segunda-feira, 21 de outubro de 2024

NOTÍCIA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO BRASIL - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Notícia: As histórias em quadrinhos no Brasil – Fragmento

        Nos EUA são conhecidos como comics. Na França, são bandes dessinées. Em Portugal, são bandas desenhadas. No Japão, são mangás. Na Itália, são fumetti.´

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoU3c7l7-gYLSImwzBvpI7MD9nvaAHMLs2pH76-heYhi0c8fnRsjFBE8YjfeBtND3sDeQdVvtZSGXekbX2Q0BtSN4zKGsQsMroBcwImlZP7p0FH5okej8NEau5jGf-N5X5_Sod56yA_eDsfllxmASYtMgEWOC1e9EIqhIjBkNsUIR6__DUz2RgOUuzfFc/s320/hq-nacional2.jpg


        Aqui no Brasil, podem ser gibis, revistas em quadrinhos, quadrinhos, histórias em quadrinhos ou, simplesmente, HQs. Não importa como sejam chamadas, as HQs apresentam uma estética inconfundível, reconhecida em todos os cantos do mundo, por pessoas de todas as idades.

        Ângelo Agostini

        No Brasil, a origem das histórias em quadrinhos (ou HQ) ocorreu da vertente humorística da imprensa (cartuns, charges e caricaturas), ainda no século XIX.

        A primeira HQ criada em terras brasileiras foi publicada na revista Vida Fluminense, em 30 de janeiro de 1869. Essa obra conta a história de Nhô-Quim, um jovem caipira de 20 anos que visita a corte portuguesa no Rio de Janeiro.

        O autor dessa HQ foi o italiano Ângelo Agostini (1843-1910), considerado um dos percursores dos quadrinhos e charges políticas no país. Ao contrário dos outros chargistas da época, seu traço não lembra uma caricatura. Sua linha é dura, com características acadêmicas e pretensões realistas. Os personagens eram desenhados de corpo inteiro e apresentam técnicas de perspectiva e ilusão de profundidade.

        Origem dos gibis

        A primeira revista em quadrinhos brasileira foi O Tico Tico.

        Seu primeiro número circulou em 11 de outubro de 1905. Logo no ano seguinte, tornou-se sucesso nacional de vendas, chegando à impressionante tiragem de 100.000 exemplares por semana. [...]

        Em 1939, era publicada a revista O Gibi, cujo nome virou sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil. Chamada de Gibi, em referência a uma gíria para menino (ou moleque), a edição trazia em sua capa o personagem Charlie Chan e, no alto, por trás do logotipo, um garoto convidando o leitor a mergulhar nas aventuras daquele lançamento que era em preto e branco, mas continha algumas páginas impressas em vermelho e amarelo.

        [...] Em 1960, por exemplo, foi lançada A Turma do Pererê, com texto e ilustrações de Ziraldo, também autor de O Menino Maluquinho. [...]

        Turma da Mônica

        No que se refere às HQs voltadas ao público infantil e juvenil brasileiras, não se pode deixar de dar destaque ao trabalho de Maurício de Sousa, cujo repertório de histórias e personagens (encabeçadas pela Turma da Mônica) acabam entretendo e emocionando todas as faixas etárias.

      O primeiro personagem foi o cãozinho Bidu, cuja primeira tira foi publicada em 1959. Aos poucos, o resto da turminha foi aparecendo e tornando-se um sucesso editorial e comercial, com centenas de produtos licenciados.

SÃO PAULO (estado). Biblioteca Virtual. As histórias em quadrinhos no Brasil. São Paulo: Governo do Estado, set. 2019. Disponível em: http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/cultura-e-lazer/gibitecas-historia-das-hqs.php. Acesso em: 3 maio 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 30-31.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil e quem foi seu criador?

      A primeira HQ brasileira foi "As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma viagem à Corte", criada por Ângelo Agostini em 1869.

02 – Qual a importância de Ângelo Agostini para a história das HQs no Brasil?

      Ângelo Agostini é considerado um dos pioneiros das HQs e charges políticas no Brasil. Seu estilo realista, com traços precisos e personagens detalhados, diferenciava-se das caricaturas comuns da época.

03 – Qual foi a primeira revista em quadrinhos de sucesso no Brasil e qual era sua tiragem média?

      A primeira revista em quadrinhos de sucesso no Brasil foi "O Tico-Tico", lançada em 1905. Em seu auge, chegou a vender 100.000 exemplares por semana.

04 – Qual o significado do termo "gibi" e como ele se tornou sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil?

      "Gibi" era uma gíria para menino ou moleque. O termo se popularizou após o lançamento da revista "O Gibi" em 1939, que utilizava o nome em sua capa.

