segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

POESIA: EU NÃO VOU PERTURBAR A PAZ - MANOEL DE BARROS - COM GABARITO

 Poesia: Eu não vou perturbar a paz

             Manoel de Barros

De tarde um homem tem esperanças.
Está sozinho, possui um banco.
De tarde um homem sorri.
Se eu me sentasse a seu lado
Saberia de seus mistérios
Ouviria até sua respiração leve.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSP7gZIUwwbRgPHwoyhSa100b1fwCoqANYUycDs2aDuaZ-6yt0RWe5tDPoio_HIs4-2OFS9Ca9CAcaW_rS4Eu_yHvpmpavS7ttUoAJJkNsNAHu5u1TZSM3CD3jK-6HbB4OWLUmEt-8EA3cre09_BwnEVmZDNykGsH0UPiOCSOMK7mhjxUkuAcAHP6oc0s/s320/BANCO.jpeg



Se eu me sentasse a seu lado
Descobriria o sinistro
Ou doce alento de vida
Que move suas pernas e braços.
Mas, ah! eu não vou perturbar a paz
[que ele depôs na praça, quieto].

Poesia completa de Manoel de Barros. Tudo é Poema. https://www.tudoepoema.com.br

 

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O poema aborda a contemplação da paz e a decisão de não a perturbar. O eu-lírico observa um homem em um momento de tranquilidade e pondera sobre a possibilidade de se juntar a ele, mas escolhe respeitar sua quietude.

02 – Que elementos do poema sugerem a atmosfera de paz?

      A repetição da palavra "paz" no título e no último verso, a descrição do homem "quieto" e "sozinho", o cenário da "praça" e a menção à "respiração leve" do homem evocam uma atmosfera de tranquilidade e serenidade.

03 – Qual é a intenção do eu-lírico ao expressar o desejo de "saber de seus mistérios"?

      O desejo de "saber de seus mistérios" revela a curiosidade do eu-lírico em relação à vida do homem e seus pensamentos. No entanto, essa curiosidade é ponderada pela decisão de não perturbar a paz do outro.

04 – O que significa a expressão "o sinistro / Ou doce alento de vida"?

      A expressão "o sinistro / Ou doce alento de vida" representa a dualidade da experiência humana. O "sinistro" pode se referir aos desafios e dificuldades da vida, enquanto o "doce alento" representa os momentos de alegria e esperança. O eu-lírico reconhece que a vida do homem pode conter tanto um quanto o outro.

05 – Qual é a importância do último verso "Mas, ah! eu não vou perturbar a paz / que ele depôs na praça, quieto"?

      O último verso resume a decisão do eu-lírico de respeitar a paz do homem. A imagem de alguém que "depôs a paz na praça" sugere que a paz é algo frágil e que precisa ser cultivado e protegido. O eu-lírico demonstra sensibilidade ao reconhecer a importância desse momento de quietude para o outro.

 

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