Anedota: Diretor do colégio
Pasquim
De manhã, o pai bate na porta do quarto
do filho:
-- Acorda, meu filho. Acorda, que está
na hora de você ir para o colégio.
Lá de dentro, estremunhado, o filho
respondeu:
-- Pai, eu hoje não vou ao colégio. E
não vou por três razões: primeiro, porque eu estou morto de sono; segundo,
porque eu detesto aquele colégio; terceiro, porque eu não aguento mais aqueles
meninos.
E o pai respondeu lá de fora:
-- Você tem que ir. E tem que ir,
exatamente, por três razões: primeiro, porque você tem um dever a cumprir; em
segundo, porque você já tem 45 anos; terceiro, porque você é o diretor do
colégio.
Anedotinhas do
Pasquim. Rio de Janeiro: Codecri, 1981. p. 8.
Fonte:
Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição
São Paulo 2012. p. 137-8.
Entendendo a anedota:
01 – Durante a leitura ou a
audição dessa anedota, somos levados a compreendê-la de determinada forma,
porque falta ao leitor uma informação essencial, revelada apenas no final.
a) Que informação foi omitida?
A informação de que o filho é um adulto, e não uma criança.
b) Como o leitor ou ouvinte é lavado a compreender a fala do filho antes de ter conhecimento dessa informação?
O leitor é levado a crer que se trata de uma criança que não quer ir
à escola para estudar.
c) E como o leitor compreende a fala do filho depois de ter conhecimento dessa informação?
O leitor percebe que se trata de um adulto que não quer ir
trabalhar, uma vez que ele é o diretor da escola.
02 – A falta de uma
informação importante criou no texto uma duplicidade de sentidos, só percebida
no final da leitura. Na sua opinião, a omissão dessa informação é intencional?
Por quê?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Sim, pois é justamente na revelação dessa informação, no
final da história, que reside o humor da anedota.
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