05 – Quem foi o criador da Turma da Mônica e qual o primeiro personagem da turma?

      O criador da Turma da Mônica é Maurício de Sousa. O primeiro personagem da turma foi o cãozinho Bidu, criado em 1959.

06 – Qual a importância da Turma da Mônica para as HQs brasileiras?

      A Turma da Mônica é um dos maiores sucessos das HQs brasileiras, transcendendo as fronteiras do público infantil e juvenil. Os personagens de Maurício de Sousa se tornaram ícones da cultura popular brasileira.

07 – Como os quadrinhos brasileiros se relacionam com as produções de outros países?

      Os quadrinhos brasileiros foram influenciados por produções de outros países, como os Estados Unidos (comics), França (bandes dessinées) e Japão (mangás). No entanto, desenvolveram uma identidade própria, com autores e personagens que marcaram a história da nona arte no Brasil.

 

HISTÓRIA: O PEQUENO PRÍNCIPE - CAP.XXI - FRAGMENTO - ANTOINE SAINT-EXUPERY - COM GABARITO

 História: O Pequeno Príncipe – Cap. XXI – Fragmento

        [...]

        – Bom dia – disse a raposa.

        – Bom dia – respondeu polidamente o principezinho.

        – Eu estou aqui – disse a voz –, debaixo da macieira…

        – Quem és tu? – perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYjpq8hp0nwHEzVxN8I9wWHgSTbhpmoQ299cnQZJKGZD-uUgBrTOmyNZpBbzLtqiqVLJqnddzR4z3p35zATWMVsWpl7vwIIhjhrKXZC5llKO_b7UaufSr3ZJgYcPjKJTqXtXYXmNACqW0LnPGBqDmLrTeUgFyLxiEGqOytg5nDiJNjFgFVq03jb33vkxY/s320/raposa-capa.jpg


        – Sou uma raposa – disse a raposa.

        – Vem brincar comigo – propôs o principezinho. Estou tão triste…

        – Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.

        – Ah! Desculpa – disse o principezinho.

        Após uma reflexão, acrescentou:

        – Que quer dizer “cativar”?

        – Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras?

        – Procuro os homens – disse o principezinho. – Que quer dizer “cativar”?

        – Os homens – disse a raposa, – têm fuzis e caçam. – É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

        – Não – disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?

        – É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. Significa “criar laços…”

        – Criar laços?

        – Exatamente – disse a raposa. – Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…

        [...]

        A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

        – Por favor… cativa-me! – disse ela.

        – Bem quisera – disse o principezinho –, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

        – A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

        [...]

SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O Pequeno Príncipe. Trad. Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 67-70.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 46.

Entendendo a história:

01 – O que a raposa quer dizer com "cativar"?

      A raposa utiliza a palavra "cativar" para expressar a criação de um vínculo único e especial com outra pessoa. É um processo de se tornar essencial um para o outro, transcendendo a superficialidade e a quantidade para alcançar a qualidade da amizade.

02 – Qual a crítica implícita da raposa à sociedade dos homens?

      A raposa critica a sociedade consumista dos homens, que valoriza a quantidade sobre a qualidade e busca relações superficiais e prontas. A falta de tempo para cultivar amizades genuínas é um reflexo dessa sociedade apressada.

03 – Por que a raposa afirma que "a gente só conhece bem as coisas que cativou"?

      A raposa sugere que o verdadeiro conhecimento se constrói através da experiência e do envolvimento emocional. Ao "cativar" algo ou alguém, dedicamos tempo e atenção para explorá-lo em profundidade, estabelecendo uma conexão única e significativa.

04 – Qual a importância do tempo na construção de uma amizade, segundo o texto?

      O tempo é fundamental para a construção de uma amizade verdadeira. É necessário dedicar tempo para se conhecer, compartilhar experiências e criar memórias juntos. A pressa e a superficialidade impedem o desenvolvimento de vínculos profundos e duradouros.

05 – Qual a relação entre a ideia de "ser único" e o ato de "cativar"?

      Ser único está diretamente ligado ao ato de "cativar". Ao se conectar verdadeiramente com alguém, reconhecemos sua singularidade e valorizamos suas qualidades específicas. Essa conexão exclusiva torna cada indivíduo único aos olhos do outro.

06 – Que ensinamento sobre a amizade podemos extrair desse diálogo entre o príncipe e a raposa?

      O diálogo nos ensina que a amizade é um tesouro que precisa ser cultivado com paciência e dedicação. É preciso ir além das aparências e buscar a conexão emocional para construir laços verdadeiros e duradouros.

07 – Como podemos aplicar esse ensinamento em nossas próprias vidas?

