação? Justifique.
Sim, para os simbolistas, sonho e loucura tornam os homens livres, pois a razão e a lógica prendem o homem a este duro mundo real, e transpassar os limites significa a libertação da alma.

10 – Identifique alguns elementos responsáveis pela intensa musicalidade que caracteriza o poema, considerando antológico tanto em relação à produção do autor quanto em relação ao Simbolismo brasileiro.
      As rimas, os versos curtos (sete sílabas métricas), as assonâncias, as aliterações, as reticências e os paralelismos atribuem intensa musicalidade ao texto.

11 – Relendo a 1ª e 2ª estrofes, percebemos que o texto tem a loucura e a morte como tema.
a)   A 1ª estrofe desencadeia uma sequência de imagens com as quais o sujeito poético atribui uma dimensão lírica e metafísica à loucura de Ismália. Identifique e explique essas imagens.
A partir do momento em que enlouqueceu, Ismália “Pôs-se na torre a sonhar...”, isto é, tornou-se como que superior em relação ao real e entregou-se a um onirismo – “Viu uma lua no céu, / Viu outra lua no mar” – que pode significar busca de unidade cósmica, de reunião do corpo (a lua do mar) com a alma (a lua do céu).

b)   Na 2ª estrofe quais são os desejos de Ismália e o que representam?
Os desejos de Ismália – querer subir ao céu / querer subir ao mar – parecem representar a morte, aqui entendida como reunião entre corpo e alma, integração com a natureza.

12 – Mencione e interprete as características temáticas simbolistas da 3ª estrofe.
      Na 3ª estrofe o canto de Ismália associa-se à manifestação de sua loucura, e também à proximidade em que se encontra do céu, da transcendência espiritual, caracterizando fortemente a presença do estilo Simbolista.

13 – Na 4ª estrofe, o que acontece com Ismália?
a)   Do ponto de vista de uma visão racional da existência.
Ismália se suicida.

b)   Do ponto de vista de uma visão simbolista da existência.
Ao morrer, a alma de Ismália “sobe ao céu”, enquanto seu corpo “desce ao mar”, com o movimento das “asas que Deus lhe deu”. Ou seja, ela reencontra a unidade perdida, a transcendência, a transfiguração para a dimensão esoiritual e metafísica da existência.





ATIVIDADES: GÊNERO E GRAU DO SUBSTANTIVO - COM GABARITO

Atividade: Gênero do substantivo


01 – Escreva o masculino dos parentes abaixo:
- Tias                  -- Tios.
- Madrasta          -- Padrasto.
- Avó                   -- Avô.
- Sobrinha           -- Sobrinho.
- Neta                  -- Neto.
- Bisavó               -- Bisavô.
- Mãe                   -- Pai.
- Bisneta              -- Bisneto.
- Filha                  -- Filho.
- Sogra                -- Sogro.
- Nora                  -- Genro.
- Madrinha           -- Padrinho.

02 – Dê o feminino das profissões abaixo:
- Cantor               -- Cantora.
- Juiz                    -- Juíza.
- Diretor                -- Diretora.
- Advogado           -- Advogada.
- Alfaiate               -- Alfaiata.
- Ator                     -- Atriz.
- Cirurgião             -- Cirurgiã.
- Vereador             -- Vereadora.
- Mestre                 -- Mestra.
- Professor             -- Professora.

03 – Passe para o feminino:
- O anão                             -- A anã.
- O comilão                         -- A comilona.
- O ancião                           -- A anciã.
- O valentão                        -- A valentona.
- O alemão                          -- A alemã.
- O folião                             -- A foliã.
- O cidadão                         -- A cidadã.
- O chorão                           -- A chorona.
- O órfão                              -- A órfã.
- O freguês                          -- A freguesa.
- O inglês                             -- A inglesa.
- O japonês                          -- A japonesa.

04 – Passe as frases para o feminino:

a)   O cão raivoso atacou o padrinho de Luís.
A cadela raivosa atacou a madrinha de Luís.

b)   O rapaz cumprimentou o autor e os atores da novela.
A moça cumprimentou a autora e as atrizes da novela.

c)   No zoológico vi o pavão, o leão, o elefante e o macaco.
No zoológico vi a pavoa, a leoa, a elefanta e a macaca.

Atividade – Número do substantivo
Terminadas: Em vogal – acrescenta s.
                     Em ditongo – acrescenta s (céu)
                     Em n – acrescenta s.
                     Em ã; ãe – acrescenta s.
                     Nomes de números – acrescenta s.

Regras especiais:

·        Substantivos terminados em r; z – acrescenta-se: es.
·        Terminados em al; el; ol; ul – troca-se o l por is.
·        Terminados em il – troca-se por is – oxítona.
·        Terminados em il – troca-se por eis – paroxítona.
·        Terminados em m – troca-se por ns.
·        Terminados em s – acrescenta-se es.

05 – Passe as palavras para o plural:

- A xícara                              -- As xícaras.
- O funil                                 -- Os funis.
- O cartaz                              -- Os cartazes.
- O túnel                                -- Os túneis.
- O varal                                -- Os varais.
- O bombom                          -- Os bombons.
- O anzol                               -- Os anzóis.
- O grão                                -- Os grãos.
- A maçã                               -- As maçãs.
- O canil                                -- Os canis.
- A luz                                   -- As luzes.
- O imóvel                             -- Os imóveis.
- O sinal                                -- Os sinais.
- A nuvem                             -- As nuvens.
- O farol                                -- Os faróis.
- O limão                              -- Os limões.
- A rã                                    -- As rãs.
- O fóssil                               -- Os fósseis.
- O mês                                -- Os meses.
- O hotel                               -- Os hotéis.
- A viagem                            -- As viagens.
- O dedal                              -- Os dedais.
- O lençol                              -- Os lençóis.
- A mão                                 -- As mãos.
- O tapete                              -- Os tapetes.
- O refil                                  -- Os refis.
- A cruz                                  -- As cruzes.
- O anel                                 -- Os anéis.
- O homem                            -- Os homens.
- O animal                             -- Os animais.
- O girassol                           -- Os girassóis.
- O avião                               -- Os aviões.
- A mulher                             -- As mulheres.
- O gás                                  -- Os gases.