sábado, 25 de maio de 2024

CONTO: A MENINA DO NARIZINHO ARREBITADO(FRAGMENTO) - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

 Conto: A Menina do Narizinho Arrebitado – Fragmento 

            Monteiro Lobato

        O SOMNO Á BEIRA DO RIO

        Naquella casinha branca, — lá muito longe, móra uma triste velha, de mais de setenta annos. Coitada! Bem no fim da vida que está, e tremula, e catacega, sem um só dente na bocca – jururú... Todo o mundo tem dó d'ella: — Que tristeza viver sozinha no meio do matto...

        Pois estão enganados. A velha vive feliz e bem contente da vida, graças a uma netinha órfã de pae e mãe, que lá móra des'que nasceu. Menina morena, de olhos pretos como duas jaboticabas – e reinadeira até alli!... Chama-se Lucia, mas ninguem a trata assim. Tem appellido. Yayá? Nenê? Maricota? Nada disso. Seu appellido é "Narizinho Rebitado", – não é preciso dizer porque. Alem de Lucia, existe na casa a tia Anastacia, uma excellente negra de estimação, e mais a Excellentissima Senhora Dona Emilia, uma boneca de panno, fabricada pela preta e muito feiosa, a pobre, com seus olhos de retroz preto e as sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma cara de bruxa.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJUCOkKiSa3jkrzjMt58FRc9axIX9lkMOoDzh7hBWlCd9-fYHBLy5c0iJnMOWQ1O_cp8M13cq1olcovOqaDRHwbhv6vtrjCVsCCI-BJd1PhNPGQFp07yjOSzR8_IYm4wBr9LNw5a88LZZuZhT_5pUUgvsC6GbB8_XMLkJzIX49L9nzUoFXueV5dW28IH0/s320/NARIZINHO.jpg


LOBATO, Monteiro. A menina do narizinho arrebitado. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia., 1920. p. 3 – 4. Fragmento.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 243-244.

Entendendo o conto:

01 – Entre 1920 e a atualidade, o Brasil passou por três reformas ortográficas, três mudanças nas regras de escrita das palavras. Transcreva do texto cinco vocábulos ou expressões que tenham sofrido alterações ao longo do tempo.

      Somno, naquella, móra, annos, tremula, bocca, jururú, d’ella, matto, pae, des’que, alli, Lucia, ninguem, apellido, alem, Anastacia, excellente, excellentissima, Emilia, panno, retroz, porque, á beira.

02 – Que palavras são empregadas mais comumente hoje no lugar de jururu e reinadeira?

      Desanimada, triste; travessa, sapeca.

03 – Releia o trecho “que lá mora des’que nasceu”. Por que essa é uma construção estranha para o leitor atual?

      Na língua portuguesa escrita atual do Brasil, não são comuns supressões ou “apagamentos” de sílabas finais de uma palavra por serem semelhantes às iniciais das palavras seguintes. As elisões indicadas por apóstrofos, em geral, marcam a supressão de uma vogal.

04 – Tia Anastácia é apresentada como uma “excellente negra de estimação”. Qual era a provável função dessa personagem na casa?

      Assim como uma antiga escrava doméstica, tia Anastácia seria responsável por preparar as refeições e manter a casa e as roupas limpas.

05 – A abolição da escravatura aconteceu em 1888, portanto três décadas antes da publicação dessa obra de Monteiro Lobato. Como se explica, então, o uso da expressão “negra de estimação” e seu tratamento por “preta”?

      A declaração da extinção da escravidão não foi suficiente para eliminar, imediatamente, práticas muito semelhantes às escravagistas, assim como não conseguiu alterar a mentalidade da população branca em relação à negra.

06 – Com base na reflexão proposta no item 5, explique como a linguagem revela a ideologia em vigor no contexto histórico do início século XX. Expressões como as citadas para referir-se a tia Anastácia seriam aceitáveis nos dias de hoje?

      O uso da expressão “negra de estimação” e o tratamento por “preta” revelam que, naquele momento histórico, não havia consciência por parte de muitas pessoas acerca do preconceito presente nas relações sociais e evidenciado na linguagem. Atualmente, seriam inaceitáveis construções como essas.

