Poema: Para
Sempre
Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas'
Entendendo o poema:
01 – Nos versos: “Luz que
não se apaga”, “Quando sopra o vento”, “E
chuva desaba”, o termo em negrito pode ser analisado como:
a)
Uma oposição de ideias.
b)
Uma explicação.
c)
Uma indicação de um acréscimo.
d)
Uma oferta de escolhas.
02 – A alternativa que
melhor explica o título do poema é:
a)
A aceitação da morte da mãe pelo filho, na
velhice.
b)
A tristeza e a indignação da morte da mãe.
c)
Que devia ser proibida a morte de uma mãe.
d)
Que mesmo morrendo ela sempre será
a mãe do filho.
03 – É possível fazer uma
reflexão com a leitura do poema. Você concorda com as afirmações feitas pelo eu
lírico?
Resposta pessoal
do aluno.
04 – Transcreva o verso em
que comprova o foco narrativo (narrador-personagem) em primeira pessoa.
“Fosse eu rei do
mundo...”.
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