      Podemos aplicar esse ensinamento cultivando a presença e a atenção nas nossas relações interpessoais, valorizando a qualidade sobre a quantidade e buscando conexões autênticas e significativas. Além disso, podemos dedicar tempo para conhecer as pessoas ao nosso redor e criar experiências compartilhadas que fortaleçam os laços de amizade.

 

 

NOTÍCIA: A INDÚSTRIA DO LIXO: REVENDO NOSSOS CONCEITOS - FRAGMENTO - ANDRÉ MAZZETTO - COM GABARITO

 Notícia: A indústria do lixo: revendo nossos conceitos – Fragmento

        Uma série de textos para quebrar seus paradigmas sobre o lixo

        Em teoria, estamos vivendo no Holoceno, que começou 12.000 anos atrás, caracterizado por um clima estável, com temperaturas ideais para nós, humanos. É o que os americanos costumam chamar de “condições cachinhos dourados” para a expansão dos seres humanos… mas talvez nós tenhamos expandido um pouco demais. Nosso impacto no planeta é visível e fez surgir a possibilidade de uma nova era Geológica: o Antropoceno (há controvérsias sobre essa nomenclatura!). Hoje muitos temas estão sendo debatidos sobre esta “nova era”: mudanças climáticas, erosão, perda de biodiversidade, impactos ambientais entre outros. A indústria cinematográfica já produziu dezenas de filmes e documentários sobre estes assuntos, mas há um deles, em particular, que é pouco falado: o lixo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXItiVmwlcv68q0VwmJHPMY8YBCItFw4k-cS0BNcSy-Rj1Mmj8OZqTYuoHv8bpcsPTe2NOZAB6rMjW-e-QvvjpSgjhEDUw5SLxl7-zwfSGH9bAkywa3cD6RC3Lu5dikrnTagIt3uJA1bpNGJjG_PyxJ1Gptt58eOIBFpYyygtGlMyezjGc3auQDDWUPkM/s1600/LIXO.jpg


        Para mim, um dos filmes que melhor representa este problema não faz qualquer menção ao WWF, Greenpeace ou tem como protagonista ativistas, atores ou pesquisadores famosos. É uma animação, onde um pequeno robô e sua barata de estimação nos passam uma poderosa mensagem. A Pixar sempre cria personagens interessantes para explorar temas sérios relacionados ao mundo real. Já foi assim em “Procurando Nemo” e também em “Toy Story”, mas nenhum deles supera WALL-E. Nesta animação o problema do lixo é discutido com um personagem principal extremamente simpático e (na minha modesta opinião) o robô mais legal desde R2-D2 (desculpa aí C3PO, mas você é meio chato). WALL-E vive num futuro que olha com saudades para o seu passado, que, na verdade, é o nosso presente.

        No ano de 2805, a humanidade utilizou todos os recursos disponíveis e a Terra tornou-se um “lixão” gigantesco que não pode mais sustentar a vida. Neste futuro pós-apocalíptico, apenas WALL-E habita nosso planeta, com a missão (quase impossível) de “limpá-lo” sozinho. Claramente, o lixo é o antagonista do filme, e WALL-E traz uma lição interessante e simples sobre reciclagem e reutilização. Ele nunca descarta o que ele pode salvar e/ou reutilizar, e vê com curiosidade coisas simples, como colheres de plástico descartáveis. Para se manter funcionando utiliza peças de outros robôs quebrados e inativos e sua bateria é reabastecida por energia solar.

        [...] Hoje temos um “bom” sistema de saneamento e não percebemos o destino de todo o lixo que produzimos… o que nos faz produzir cada vez mais lixo. Não precisa se preocupar, o lixo sumirá “magicamente” e você poderá colocar mais lixo na sua lixeira. Isso é o progresso. Claro que o bom saneamento atual é essencial para aliviar doenças e a miséria, mas ele nos levou a um comportamento que nunca tivemos antes. Pergunte pra sua avó sobre o lixo na época dela. Tudo era reutilizável (já viu um coador de café de tecido?) até o ponto em que realmente fosse impossível. Não havia dinheiro para que as coisas fossem desperdiçadas.

        [...] Nós somos o único animal do planeta a criar resíduos que a natureza não pode processar. Para isso precisamos mudar a escala do nosso pensamento [...]

        Estamos tirando barris de petróleo debaixo do solo, utilizando-os para fazer plástico e… jogando num lixão. É um grande desperdício você pegar uma garrafa plástica, utilizar por dois minutos (ou menos), e jogar fora, para sempre. Esse é o legado que estamos deixando para as futuras gerações. A sociedade descartável não pode ser contida, ela virou global. Nós não podemos mais armazenar e manter ou reciclar toda a nossa tralha. Temos que jogar fora.

        [...]

