O arado
Aqui, vemos Jesus utilizar na edificação do Reino Divino um
dos mais belos símbolos.
Efetivamente, se desejasse, o Mestre criaria outras imagens.
Poderia reportar-se às leis do mundo, aos deveres sociais, aos textos da
profecia, mas prefere fixar o ensinamento em bases mais simples.
O arado é aparelho de todos os tempos. É pesado, demanda
esforço de colaboração entre o homem e a máquina, provoca suor e cuidado e,
sobretudo, fere a terra para que produza. Constrói o berço das sementeiras e, à
sua passagem, o terreno cede para que a chuva, o sol e os adubos sejam
convenientemente aproveitados.
É necessário, pois, que o discípulo sincero tome lições com o
Divino Cultivador, abraçando-se ao arado da responsabilidade, na luta
edificante, sem dele retirar as mãos, de modo a evitar prejuízos graves à
“terra de si mesmo”.
Meditemos nas oportunidades perdidas, nas chuvas de misericórdia
que caíram sobre nós e que se foram sem qualquer aproveitamento para nosso
espírito, no sol de amor que nos vem vivificando há muitos milênios, nos adubos
preciosos que temos recusado, por preferirmos a ociosidade e a indiferença.
Examinemos tudo isto e reflitamos no símbolo de Jesus.
Um arado promete serviço, disciplina, aflição e cansaço; no
entanto, não se deve esquecer que, depois dele, chegam semeaduras e colheitas,
pães no prato e celeiros guarnecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário