Texto: Classificação das plantas
As plantas podem ser classificadas em
quatro grandes grupos, de acordo com suas características.
Grupos de plantas
No planeta Terra, há grande diversidade
de plantas, com as mais variadas formas e ocupando os mais diversos ambientes.
Para facilitar a compreensão desse
grupo de seres vivos, os botânicos estabeleceram alguns critérios que
possibilitam a classificação científica das plantas. Entre os critérios
utilizados estão a presença ou a ausência de tecidos condutores de seiva, de
sementes e de frutos.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiva5eIqZAadYOadxMzcN0QGXd96suEzlTopkIbO6lfZVkANvZy44LYroDsKgIUTMzodkssI27_n3kxcg9y0Tjoo-SG_xgtWj4P0j5mkAJH8qpYBApxWD2dlWjR2aT7J583nPo7JN0mrPvmz65oKTPJxST_fLYKwmBiyi12uA0RkLH_9p2cPvFmlzdfdZQ/s1600/images.jpg De acordo com esses critérios, as
plantas podem ser agrupadas de diferentes formas. Neste texto, adotamos uma
classificação que divide as plantas em quatro grandes grupos: briófitas,
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
A evolução das plantas
As pesquisas científicas indicam que as
plantas evoluíram de um ancestral semelhante às algas verdes atuais. As plantas
atuais apresentam diversas adaptações que possibilitam a colonização do
ambiente terrestre.
As plantas terrestres possuem
estruturas para diminuir ou impedir a perda de água, como a cutícula, uma
camada de revestimento que reduz a evaporação, principalmente nas folhas.
No ambiente terrestre, as plantas
retiram água principalmente do solo. As briófitas são avasculares (sem tecidos
condutores), e a condução de água e de sais minerais das suas raízes para as demais
estruturas do corpo é realizada de uma célula para outra, por um processo
chamado difusão.
O transporte de seiva por difusão é
lento e só é viável em plantas de pequeno porte. No processo evolutivo dos
grupos de plantas, o surgimento dos tecidos condutores permitiu um transporte
de água e nutrientes mais eficiente, o que possibilitou às plantas vasculares
(com tecidos condutores) atingir tamanhos maiores.
As briófitas e as pteridófitas
necessitam de água para a reprodução, o que as torna dependentes de ambientes
úmidos, mesmo sendo terrestres. Já as gimnospermas e as angiospermas apresentam
estruturas reprodutivas que as tornam independentes da água para a reprodução.
As gimnospermas e as angiospermas têm
sementes que envolvem o embrião, protegendo-o e evitando a perda de água. Nas
angiospermas, a flor está relacionada a aspectos reprodutivos, e o fruto
protege a semente, facilitando também sua dispersão.
Briófitas
As briófitas são plantas de tamanho
pequeno, atingindo poucos centímetros de altura. Vivem preferencialmente em
locais úmidos e sombreados. Desenvolvem-se diretamente no solo ou ocupam a
superfície de troncos de árvores e rochas. Os representantes mais comuns das
briófitas são os musgos, as hepáticas e os antóceros.
As briófitas são avasculares. Não
possuem sementes, flores ou frutos. Essas plantas são formadas por estruturas
simples e não apresentam raiz, caule ou folhas verdadeiros.
Pteridófitas
As pteridófitas são vasculares e
possuem raiz, caule e folhas verdadeiros. A maioria das espécies de
pteridófitas é terrestre e vive preferencialmente em ambientes úmidos e
sombreados. Não apresentam flores, frutos ou sementes. Os exemplos mais comuns
de pteridófitas são as samambaias, as avencas, os licopódios e as cavalinhas.
O caule das pteridófitas é geralmente
subterrâneo e horizontal, chamado rizoma.
As folhas desse grupo vegetal dividem-se
em folíolos. Na época da reprodução, pequenos pontos escuros, chamados soros,
surgem na superfície inferior dos folíolos. Nos soros são produzidos os
esporos, estruturas reprodutivas assexuais.
Gimnospermas
As gimnospermas vivem preferencialmente
em regiões de clima frio ou temperado. No Brasil, ocorrem naturalmente em
locais geralmente com altitudes elevadas nas regiões Sul e Sudeste. Há apenas
duas espécies de gimnospermas nativas brasileiras: a araucária, também
conhecida como pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia), que produz os
pinhões, utilizados na culinária brasileira, e o pinheiro-bravo (Podocarpus
lambertii). A seguoia, gimnosperma nativa da América do Norte, chega a atingir
mais de 100 metros de altura.