CRÔNICA: EMBARQUE - ANTÔNIO PRATA - COM GABARITO

 Crônica: Embarque

              Antônio Prata

        “Rodrigo?!, soltou a mulher, uns cinco metros adiante, olhando pra mim. Confuso, parei de empurrar o carinho de bagagens, olhei pra trás, olhei em volta, mas, antes que eu terminasse a busca, ela insistiu; “Rodrigo!” – agora já não mais uma pergunta, e sim uma afirmação. Um vento frio soprou no meu estômago: senti como se tivesse cruzado uma aduana invisível que separa o embarque de Congonhas de um livro do Kafka.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3xV5TjvafHhPkGqi5Xa7vTKBLAS1a5a2bpGQ335zmoOGnyaV3ijcA_Ym97SDEJab5UfUaWusQmxNPNIImY63H11Wvm_xx0_zjslO8ltYMQ4RkjFtu4zQ0hsMmXYuJXzi0v6D5zQwcJBr8-5CAMxyOTiHYSvogoQmFxV3vkcfF4eSxnkFiSDoVKgBUqMQ/s320/aeroporto-congonhas-infraero-divulgacao_widelg.jpg

        Há, sem dúvida, aspectos meus que desconheço; há, talvez, rincões de minh’alma que nem com cinco décadas de análise conseguirei acessar, mas, depois de 37 anos sobre a Terra, algo posso afirmar sobre mim, sem titubear: eu não me chamo Rodrigo. A mulher, porém, não pensava assim – e, a julgar pela voz trêmula, pela boca cerrada e pela sobrancelha franzida, isso não era muito promissor.

        Ela aparentava uns 40, 50 anos, tinha um cabelo preto, farto e olhos espantados, circundados por rugas profundas – vincos que, suspeitei, não deviam ser totalmente desvinculados do tal Rodrigo. Havia dor e susto ali, mas havia afeto também. Pensei menos num estelionatário que tivesse dado um golpe na venda de um carro do que num namoro de fim catastrófico.

        Quem sabe o Rodrigo tinha prometido casar, ter filhos, passarem a aposentadoria juntos num sítio e, um belo dia, escafedeu-se? Agora, numa terça de manhã, assim, do nada, ela o encontra – ou acha que o encontra – na sala de embarque do aeroporto. Dava mesmo pra entender o choque – caso eu fosse o Rodrigo.

        Como eu não era – e continuo não sendo –, resolvi desfazer a confusão e fui caminhando em direção à mulher. Quem sabe eu nem precisasse falar nada? Quem sabe bastaria ela me ver de perto pra sorrir, envergonhada, “Nossa, achei que...”, “Tranquilo, acontece”. Eu seguiria andando, atravessaria o corredor que separa o Franz Kafka do Franz Café, compraria um pão de queijo e leria o meu jornal. A um metro da mulher, no entanto: “Rodrigo...”.

        Se o primeiro “Rodrigo?!” foi um “Meu Deus, é você?!” – e me deixou confuso –, se o segundo “Rodrigo!” foi um “Sim, é você!” – e me deixou com medo –, o terceiro “Rodrigo...” tava mais pra um “Você, hein?” – que me encheu de culpa. O Rodrigo sem duvida havia pisado na bola, grandão, com aquela mulher, a havia feito sofrer, chorar, espernear e esperar noites a fio: agora estava ali – ou, pelo menos, era o que ela pensava – para receber o troco.

        Fui chegando perto, já pegando o RG para o caso de precisar desfazer, oficialmente, o mal-entendido, mas nem consegui sacar o documento: num salto, ela veio pra cima de mim. Esperei unhadas, mordidas, uma facada talvez.

        Em vez disso, me deu um abraço e começou a chorar: “Rodrigo! Ah, Rodrigo!”. Fiquei ali por um tempo, imóvel e perplexo, sentindo o cheiro, o calor e os tremeliques daquela estranha. Então ela se afastou, olhou pro chão, olhou pra mim e disse, baixinho: “Rodrigo, você me perdoa?”.

        Olhei no fundo dos olhos dela e acabei, finalmente, com aquele absurdo: “Perdoo”. Aos poucos, os soluços foram diminuindo, ela enxugou as lágrimas, disse “Brigada” e, atendendo à última chamada para o embarque do voo 1047, pra Maringá, sumiu pelo portão nove.

PRATA, Antônio. Embarque. Folha de S. Paulo, 7 dez. 2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2014/12/1558637-embarque.shtml. Acesso em: 6 out. 2015.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 222-223.

Entendendo a crônica:

01 – De acordo com a crônica, qual o significado das palavras abaixo:

    Aduana: antigo nome da repartição pública que, no aeroporto, é responsável pela inspeção de bagagens e mercadorias; alfândega.

·         Congonhas: aeroporto localizado na cidade de São Paulo.

