domingo, 9 de março de 2025

CONTO: RECADO DE FANTASMA - (FRAGMENTO) - FLAVIA MUNIZ - COM GABARITO

 Conto: Recado de fantasma – Fragmento

           Flavia Muniz

        Tudo começou quando nos mudamos para aquela casa. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada. Alguns afirmavam ouvir alguém cantando por lá às sextas-feiras.

        -- Deve ser coisa de fantasma! - falavam.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZ8uvTxbzA3SMTZFahLNcyhsib1LXGdbyZteyd7f0q2v2pdoXB5SFFqp0vNKiwFVNDIXGUMJIEfEI1Q5hrWQgqTvEbvXH-ZymTFOgbYUu-VDJkfw-G1m4HB5elqivmRSMJ2BIZY-4UtD3QxyTyPRkpB-6OU1axJN3EL-z-CEBp6i9-XlSutaZdGWv5N8/s320/FANTASMA.jpg


        -- Se existe, nunca vi! – E então contava a eles que as casas antigas, como aquela, com revestimentos e assoalho de madeira, estalam por causa das mudanças de temperatura. Isso é um fenômeno natural, conforme meu pai havia me explicado. Mas meus amigos não se convenciam facilmente. Apostavam que mais dia menos dia eu levaria o maior susto.

        Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Meus pais haviam saído e eu fiquei em casa com minha irmã, Beth. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis.

        Faltava um quarto para a meia-noite. Eu andava à procura de uma peça para terminar a metade do cenário quando senti um ar gelado bem perto de mim. As peças espalhadas pelo chão começaram a tremer. Vi, arrepiado, cinco delas flutuarem e depois se encaixarem bem no lugar certo. Fiquei tão assustado que nem consegui me mexer. [...]

Flavia Muniz. Recado de fantasma. Nova Escola. São Paulo: Abril. Ago. 2004. p. 13. v. 1. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 127.

Entendendo o conto:

01 – Qual era a opinião dos vizinhos sobre a nova casa dos personagens?

      Os vizinhos acreditavam que a casa era mal-assombrada e alguns afirmavam ouvir alguém cantando lá às sextas-feiras.

02 – Como o narrador explicava os barulhos estranhos da casa?

      O narrador explicava que os barulhos eram causados pelas mudanças de temperatura, que faziam as estruturas de madeira da casa estalar.

03 – O que aconteceu com o narrador enquanto ele montava o quebra-cabeça?

      O narrador sentiu um ar gelado, as peças do quebra-cabeça começaram a tremer e cinco delas flutuaram e se encaixaram sozinhas.

04 – Qual era o horário quando o narrador começou a sentir coisas estranhas?

      Faltava um quarto para a meia-noite.

05 – Com quem o narrador estava em casa na noite do acontecimento estranho?

      O narrador estava em casa com sua irmã, Beth.

06 – Qual era a reação do narrador diante do fenômeno estranho com o quebra-cabeça?

      O narrador ficou tão assustado que não conseguiu se mexer.

07 – Qual era a atividade que o narrador estava fazendo antes do fenômeno estranho acontecer?

      O narrador estava montando um quebra-cabeça de 500 peças.

 

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