Música(Atividades): Saudades da Guanabara - (Moacyr Luz)
Eu sei
Que o meu peito é lona armada
Nostalgia não paga entrada
Circo vive é de ilusão (eu sei)
Chorei
Com saudades da Guanabara
Refulgindo de estrelas claras
Longe dessa devastação (e então)
Armei
Pic-nic na Mesa do Imperador
E na Vista Chinesa solucei de dor
Pelos crimes que rolam contra a liberdade
Reguei
O Salgueiro pra muda pegar outro alento
Plantei novos brotos no Engenho de Dentro
Pra alma não se atrofiar (Brasil)
Brasil, tua cara ainda é o Rio de Janeiro
Três por quatro da foto e o teu corpo inteiro
Precisa se regenerar
Eu sei
Que a cidade hoje está mudada
Santa Cruz, Zona Sul, Baixada
Vala negra no coração
Chorei
Com saudades da Guanabara
Da Lagoa de águas claras
Fui tomado de compaixão (e então)
Passei
Pelas praias da Ilha do Governador
E subi São Conrado até o Redentor
Lá no morro Encantado eu pedi piedade
Plantei
Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro
Pois é pra gente respirar (Brasil)
Brasil
Tira as flechas do peito do meu Padroeiro
Que São Sebastião do Rio de Janeiro
Ainda pode se salvar.
Composição:
Paulo César Pinheiro / Moacyr Luz / Aldir Blanc.
Fonte: Livro –
Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 8ª Série – Marilda Prates – Ed.
Moderna, 2005 – p. 73-4.
Entendendo a canção:
01 – Num primeiro momento, a
nostalgia toma conta do eu lírico, que, por isso, compara seu peito a um circo.
Por quê?
No circo tudo é
ilusão. O compositor faz uso da comparação porque relembra os seus tempos de
criança.
02 – Você sabe o que é
“viver de ilusão”? Tem exemplos para dar sobre pessoas que vivem na ilusão?
Comente e justifique sua resposta.
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: É viver em fantasia.
03 – Por que chora o eu
lírico? Justifique sua resposta, com base o texto.
Chora por sentir
saudade de uma Guanabara diferente: limpa, preservada, livre da violência.
04 – O eu lírico fez uma
passagem por diversos pontos da antiga Guanabara. Por que ele fez isso? Procure
perceber a partir do contexto.
Fez um jogo de
palavras, usando nomes de bairros e pontos turísticos, para ressaltar ainda
mais as características da vida da antiga Guanabara.
05 – Na Vista Chinesa –
ponto turístico do Rio de Janeiro –, usando linguagem figurada, o eu lírico
arma uma mesa para si (o imperador dos sonhos) e soluça de dor. O que acontece
nessa região e que causa dor ao eu lírico? Pelo texto podemos responder.
A Vista Chinesa, local turístico de
beleza ímpar, hoje foi transformado em local de violência e vandalismo.
06 – Novamente em linguagem
figurada, o eu lírico fala em regar
e plantar, atos que lembram
crescimento, frutos... Comente, justificando.
Ao regar e
plantar os “frutos”, representados pela verde paisagem, espera que volte a
florescer uma Guanabara idêntica à que conheceu há tempos.
07 – Compare a situação da
Guanabara com a cidade ou o lugar em que você mora.
Resposta pessoal
do aluno.
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