quinta-feira, 10 de julho de 2025

TEXTO: ORIGENS DA MÚSICA - POR QUE MÚSICA? COM GABARITO

 Texto: Origens da música

        Por que música?

        Não sabemos exatamente a razão pela qual o ser humano inventou a música, mas ela está presente em todas as civilizações e culturas conhecidas. Além da hipótese da presença em rituais desde a Pré-história, vários pesquisadores acreditam que a música tenha surgido da necessidade do ser humano de se comunicar. Fosse por meio de batidas no corpo, no chão, com as mãos, com paus e bastões, ou pelo uso da voz, nossos antepassados podem ter começado a exercitar seu controle sobre o universo sonoro com intenção de comunicação. Um exemplo é o instrumento conhecido como talking drum, (tambor que fala, em português) cujo som é associado à fala em algumas etnias africanas, e que é usado como meio de transmissão de mensagens desde muito antes de qualquer tecnologia atual.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_AusRrDKwCalIPJzEI8W0PJ10ow8NNxTBS99uMvc8IAL47saq38_6nGzLslsTcRaRX7_McXItNY7VXd04Z92ZI1amJK9OYyzzFAajvzVZpr_7oCHQdWmW0kPEaPXNHCOxGiTCUUfsfuCc3lnYqdltVuUp0x2Sb3dFvD_dSGyb_Pp07nNemfTiFgbjJRg/s320/MUSICA.jpg


        O trabalho de investigação sobre a história da música apresenta dificuldades pela ausência de registros sonoros de alta fidelidade. Isso só se tornou possível com a tecnologia do século XX. Antes disso, desde a flauta de 32 mil anos, a sonoridade das músicas era transmitida primeiro por tradição oral, depois por registros escritos, mas a falta de precisão total desses registros faz com que seja difícil reconstruir exatamente como soavam.

        Existem vários registros que indicam práticas musicais em diferentes civilizações no mundo. algumas mostram a presença do canto ou de instrumentos, enquanto outras indicam que desenvolveram a dança e pode-se supor que existia uma música para acompanha-la.

        Os estudos da história da música são realizados sobre interpretação de textos, análise de imagens e instrumentos descobertos pela Arqueologia, e pelos vários registros gráficos musicais encontrados. Todos esses métodos têm limitações, em especial na maneira de descrever os sons fielmente.

        O registro gráfico mais antigo de que se tem conhecimento é o do Hino Hurrita nº 6, escrito aproximadamente em 1300 a.C., em uma placa de cerâmica. Esse registro, encontrado em 1950 na atual Síria, possui várias informações, incluindo música, letra e indicação de instrumentos. A placa representa a primeira tentativa de notação musical que se conhece. A notação musical se refere a todo processo de registro gráfico de sons; o mais conhecido é a partitura, que foi inventada pelo italiano Guido de Arezzo (992-1050), utilizada até hoje, em especial no Ocidente.

        Desde os primeiros registros de imagens, diferentes civilizações mostram similaridades de instrumentos ou de práticas musicais comuns até hoje, muitas delas associadas a rituais, festividades e à dança. Muitos deuses da Antiguidade aparecem ligados a práticas musicais. Na China, um deus teria criado o primeiro instrumento musical há milênios. Na Grécia, o deus Apolo tocava a lira, enquanto o aulos (tipo de flauta) era atribuído a Dionísio. No Egito, a deusa Hator era a senhora da música.

        Originalmente associada aos rituais e ao divino, a música foi ampliando suas funções, e se transformou em uma forma artística independente, feita para deleite dos ouvintes, entre outras funções. Por exemplo, na Grécia antiga se tem registro do uso da música com fins educacionais e de entretenimento, além dos religiosos. Acredita-se, inclusive, que existiam concursos de músicos com premiações, o que demonstra uma prática estabelecida e, possivelmente, de alta qualidade técnica.

        As artes visuais, como o próprio nome diz, referem-se às manifestações artísticas que envolvem o sentido da visão. Esse é, com certeza, o sentido que a maioria das pessoas mais usa em seu cotidiano, especialmente no mundo atual. São artes visuais a pintura, o desenho, a escultura, a gravura, a fotografia.

        Vivemos uma era em que a vida está inundada de imagens: TV, computador, cartazes publicitários e celulares nos apresentam todos os dias imagens criadas pelos seres humanos para comunicar ideias, registrar momentos, despertar interesse, gerar emoções. Nesses cenário, conhecer os elementos que compõem a linguagem visual torna-se importante para compreender melhor não só as artes, mas também o mundo em que vivemos.

