quarta-feira, 9 de abril de 2025

NOTÍCIA: O DOBRO DE MENINAS GRÁVIDAS - (FRAGMENTO) - O ESTADO DE SÃO PAULO - COM GABARITO

 Notícia: O dobro de meninas grávidas – Fragmento

        No grupo de 10 a 14 anos, subiu 93,7% o número de mães iniciantes, em 2000

         O número de meninas de 10 a 14 anos que tiveram filhos pela primeira vez em 2000 quase dobrou em relação a 1991. Foram 20.632 crianças e adolescentes estreando na condição de mães. Mais alarmante é o fato de que outras 2.502 meninas já tinham filhos naquele ano, quando tiveram outro bebê. No grupo de 10 a 14 anos, aumentou 93,7% o número de mães iniciantes. Entre as jovens de 15 a 19 anos, o aumento foi de 41,5% na década de 90. Do total de 1,3 milhão de mulheres que tiveram o primeiro filho em 2000, 38,6% tinham entre 10 e 19 anos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinl4o4nCVthgVE9jB5YYoVWynn9vgxzrQTW8TMK3oVGgyy0sCxcqwurfQjjVVdcNvZyJmfWTzxnNPz_B4NNHSyb2GbgzfjGXS0mDrPVBek1GKZYku4uiThGVt-x9qm9CSlkVvL6M6YKCwgcGm9ID8UbtIihzgJPzPmFxcjbBPfVrRa8EoFjtah_Jj_RnE/s320/MENINA.png


        A Região Norte tem os maiores porcentuais de mães muito jovens. As mães adolescentes são em geral pobres, com baixa escolaridade e nem sempre contam com a presença do pai dos bebês.

        “No caso das mães jovens de baixa renda, a maioria interrompe os estudos e não volta mais à escola. No caso das mais ricas, cria-se um aparato para cuidar do filho e os cuidados com a criança são divididos na família”, compara o demógrafo do IBGE Juarez de Castro Oliveira.

        [...]

        Planejamento não é só dar pílula, afirma pesquisador

        Políticas de prevenção à gravidez precoce não têm sido suficientes para evitar o aumento do número de mães adolescentes porque estão muito voltadas para a distribuição de preservativos e pílulas anticoncepcionais, mas ainda não conseguiram transmitir o impacto do nascimento de um filho na vida das jovens. “Planejamento familiar não é só distribuir pílula. É passar informações para que uma família se forme de maneira saudável e sem traumas. Não é por falta de informação que as jovens engravidam. Acredito que seja mais por falta de atenção e por descuido”, diz o demógrafo Juarez de Castro Oliveira, autor da pesquisa que aponta o aumento das mães adolescentes.

        [...] Outro dado importante da pesquisa foi a mudança na situação conjugal das mães. Em 19770, apenas 22,77% das mulheres solteiras eram mães. Em 2000, esse número subiu para 16,37%. Fenômeno, segundo o economista (Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas), relacionado com a gravidez precoce.

O Estado de São Paulo, 7/5/2005.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 166-167.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é o principal dado alarmante apresentado na notícia?

      O principal dado alarmante é o aumento significativo no número de meninas de 10 a 14 anos que se tornaram mães pela primeira vez em 2000, quase dobrando em relação a 1991. Além disso, há o fato de que muitas dessas meninas já tinham filhos anteriormente.

02 – Quais são as regiões do Brasil com os maiores índices de gravidez na adolescência?

      A Região Norte do Brasil apresenta os maiores percentuais de mães muito jovens.

03 – Quais são as características socioeconômicas das mães adolescentes, de acordo com a notícia?

      As mães adolescentes são, em geral, pobres, com baixa escolaridade e, frequentemente, não contam com a presença do pai dos bebês.

04 – Como a situação socioeconômica influencia as consequências da gravidez na adolescência, segundo o demógrafo Juarez de Castro Oliveira?

      Segundo o demógrafo, meninas de baixa renda tendem a interromper os estudos e não retornar à escola, enquanto aquelas de famílias mais ricas têm maior suporte familiar para cuidar dos filhos e continuar seus estudos.

05 – Qual é a crítica do pesquisador em relação às políticas de prevenção à gravidez precoce?

      O pesquisador critica o fato de que as políticas de prevenção estão muito focadas na distribuição de preservativos e pílulas anticoncepcionais, sem abordar adequadamente o impacto da maternidade na vida das jovens.

06 – Qual é a visão do demógrafo Juarez de Castro Oliveira sobre as causas da gravidez na adolescência?

      O demógrafo acredita que a gravidez na adolescência é mais resultado da falta de atenção e descuido do que da falta de informação sobre métodos contraceptivos.

07 – Qual é a relação entre gravidez precoce e situação conjugal das mães, segundo o economista Marcelo Neri?

      Segundo o economista, há uma relação entre o aumento da gravidez precoce e o aumento do número de mães solteiras, indicando uma mudança na situação conjugal das mães ao longo dos anos.

 

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