domingo, 21 de junho de 2020

POEMA: PARA SEMPRE - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Poema: Para Sempre

            Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite 
que as mães vão-se embora? 
Mãe não tem limite, 
é tempo sem hora, 
luz que não apaga 
quando sopra o vento 
e chuva desaba, 
veludo escondido 
na pele enrugada, 
água pura, ar puro, 
puro pensamento. 
Morrer acontece 
com o que é breve e passa 
sem deixar vestígio. 
Mãe, na sua graça, 
é eternidade. 
Por que Deus se lembra 
— mistério profundo — 
de tirá-la um dia? 
Fosse eu Rei do Mundo, 
baixava uma lei: 
Mãe não morre nunca, 
mãe ficará sempre 
junto de seu filho 
e ele, velho embora, 
será pequenino 
feito grão de milho. 


Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas' 

Entendendo o poema:

01 – Nos versos: “Luz que não se apaga”, “Quando sopra o vento”, “E chuva desaba”, o termo em negrito pode ser analisado como:

a)   Uma oposição de ideias.

b)   Uma explicação.

c)   Uma indicação de um acréscimo.

d)   Uma oferta de escolhas.

02 – A alternativa que melhor explica o título do poema é:

a)   A aceitação da morte da mãe pelo filho, na velhice.

b)   A tristeza e a indignação da morte da mãe.

c)   Que devia ser proibida a morte de uma mãe.

d)   Que mesmo morrendo ela sempre será a mãe do filho.

03 – É possível fazer uma reflexão com a leitura do poema. Você concorda com as afirmações feitas pelo eu lírico?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Transcreva o verso em que comprova o foco narrativo (narrador-personagem) em primeira pessoa.

      “Fosse eu rei do mundo...”.

 

 

 

 

 

 


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