A LUTA DOS NEGROS NOS ANOS 1920 E
1930
No Brasil da
década de 1920, o racismo contra os afrodescendentes era intenso e se
manifestava de diversas formas: seja por meio de expressões, gestos e olhares
preconceituosos, seja por anúncios de emprego que solicitavam candidatos de
“boa aparência” (leia-se: de pele branca). Além disso, havia leis proibitivas.
O governo paulista, por exemplo, baixou decretos que proibiam os negros de
ingressar na Guarda Civil de São Paulo e impediam os bebês de participar de
concursos públicos realizados anualmente para eleger os bebês mais “perfeitos”.
A ideia das autoridades era provar que, ano após ano, vinha ocorrendo o
branqueamento da “raça brasileira”.
Mas o movimento
negro não assistia a tudo isso de braços cruzados: lutava por meio de seus
jornais e organizações contra a injustiça e a discriminação existentes no
Brasil. Em 1928, por exemplo, o movimento negro lançou uma campanha contra o
racismo praticado pelo governo paulista. Pressionado por esse movimento
popular, o governador paulista Júlio Prestes suspendeu a proibição do ingresso
de negros na Guarda Civil de São Paulo e deu permissão para a participação de
bebês negros nos concursos públicos.
Três anos
depois, em outubro de 1931, um grupo de negros paulistas com cargos no
funcionalismo público fundaram-na cidade de São Paulo a Frente Negra Brasileira
(FNB), movimento que pretendia combater o racismo e promover melhores condições
de trabalho, saúde e educação para a população negra brasileira. Seus
principais fundadores foram: Arlindo Veiga dos Santos, José Correa Leite,
Isaltino Veiga dos Santos, Gervásio de Moraes e Jaime de Aguiar, entre outros.
Muitos jovens
vindos do interior e de outros estados procuravam a Frente Negra pensando em
conseguir emprego ou simplesmente obter informações sobre bailes, música,
política ou novidades ligadas à comunidade negra. Estima-se que a Frente Negra
Brasileira chegou a ter 100 mil membros por todo o país. Seus dirigentes
decidiram então transformá-la em partido político e conseguiram seu intento em
1936, mas no ano seguinte, com a instauração do Estado Novo, Vargas extinguiu
os partidos políticos, inclusive a Frente Negra Brasileira. Esse ato significou
enorme frustração para os milhares de frentenegrinos que depositaram naquela
agremiação suas esperanças.
GOMES, Flávio. Negros e política.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2005. p. 55.
1 – Como se manifestava o racismo no Brasil da década de
1920?
O
racismo manifestava-se de diversas formas, como expressões, gestos e olhares
preconceituosos; anúncios de emprego que exigiam “boa aparência”; leis
proibitivas, como os decretos do governo paulista que proibiam os negros de
ingressar na Guarda Civil de São Paulo e impediam os bebês negros de participar
de concursos públicos. Esses concursos eram promovidos pela Secretaria.
2 – Cite e comente a principal conquista do movimento negro
nos anos 1920.
O movimento negro pressionou o governo paulista, que, por
isso, suspendeu a proibição do ingresso de negros na Guarda Civil de São Paulo
e deu permissão para a participação de bebês negros nos concursos públicos
promovidos pelo governo de São Paulo. Essa importante conquista do movimento
negro é desconhecida da maioria dos estudantes brasileiros, o que de certa
forma tem a ver com o fato de os currículos escolares não contemplarem temas
relevantes da História dos afro-brasileiros.
3 – Elabore uma ficha sobre a Frente Negra Brasileira (FNB)
com as seguintes informações:
a) Local e data de sua fundação;
Cidade de São Paulo, em
1931.
b) Objetivos;
Combater o racismo e
promover melhores condições de trabalho, saúde e educação para a população
negra brasileira.
c) Principais líderes;
Arlindo Veiga dos Santos;
José Correa Leite; Isaltino Veiga dos Santos; Gervásio de Moraes e Jaime de
Aguiar, entre outros.
d) Data e motivo de sua extinção.
Em 1937, com o Golpe de Estado
desfechado por Getúlio Vargas.
Ajudou muito para mim não ir com vermelho nesse bimestre tamo junto é nóis cachoeira
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