quinta-feira, 20 de novembro de 2025

TEXTO: CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS - SADAVA, D. - COM GABARITO

 Texto: Classificação das plantas

        As plantas podem ser classificadas em quatro grandes grupos, de acordo com suas características.

        Grupos de plantas

        No planeta Terra, há grande diversidade de plantas, com as mais variadas formas e ocupando os mais diversos ambientes.

        Para facilitar a compreensão desse grupo de seres vivos, os botânicos estabeleceram alguns critérios que possibilitam a classificação científica das plantas. Entre os critérios utilizados estão a presença ou a ausência de tecidos condutores de seiva, de sementes e de frutos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiva5eIqZAadYOadxMzcN0QGXd96suEzlTopkIbO6lfZVkANvZy44LYroDsKgIUTMzodkssI27_n3kxcg9y0Tjoo-SG_xgtWj4P0j5mkAJH8qpYBApxWD2dlWjR2aT7J583nPo7JN0mrPvmz65oKTPJxST_fLYKwmBiyi12uA0RkLH_9p2cPvFmlzdfdZQ/s1600/images.jpg


        De acordo com esses critérios, as plantas podem ser agrupadas de diferentes formas. Neste texto, adotamos uma classificação que divide as plantas em quatro grandes grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

        A evolução das plantas

        As pesquisas científicas indicam que as plantas evoluíram de um ancestral semelhante às algas verdes atuais. As plantas atuais apresentam diversas adaptações que possibilitam a colonização do ambiente terrestre.

        As plantas terrestres possuem estruturas para diminuir ou impedir a perda de água, como a cutícula, uma camada de revestimento que reduz a evaporação, principalmente nas folhas.

        No ambiente terrestre, as plantas retiram água principalmente do solo. As briófitas são avasculares (sem tecidos condutores), e a condução de água e de sais minerais das suas raízes para as demais estruturas do corpo é realizada de uma célula para outra, por um processo chamado difusão.

        O transporte de seiva por difusão é lento e só é viável em plantas de pequeno porte. No processo evolutivo dos grupos de plantas, o surgimento dos tecidos condutores permitiu um transporte de água e nutrientes mais eficiente, o que possibilitou às plantas vasculares (com tecidos condutores) atingir tamanhos maiores.

        As briófitas e as pteridófitas necessitam de água para a reprodução, o que as torna dependentes de ambientes úmidos, mesmo sendo terrestres. Já as gimnospermas e as angiospermas apresentam estruturas reprodutivas que as tornam independentes da água para a reprodução.

        As gimnospermas e as angiospermas têm sementes que envolvem o embrião, protegendo-o e evitando a perda de água. Nas angiospermas, a flor está relacionada a aspectos reprodutivos, e o fruto protege a semente, facilitando também sua dispersão.

        Briófitas

        As briófitas são plantas de tamanho pequeno, atingindo poucos centímetros de altura. Vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. Desenvolvem-se diretamente no solo ou ocupam a superfície de troncos de árvores e rochas. Os representantes mais comuns das briófitas são os musgos, as hepáticas e os antóceros.

        As briófitas são avasculares. Não possuem sementes, flores ou frutos. Essas plantas são formadas por estruturas simples e não apresentam raiz, caule ou folhas verdadeiros.

        Pteridófitas

        As pteridófitas são vasculares e possuem raiz, caule e folhas verdadeiros. A maioria das espécies de pteridófitas é terrestre e vive preferencialmente em ambientes úmidos e sombreados. Não apresentam flores, frutos ou sementes. Os exemplos mais comuns de pteridófitas são as samambaias, as avencas, os licopódios e as cavalinhas.

        O caule das pteridófitas é geralmente subterrâneo e horizontal, chamado rizoma.

        As folhas desse grupo vegetal dividem-se em folíolos. Na época da reprodução, pequenos pontos escuros, chamados soros, surgem na superfície inferior dos folíolos. Nos soros são produzidos os esporos, estruturas reprodutivas assexuais.

        Gimnospermas

        As gimnospermas vivem preferencialmente em regiões de clima frio ou temperado. No Brasil, ocorrem naturalmente em locais geralmente com altitudes elevadas nas regiões Sul e Sudeste. Há apenas duas espécies de gimnospermas nativas brasileiras: a araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia), que produz os pinhões, utilizados na culinária brasileira, e o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii). A seguoia, gimnosperma nativa da América do Norte, chega a atingir mais de 100 metros de altura.