·         Rincões: lugares afastados, longínquos.

02 – A crônica relata uma experiência vivida pelo narrador. 

a)    Que acontecimento deu origem à crônica?

A crônica relata um mal-entendido provocado por uma mulher que, em um aeroporto, confundiu o narrador com alguém chamado Rodrigo.

b)    Em que espaço aconteceram as ações narradas e em que período de tempo? 

As ações aconteceram no aeroporto de Congonhas e duraram poucos minutos.

c)    Que recurso o narrador usou, no primeiro parágrafo, para sugerir que a situação foi inesperada? 

A crônica é iniciada pela fala da mulher que chamava o narrador de Rodrigo, surpreendendo-o.

03 – Embora o narrador não conhecesse a mulher que o confundia com Rodrigo, estabeleceu certa sintonia com ela. 

a)    Como se evidencia, no terceiro parágrafo, uma relação de simpatia e compreensão? 

Ao olhar para a mulher, o narrador sente pena, pois interpreta as rugas em torno dos olhos dela como sinais de dor, susto e afeto, provocados por alguma coisa que Rodrigo teria feito.

b)    No sexto parágrafo, percebemos que o narrador chega a se confundir com Rodrigo. Transcreva o trecho que faz essa sugestão. 

“...que me encheu de culpa”.

c)    Em outros momentos, o narrador procura marcar sua própria identidade. Cite uma dessas passagens. 

algo posso afirmar sobre mim, sem titubear: eu não me chamo Rodrigo” ou “Como eu não era – e continuo não sendo”.

04 – Pela pontuação, o narrador sugere três maneiras de pronunciar o nome Rodrigo e três diferentes intenções da falante. 

a)    Como o narrador interpretou as frases “Rodrigo?!”, “Rodrigo!” e “Rodrigo...”? 

Para o narrador, “Rodrigo?!” indicava dúvida; “Rodrigo!”, afirmação; “Rodrigo...”, a acusação.

b)    A interpretação do último chamamento corresponde, de fato, ao contexto? Por quê? 

Não. O chamamento não indica uma acusação ou queixa por algum erro de Rodrigo. A mulher pede perdão, sugerindo que ela própria não teria se comportado bem.

05 – A narrativa traz um desfecho imprevisível. Releia: “Olhei no fundo dos olhos dela e acabei, finalmente, com aquele absurdo: ‘Perdoo’”. Por que a resposta do narrador quebra a expectativa do leitor?

      Em vez de revelar sua correta identidade, como desejara fazer durante toda a narrativa, o narrador finge ser, de fato, Rodrigo e oferece o perdão solicitado pela mulher.

06 – O cronista apresenta o relato como uma experiência pessoal.

a)    Na sua opinião, os fatos narrados realmente acontecem ou são fictícios? Justifique.

Resposta pessoal do aluno.

b)    Com a narrativa desse rápido encontro, o cronista estimula certa reflexão sobre as relações humanas. O que chamou sua atenção quanto a esse aspecto?

Resposta pessoal do aluno.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): GEOGRAFIA SENTIMENTAL - BANDA 5 A SECO

 Música(Atividades): Geografia Sentimental

             Banda 5 a Seco

A flecha chamada "ciúme"
Cravada no bonde chamado "desejo"
Correndo no trilho chamado "paúra"
Que fica na rua do "desassossego"

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLt3pFn0A32Orc3nvI75pnIKL-0zIo3fDbGWC4WlIz99r9oxyLezjIMC86EJDbYZ8S55b41n54kX5A_PCu83OZ__VrtYjZN3T0yAINMyN6asDKXtuxzJDaG4vQ0QPNcNBHN4Rd1z7xsis5PI7Vvg8E_j3Rd-sEkM5cil4JG7X_cJytWy9zgsZtRd1D77g/s320/GEOGRAFIA.jpg

Esquina com a praça da "ilusão perdida"
Distante do bairro de nome "aconchego"
Onde fica a casa chamada "carinho"
Vizinha da marginal do "desapego"

Que corre ao lado do rio "melodia"
Sobre o qual um barco chamado "passado"
Navega pro porto chamado "destino"
Com seu marinheiro chamado "chamado"
Com mastro que alguém batizou "desatino"
Com a vela que alguém nomeou "desamparo"
Sob a tempestade que chama o desejo
Que também é o nome do bonde que pego

E dentro do bonde num banco vazio
Repousa uma caixa
Que é toda mistério, mas há uma etiqueta
Em letra de forma escrito

