domingo, 6 de maio de 2018

TEXTO: O PRIMEIRO AMOR É VIVIDO EM FANTASIA - FLÁVIO GIKOVATE - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: O PRIMEIRO AMOR É VIVIDO EM FANTASIA


      Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho, negamos tudo e fingimos indignação. A outra pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou se é de verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real.
         No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados. Beijos de ternura. O sexo, na maioria dos casos, está em segundo plano. Passeamos, de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama nós olhamos com olhar de enlevo próprio do encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para outro, falamos das virtudes do outro. Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
          [...] Se pensarmos bem, o sonho romântico não é muito criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e figurino: uns preferem a montanha, outros a praia. Uns preferem saias rodadas, outros as calças jeans. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer costuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança – o medo de perder a pessoa que nos traz toda a felicidade. Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: “Vou amar você para sempre. Vou dizer toda hora que amo você. Se você me largar, eu morro” etc. Sempre que vivemos o amor, o fazemos como se estivéssemos vivendo uma história extraordinária. A verdade, no momento, é que é uma “história extraordinária” exatamente igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum, porque é bom do mesmo jeito!
                                          
GIKOVATE, Flávio. Namoro: relação de amor e sexo.
                                                                                   São Paulo: Moderna, 1993.

Entendendo o texto:   

 01 – Com que intenção esse texto foi escrito?

      Esse texto foi escrito com a intenção de informar, esclarecer as pessoas sobre os assuntos referentes aos relacionamentos humanos. Ele trata especificamente do momento em que o adolescente vive a experiência do primeiro amor.

02 – É possível afirmar que se trata de um texto que expõe ideias? Por quê?

     Sim. Os esclarecimentos e as explicações são efeitos por meio da exposição de ideias.

03 – Reproduzimos a seguir a capa e a folha de rosto do livro do qual esse texto foi retirado. Folha de rosto é a primeira página que aparece assim que abrimos a capa. Observe:  
 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjJ2KrTPvGg8aSD0s-GtRJZgOrvtBqerUW8d8w400Lm2a3aOXJnx7MRHYrLZrSe4xoln3IMUOJBiXoAVdcXTdgn1uQxMXzwictjsJQTLVpNwplpi_fDBKm6qf_t5Qv8PCQszkQx_UJ81c/s278/NAMORO.jpg                                                          

a)   Transcreva o título do livro e o nome do autor.

Namoro: relação de amor e sexo. Flávio Gikovate.

b)   Qual era a área profissional do autor?

Psiquiatria e psicoterapia.

c)   O título do livro apresenta relação com o conteúdo do texto? Justifique.

Sim. O texto aborda o comportamento do adolescente no momento em vive a experiência do primeiro amor e traz a afirmação que, na maioria dos casos, o sexo não é o principal, ou seja, está em segundo plano.

04 – É possível afirmar que esse texto apresenta um conjunto de conhecimentos construído com o tempo? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Transcreva o primeiro parágrafo do texto.

a)   Com lápis azul, grife a ideia principal desse parágrafo. Para identifica-la, faça a seguinte pergunta: A respeito de que esse parágrafo está falando?

“Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho”.

b)   Com lápis verde, grife o trecho em que o autor explica por que contar sobre os sentimentos não interessa a quem está apaixonado.

“Não temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados”.

c)   O parágrafo dá mais detalhes sobre a ideia principal? Escreva sua resposta recorrendo às ideias expostas nessa parte do texto.

Sim, ele não apenas menciona que esse amor não é revelado, mas explica por que as pessoas não o revelam. Ele também dá exemplos de situações que envolvem esse tipo de comportamento.

06 – Você concorda com o autor quando ele afirma que o primeiro grande amor é vivido em fantasia, como uma espécie de sonho?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Leia outro trecho do livro “Namoro”: relação de amor e sexo, de Flávio Gikovate:

        “[...] toda a vivência do amor em fantasia, do amor não correspondido, pode ser entendida como um treino. Através da fantasia romântica, estão se preparando para refazer a ligação forte com outra pessoa sem perder totalmente a individualidade.”

a)   De acordo com esse trecho, por que é importante viver a fase da fantasia romântica?

Porque ela é um momento de preparação para as relações que serão vividas depois, sem que se perca a individualidade.

b)   Você acha importante passar por essa experiência?

Resposta pessoal do aluno.

08 – Você já viveu ou conhece alguém que tenha vivido uma “dor de amor”? Conte como foi.

      Resposta pessoal do aluno.

09 – Esse texto o ajudou a pensar melhor sobre os sentimentos do adolescente? De que maneira?

      Resposta pessoal.

10 – Segundo o texto, como é vivido o primeiro amor?
      De acordo com o texto, o nosso primeiro grande amor é vivido em fantasia, é uma espécie de sonho.

     a) Por que, quando ocorre o primeiro amor, muitos de nós não tem coragem de contar?
      Por medo de serem rejeitados e terem que despertar do sonho.

     b) Como o texto descreve o sonho fantasioso da pessoa que ama pela primeira vez?
      No sonho, somos correspondidos pela pessoa amada: beijamos e somos beijados, passeamos de mãos dadas por diferentes cenários, ao gosto do sonhador. Para a pessoa amada, fazemos elogios, dizemos coisas bonitas e não cansamos de dizer que estamos apaixonados. Professor, o texto traz muitas informações sobre essa questão; o aluno poderá formular essa resposta de muitas maneiras diferentes.

11 – de acordo com o texto, quando o amor é vivido em fantasia, o discurso de quem ama pela primeira vez é o seguinte:
       [...] Vou amar você para sempre. Vou dizer toda hora que amo você. [...]
       - Segundo o texto, qual é a justificativa desse discurso próprio de quem ama pela primeira vez?
       Esse discurso dá segurança a quem ama. É como se, pela insistência pelo reforço das expressões, as pessoas sentissem que nunca vão perder o ser amado e o próprio sentimento do amor.




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