quinta-feira, 10 de maio de 2018

SERMÃO: DISCURSO POLÍTICO-RELIGIOSO - Pe. ANTÔNIO VIEIRA - COM GABARITO

Sermão: DISCURSO POLÍTICO-RELIGIOSO
           O discurso político: recursos persuasivos.
           Defesa de ideologias política-religiosas
           Recursos da persuasão em campanhas sociais e políticas.

           Pe. Antônio Vieira: “Sermão pelo Bom Sucesso das Armas”.

           Tanto o “sempre foi assim” como o “todo governo faz isso” remetem ao axioma-mãe segundo o qual os políticos são todos iguais. Se não se acreditasse que todos são iguais, não se acreditaria que sempre foi assim nem que todo governo faz isso. Ora, acreditar que os políticos são iguais é, ao mesmo tempo, uma impossibilidade lógica e uma renúncia de direitos. Impossibilidade lógica porque nunca duas pessoas, mesmo que profissionais da mesma atividade, ou membros da mesma corporação, são iguais. Os advogados não são todos iguais, nem mesmo os bandidos. É uma renúncia de direitos porque o cidadão que assim pensa mentalmente rasga o título de eleitor. Se é tudo igual, para que votar? O cidadão em geral acredita que os políticos são iguais de boa-fé, mas com isso acaba fazendo o jogo dos piores. São eles os principais interessados em que se acredite que “é tudo farinha do mesmo saco”.
            A religião, embora trate de questões espirituais, de crença e de fé, não deixa de influenciar decisivamente na cultura de uma sociedade e no comportamento de seus indivíduos. Em várias épocas e em lugares do mundo, muitas instituições religiosas, em nome da fé e de seus valores, tomaram ou influenciaram decisões políticas.

  TOLEDO, Roberto Pompeu de. Farinhas do mesmo saco. In:
Veja, abril, São Paulo, abr. 1999.
 Entendendo o texto:
01 – Você já ouviu alguém comentar frase como as citadas: “político é tudo igual”, “Sempre foi assim”, “todo governo faz isso” para se referir aos problemas de corrupção no país?
      Resposta pessoal.

02 – Já ouviu outras frases com sentido semelhante para se referir à administração pública? Quais?
      Resposta pessoal. (Sugestão: isso não tem mais jeito, etc.).

03 – Por que pensamentos como “político é tudo igual” não contribuem para a democracia no país?
      Porque isso faz com que o cidadão renuncie a seus direitos e desista de tentar distinguir um candidato do outro. Ao fazer isso, acaba colaborando para manter uma situação negativa que poderia ser mudada. Manter determinadas situações é de interesse de muitos políticos, portanto, interessa igualmente a eles que o povo continue pensando que “políticos são todos iguais”.

04 – Por que pode-se dizer que a política de certa forma permeia todas as atividades humanas o tempo todo?
      Porque o político interfere na vida de cada um sempre e de várias maneiras: na elaboração das leis, nos assuntos relativos à educação, ao saneamento básico, saúde, transporte público, segurança, etc.

05 – Quais podem ser as consequências, para o próprio cidadão, da indiferença à política?
      O homem indiferente à política compreende mal o mundo em que vive e é facilmente manobrado por aqueles que detêm o poder.




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