Poema: Natural retorno
Ulisses
Tavares
O passarinho que a poluição,
espantou sou eu que voa
para teus braços.
A água que a indústria sujou
sou eu que desemboca límpido
em sua barriga.
O mato que a cidade cortou
sou eu que cresce viçoso
em suas pernas.
O bicho que a civilização matou
sou eu que corre célere
para o seu corpo.
Nem tudo está perdido.

Diário de uma paixão.
São Paulo: Geração Editorial, 2003.
Fonte: Livro –
Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar
Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 41.
Entendendo o poema:
01 – Qual a temática central
do poema?
O poema aborda a
relação entre o ser humano e a natureza, destacando a capacidade de renovação e
retorno à pureza original, mesmo após a degradação causada pela ação humana.
02 – Quais as metáforas
utilizadas no poema para representar essa relação?
O poema utiliza
metáforas como "passarinho que a poluição espantou", "água que a
indústria sujou", "mato que a cidade cortou" e "bicho que a
civilização matou" para representar a natureza que retorna ao seu estado
puro e encontra refúgio no corpo da amada.
03 – Qual o significado do
verso "Nem tudo está perdido"?
Esse verso
transmite uma mensagem de esperança e otimismo, sugerindo que, apesar dos danos
causados pela humanidade, a natureza possui uma força intrínseca de renovação e
que ainda há possibilidade de reconexão com o meio ambiente.
04 – Como o poema utiliza a
imagem do corpo da amada?
O corpo da amada
é utilizado como um refúgio para a natureza, um local onde ela pode se
purificar e renascer, simbolizando a união entre o ser humano e o meio
ambiente.
05 – Qual a mensagem final do
poema em relação à natureza e à humanidade?
O poema transmite uma mensagem de que a
natureza possui uma capacidade de renovação e que, apesar dos danos causados
pela humanidade, ainda há esperança de reconexão e harmonia entre ambos.
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