A flecha chamada "ciúme"
Cravada no bonde chamado "desejo"
Correndo no trilho chamado "paúra"
Que fica na rua do "desassossego"

Esquina com a praça da "ilusão perdida"
Distante do bairro de nome "aconchego"
Onde fica a casa chamada "carinho"
Vizinha da marginal do "desapego"

Que corre ao lado do rio "melodia"
Sobre o qual um barco chamado "passado"
Navega pro porto chamado "destino"
Com seu marinheiro chamado "chamado"
Com mastro que alguém batizou "desatino"
Com a vela que alguém nomeou "desamparo"
Sob a tempestade que chama o desejo
Que também é o nome do bonde que pego

E dentro do bonde num banco vazio
Repousa uma caixa
Que é toda mistério, mas há uma etiqueta
Em letra de forma escrito: amor!

Composição: Leo Bianchini / Vinicius Calderoni. Geografia sentimental. In: 5 a Seco. Policromo. Brasil: Tratore, 2014. 1 CD. Faixa 8.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 219.

Entendendo a música:

01 – Qual é significado da palavra “paúra”, de acordo com a letra da música?

      De acordo com a música significa medo.

02 – Qual é o nome da flecha mencionada na música?

      A flecha é chamada "ciúme".

03 – Onde a flecha está cravada?

      A flecha está cravada no bonde chamado "desejo".

04 – Por onde o bonde chamado "desejo" corre?

      O bonde corre no trilho chamado "paúra".

05 – Em qual rua o trilho do bonde está localizado?

      O trilho está localizado na rua do "desassossego".

06 – Com qual praça a rua do "desassossego" faz esquina?

      A rua do "desassossego" faz esquina com a praça da "ilusão perdida".

07 – Qual é o nome do bairro distante da praça da "ilusão perdida"?

      O bairro se chama "aconchego".

08 – Qual é o nome da casa localizada no bairro "aconchego"?

      A casa se chama "carinho".

09 – Qual é o nome da marginal próxima à casa chamada "carinho"?

      A marginal se chama "desapego".

10 – Qual rio corre ao lado da marginal do "desapego"?

      O rio se chama "melodia".

11 – O que está escrito na etiqueta da caixa misteriosa dentro do bonde?

      Está escrito "amor!" em letra de forma.

 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

ORTOGRAFIA: AFIM / A FIM - COM ATIVIDADES GABARITADAS

 ORTOGRAFIA: AFIM / A FIM

Afim ou a fim? Essa é uma dúvida que surge quando precisamos usar um desses termos. Além de serem escritos de formas diferentes, eles também têm sentidos diferentes. Desse modo, afim” é um adjetivo e significa “semelhante”, já a fim de” é uma locução prepositiva e indica finalidade. Além disso, “afim” tem como plural “afins”, ao passo que “a fim de” é invariável.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5S-VW7LoElVr-kSyC0j4NBOyH_aJuwhC2GI9xnjLrPCWglrgg8STc2Sh7300ULSl-7xRUI_6xw00lLfI85AT8vXoE9B9cnSl6oEMXeNoOltXVy8nXx6ZIutdrcBj_SW-IhcJWn_LOGL_cT-emTXYAuIHeldszvRcS6EYfAouo7xqKO9_Lu2l-uS3hpUQ/s320/a-fim-ou-afim-qual-e-a-diferenca.jpg

Quando usar “afim”?

O termo “afim” é um adjetivo, portanto, caracteriza um substantivo. Seus sinônimos são: semelhante, igual, análogo, parecido.

Observe os seguintes exemplos:

Tínhamos uma sensibilidade afim, mais um sinal de que podíamos viver juntos.

Ou seja: Tínhamos uma sensibilidade semelhante, mais um sinal de que podíamos viver juntos.

Sua vida era afim com a daqueles de seu tempo.

Isto é: Sua vida era parecida com a (vida) daqueles de seu tempo.

Quando usar “a fim”?

A expressão “a fim de” é uma locução prepositiva. É usada para indicar uma finalidade, um objetivo. Pode ser substituída pela preposição “para”.

Veja os seguintes exemplos:

A fim de impedir a greve dos servidores, a governadora reuniu-se com os líderes da classe.

Ou seja: Para impedir a greve dos servidores, a governadora reuniu-se com os líderes da classe.

Eu estou muito a fim de conhecer a cultura ianomâmi.

Isto é: Eu (quero muito, tenho o objetivo de) conhecer a cultura ianomâmi.

