Artigo de Opinião: Direito à educação
Iberê Thenório e Mariana Fulfaro
Antes da criação das escolas como
espaços coletivos de aprendizagem, os tutores formavam jovens privilegiados de
modo individual. O tutor era uma espécie de responsável pela totalidade da
educação do jovem, muitas vezes morando na mesma casa e repassando ao aprendiz
todo tipo de conhecimento.
O filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322
a.C.), por exemplo, foi tutor de imperador Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323
a.C.). Durante a Idade Média, apenas a nobreza contava com tutores para sua
formação. Porém, isso ainda era algo acessível a poucos e geralmente
privilegiava homens. Muitos reis nem eram alfabetizados.
O valor da escola como um direito de
todos, independentemente do gênero ou da classe social, é uma conquista
bastante recente. Apenas no século XX, com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a educação ampla e irrestrita passou a ser considerada um direito de todos
e um dever do Estado. A importância da educação é reconhecida mundialmente e
diversos órgãos internacionais buscam garantir que o acesso à educação seja
realmente um direito de todos.
Para discutir o uso que você e seus
colegas fazem da internet para estudar, reúnam-se em pequenos grupos, conversem
sobre as questões proposta a seguir e anotem as conclusões no caderno para
depois postar na página de vocês. Não se esqueçam também de registrar possíveis
dúvidas ou de pensar em diferentes propostas para serem comentadas na live.
Iberê Thenório e Mariana Fulfaro
criaram um estúdio para gravar os vídeos do canal Manual do Mundo, que se ocupa
com o que eles chamam de “entretenimento educativo”.
Fonte: Da escola para
o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São
Paulo, 2020, editora Ática. p. 92-3.
Entendendo
o texto:
01 – Como você estuda?
Consulta apenas livros? Usa os livros, mas também acessa sites? Estuda apenas
por meio de sites? Por quê?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Com essa questão é possível sondar os hábitos de estudo dos
estudantes e as razões de suas escolhas, reconhecendo as particularidades de
cada turma.
02 – Que sites e/ou canais
de vídeo você acessa para estudar? Como se certifica de que as informações
presentes neles são confiáveis?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão:
Comente com os estudantes que uma forma de avaliar a confiabilidade dos sites é
verificar se fazem parte de uma plataforma comercial (.com) ou educativa (.org
ou .edu). Também é importante verificar, por exemplo, se o autor do conteúdo é
um especialista da área, se o texto cita estudos feitos por outros autores ou
centros de pesquisa reconhecidos, e se fornece referências bibliográficas que
possam ser consultadas em uma checagem.
03 – Acredita que os sites
são completos e trazem informações claras, ou sente que por vezes eles são
superficiais?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Cabe
aqui instigar a troca de ideias. Alguns sites apresentam conteúdo de forma
extensa e completa, enquanto outros simplificam a abordagem, podendo tratar as
informações de maneira superficial.
04 – A linguagem dos sites e
dos vídeos que você costuma acessar é igual à dos livros? Se você vê
diferenças, quais são? Qual você prefere? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É
possível que os estudantes apontem, por exemplo, que alguns sites possuem uma
linguagem mais “fácil”, com conteúdo resumido e de leitura rápida. Além disso,
na internet é possível assistir a vídeos sobre diversos assuntos, o que tende a
ser atraente para os estudantes, pois neles há alguém explicando o conteúdo e,
às vezes, fazendo demonstrações práticas e explorando recursos visuais
variados, o que pode facilitar o aprendizado para alguns.
05 – Quando precisa fazer
uma pesquisa, você busca informações em livros ou somente na internet? Se a
pesquisa é feita apenas usando a internet, você acessa mais de um site para
comparar informações ou confia no primeiro que acessa?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Nesta questão, é importante destacar a relevância da busca
em mais de uma fonte confiável, para ter acesso a uma diversidade de
informações e comparar semelhanças e diferenças nos discursos. Além disso,
retome com os estudantes o que conheceram do funcionamento dos algoritmos e
chame a atenção para o fato de que, muitas vezes, os primeiros sites indicados
por um mecanismo de busca podem ser aqueles que pagam para aparecer no topo da
lista e que, portanto, não são necessariamente os mais completos e confiáveis.
06 – Você e seus colegas já
criaram grupos para compartilhamento de informações escolares via celular?
Acreditam que esse é um bom recurso? Em que situações ele pode ser utilizado?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Grupos como esses, quando bem administrados, contribuem com
a troca de informações e a aprendizagem colaborativa, já que os estudantes
podem ajudar uns aos outros com lembretes de datas de avaliações,
esclarecimento de dúvidas quanto a determinados conteúdos, combinando grupos de
estudo, etc.
07 – Você tem alguma dica de
procedimento de estudo usando a internet para dar a seus colegas? Qual?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: É importante ouvir os estudantes e conhecer o uso que eles
fazem da tecnologia para avaliar possibilidades de intervenção educativa.
Procure evitar estabelecer juízos de valor a respeito da relação dos jovens com
as várias mídias e tecnologias: o que importa aqui é a problematização desse
uso e, portanto, o incentivo à reflexão, à autocrítica e ao diálogo.
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