quinta-feira, 6 de março de 2025

NOTÍCIA: ATRAÇÃO PERIGOSA - LIA BOCK E MÔNICA TARANTINO - COM GABARITO

Notícia: ATRAÇÃO PERIGOSA

            Lia Bock e Mônica Tarantino

        O brasileiro exagera nos remédios, consumindo-os sem consultar o médico e colocando a sua saúde em risco.

        Levante a mão quem jamais tomou um remedinho "receitado" por um amigo ou foi até a farmácia comprar um medicamento e saiu de lá levando dois ou mais na sacola. Esse é apenas um dos sintomas da tendência para a automedicação que o Brasil tem.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAzMOsuAVXDgoEWYX-eVyxqSEJlkt_BVfVrnN3hng9ZyjcrBRiBKIH0o-CI6_Ghv7Dv47hka2dbbCmu-e7_jS9fUyykbu7L4rs8ymGHOpQeFmcOUZrYLu4DAZnkKJ5AyScOLGrkoNm8UBENdDuLqYgjlB0e0D_JqgFOWM9Hxwxv9wXE_FIoQLKI0cXx9Q/s1600/REMEDIO.jpg

        Usar remédio sem prescrição médica é um hábito muito frequente entre nós. Os produtos com tarja vermelha são o principal alvo de venda fácil. O controle é mais rígido com as drogas com tarja preta (podem causar dependência), pois uma via da receita fica retida na farmácia. Um dos desdobramentos dessa situação é que muita gente usa substâncias potentes sem necessidade.

        Abusos como esse são culpa de quem? Para os especialistas, a automedicação é resultado de um contexto em que vários atores contracenam. Ela passa pelo sistema público de saúde, que não dá conta da demanda, pela prática da empurroterapia (venda comissionada de medicamentos) nas farmácias, por uma vocação do brasileiro para pajelança (todo mundo gosta de receitar soluções) e pela necessidade de fiscalização mais eficaz. Esses são alguns dos pilares da encrenca, que traz sérias consequências.

        Há mais uma ponta a considerar quando se trata de automedicação: as farmácias. No Brasil, há cerca de 55 mil estabelecimentos desse tipo, o equivalente a uma farmácia por três mil habitantes. O número excessivo de medicamentos à venda põe mais lenha na fogueira.

        A automedicação é uma praga e, contra ela, é necessário ter uma abordagem ampla e organizada.

Adaptação da reportagem de Lia Bock e Mônica Tarantino, Isto É, nº 1671, 10/10/2001, p. 80-85.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 598.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal problema abordado na notícia?

      O principal problema abordado é a automedicação, um hábito frequente entre os brasileiros, que consiste em consumir medicamentos sem prescrição médica, colocando a saúde em risco.

02 – Quais os principais fatores que contribuem para a automedicação no Brasil?

      Os principais fatores são: o sistema público de saúde que não atende à demanda, a prática da "empurroterapia" nas farmácias (venda comissionada de medicamentos), a tendência do brasileiro a "receitar soluções" e a falta de fiscalização eficaz.

03 – Qual a diferença entre medicamentos de tarja vermelha e tarja preta, e qual a relação dessa diferença com a automedicação?

      Medicamentos de tarja vermelha são vendidos com menos controle, enquanto os de tarja preta (que podem causar dependência) exigem receita retida na farmácia. A facilidade de acesso aos medicamentos de tarja vermelha contribui para a automedicação.

04 – Qual a relação entre o número de farmácias e a automedicação no Brasil?

      O grande número de farmácias no Brasil (uma para cada três mil habitantes) e a vasta quantidade de medicamentos à venda contribuem para a automedicação, facilitando o acesso e incentivando o consumo excessivo.

05 – Qual a solução proposta para combater a automedicação no Brasil?

      A notícia propõe uma abordagem ampla e organizada para combater a automedicação, envolvendo ações de diversos setores da sociedade e do governo.

 

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