sábado, 12 de fevereiro de 2022

RESENHA: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES - JÚLIA DIAS CARNEIRO - CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS - COM GABARITO

 Resenha: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

       Veja como surgiram e o que contam as mais deslumbrantes histórias do mundo árabe!

        Prepare o coração: a viagem que começa agora vai te levar às alturas num meio de transporte nada comum — o tapete mágico! E olha que isso é só o começo. Durante as mil e uma noites que temos pela frente, veremos rainhas e sultões, gênios e monstros, lutas e intrigas, tudo em clima de muita magia, beleza e mistério! Ainda vamos encontrar velhos amigos, como Aladim, Ali-babá e até os quarenta ladrões! Ficou curioso? Então é hora de conhecer As mil e uma noites, livro que reúne as histórias mais deslumbrantes do mundo árabe.

        Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um servo como amante, e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade.

        Quando chega a noite de núpcias, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que sua Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante.

        Assim, dia após dia, sua morte vai sendo adiada.

        Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa ou ler tantos livros! Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos explica também outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de as mil e uma noites eram contadas de uma pessoa para outra, estavam na boca do povo! Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões na ruas e mercados.

        Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, Mil contos, surgiu na Pérsia (atual Irã, onde se passa a história de Sherazade) por volta do século 10. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Muito supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para As mil e uma noites. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo...

        [...]

Júlia Dias Carneiro. Ciência hoje das crianças on-line, 12 dez. 2001. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/3665_sherazade.PDF. Acesso em: 15 fev. 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 149-151.

Entendendo a resenha:

 01 – O texto reproduzido é uma resenha. Nesse tipo de gênero textual é comum encontrarmos, além de uma análise crítica, um resumo da obra.

a)   Essa resenha é a crítica literária de que obra?

Do livro As mil e uma noites.

b)   Que trecho do livro está resumido na resenha?

A história de Sherazade.

c)   Onde esse texto foi publicado?

Na revista Ciência hoje das crianças on-line.

d)   Qual é a intenção do texto?

A intenção é a de divulgar o livro e, para isso, chama atenção do leitor para a personagem protagonista, resumindo sua história.

02 – Compare o tempo verbal empregado na resenha com o empregado no conto “Os dois pequenos e a bruxa”: são os meninos? Por que?

      No conto “Os dois pequenos e a bruxa”, que é uma narrativa integral, o verbo usado é o pretérito. Na resenha, emprega-se o tempo presente quando o autor faz críticas sobre a obra, As mil e uma noites, e emprega-se o pretérito na narrativa da história de Sherazade, por exemplo.

03 – Quem escreveu a resenha sobre a história de Sherazade é a autora da história? Explique.

      Não, quem escreveu a resenha foi Júlia Dias Carneiro, uma crítica literária, que escreve para a revista na qual o texto foi publicado.

04 – Como a jornalista inicia a resenha?

      A jornalista inicia a resenha chamando a atenção do leitor para o que vai contar e, em seguida, menciona outros contos que fazem parte de uma obra como aquela, e destaca a personagem protagonista da trama.

·        Qual é a finalidade dessa introdução?

É chamar a atenção do leitor e atraí-lo para a leitura do restante da resenha.

05 – Faça um quadro a seguir em seu caderno e complete-o com os dados da história.

·        Razão que leva Sherazade a se casar.

Ela tem um plano para acabar coma maldade do rei, que mata todas as mulheres com as quais casa.

·        Conflito principal vivido pela personagem.

Ter de escapar da morte que a aguardava.

·        Estratégia de defesa usada pela personagem.

Contar histórias para o rei e interrompê-las na parte mais interessante da narrativa.

·        Solução do conflito e desfecho.

O rei se encanta com as histórias que se prolongam por muito tempo.

06 – Suponha que, em vez de contar histórias, Sherazade defendesse suas ideias a respeito das atitudes do rei e pedisse a ele para não morrer. Você acha que essa estratégia teria sido eficaz? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Só pelo fato de ser mulher já não tinha a confiança do rei, que também já devia ter ouvido esses argumentos de muitas pessoas.

07 – Existem outras situações em que argumentar oralmente sobre um ponto de vista pode não ser a melhor escolha? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Que meios podem ser empregados para quem quer expor suas ideias e defende-las?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressar-se oralmente, expondo seu ponto de vista e as razões que o levam a defende-lo, ou manifestar-se por escrito.

 

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