        Reciclagem e compostagem

        As cidades estão tentando reduzir seus custos gerenciando seus resíduos e esperam começar a ganhar mais dinheiro com a reciclagem e a compostagem. Isso não precisa ser um sistema municipal ou estadual. Eu acho o seguinte: você gera o lixo, você tem que lidar com ele.

        Apesar de ter crescido nos últimos anos, as últimas estatísticas mostram que ainda há muito mais que pode ser reciclado ou reutilizado. Não há nada a perder…ou talvez pode haver pelo menos um pouco. Recentemente emergiu o conceito de “Lixo zero”. É o universo perfeito, onde tudo estaria no ciclo técnico (minerais, rochas, eletrônicos) ou no ciclo biológico (comida, vegetação, coisas que se degradam rapidamente). O universo do lixo zero é o local onde as coisas que caem nestes ciclos (e praticamente tudo cai) estão sempre circulando. Eu não sou tão idealista assim, mas acho que podemos nos aproximar do zero.

        Se dá pra fazer a coisa certa, porque não fazer?

MAZZETTO, André. A indústria do lixo: revendo nossos conceitos. Blog New Order, 3 out. 2017. Disponível em: https://medium.com/newoeder/a-ind%C3%BAstria-do-lixo-revendo-nossos-conceitos-84d6a2512b5d. Acesso em: 13 maio 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 60-61.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal problema abordado no texto?

      O texto aborda o problema da produção excessiva de lixo e a necessidade de repensarmos nossos hábitos de consumo e descarte. A animação "WALL-E" é utilizada como exemplo para ilustrar as consequências de um futuro onde o lixo se tornou um problema incontrolável.

02 – Qual a relação entre o filme "WALL-E" e a realidade atual?

      O filme "WALL-E" apresenta uma visão futurista e exagerada do problema do lixo, mas serve como um alerta para a situação atual do planeta. A animação mostra como a produção excessiva de lixo pode levar à degradação ambiental e à escassez de recursos.

03 – Por que o autor considera o lixo um "antagonista" em "WALL-E"?

      O autor considera o lixo um "antagonista" em "WALL-E" porque ele é a força opositora que impede a vida no planeta. O lixo é responsável pela destruição do ambiente e pela impossibilidade de a humanidade continuar a existir na Terra.

04 – Qual a crítica do autor ao sistema de consumo atual?

      O autor critica o sistema de consumo atual por incentivar o descarte de produtos após um único uso. Essa cultura do descarte gera uma grande quantidade de lixo e esgota os recursos naturais.

05 – O que é o conceito de "Lixo Zero" e por que ele é importante?

      O conceito de "Lixo Zero" busca minimizar a produção de resíduos e maximizar a reutilização e reciclagem de materiais. É uma abordagem que visa reduzir o impacto ambiental e promover um consumo mais consciente.

06 – Qual a importância da reciclagem e da compostagem na solução do problema do lixo?

      A reciclagem e a compostagem são práticas essenciais para reduzir a quantidade de lixo enviada para aterros sanitários. Ao reciclar, damos uma nova vida aos materiais, e ao compostar, transformamos resíduos orgânicos em adubo.

07 – Qual a principal mensagem que o texto busca transmitir?

      O texto busca transmitir a mensagem de que é urgente mudarmos nossos hábitos de consumo e produção para evitar um futuro semelhante ao retratado em "WALL-E". A redução do lixo, a reciclagem e a compostagem são medidas essenciais para garantir a sustentabilidade do planeta.

 

 

NOTÍCIA: O QUE SÃO "TROLLS" E O QUE É "TROLLAGEM"? - FRAGMENTO - MARIANA COUTINHO - COM GABARITO

 Notícia: O que são “trolls” e o que é “trollagem”? – Fragmento

        [...]

        A trollagem é uma nova forma de humor muito apreciada nas redes sociais. O termo ganhou até um meme, o Troll Face, utilizado em tirinhas justamente quando a situação descrita se trata de um trote. A imagem foi criada no programa de edição Paint e é propositalmente tosca. Ela foi difundida graças aos sites de compartilhamento de humor e às redes sociais, e hoje é conhecida em todo o mundo e associada diretamente ao conceito de “trollagem”.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgn9oMS9ZQAG3wBwonG-lIolMh-sjeYBRyeBuiMc9CC5de60Zd-NqjdcrE1tDWIxqmb4yH6_zObmCMqOsbIFLteSbUARdNELovlzk5C4fwBeqK-d5rBZSaOl9cEAhoBftW61hGk0j97f55ob2TdRi_AWYORoI249Nei132wyx1B4LlRLMUYPA4ovToNnI/s1600/TROLA.jpg


        No entanto, é preciso destacar que esse tipo de humor não deve ser confundido com cyberbullying. A ideia de “trollar” é fazer graça e passar trote nos amigos, mas no final não passa de uma brincadeira, e a intenção é de que a vítima ria junto ao perceber a zoação.