        As gimnospermas, assim como as pteridófitas, são plantas vasculares com raiz, caule e folhas verdadeiros. Algumas espécies apresentam folhas em forma de agulha, o que diminui a perda de água por evaporação e, em locais com inverno rigoroso, reduz o acúmulo de neve sobre a superfície foliar, evitando o congelamento.

        As plantas desse grupo apresentam sementes nuas, pois não há produção de frutos. A denominação gimnosperma vem do grego gymnos, “nu, e sperma, “semente”. As sementes abrigam, protegem e nutrem o embrião, garantindo, assim, o seu desenvolvimento até o surgimento das primeiras folhas.

        Angiospermas

        As angiospermas são as plantas mais comuns e abundantes que existem, podendo ser encontradas em vários tipos de hábitat, como ambientes aquáticos ou regiões de clima desértico. Quanto ao porte, podem ser herbáceas (ervas e gramas), arbustivas (arbustos) ou arbóreas (árvores e palmeiras). São exemplos de angiospermas o manjericão, a azaleia e os ipês.

        Assim como as pteridófitas e as gimnospermas, as angiospermas são plantas vasculares. Essas plantas têm raiz, caule, folhas e sementes. No entanto, diferentemente das gimnospermas, cujas sementes são nuas, as angiospermas possuem sementes protegidas pelo fruto. O desenvolvimento de estruturas da flor das angiospermas dá origem ao fruto.

Fonte: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 223-229.

Entendendo o texto:

01 – Quais são os três principais critérios utilizados pelos botânicos para classificar as plantas nos quatro grandes grupos (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas)?

      Os critérios utilizados são a presença ou ausência de: Tecidos condutores de seiva (vasos condutores). Sementes. Frutos.

02 – Qual é o principal motivo pelo qual as briófitas (avasculares) são plantas de pequeno porte, e como o surgimento dos tecidos condutores nas plantas vasculares resolveu essa limitação?

      As briófitas são pequenas porque o transporte de água e nutrientes é lento, feito por difusão (de célula para célula), o que só é viável em plantas de porte diminuto. O surgimento dos tecidos condutores (vasculares) tornou o transporte mais eficiente, permitindo que as plantas vasculares atingissem tamanhos maiores.

03 – Quais dos quatro grupos de plantas (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) ainda dependem da água para a reprodução, e quais se tornaram independentes?

      Dependentes de água para reprodução: Briófitas e pteridófitas.

      Independentes de água para reprodução: Gimnospermas e angiospermas, devido ao desenvolvimento de estruturas reprodutivas mais adaptadas ao ambiente terrestre.

04 – Cite três características das briófitas, incluindo sua vascularização e a presença de estruturas reprodutivas complexas.

      São avasculares (sem tecidos condutores).

      São de tamanho pequeno (atingem poucos centímetros).

      Não possuem sementes, flores ou frutos e não apresentam raiz, caule ou folhas verdadeiros.

05 – Qual é o tipo de caule geralmente encontrado nas pteridófitas, e qual é o nome das estruturas reprodutivas assexuadas produzidas nos pontos escuros (soros) na superfície das folhas?

      O caule das pteridófitas é geralmente subterrâneo e horizontal, chamado rizoma. As estruturas reprodutivas assexuadas produzidas nos soros são os esporos.

06 – Explique o significado do nome "Gimnosperma" e cite uma adaptação foliar que permite a algumas espécies sobreviver em regiões de clima frio.

      O nome Gimnosperma vem do grego, significando gymnos ("nu") e sperma ("semente"), indicando que suas sementes são nuas, ou seja, não são protegidas por frutos. Uma adaptação foliar é a forma de agulha, que diminui a perda de água por evaporação e reduz o acúmulo de neve, prevenindo o congelamento.

07 – O que torna as angiospermas o grupo de plantas mais comum e abundante no planeta, diferenciando-as das gimnospermas no aspecto reprodutivo?

      As angiospermas são as mais abundantes por apresentarem flores (relacionadas à reprodução) e, principalmente, sementes protegidas pelo fruto. O fruto protege a semente e facilita sua dispersão, o que garantiu o sucesso evolutivo e a ampla distribuição desse grupo.

 

 

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