Poema: Infância
José Paulo Paes
Eu
tenho oito anos e já sei ler e escrever.
Por
isso ganhei de presente a história de Peter Pan.
As
aventuras dele com o Capitão Gancho e o jacaré que
engoliu
um relógio até que são engraçadas.
Mas
achei uma bobagem aquela mania do Peter Pan
de
querer ficar sempre menino.
Já
imaginaram se todos quisessem ficar sempre pequenos
e
nunca mais crescer?
Aí
quem ia cuidar da gente? Fazer comida, passar pito,
mandar
tomar banho, dizer que é hora de ir para cama?
Sarar
a gente da dor de barriga e de dor de dente?
In: Henriqueta Lisboa et alii. Varal de poesia. 1. ed. São Paulo: Ática,
2003. p. 35.
Fonte: Livro –
Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães.
7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 56.
Entendendo o poema:
01 – Qual é a visão do eu
lírico sobre a história de Peter Pan?
O eu lírico acha
as aventuras de Peter Pan engraçadas, mas considera uma bobagem o desejo do
personagem de querer ficar sempre menino.
02 – O que o eu lírico já sabe
fazer aos oito anos?
Aos oito anos, o eu lírico já sabe ler e
escrever.
03 – O que o eu lírico
questiona em relação à ideia de nunca crescer?
Ele questiona
como seria se todos quisessem ficar sempre pequenos, refletindo sobre quem
cuidaria deles, prepararia comida, e daria orientações, como mandar tomar banho
ou ir para a cama.
04 – Como o eu lírico se sente
em relação à necessidade de crescer?
O eu lírico
parece valorizar o crescimento, pois reconhece a importância de adultos que
cuidam das crianças e fazem tarefas importantes.
05 – Quais exemplos de
cuidados o eu lírico menciona que os adultos proporcionam?
Ele menciona que
os adultos fazem comida, mandam tomar banho, cuidam quando há dor de barriga ou
dor de dente, e dão ordens, como mandar ir para a cama.
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