        [...]

COUTINHO, Mariana. O que são “trolls” e o que é “trollagem”? Techtudo, G1, 5 jul. 2013. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/06/o-que-sao-trolls-e-o-que-e-trollagem.html. Acesso em: 28 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 03.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a origem do termo "troll" e como ele se relaciona com a prática da trollagem online?

      O termo "troll" tem origem na mitologia nórdica, onde trolls são criaturas travessas e maliciosas que adoram pregar peças nos humanos. Na internet, o termo foi adaptado para designar pessoas que provocam e irritam outras online com o objetivo de causar reações.

02 – Qual a diferença entre trollagem e cyberbullying?

      A principal diferença é a intenção. Na trollagem, a ideia é fazer uma brincadeira, mesmo que seja às custas de outra pessoa, mas sem o objetivo de causar danos emocionais duradouros. Já o cyberbullying é uma forma de assédio online com o intuito de intimidar, humilhar ou ameaçar alguém, causando sofrimento psicológico.

03 – Por que a trollagem se tornou tão popular nas redes sociais?

      A trollagem se popularizou nas redes sociais devido a diversos fatores, como a facilidade de se conectar com outras pessoas anonimamente, a busca por atenção e reconhecimento, e a natureza viral da internet, que amplifica rapidamente qualquer conteúdo, seja ele positivo ou negativo.

04 – Quais são os riscos da trollagem?

      Apesar de ser vista como uma brincadeira por muitos, a trollagem pode ter consequências negativas, como:

      Dano emocional: As vítimas de trollagem podem sofrer com ansiedade, depressão e baixa autoestima.

      Conflitos: A trollagem pode gerar conflitos entre pessoas e comunidades online.

      Reputação: A prática da trollagem pode manchar a reputação de uma pessoa ou de uma marca.

      Censura: O excesso de trollagem pode levar à censura de conteúdos e à limitação da liberdade de expressão.

05 – Como podemos lidar com a trollagem nas redes sociais?

      Existem algumas estratégias para lidar com a trollagem, como:

      Ignorar: Muitas vezes, a melhor forma de lidar com um troll é ignorá-lo, pois a atenção é o que ele busca.

      Bloquear: Bloquear o troll é uma forma eficaz de impedir que ele continue te incomodando.

      Denunciar: Denunciar o conteúdo ofensivo para a plataforma pode ajudar a remover o conteúdo e a punir o troll.

      Promover um ambiente positivo: Criar comunidades online positivas e acolhedoras pode ajudar a reduzir a incidência de trollagem.

 

 

NOTÍCIA: RIR, O MELHOR REMÉDIO - FRAGMENTO - LEANDRO SARMATZ - COM GABARITO

 Notícia: Rir, o melhor remédio – Fragmento

        Gargalhadas são contagiosas. Mulheres riem mais que homens. Chimpanzés adoram cócegas. Com você, a divertida história do riso.

        Em janeiro de 1962, um surto de riso num internato para garotas de Kahasha, um pequeno vilarejo na Tanzânia, obrigou o fechamento temporário da escola. A “epidemia” começara da maneira mais simples do mundo. Três alunas desataram a rir – sim, apenas “rá! rá! rá!” – e logo as gargalhadas tomaram conta de outras 95 das 159 meninas do internato. Eram ataques que podiam durar poucos minutos, um par de horas – mas também vários dias. A escola reabriu suas portas quatro meses depois, porém teve que fechá-las novamente em poucas semanas. Tudo porque outras 57 meninas haviam sido contaminadas pelo surto de hilaridade.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE_9XDEGnBFLOWhwxm9jQZsRPOm2pMIxOyAwEls_bdwzp8oZ8P6_SdDkw2rxiW4ETnE6oHP0q6E2J28_KbxiiIbmOW2mhV8x9Yc1yOluHawoMJWm-4DzT54qKEIUJJMeBavS_w70Xu-EkPe5EEsYnjC32OwrLmuzSBFLFwgSbkCNSFywtw9qAKlv9_Oco/s320/rir.jpg


        As risadas não se restringiram aos corredores da escola. Tal como uma versão cômica (e benigna) do vírus ebola, a epidemia espalhou-se rapidamente por alguns grotões do país africano. Como relata Robert R. Provine, professor de Psicologia e Neurociências na Universidade de Maryland, Estados Unidos, e autor de Laughter: A Scientific Investigation (Risada: uma investigação científica), ainda sem tradução no Brasil), logo outras regiões da Tanzânia estavam sofrendo com o surto de gargalhadas espalhado pelas alunas do internato.

