domingo, 6 de maio de 2018

POEMA: O LIVRO E A AMÉRICA - CASTRO ALVES - COM GABARITO

Poema: O LIVRO E A AMÉRICA
              Castro Alves

Talhado para as grandezas,
P’ra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir
--- Estatuário de colossos –
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
“Vai, Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina...
Tira a América da lá”.
Filhos do sec’lo das luzes
Filhos da Grande nação!
Quando ante Deus vou mostrardes,
Terei um livro na mão:
O livro – esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Éolo de pensamentos
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou! ...
Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto –
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E mando o povo pensar!
O livro caindo n`alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar.
                                                   
ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro:
                                                           Nova Aguilar, 1986, p.p. 76-78.

Entendendo o poema:
01 – Para Castro Alves, o papel do livro na América é:
     a) Sentir a seiva do porvir.
     b) Mostrar-se na mão de Deus.
     c) Conquistar o mundo de Waterloo.
     d) Ser um germe na alma do povo.

02 – Uma característica marcante dos poetas da última fase do Romantismo, especialmente presente no poema de Castro Alves, é:
     a) O tom declamatório e engajado.
     b) O uso de versos brancos e livres.
     c) O escapismo como temática e proposta.
     d) A citação dos poetas barrocos e árcades.

03 – Os versos do poema de Castro Alves que contêm uma referência explícita a um dos ideais iluministas são:
a)   “Vai, Colombo, abre a cortina
      Da minha eterna oficina...
      Tira a América de lá”.
     b) “Filhos da grande nação!
     Quando ante Deus vos mostrardes,
     Tereis, um livro na mão!”
     c) “Éolo de pensamentos,
      Que abrira a gruta dos ventos
      Donde a Igualdade voou! ...”
      d) “O livro caindo n`alma
       É germe – que faz a palma.
       É chuva – que faz o mar”.

04 – “Que sol! Que céu azul! Que doce n`alva
         Acorda a natureza mais louçã
         Não me batera tanto amor no peito
         Se eu morresse amanhã!
         Mas essa dor da vida que devora
         A ânsia de glória, o dolorido afã...
         A dor do peito emudecera ao menos
         Se eu morresse amanhã!”

Os versos ilustram:
      a) Atitude típica da segunda geração romântica, que entende a morte como solução para todos os problemas da existência.
      b) Tendência de autores românticos da primeira geração para valorizar a natureza da pátria, em detrimento das paisagens estrangeiras.
    c) O tom retórico e declaratório característico de poeta engajado em problemas sociais, por se considerar arauto das aspirações populares.
      d) A sensibilidade do Ultrarromantismo, voltada para o lamento da saudade da pátria.
      e) O humor meio negro característico de poeta byroniano, decorrente de sua indecisão entre o satanismo e o angelismo.



5 comentários:

  1. O poema não está completo, falta partes importante para a compreensão da história e do texto poético,e também há palavras escritas erradas.

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    1. Verdade, sorte que eu tenho um livro com o poema completo :)

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