sexta-feira, 1 de novembro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - RETORNO A VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL - PARA REFLEXÃO


Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                          Capítulo III
RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL
     
 A alma após a morte; sua individualidade. Vida eterna – Separação da Alma e do Corpo – Perturbação espiritual.
 A alma após a morte; sua individualidade. Vida eterna.

149 – No que se transforma alma no instante da morte?
      Ela volta a ser Espírito, isto é, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado momentaneamente.

150 – Após a morte, a alma conserva a sua individualidade?
      Sim, jamais a perde. O que seria dela se não a conservasse?

150.a) Como a alma constata sua individualidade, já que não tem mais corpo material?
      Ela ainda tem um fluído que lhe é próprio, que retira da atmosfera de seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

150.b) A alma nada leva consigo deste mundo?
      Nada além da lembrança e do desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou amargura, conforme o emprego que tiver feito de sua vida; quanto mais pura for a alma, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.

151 – O que pensar da opinião segundo a qual, após a morte, a alma retorna ao todo universal?
      O conjunto dos Espíritos não constitui um todo? Não é esse todo um mundo completo? Quando fazes parte de uma assembleia, és parte integrante dela, e, no entanto, sempre conservas a tua individualidade.

152 – Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte? 
      Não tendes essa prova por meio das comunicações que recebeis? Se não fósseis cegos, veríeis; e, se não fôsseis surdos, escutaríeis, pois com muita frequência uma voz vos fala e vos revela a existência de um ser fora de vós.

      Os que pensam que com a morte a alma retorna ao todo universal estão errados se com isso entendem que, semelhante a uma gota d’água que cai no oceano, ela perde a sua individualidade; e estão certos se entendem por todo universal o conjunto de seres incorpóreos do qual cada alma ou Espírito é um elemento.
      Se as almas fossem confundidas na massa, elas só teriam qualidades no conjunto, e nada as distinguiria entre si. Não teriam nem inteligência nem qualidades próprias; ao passo que, em todas as comunicações, elas revelam a consciência do eu e uma vontade distinta. A infinita diversidade que apresentam, sob todos aspectos, é a própria consequência das individualidades. Se após a morte houvesse apenas o que se chama de Grande Todo – que observe todas as individualidade –, esse Todo seria uniforme e, por consequência, todas as comunicações que se recebesse do mundo invisível seriam idênticas. Uma vez que lá se encontram seres bons e outros maus, sábios e ignorantes, felizes e infelizes, e com todo o tipo de caracteres, alegres e tristes, levianos e sérios, etc., evidentemente são seres distintos. A individualidade se torna ainda mais evidente quando esses seres provam sua identidade por meio de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à sua vida terrestre que podem ser constatados. Essa individualidade não pode ser posta em dúvida quando os seres se manifestam à visão em aparições. A individualidade da alma nos foi ensinada, em teoria, como um artigo de fé; o Espiritismo a torna patente e, de certa forma, material.

153 – Em que sentido se deve entender a vida eterna?
      É a vida do Espírito que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma regressa à vida eterna.

153.a) Não seria mais exato chamar vida eterna à dos Espíritos puros, daqueles que, tendo atingido o grau da perfeição, não têm mais provas a cumprir?
      Isto seria antes felicidade eterna; mas isso é uma questão de palavras. Chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais.

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