        As risadas foram parar em Nshamba, cidade natal de várias garotas. Mais ou menos 200 dos 10 000 habitantes – ou 2% da população – contraíram um riso incontrolável, torrencial. (Imagine apenas por um segundo uma coisa dessas numa cidade como São Paulo, que conta com mais de 12 milhões de habitantes. Nada menos que 240 000 paulistanos estariam se contraindo de tanto rir.) Pelos registros apresentados por Provine, tratava-se de uma epidemia eminentemente feminina: começava com as adolescentes das escolas, depois passava para suas mães e, em seguida, a parentada de saias (tias e primas) também ria à larga. Nenhum homem foi contaminado.

        A epidemia só entregou os pontos dois anos depois, em junho de 1964, deixando um saldo de 1 000 pessoas contaminadas. E só foi possível debelá-la porque as autoridades locais submeteram as cidades a quarentena. Sim: quarentena. Ninguém podia entrar ou sair das regiões atingidas enquanto houvesse alguém gargalhando. Sem achar a menor graça naquilo tudo, investigou-se a possibilidade de um surto de encefalite ou mesmo alguma reação tóxica, sabe-se lá. Todos os resultados foram negativos. A conclusão apelou para a boa e velha psicologia: presumivelmente, o que houve entre as meninas de Kahasha foi um surto de histeria.

        “O riso coletivo desafia a velha hipótese de que somos criaturas racionais, com pleno controle sobre o nosso comportamento”, explica Robert R. Provine. Ele compara a reação das meninas da Tanzânia ao latido dos cães e ao piar dos pássaros, duas reações coletivas incontroláveis no reino animal. O ataque geral de riso até pode ser um traço de união com o resto da natureza, mas o riso – a gargalha, o humor, a graça – é um poderoso fenômeno de socialização entre seres humanos.

        [...]

SARMATZ, Leandro. Rir, o melhor remédio. Superinteressante, 13 nov. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/rir-o-melhor-remedio/. Acesso em: 27 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 03-04.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi a principal característica da epidemia de riso em Kahasha?

      A principal característica foi a sua natureza contagiosa e incontrolável. O riso se espalhou rapidamente entre as meninas do internato e, posteriormente, pela comunidade, causando um verdadeiro surto de hilaridade.

02 – Por que a epidemia afetou principalmente mulheres?

      A razão exata ainda não é totalmente compreendida, mas algumas teorias sugerem que fatores socioculturais, como a maior expressividade emocional atribuída às mulheres em algumas culturas, podem ter contribuído para a maior susceptibilidade delas ao riso contagioso.

03 – Quais foram as implicações sociais da epidemia?

      A epidemia causou grande perturbação na vida da comunidade, levando ao fechamento temporário da escola e à imposição de quarentenas. Além disso, gerou curiosidade e preocupação entre as autoridades locais e a comunidade científica.

04 – Qual foi a explicação mais aceita para a epidemia?

      A explicação mais aceita foi a de que se tratou de um caso de histeria coletiva, um fenômeno psicológico em que um grupo de pessoas experimenta sintomas físicos ou emocionais semelhantes sem causa médica aparente.

05 – Como o riso pode ser considerado um fenômeno social?

      O riso é um fenômeno social porque ele conecta as pessoas, fortalece laços e cria um senso de comunidade. O caso da Tanzânia demonstra como o riso pode se espalhar rapidamente entre um grupo e unir as pessoas em uma experiência compartilhada.

06 – Qual a importância do estudo do riso contagioso?

      O estudo do riso contagioso pode nos ajudar a entender melhor a natureza da comunicação humana, a importância das emoções em nossas vidas sociais e os mecanismos que subjazem a fenômenos como a histeria coletiva.

07 – Quais são as possíveis implicações do estudo do riso contagioso para outras áreas do conhecimento?

      O estudo do riso contagioso pode ter implicações para diversas áreas, como a psicologia, a sociologia, a antropologia e a neurociência. Por exemplo, pode ajudar a desenvolver novas abordagens para o tratamento de doenças mentais, como a depressão, e para a promoção do bem-estar social.

 

NOTÍCIA: A LINGUAGEM CORPORAL - AÇÕES POSITIVAS E NEGATIVAS - FRAGMENTO - MUNDO-E - COM GABARITO

 Notícia: A linguagem corporal – ações positivas e negativas – Fragmento

        O termo linguagem corporal pode ser compreendido como tudo aquilo que é transmitido em nossa postura, gestos, expressões e movimentos que realizamos ao nos comunicarmos com alguém. Em outras palavras, trata-se de tudo aquilo relacionado à comunicação não verbal.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYzwY9EMUrM5NKz-PfxAmREJriRD1SsoxO_heJaJoDmFdjP1LxSW2XtWv5luChgyLmJnkrZ6DJuESCRgyUFt6ugCV2PH8EN9IRt4uW1Hqu5WCoE0Dj9M-80rqKFdvq_YbLvnzNN46ny-VHkrm9JIsrVcmsJVeAFGALD4aDuamlYw8xbbcpxQP9i0hXwEs/s320/LINGUAGEM.jpg


        Um exemplo clássico da importância de conhecermos a linguagem corporal está na ironia, por exemplo. Um simples piscar de olhos ou movimentação pode indicar que o sentido da mensagem é exatamente o oposto daquilo que foi dito cruamente.