        Ver é uma experiência tão intensa em nossa existência que tendemos a tratar como real uma imagem que substitua uma pessoa ou objeto. Você alguma vez já guardou ou mesmo se pegou beijando a fotografia de uma pessoa querida? Ou rasgou ou apagou, do computador ou celular, a imagem de alguém depois de uma briga?

        Os elementos visuais

        Estamos tão acostumados a dar nome as coisas, pessoas, objetos e fenômenos ao nosso redor, que descrevê-los sem nomeá-los torna-se muito difícil. Provavelmente, na atividade anterior, você e seus colegas desenharam alguns objetos que pouco se parecem com o que estava sendo descrito. Isso porque tudo o que vemos é composto de determinados elementos visuais, mas é a relação entre eles que dá às formas e os significados que possuem. Existem alguns elementos básicos da linguagem visual.

        Ponto, linha, forma e cor

        O ponto é a unidade mínima da linguagem visual, o elemento mais simples. Assim que colocamos o lápis no papel, criamos um ponto. Como o pinguinho de tinta na música, é a partir do ponto que surgem todas as outras formas.

        O ponto atrai o olhar. Pontos posicionados próximos e alinhados passam a impressão de continuidade, que se torna mais intensa quanto menor for a distância entre eles.

        Quando os pontos estão tão próximos que não podemos mais separá-los, surge um outro elemento visual: a linha.

        A linha é como se fosse o registro do movimento de um ponto. Ela é o elemento fundamental do desenho. É a linha que, seja na liberdade de um rabisco, seja na rigidez de uma reta, cria as formas.

        A forma é outro dos elementos visuais. Apesar de suas infinitas possibilidades, três são as formas básicas: círculo, quadrado e triângulo equilátero.

        Outro elemento visual muito importante é a cor.

        Ponto, linha, forma e cor são quatro dos principais elementos visuais. Aos poucos, você irá descobrir outros. Mas esses são os mais básicos, aqueles mais facilmente perceptíveis.

        Os elementos visuais influenciam as impressões que temos ao olhar para uma imagem, se relacionando e organizando no espaço. Isso pode acontecer de forma bidimensional ou tridimensional.

        As três dimensões do espaço tradicionais são: altura, largura e profundidade. Imagens bidimensionais são, portanto, compostas por duas dimensões: altura e largura. Os desenhos, pinturas e fotografias, por exemplo, são bidimensionais.

        Tridimensional é tudo o que possui as três dimensões. Em arte, as esculturas são exemplos de obra tridimensionais. Nós vivemos em uma realidade tridimensional: tudo o que existe no mundo possui três dimensões. Existem, no entanto, formas de ilusão tridimensional em superfícies bidimensionais. É o que acontece, por exemplo, no cinema 3-D (3 dimensões). O uso da tecnologia faz com que, com um determinado tipo de projeção, e os óculos apropriados, as pessoas tenham a impressão de que o que veem é tridimensional.

        Mas essa impressão pode ser gerada também com outras técnicas. Muitos artistas desenvolveram em várias culturas formas de criar a ilusão de tridimensionalidade em imagens bidimensionais.

Fonte: Livro Arte em interação. Hugo B. Bozzano; Perla Frenda; Tatiane Cristina Gusmão – Volume único – Ensino médio. 1ª edição. São Paulo, 2013. IBEP. p. 40-47.

Entendendo o texto:

01 – Qual é a principal hipótese levantada no texto para o surgimento da música e como ela se relaciona com a comunicação humana? Dê um exemplo de instrumento que reforça essa teoria.

      A principal hipótese levantada no texto para o surgimento da música é que ela pode ter nascido da necessidade do ser humano de se comunicar. Desde a Pré-história, nossos antepassados teriam exercitado o controle sobre o universo sonoro, seja por batidas no corpo, no chão, com paus, ou pelo uso da voz, com a intenção de transmitir mensagens. Um exemplo claro que reforça essa teoria é o talking drum (tambor que fala), um instrumento africano cujo som é associado à fala e utilizado para a transmissão de mensagens, evidenciando o uso da música como um meio de comunicação desde tempos antigos.

02 – Quais são as dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores ao investigar a história da música antiga, especialmente em relação à fidelidade sonora? Como a tecnologia moderna impactou essa questão?