ATIVIDADES

01. Complete as frases com afim ou a fim.

     a) Os alunos esforçaram-se  a fim de conseguir a aprovação.

     b) Não éramos  a fim  daquele tipo de música.

     c) A viagem foi realizada  a fim  de promover um acordo entre os países.

     d) Nossas intenções foram afins, mas tudo mudou.

     e) A professora insistiu no silêncio a fim de iniciar a aula.

 

02. Quais das alternativas possuem o uso correto dos termos afim e a fim de?

     I- Tínhamos ideias a fins. Viajei afim de reencontrá-lo.

    II – Tínhamos ideias afins. Viajei a fim de reencontrá-lo.

   III – Tínhamos ideias afins. Viajei afim de reencontrá-lo.

   VI – Tínhamos ideias a fins. Viajei a fim de reencontrá-lo.

 

03. Reciclar os dejetos oriundos das criações e dos refugos das plantações deve ser encarado não como custo ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou parte da energia necessária para executar as atividades econômicas (…) O termo em negrito pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da correção, por:

a) afim

b) a fim de

c) afins

d) a fins de

e) afim de 

 

04. Todas as alternativas seguintes empregam o uso adequado dos termos “afim”, “afins” e “a fim”, com exceção de:

a) Estou muito a fim de tomar sorvete com você, mas tem que ser de morango.

b) Não podemos condená-lo por estar afim de sair de um casamento tão infeliz.

c) Os formulários são afins, não vejo por que ela deveria preencher os dois.

d) Os operários compartilham sentimento afim no tocante à redução dos salários.

e) A fim de chamar sua atenção, acabei comportando-me de forma tão desprezível. 

05. Use os termos “afim”, “a fim” ou “afins” para preencher as lacunas do texto seguinte.

Lívio sabia que, ______ de comprar uma passagem para Portugal, seu amigo Rodolfo trabalhara em vários lugares. Os empregos, no entanto, eram ______, pois Rodolfo não podia afastar-se de sua grande paixão: a comida. Assim, trabalhou em um restaurante, em uma pizzaria, em uma sorveteria e até em um sushi bar. E quando chegou à terra de Camões, a primeira coisa que fez foi comer uma bacalhoada, ______ de sentir o sabor lusitano do qual sua mãe portuguesa sempre falava. A sequência correta de preenchimento das lacunas é:

a) afim, afins, a fim.

b) a fim, afim, afins.

c) afim, afim, afim.

d) a fim, afins, a fim.

e) afim, afins, afim.

 

 

ORTOGRAFIA: SENÃO / SE NÃO - COM ATIVIDADES GABARITADAS

 ORTOGRAFIA:  SENÃO / SE NÃO

SENÃO – é usado equivalendo a:

·        do contrário.

Saía daí, senão vai se molhar.

·        a não ser.

Não faz outra coisa senão reclamar.

·        mas sim.

Não tive a intenção de exigir, senão de pedir.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Owzv3dPWC1Be9I_TeaEF07ozPlWAJGAXobXz4FQ3kRnZBO6U0a9yw0H4SDy89myK2NelUMHyri_Qny0NydN6cOtSgHtbDW6hO5pP_0P_P9GC2yGhKt4IWgmxJpCmaMQMYVkL52Pg6VANmY5PXiJCTcVooqQNdcXGT3RgjRrqyv_w8hYMJMMoLzEMVgQ/s320/senao.png

SE NÃO – é usado equivalendo a caso não.

                  Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora.

Fonte: Gramática: Teoria e Exercícios.– Paschoalin & Spadoto – Teoria – São Paulo: FTD, 1996. p.392-3.

ATIVIDADES

01. Complete as frases com senão ou se não.

a.   Chorarei muito ______________ voltares. se não

b.   Corre, ___________ ele te acerta. senão

c.   Não faz nada _________ estudar. senão

     02. Assinale a opção que completa as frases adequadamente:

           I. Se não
          II. Senão

          a) ( I ) _______________ estudar, não será aprovada.

          b) ( II ) Estude, ____________ será reprovada.

          c) ( II ) Ande logo, __________você vai se atrasar.

          d) ( I ) Iremos à praia _____________ chover.

          e) ( I ) ___________ forem à praia, avise-me.

 

 

 

terça-feira, 14 de maio de 2024

CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO - COM GABARITO

 CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO

 

SIMPLES -  De acordo com o número de orações o período pode ser quando possui apenas uma oração.

Oração: O bandido da moto nos incomodou na sala de aula.

Verbo: incomodou

Oração: Uma forte chuva vai cair daqui a pouco.