        Qual a importância da linguagem corporal?

        Diversos livros e estudos científicos sobre as formas de comunicação humana dão conta de que somente 7% de uma conversa é representada realmente pelas palavras que usamos. Por outro lado, cerca de 55% é referente à influência da linguagem corporal, deixando o restante em outros fatores, como a entonação de voz.

        Passar confiança, credibilidade, bom humor e conhecimento tramitam, portanto, na maneira em como conseguimos transmitir de forma corporal aquilo que queremos comunicar. Claro, a demonstração corporal positiva sem conteúdo não é o suficiente, assim como a boa comunicação sem elementos corporais que sustentem esse conhecimento também pode passar uma imagem dúbia, quando falamos de uma forma e o corpo responde de outra.

        [...]

A linguagem corporal – ações positivas e negativas. MUNDO-E, 31 mar. 2019. Disponível em: https://mundoe.net.br/linguagem-corporal. Acesso em: 29 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 15-16.

Entendendo a notícia:

01 – O que é linguagem corporal e qual a sua importância na comunicação?

      A linguagem corporal engloba todos os sinais não verbais que emitimos, como postura, gestos, expressões faciais e movimentos. Ela é fundamental na comunicação, pois complementa e, muitas vezes, contradiz o que falamos. Estudos indicam que a linguagem corporal representa cerca de 55% da comunicação, sendo mais influente do que as próprias palavras.

02 – De que forma a linguagem corporal pode influenciar a percepção que os outros têm de nós?

      A linguagem corporal pode transmitir uma variedade de emoções e atitudes, como confiança, insegurança, interesse, desinteresse, entre outras. Por exemplo, uma postura ereta e um olhar firme transmitem confiança, enquanto gestos nervosos e um olhar para baixo podem indicar insegurança. A forma como utilizamos nosso corpo influencia diretamente a forma como somos percebidos pelos outros.

03 – Qual a relação entre a linguagem corporal e a ironia?

      A ironia é um exemplo clássico de como a linguagem corporal pode contradizer o significado literal das palavras. Um simples piscar de olhos ou um sorriso irônico podem indicar que a mensagem transmitida verbalmente não deve ser levada ao pé da letra. A linguagem corporal, nesse caso, revela o verdadeiro significado da comunicação.

04 – Por que é importante que a linguagem corporal seja congruente com a mensagem verbal?

      A congruência entre a linguagem corporal e a mensagem verbal é fundamental para uma comunicação eficaz. Quando o que falamos e o que demonstramos com o corpo estão em sintonia, a mensagem é mais clara e convincente. Por outro lado, a incongruência pode gerar confusão e desconfiança no interlocutor.

05 – Quais são os benefícios de dominar a linguagem corporal?

      Dominar a linguagem corporal traz diversos benefícios, como:

      Melhora na comunicação: Ao entender e utilizar a linguagem corporal de forma eficaz, podemos nos comunicar de forma mais clara e persuasiva.

      Maior autoconhecimento: Observar nossa própria linguagem corporal nos permite ter um maior autoconhecimento e identificar nossas emoções e reações.

      Melhores relacionamentos: A linguagem corporal bem desenvolvida contribui para a construção de relacionamentos mais fortes e autênticos.

      Sucesso profissional: Em um ambiente profissional, a linguagem corporal pode influenciar a percepção que os outros têm de nossas competências e habilidades.

 

CRÔNICA: COMPLÔ - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

 Crônica: Complô  

              Luís Fernando Veríssimo

        Mal chegou no céu, o gaúcho pediu para falar com Deus. Queria fazer uma queixa. Deus estava em reunião e o gaúcho foi encaminhado a São Pedro. São Pedro estava na sala de comando meteorológico. Era ali, cercado por sua equipe à frente de painéis sofisticadíssimos, que São Pedro dirigia o tempo do mundo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7xv4MRmnsxUtNkpM99aYZNMNeAs5fiAMcEOT9x02Kopx2z5HiOsyUwmH25yFQiWUbOkiu-n1tOvqupO7YiTCSJBqqR2lYFttORXiR6UPJIfGgK03hHTHENiO-cjSE8LUEYj8Xu84PS4Xrr9SWufDApeD7gwkMKiENjVoG5O9_O1fsQXC3bwZPZBJU7a0/s1600/PEDRO.jpg


        ― O que é? Disse São Pedro, sem olhar para o gaúcho. Prestava atenção numa tela à sua frente.