      A investigação da história da música antiga apresenta significativas dificuldades devido à ausência de registros sonoros de alta fidelidade. Antes do século XX, a sonoridade das músicas era transmitida principalmente por tradição oral e, posteriormente, por registros escritos. No entanto, a falta de precisão total desses registros impossibilita a reconstrução exata de como as músicas soavam. A tecnologia do século XX, com a possibilidade de gravações sonoras de alta fidelidade, revolucionou essa área, permitindo a preservação e o estudo mais acurado da sonoridade musical.

03 – Cite os métodos pelos quais os estudos da história da música são realizados. Quais são as limitações desses métodos, conforme o texto?

      Os estudos da história da música são realizados por meio da interpretação de textos, análise de imagens e instrumentos descobertos pela Arqueologia, além dos diversos registros gráficos musicais encontrados. Apesar da importância desses métodos, o texto ressalta que todos eles possuem limitações, especialmente no que diz respeito à capacidade de descrever os sons fielmente. Isso significa que, mesmo com esses recursos, a reconstituição precisa da experiência sonora original é um desafio.

04 – Descreva o registro gráfico musical mais antigo conhecido, incluindo sua data, local de descoberta e as informações que ele continha. Qual a importância desse registro para a história da notação musical?

      O registro gráfico musical mais antigo de que se tem conhecimento é o Hino Hurrita nº 6, escrito por volta de 1300 a.C. em uma placa de cerâmica. Foi encontrado em 1950 na atual Síria. Essa placa é de extrema importância histórica porque continha várias informações, incluindo a música, a letra e indicações de instrumentos, representando a primeira tentativa conhecida de notação musical. A notação musical, definida no texto como todo processo de registro gráfico de sons, teve nesse hino um predecessor fundamental para o desenvolvimento de sistemas posteriores, como a partitura inventada por Guido de Arezzo.

05 – Como a função da música evoluiu ao longo do tempo, de sua associação original a rituais e ao divino? Dê exemplos da Grécia Antiga que ilustram essa ampliação de funções.

      Originalmente, a música estava associada a rituais e ao divino, com muitos deuses da Antiguidade ligados a práticas musicais em diversas civilizações. No entanto, o texto indica que a função da música se ampliou ao longo do tempo, transformando-se em uma forma artística independente, feita para o deleite dos ouvintes, entre outras funções. Na Grécia Antiga, por exemplo, existem registros do uso da música com fins educacionais e de entretenimento, além dos religiosos. Acredita-se até que existiam concursos de músicos com premiações, o que demonstra uma prática musical estabelecida e possivelmente de alta qualidade técnica, desvinculada exclusivamente do sagrado.

06 – Considerando o trecho que fala sobre artes visuais, quais são as artes visuais mencionadas no texto? Por que o conhecimento dos elementos da linguagem visual é considerado importante no mundo atual?

      O texto menciona a pintura, o desenho, a escultura, a gravura e a fotografia como exemplos de artes visuais. O conhecimento dos elementos que compõem a linguagem visual é considerado importante no mundo atual porque vivemos em uma era inundada de imagens (TV, computador, cartazes publicitários, celulares). Compreender esses elementos permite não apenas uma melhor apreciação e compreensão das artes, mas também uma interpretação mais crítica e consciente do mundo em que vivemos, já que as imagens são constantemente criadas para comunicar ideias, registrar momentos, despertar interesse e gerar emoções.

07 – Explique os quatro elementos visuais básicos mencionados no texto: ponto, linha, forma e cor. Descreva a característica principal de cada um e como eles se relacionam para criar imagens.

      Os quatro elementos visuais básicos mencionados no texto são ponto, linha, forma e cor. O ponto é a unidade mínima da linguagem visual, o elemento mais simples; assim que o lápis toca o papel, ele surge, e a partir dele todas as outras formas podem surgir. O ponto atrai o olhar e, quando próximos e alinhados, dão a impressão de continuidade. A linha surge quando os pontos estão tão próximos que não podem mais ser separados; ela é o registro do movimento de um ponto e o elemento fundamental do desenho, criando as formas. A forma é outro elemento visual importante, e apesar de suas infinitas possibilidades, o texto destaca círculo, quadrado e triângulo equilátero como as três formas básicas. A cor é o quarto elemento visual crucial. Esses elementos visuais se relacionam e se organizam no espaço, influenciando as impressões que temos ao olhar para uma imagem, seja de forma bidimensional (altura e largura, como em desenhos e fotos) ou tridimensional (altura, largura e profundidade, como em esculturas), e são a base para a composição de todas as imagens.

 

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