Locução verbal: vai cair

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqO76RP1EOZTfYOY2Nr3W-MSsVcCc1zkmtUZtBT_-HjozUJIu_UtHwjLH5U1q01Ys9itZYSP68N2zeU178UrXZmgye7KTQONbJz874RlYO7JjFCcWtdsOMuxPfTODKyfdoDXtMvRbfzku17NoO8ApVlxjpb1l3qCrUDbnB8ApzJTZUp7ZxbBs7J9oqFwI/s1600/PERIODO.jpg


COMPOSTO – quando possui duas ou mais orações.

Oração: As crianças pularam/ quando foi marcado o gol.

1ª oração – verbo

2ª oração – locução verbal

Oração: Era madrugada/não havia gente na rua/começava a garoar.

1ª oração – verbo

2ª oração – verbo

3ª oração – locução verbal

Fonte: Gramática: Teoria e Exercícios.– Paschoalin & Spadoto – Teoria – São Paulo: FTD, 1996. p.170- 171.


ATIVIDADES

01. Forme frases organizando os seguintes conjuntos de palavras:

a.   alunos os saíram todos cedo

Todos os alunos saíram cedo.

b.   escola na lançaram novo um jornal

Lançaram um novo jornal na escola.

c.   criação homem do linguagem a é

A linguagem é criação do homem.

02. Construa uma frase contendo as duas palavras de cada item. Resposta pessoal

a. tesoura / desenho

b. povo / eleição

   c. prefeito / avenida

   d. homem / guerra

        03. Frase declarativa afirmativa: Sorriram para mim. Transforme a mesma frase em:

          - frase declarativa negativa; Não sorriram para mim.

        - frase interrogativa; Sorriram para mim?

         - frase exclamativa; Sorriram para mim!

         - frase imperativa. Sorriram para mim.

04. Classifique as frases abaixo de acordo com a entonação.

        a. Quem está aí? Interrogativa

        b. Que tamanho de lua! Exclamativa

        c. por favor, quietos! Imperativa

        d. Não foi esta a palavra dita. Declarativa negativa.

        e. Fique tranquilo. Imperativa.

        f. Já para cama, menino! Imperativa.

05. Assinale as frases nominais.

      a. Encantadora a menina.

      b. O sol surgiu radiante.

      c. Ninguém viu o acidente.

      d. Que noites difíceis!

      e. Maravilhoso o lugar.

06. Transforme as frases nominais em frases verbais, acrescentando-lhes verbos.

          Modelo: Belo som. / Ouvi um belo som.

a.   Barulho infernal. Fizeram um barulho infernal.

b.   Fantástico gol. Marcaram aquele fantástico gol.

c.   Fogo. Gritou-se fogo.

d.   Calor intenso. Faz calor intenso.

  07. Transforme as frases verbais em frases nominais.

        a. O dia está quente. O movimento é intenso. Homens, mulheres e crianças andam pelas calçadas. Os carros, nas ruas, buzinam.

             Dia quente. Movimento intenso. Homens, mulheres e crianças nas calçadas. Buzinas de carros nas ruas.

       b. A população comemorava na praça grande era a festa, o amarelo da camisa da seleção era o mesmo amarelo das bandeiras que se agitavam.

            A população na praça: grande festa, o amarelo da camisa da seleção, o mesmo amarelo das bandeiras agitadas.

c.A chuva caía pesada, o céu estava escuro, mas era riscado por bonitos e assustadores relâmpagos.

            A chuva pesada, o céu escuro, mas riscado por bonitos e assustadores relâmpagos.

    08. Identifique os verbos e classifique cada período em simples ou composto.

     a. As crianças descobrem mundos fascinantes na leitura.

          Período Simples

     b. O sindicalista fez um bonito discurso no Dia do Trabalho.

          Período Simples

      c.“Conceição, porém, nunca vira o afilhado”. (Raquel de Queirós) Período Simples

     d. “O prato ficou sublime.” (Mário de Andrade) Período Simples

     e. “Parece desligado, e observa tudo.” (Carlos Drummond de Andrade)  Período Composto

     f. ”Dormia-se a sono solto por todas aquelas casa.”(Trindade Coelho) Período Simples

     g. “Ninguém se lembrava que tivesse dado folhas nem flor, a árvore enorme que havia séculos servia de forca...” (Raul Brandão)

       Período Composto

     h. “Fui eu que vi o Cruzeiro erguer-se do mar e mais tarde chegar até o horizonte de minha varanda.” (Rubem Braga)

      Período Composto