Notícia: A destruição da Amazônia
Já aconteceu uma vez. Da mata
Atlântica, que cobria a costa brasileira do Rio Grande do Sul até o Ceará, só
restam hoje 5% e 8%, na estimativa mais otimista. Agora, é a Amazônia que está
sob ataque. Distante dos centros mais desenvolvidos, a floresta Amazônica
permaneceu quase intocada até trinta anos atrás. Nas três últimas décadas, suas
árvores sofreram mais baixas do que nos quatro séculos anteriores. Não é um
caso perdido. A Amazônia ainda está sob ocupação humana das mais ralas e há
regiões com a dimensão de países europeus que continuam intactas. Ainda se pode
viajar dez horas no rio Negro, um dos maiores da Amazônia, sem cruzar com mais
de quatro ou cinco barcos e sem ver movimentação nas margens, a não ser por uma
dúzia de casebres solitários. Mas em regiões economicamente mais atraentes,
lugares que já são ocupados por vilarejos e cidades, o ataque à floresta é
brutal.

Desde o fim dos anos 60, quando começou
essa cruzada de extermínio, uma capa vegetal com área maior que a da França já
desapareceu na Amazônia, pela ação do fogo ou da motoserra. Não há registro de
extinção de espécies animais na região. Mas as alterações do meio ambiente, a
caça predatória e a pesca centralizada nos peixes preferidos pela culinária
local ameaçam um zoológico inteiro de desaparecer para sempre. Dezenas de
mamíferos e répteis estão na lista das espécies em risco. O peixe-boi, um mamífero
pacífico que atinge até 500 quilos com uma dieta de capim aquático, está ficando
cada vez mais raro. Onça e macacos figuram na lista, bem como algumas espécies
de jacaré e tartaruga. Em breve, o pirarucu, maior peixe amazonense, pode fazer
parte das espécies ameaçadas. Aos poucos, mas ininterruptamente, a Amazônia
está sendo comida pelas queimadas, pelo furor das serrarias, pela poluição
descontrolada dos garimpos e pela instalação de fazendas de gado em várzeas que
funcionam como berçários de peixes. [...] Atualmente a floresta está
desaparecendo ao ritmo aproximado de um território como o de Sergipe a cada ano
e meio. A perguntas a se fazer é: por que e para quê?
Revista Veja; Amazônia,
24 dez. 1998. p. 8. Número especial.
Fonte: Linguagem Nova.
Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática
– 2003. p. 174-175.
Entendendo a notícia:
01 – Qual é a situação atual
da Mata Atlântica mencionada na notícia?
Atualmente, da
Mata Atlântica que cobria a costa brasileira do Rio Grande do Sul até o Ceará,
restam apenas entre 5% e 8%.
02 – Quando a floresta
Amazônica começou a sofrer maiores danos, segundo a notícia?
A floresta
Amazônica começou a sofrer maiores danos nas últimas três décadas.
03 – O que está ameaçando a
fauna da Amazônia?
As alterações do
meio ambiente, a caça predatória e a pesca centralizada estão ameaçando um
zoológico inteiro de desaparecer para sempre.
04 – Quais são alguns dos
animais mencionados na lista de espécies em risco na Amazônia?
Alguns dos
animais mencionados na lista de espécies em risco incluem o peixe-boi, a onça,
macacos, algumas espécies de jacaré e tartaruga e, possivelmente, o pirarucu.
05 – Qual é a taxa de
desmatamento atual da floresta Amazônica mencionada na notícia?
Atualmente, a
floresta está desaparecendo a um ritmo aproximado de um território como o de
Sergipe a cada ano e meio.
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