As gimnospermas, assim como as
pteridófitas, são plantas vasculares com raiz, caule e folhas verdadeiros.
Algumas espécies apresentam folhas em forma de agulha, o que diminui a perda de
água por evaporação e, em locais com inverno rigoroso, reduz o acúmulo de neve
sobre a superfície foliar, evitando o congelamento.
As plantas desse grupo apresentam
sementes nuas, pois não há produção de frutos. A denominação gimnosperma vem do
grego gymnos, “nu, e sperma, “semente”. As sementes abrigam, protegem e nutrem
o embrião, garantindo, assim, o seu desenvolvimento até o surgimento das
primeiras folhas.
Angiospermas
As angiospermas são as plantas mais
comuns e abundantes que existem, podendo ser encontradas em vários tipos de
hábitat, como ambientes aquáticos ou regiões de clima desértico. Quanto ao
porte, podem ser herbáceas (ervas e gramas), arbustivas (arbustos) ou arbóreas
(árvores e palmeiras). São exemplos de angiospermas o manjericão, a azaleia e
os ipês.
Assim como as pteridófitas e as gimnospermas,
as angiospermas são plantas vasculares. Essas plantas têm raiz, caule, folhas e
sementes. No entanto, diferentemente das gimnospermas, cujas sementes são nuas,
as angiospermas possuem sementes protegidas pelo fruto. O desenvolvimento de
estruturas da flor das angiospermas dá origem ao fruto.
Fonte: SADAVA, D. et
al. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Entendendo
o texto:
01 – Quais são os três principais critérios
utilizados pelos botânicos para classificar as plantas nos quatro grandes
grupos (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas)?
Os critérios utilizados são a presença ou ausência de:
Tecidos condutores de seiva (vasos condutores). Sementes. Frutos.
02 – Qual é o principal motivo pelo qual as briófitas
(avasculares) são plantas de pequeno porte, e como o surgimento dos tecidos
condutores nas plantas vasculares resolveu essa limitação?
As briófitas são pequenas porque o transporte de água e
nutrientes é lento, feito por difusão (de célula para célula), o que só é
viável em plantas de porte diminuto. O surgimento dos tecidos condutores
(vasculares) tornou o transporte mais eficiente, permitindo que as plantas
vasculares atingissem tamanhos maiores.
03 – Quais dos quatro grupos de plantas (briófitas,
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) ainda dependem da água para a
reprodução, e quais se tornaram independentes?
Dependentes de água para reprodução: Briófitas e pteridófitas.
Independentes de água para reprodução: Gimnospermas e angiospermas,
devido ao desenvolvimento de estruturas reprodutivas mais adaptadas ao ambiente
terrestre.
04 – Cite três características das briófitas,
incluindo sua vascularização e a presença de estruturas reprodutivas complexas.
São avasculares (sem tecidos condutores).
São de tamanho pequeno (atingem poucos centímetros).
Não possuem sementes, flores ou frutos e não apresentam raiz, caule ou
folhas verdadeiros.
05 – Qual é o tipo de caule geralmente encontrado
nas pteridófitas, e qual é o nome das estruturas reprodutivas assexuadas
produzidas nos pontos escuros (soros) na superfície das folhas?
O caule das pteridófitas é geralmente subterrâneo e
horizontal, chamado rizoma. As estruturas reprodutivas assexuadas produzidas
nos soros são os esporos.
06 – Explique o significado do nome
"Gimnosperma" e cite uma adaptação foliar que permite a algumas
espécies sobreviver em regiões de clima frio.
O nome Gimnosperma vem do grego, significando gymnos
("nu") e sperma ("semente"), indicando que suas sementes
são nuas, ou seja, não são protegidas por frutos. Uma adaptação foliar é a
forma de agulha, que diminui a perda de água por evaporação e reduz o acúmulo
de neve, prevenindo o congelamento.
07 – O que torna as angiospermas o grupo de plantas
mais comum e abundante no planeta, diferenciando-as das gimnospermas no aspecto
reprodutivo?
As angiospermas são as mais abundantes por apresentarem
flores (relacionadas à reprodução) e, principalmente, sementes protegidas pelo
fruto. O fruto protege a semente e facilita sua dispersão, o que garantiu o
sucesso evolutivo e a ampla distribuição desse grupo.
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