terça-feira, 15 de abril de 2025

POEMA: TUDO, TODOS E O TODO - CARLOS RODRIGUES BRANDÃO - COM GABARITO

 Poema: Tudo, todos e o todo

             Carlos Rodrigues Brandão

Somos feitos de barro e do fogo
e por isso somos o desejo e o amor.
Fomos feitos de terra e de água
e assim somos eternos como a vida
e somos passageiros como a flor.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRITKPOh2d-fNklAgKV_rSx3LuN5x5pM51Pelfq0GZ7dPH0Ps-Q-6-7lFT_aZ9UKT4Z4JZViHP8KC1o8QE4LnsiOsHD2D__l43djfSv4MtfEU3w7zpopZfL-6H9OfBH-ntxREHsv7KrXbVTfOWnn6XilQCsWLJiejtwCvmw5S2yxIJMdGCWGJHcfSebcQ/s320/homem_de_barro_cores_da_terra.2.jpg


Somos a luz a sombra, o claro, a escuridão
a memória de deus, a história e a poesia.
Somos o espaço e o tempo, a casa e a janela
e a noite e o dia, e o sol e o céu e o chão.
Somos o silêncio e o som da vida.
O estudo, a lembrança e o esquecimento.
Somos o medo e o abandono.
A espera somos nós e somos a esperança.
Pois não somos mais e nem menos do que o todo
e nem somos menos e nem mais que tudo.
Somos o perene e o momento, a pedra e o vento
a energia e a paz, a vida criada e o criador.
Somos o mundo que sente, e irmãos da vida
somos a aventura de ser vida e sentimento.
E assim em cada ave que voa há nossa alma,
e em cada ave que morre, a nossa dor.

Carlos Rodrigues Brandão desenhou as palavras, Isis Zahara coloriu as imagens. O jardim de todos. Campinas: Autores Associados, 2004. p. 71.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 176.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com a primeira estrofe, quais são os elementos que nos constituem e quais qualidades são associadas a eles?

      Segundo a primeira estrofe, somos feitos de barro e do fogo, o que nos torna desejo e amor. Também somos feitos de terra e de água, o que nos torna eternos como a vida e passageiros como a flor.

02 – Que dualidades ou contrastes são apresentados na segunda e terceira estrofes para descrever a nossa natureza?

      Na segunda e terceira estrofes, somos apresentados como luz e sombra, claro e escuridão, memória de deus, história e poesia. Somos também espaço e tempo, casa e janela, noite e dia, sol e céu e chão.

03 – Quais experiências ou estados emocionais são atribuídos a nós na quarta e quinta estrofe?

      Na quarta e quinta estrofe, somos atribuídos ao silêncio e ao som da vida, ao estudo, à lembrança e ao esquecimento. Somos também o medo e o abandono, a espera e a esperança.

04 – Como o poema define a nossa relação com o "todo" e com "tudo" na sexta estrofe?

      Na sexta estrofe, o poema afirma que não somos mais nem menos do que o todo, e nem somos menos nem mais que tudo, enfatizando uma igualdade fundamental com a totalidade da existência.

05 – Que conexão é estabelecida entre nós e a natureza na última estrofe do poema?

      Na última estrofe, é estabelecida uma conexão profunda entre nós e a natureza, afirmando que em cada ave que voa há nossa alma, e em cada ave que morre, há nossa dor, sugerindo uma empatia e uma ligação espiritual com o mundo natural.

 

 

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