Poesia: O Cântaro
Renata
Pallottini
"Então, Jacó beijou Raquel e,
levantando a voz,
chorou."
Gênesis, 20: l l
O cântaro poreja a água amena
que do poço brotou, e adoça a areia
e que corre nos ombros, e que enleia
pelas espáduas seu frescor moreno.
O lácteo manto que uma brisa ondeia
desenha formas, cujo talho apenas
a tamareira imita, a flor receia,
o vento afaga e a solidão serena.
Vê-la é um momento, desejá-la um sopro,
ouvir-lhe a voz uma doçura eleita,
roçar-lhe a fronte uma revelação.
O amante, incertas mãos, trêmulo corpo,
beija-lhe os olhos, cuja flor desfeita
catorze anos de vida pagarão.
Renata Pallottini.
Entendendo a poesia:
01 – Qual passagem bíblica é
citada no início do poema?
O poema começa
com uma citação de Gênesis 20:11, que diz: "Então, Jacó beijou Raquel e,
levantando a voz, chorou."
02 – O que o
"cântaro" está fazendo no poema?
O cântaro está
derramando água do poço e refrescando a areia, além de enleiar-se nos ombros de
alguém.
03 – Como o poema descreve o
efeito da brisa no cenário?
A brisa desenha formas no manto que uma
pessoa usa, e essas formas são imitadas pela tamareira, temidas pela flor,
acariciadas pelo vento e trazem serenidade à solidão.
04 – Como o poema descreve a
visão da pessoa mencionada?
A visão da pessoa
é descrita como algo fugaz, desejado, e suas formas são comparadas às da
tamareira.
05 – Quais são as ações do
amante no poema?
O amante beija os
olhos da pessoa mencionada, cuja flor desfeita será paga com catorze anos de
vida.
06 – Qual é a tonalidade geral
do poema?
O poema tem uma
tonalidade romântica e contemplativa, explorando a beleza fugaz e o desejo
apaixonado.
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