        ― Estão contra nós ― queixou-se o gaúcho.

        ― Quem?

        ― Todo mundo.

        ― Bobagem.

        ― Verdade. Veja só o que tem nos acontecido.

        E, seguindo São Pedro pela sala enquanto este ajustava controles e checava mostradores, o gaúcho contou tudo que tinha feito ao Rio Grande do Sul nos últimos tempos. Tudo. Concluiu dizendo que aquilo só podia ser uma campanha organizada. Um complô contra o Rio Grande!

        ― Paranoia ― sentenciou São Pedro.

        ― Fazem pouco de nós. Nós...

        Mas São Pedro o interrompeu com um gesto. Apontou para uma tela.

        ― Veja. Por coincidência, vamos programar o tempo no Rio Grande do Sul para as próximas horas.

        E São Pedro passou a dar ordens a seus comandados.

        ― Grandes nuvens negras!

        ― Grandes nuvens negras ― confirmou o encarregado do setor.

        ― Relâmpagos espetaculares.

        ― Relâmpagos espetaculares.

        ― Trovões retumbantes!

        ― Trovões retumbantes.

        O gaúcho entusiasmado chegou a ficar na ponta dos pés, de tão ansioso, esperando a ordem final de São Pedro. ― E atenção ― disse São Pedro.

        Todos esperavam a ordem. São Pedro fechou os olhos, como que buscando inspiração, e ficou assim por uns instantes. Depois decretou:

        ― Chuviscos.

        Houve risadas generalizadas da equipe.

        Quando saía da sala, o gaúcho viu, com o rabo dos olhos, São Pedro tapar a boca para não rir também. O complô era mais amplo do que se imaginava.

VERISSIMO, L. F. Mais comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2020. p. 73 – 74.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 08 – 09.

Entendendo a crônica:

01 – Qual a principal queixa do gaúcho ao chegar ao céu?

      A principal queixa do gaúcho é que existe um complô contra o Rio Grande do Sul, pois as condições climáticas adversas que têm atingido o estado são, em sua opinião, intencionais e não mera obra do acaso. Ele acredita que há uma força externa agindo contra o estado.

02 – Qual a reação inicial de São Pedro à queixa do gaúcho?

      Inicialmente, São Pedro demonstra descaso e até mesmo certa irritação com a queixa do gaúcho, atribuindo suas alegações à paranoia. Ele atribui as condições climáticas a eventos naturais e aleatórios, negando a existência de qualquer complô.

03 – Como São Pedro tenta convencer o gaúcho de que não há nenhum complô?

      Para demonstrar ao gaúcho que não há nenhum complô, São Pedro o convida a acompanhar o processo de programação do clima para o Rio Grande do Sul. Ele mostra como as decisões sobre as condições climáticas são tomadas de forma aparentemente aleatória e não com a intenção de prejudicar o estado.

04 – Qual a reação do gaúcho ao ver como São Pedro programa o clima?

      Inicialmente, o gaúcho fica entusiasmado com a ideia de que São Pedro poderia finalmente proporcionar um clima favorável ao Rio Grande do Sul. No entanto, ao ouvir a ordem final de São Pedro por "chuviscos", ele se decepciona e percebe que o complô parece ser ainda mais amplo do que imaginava.

05 – Qual a ironia presente na crônica?

      A ironia da crônica reside no fato de que o gaúcho, ao buscar uma explicação para as adversidades que o Rio Grande do Sul enfrenta, atribui tudo a um complô. No entanto, a verdade é ainda mais simples e banal: as condições climáticas são resultado de processos naturais e das decisões, muitas vezes arbitrárias, de São Pedro. A crônica satiriza a tendência humana de buscar explicações complexas para eventos simples e de acreditar em conspirações.

06 – Qual a mensagem principal da crônica?

      A mensagem principal da crônica é que, muitas vezes, atribuímos intenções maldosas e conspirações a eventos que são, na verdade, resultado do acaso ou de decisões arbitrárias. A crônica nos convida a questionar nossas próprias crenças e a não buscar culpados para todos os problemas que enfrentamos.

07 – Qual o papel do humor na crônica?

      O humor desempenha um papel fundamental na crônica, tornando a leitura mais leve e agradável. A situação absurda do gaúcho que acredita em um complô climático e a reação irônica de São Pedro geram um efeito cômico que ajuda a transmitir a mensagem da crônica de forma mais eficaz. O humor também serve para criticar a tendência humana de buscar explicações conspiratórias para os eventos do mundo.